domingo, 23 de dezembro de 2012

SINCERICÍDIO (*)

Sincero. Como a água ou pedra. Nada de máscaras, representações. Sim, sim, não, não. E pronto. O mais é conversa estéril. Ou teoria hermética. Rituais, encenações, gestos de atores, atrizes, palco teatral. Os seres humanos, principalmente os letrados, nada entenderam do Sermão da Montanha. Prefiro os simples, os puros de coração, não dissimulados pelas convenções e tradições sociais. Os autênticos, de alma nua. Os analfabetos, os ingênuos e os embriagados por meio da poética. E por isso os intelectuais egos cegos, poluídos pela podridão do mal, me cansam e frustram. O céu é dos SINCEROS.
(Jornalista/escritor/publicitário Eugenio Santana)

O TEMPO DO DESCANSO É SAGRADO (*)

Descansar, após um período de trabalho intenso, é uma necessidade fundamental quase sempre subestimada. Essa mentalidade suicida de que a vida só tem sentido quando se produz, se consome e se acumulam bens materiais, quando a pessoa se movimenta e se agita sem parar, já produziu inclusive várias categorias de doenças novas e de doentes graves. Entre estes os que sofrem de estresse – a doença do século – e os workaholics, os viciados em trabalho, gente que sofre de pavorosa angústia aos sábados, domingos e feriados simplesmente por não saber como usar o tempo e o espaço disponíveis. Sem falar nos adeptos das “férias que matam”, os que confundem lazer com descanso; nos momentos que deveriam ser dedicados ao repouso, eles se entregam a uma maratona de visitas, esportes, compras, andanças, e voltam para casa muito mais cansados do que antes. Deixo aos psicólogos uma apreciação clínica a respeito das tremendas compulsões internas que levam um número tão grande de pessoas a viver em perpétua agitação, tanto na sua parte física quanto emocional e mental, renunciando ao direito e ao dever do descanso. Do ponto de vista da espiritualidade – aquele substrato de sabedoria que pode ser encontrado em todo sistema religioso verdadeiro – pode-se, no entanto dizer que essas pessoas comportam-se desse modo por se acharem dissociadas do seu self: aquele núcleo de consciência para que existe em cada um de nós e é capaz de nos alertar com precisão a respeito das nossas reais necessidades. O descanso, em seu sentido transcendental, é tanto ou mais importante do que o trabalho. O tempo do descanso é sagrado, pois, como ensina a Bíblia, no sétimo dia até Deus descansou. O descanso, que os povos do deserto simbolizam na imagem do oásis, e que os hebreus chamam de sabbath, é um tempo consagrado a Deus. É o momento da introspecção e da reconciliação com nossa origem e destino divinos.
(*) by Eugenio Santana, escritor, jornalista, autor de livros publicados. Foi Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro. É membro de Grau Superior na Ordem Rosacruz – AMORC.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ALMA E CORPO (*)

Alma e corpo, corpo e alma: que mistério! Há algo de animal na alma, e o corpo tem os seus instintos de espiritualidade. Os sentidos podem apurar e o intelecto pode aviltar-se. Quem poderia dizer onde termina o ímpeto da carne e começa o ímpeto psíquico? Como são superficiais as definições arbitrárias dos costumeiros psicólogos! E como é difícil, mesmo assim, pronunciar-se a respeito das pretensões das várias escolas! Será que a alma é uma sombra trancada na casa do pecado? Ou será então o corpo a morar de fato dentro da alma, como defendia Giordano Bruno? A própria fronteira entre espírito e matéria é um mistério.
(*) copydesk/fragment by Eugenio Santana – publicitário, consultor, relações públicas, gestor comercial, supervisor de RH, jornalista, escritor, assessor de comunicação. Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro. Revisor de textos jornalísticos no Diário da Manhã.

A RIQUEZA VERDADEIRA (*)

QUANTO É SUFICIENTE? Não medimos esforços para ganhá-lo, obtê-lo, herdá-lo, gastá-lo. O dinheiro, nós achamos, é a resposta a todos os nossos problemas. Mas será? Serão mais felizes os ricos? Uma sorte inesperada mudaria a nossa vida? A verdade por trás dos mitos do dinheiro vos libertará. A verdadeira riqueza não é o seu saldo bancário: é um sentimento de abundância. “Dinheiro não compra felicidade”. Quantas vezes já ouvi essa frase! Mas ter um pouco mais de dinheiro certamente aliviaria a pressão, pelo menos. Eu gostaria de liquidar minhas dívidas e reservar alguma coisa para o futuro. Muitas pessoas não pensam assim? O dinheiro parece ser a principal preocupação de quase todo mundo nos dias de hoje. Se não o temos, nos preocupamos em obtê-lo. Se o temos, nos preocupamos em mantê-lo. Famílias brigam por ele. Casamentos se fazem – e se desfazem – por causa dele. Carreiras giram em torno dele. Quase ninguém é indiferente a ele. E você ainda está convencido de que ele faria você feliz? Bem, um pouco mais feliz, de qualquer modo... A conclusão é que, apesar de toda nossa obsessão com dinheiro – em obtê-lo, gastá-lo, poupá-lo, investi-lo – o fato de possuí-lo não tem quase nenhum efeito sobre a nossa felicidade. A verdadeira riqueza não se mede por ativos ou fluxos de caixa, e sim pelo nosso sentimento de opulência.
(*) copydesk/fragment by Eugenio Santana, escritor, jornalista, publicitário, ensaísta. Autor de cinco livros publicados. Assessor de Comunicação de projeção nacional.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O FIM DOS TEMPOS SEGUNDO EDGAR CAYCE (*)

Outro visionário extraordinário que predisse o fim dos tempos foi Edgar Cayce. Considerado por muitos como o mais talentoso vidente do século XX, Cayce era um clarividente americano, nascido em 1877 na zona rural do Kentucky, que fazia leituras psíquicas e proféticas inacreditáveis. Apesar de só ter o diploma secundário, Cayce tornou-se médico, curador, profeta e vidente, fez mais de 14000 leituras em 45 anos de atividade e nos mais diferentes assuntos. Era chamado pela imprensa como “O Profeta adormecido” porque fazia suas leituras de olhos fechados, deitado num divã com as mãos sobre o plexo solar, numa espécie de transe. Quando criança se sentia diferente dos outros e podia memorizar livros inteiros apenas por deitar-se sobre eles. Tinha visões desde menino e, quando seu avô morreu, Cayce dizia tanto ver quanto ouvir e falar com ele. Aos poucos, o vidente foi descobrindo seus extraordinários talentos, que iam desde diagnósticos de doenças, tratamentos de saúde, predições de assuntos pessoais, políticos e econômicos, até espiritualidade, leis universais, reencarnação, imortalidade, origem e destino da humanidade. Cayce previu o início e o fim dos conflitos das duas grandes guerras, o surgimento do Nazismo, a Grande Depressão de 1929, o fim do comunismo na Rússia e o surgimento da China como superpotência, além da morte de dois presidentes americanos e o surgimento de doenças modernas como o stress. Especialistas dizem que Edgar Cayce também anteviu o fim dos tempos e que a sua maior previsão era a de “uma catástrofe causada por forças do universo que agiriam sobre a Terra e provocariam uma mudança no eixo de rotação do planeta e a inversão dos seus pólos. Tais mudanças promoveriam inundações primeiramente nos EUA, depois em todo o continente, gerando um tsunami jamais visto que se propagaria até o Japão. O fim do continente americano alteraria as correntes marítimas, trazendo frio intenso para o norte da Europa e uma nova Era do Gelo.” Cayce, que nada sabia sobre placas tectônicas, disse que outras terras surgirão no Atlântico e no Pacífico, assim como haveria o ressurgimento do continente perdido da Atlântida, o aumento da atividade vulcânica, terremotos, tempestades e furacões.
Cayce se referia à Atlântida como uma civilização cujo nível de desenvolvimento era fantástico e que registros de tal povo podiam ser encontrados em alguns lugares do planeta como na península de Yucatán e no Egito. O mais incrível é que as mudanças climáticas e cataclísmicas previstas por Edgar Cayce se encaixam nas previsões para 2012, apesar do visionário jamais ter citado esta data especificamente. Edgar Cayce morreu em janeiro de 1945, de um acidente vascular cerebral. (*) Jornalista Eugenio Santana

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A DESTRUIÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA (*)

O Brasil é a segunda maior nação florestal do planeta, depois da Rússia, mas a mais rica em biodiversidade, uma vez que as florestas tropicais abrigam um número muito maior das espécies. Dos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro, mais de 60% são cobertos por florestas naturais exploradas por várias cadeias produtivas, como papel e celulose, madeira e móveis, siderurgia, lenha e energia, óleos e resinas, fármacos, cosméticos e alimentos. Só os três primeiros setores empregam 7 milhões de pessoas e geram 4% do PIB. Trata-se, portanto, de uma economia expressiva e de vasta capilaridade social, entranhada na cultura brasileira, embora explorada sob a lógica do mais puro imediatismo: apesar do vigoroso desenvolvimento da indústria do reflorestamento, o país consome quase duas vezes mais madeira natural do que madeira plantada. O índice de ilegalidade na extração de madeira nativa na Amazônia é altíssimo. Cerca de 22% das florestas da Região Norte já foram destruídas. Uma das causas do desmatamento recorde que o país ostenta há 40 anos é a exploração predatória e itinerante das florestas por meio da migração ilegal de serrarias para áreas virgens tão logo uma área se esgota. Em 1994, o Brasil desmatava 29 mil km quadrados de florestas por ano. Esse número caiu para 7 mil km quadrados por ano, atualmente. No entanto, essa importante conquista não basta. Consumidores esclarecidos sabem que as florestas não são um “fator de produção” comum, pois prestam serviços ambientais como regulação de chuva e do clima, proteção de bacias hidrográficas e conservação da biodiversidade. Elas também são a base do desenvolvimento das biotecnologias que movimentam um mercado global sete vezes maior do que o mercado de madeira. A modernização da economia, a promoção do potencial florestal e a preservação dos serviços ambientais das florestas dependem da sua conservação “em pé”. Mudar a cultura predatória e consolidar a incipiente tecnologia do manejo sustentável das florestas naturais são desafios de fundamental importância para o Brasil.
(*) Eugenio Santana, jornalista investigativo e cultural.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

RECOMEÇAR... (*)




Nossas vidas também estão sujeitas a ciclos e estações. Todos nós experimentamos um fluxo interminável de começos e fins. Todas as estações de nossas vidas têm começos e fins, que levam a novos começos. Quando termina a infância, começa a adolescência, quando a idade adulta termina, começa a meia-idade, terminando a meia-idade, começa a velhice.

Como gostamos dos começos, temos costume de celebrar o novo. Geralmente resistimos aos finais e tentamos adiá-los. Muitas vezes, deixamos de sentir a alegria dos começos porque sabemos que todos eles escondem as sementes de algum fim. Talvez alguns finais possam ser dolorosos, mas essas dores diminuem se não resistirmos e considerarmos o tempo como um processo natural: como brotos que surgem na primavera e se desenvolvem em folhas verdes, no verão amadurecendo e tornando-se douradas no outono e desfolhando no inverno. Compreender que somos parte integrante do grande projeto do Criador é um grande consolo.

Muito de nossa resistência aos finais é proveniente de nosso desconhecimento sobre novos começos e de nossa incapacidade de acreditar na possibilidade do novo começo. Quanto mais nos permitirmos confiar no fato de que todos os finais trazem um novo ciclo, mais diminuirá a nossa resistência ao novo.

Imagine ser uma lagarta, sentindo um estranho desejo de tecer um casulo ao redor do corpo – morte certa! Como deve ser difícil desistir da única vida que se conhece, essa vida de rastejar na terra, em busca de alimento. No entanto, o final dessa vida de verme confinado à terra significará o começo de uma outra vida, sob a forma de uma linda borboleta...

O poderoso potencial das transformações se baseia na possibilidade, inerente a cada novo começo, de trazer alegria e liberdade em proporções nunca antes imaginadas. Se isso verdadeiramente acontece ou não – se continuamos ou não a evoluir por meio dos ciclos de nossas vidas – depende em grande parte de nós.

Podemos considerar todos os finais como tragédias – lamentando-os e resistindo a eles – ou podemos considerar cada um como um novo começo e uma abertura para maiores oportunidades. O que para a lagarta é a tragédia da morte, para a borboleta é o milagre do nascimento.

(*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta literário, publicitário, poeta e Editor-fundador da Hórus9 Editora. Foi Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro (2009/2011). Atualmente, é CONSULTOR na Empresa NWI.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O AMOR ACONTECE NO TEMPO CERTO (*)






Sim, é verdade que existe um dito popular avisando que "quem muito escolhe acaba escolhido". Entretanto, o lembrete serve para nos alertar sobre o excesso de críticas, o orgulho exagerado ou a análise que paralisa e impede a tomada de decisão.

Ou seja, o ideal é aprender a calibrar o coração para que não haja nem negligência no ato de decidir se é hora de exercitar o amor ou de esperar, nem um medo sem sentido de tentar de novo. Pessoas carentes demais, que aceitam qualquer relacionamento para aplacar seu pavor de ficar só e ter de encarar a si mesmo e suas limitações, certamente, vão terminar e começar relações sem se questionarem qual o aprendizado, qual o amadurecimento para um futuro encontro que seja mais satisfatório e harmonioso.

Por outro lado, pessoas críticas demais, orgulhosas demais ou que morrem de medo de se entregar a uma relação e vir a sofrer, também pagarão um preço alto, muitas vezes amargando a solidão e se privando da alegria e do privilégio de vivenciar o amor.

Minha sugestão é para que você, em primeiro lugar, tenha muito claro para si o que realmente deseja viver quando o assunto é amor. O que tem para oferecer? Quanto se sente preparado para lidar com as dificuldades que vêm à tona num relacionamento, sejam elas ciúme, insegurança, falta de auto-estima, ausência do outro, diferenças de ritmo etc.? Quanto já aprimorou sua habilidade de se comunicar, de falar sobre o que sente, o que quer e, principalmente, de ouvir o outro e tentar uma conciliação sempre que necessário?

Depois, com um mínimo de autoconhecimento, sugiro que você se questione e reflita sobre sua noção de merecimento e crenças. Quanto você realmente acredita que merece viver um amor baseado na confiança, na lealdade e na intensidade? Quanto você realmente acredita que possa existir um amor assim? Pode apostar: se você não acredita nesta possibilidade, dificilmente vai viver uma relação que valha a pena, simplesmente porque esta opção não faz parte do seu universo, do seu campo de visão.

E, por último, mais do que ansioso ou distraído, mantenha-se tranqüilo e seguro de que o amor acontecerá no momento certo. Nem antes e nem depois. Não é preciso que você busque desesperadamente. Apenas viva a partir do que existe de melhor em você e permaneça presente, atento ao que acontece ao seu redor. E todo o universo estará conspirando a seu favor, porque, afinal de contas, nascemos para amar e sermos amados.

(*) Eugenio Santana é escritor, jornalista, publicitário, poeta e ensaísta literário. Autor dos livros publicados: “Asas da Utopia” (1993); “Guiado pelos Pássaros” (1994); “Florestrela” (2002); “Crepúsculo e Aurora” (2006) e “InfinitoEfêmero” (2012)


terça-feira, 24 de julho de 2012

NAMASTÊ! (*)




NAMASTÊ é a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro. Invoca a percepção de que todos nós compartilhamos da mesma essência, da mesma energia, do mesmo universo. É o cumprimento em sânscrito que literalmente significa “curvo-me perante a ti”. Em síntese é “saúdo a você, de coração”!

E deve ser retribuído com o mesmo cumprimento. O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você. O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti.

A minha essência saúda a sua essência. Namastê traz o sagrado para dentro de cada ser humano, afirmando que Deus não está no céu, num templo ou mesmo na Natureza.
Deus está em tudo, em cada um de nós.

Ao fazer o Namastê afirmamos que todos somos filhos e partes do sagrado, indissociáveis e iguais.

(*) Escritor/Jornalista Eugenio Santana, FRC

sexta-feira, 6 de julho de 2012

PÁSSAROS DO VENTO




Há pássaros no ar, voando, voando, fugindo dos homens.

Há pássaros no ar, ignorando colisões do vácuo e do silêncio, marcando correnteza no céu, subindo, descendo, ziguezagueando, fugindo dos homens.

Lá, pássaros brancos, do branco das nuvens, vencem rápidos a dança da chuva e do vento. São pássaros estranhos, voando, brincando com as setas do firmamento.

Há pássaros no ar, logrando o tempo. Dos ares fazem caminhos, dos caminhos fazem horizontes; só os pássaros sabem para que e por que voam.

Há pássaros no ar, voando, voando, fugindo dos homens.

Pássaros do espaço conhecem o céu profundamente; não conhecem os homens, as armas dos homens, as armadilhas dos homens.

Há pássaros no ar, voando, voando. Há pássaros no chão, sangrando, sangrando.

(Eugenio Santana – O Poetalado – para Nathan de Castro)

PÁSSARO NEGRO




Pássaro preto, abre as asas na noite escura, numa confusão gratuita de negro e brilho do teu olhar aflito. Pássaro negro do negro da noite, fere o silêncio que dói na gente. Por que é tão triste, teu canto inocente? Pássaro preto, o dia não tarda a chegar. Não pares, não penses nem cantes a noite comigo. O clarão é teu antônimo e grande inimigo – mostra tuas cores, te denuncia. Ama a noite, amiga e abrigo.

Pássaro preto de alma branca, o que esperas para voar? O mundo? Este é uma grande gaiola. O espaço te pertence. Encharca-te com a chuva, embala-te com o vento.

Voa, pássaro preto, companheiro vagante. Abraça o tempo enquanto é tempo.

Antes que indiquem, procura o caminho que te leva avante. Faze do gesto negro das asas contra o vento um aceno discreto de adeus, e de teu canto angélico uma rapsódia inútil. Antes que te sigam. Antes que te prendam. Antes que te matem!

Pássaro negro do negro da noite, fere o silêncio que dói na gente. Já não ouço mais, teu canto inocente.

(Eugenio Santana – O Poetalado – Para Edgar Allan Poe)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A informação como fonte de poder (*)




Buscar informação é um trabalho objetivo e persistente.

Separar a verdadeira informação das manchetes e dos “achismos” onde fulano acha isso, beltrano acha aquilo, e você, baseado no que acham aqueles que não estão comprometidos com o projeto, acaba cometendo um erro de decisão, pelo qual, pagará caro. Buscar a verdadeira informação e separá-la das desinformações que são abundantes e disponíveis no mercado, é um trabalho que requer um bom preparo anterior. Antes de sair a campo pesquisando, entrevistando e consultando a torto e a direito, é necessário ter um roteiro daquilo que se quer fazer, só assim, se pode ordenar as informações colhidas e transformá-las em conhecimento.

E, além disso, para poder usar a informação, é importante estar aberto para enxergar principalmente aquilo que você não quer ver. Nós temos uma tendência natural de não querermos ver o que nos incomoda, assim é normal passarem desapercebidas coisas importantes, mas que não queremos ver.

Principalmente quando estamos em fase de paixão por uma ideia, ou qualquer outra coisa, fazemos qualquer esforço para obter esta paixão, realizar esta ideia, ficamos cegos e só enxergamos o objeto de nossa paixão, como aliás, é normal em qualquer pessoa apaixonada, daí porque ficamos cegos para aquilo que não queremos ver. É preciso muito cuidado para obter, tratar e avaliar as informações.

(*) Jornalista investigativo e cultural EUGENIO SANTANA, FRC

segunda-feira, 4 de junho de 2012

INFINITOEFÊMERO - AUTOR: EUGENIO SANTANA


CADA LIVRO tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece.

Quando uma biblioteca desaparece, quando uma livraria fecha a suas portas, quando um livro se perde no esquecimento, nós, guardiões garantimos que nunca desapareça, que se mantenha vivo para sempre.

(copydesk/fragment by Eugenio Santana)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

HOMEM E MULHER: YIN E YANG SE COMPLEMENTAM




Na história da Terra, os homens fecharam o centro dos sentimentos para comandarem o planeta. Guerrearam, mataram, violaram e dominaram por terem bloqueado as suas emoções. E as mulheres concordaram em emudecer para que os homens tivessem a oportunidade de comandar. Tempos difíceis para ambos. Nem homens nem mulheres foram inteiramente felizes. Se a polaridade masculina complementa a feminina, e vice-versa, por que tantas oposições?

O masculino se soma ao feminino. Não será mais o oposto. Não se trata de competição mas de complemento, o fim das oposições, os pólos se reconciliando. A harmonia dos opostos. Quando começam a se olhar como seres inteiros, ser masculino ou feminino será apenas uma opção sexual para que a vida se adeqüe aos padrões que cada um precisa desenvolver.

Quanto sofrimento se esconde nessas mulheres que resolveram adotar modelos masculinos de comportamento como uma tentativa, quase desesperada, de sobreviverem em um mundo predominantemente masculino. Transitaram na história de um extremo ao outro, se despolarizaram e hoje se sentem traídas em seus sentimentos. São livres na forma, mas o seu real poder, a feminilidade, está enfraquecido. A energia feminina – enquanto consciência e vibração – aquela que gera a vida, precisa tomar o seu lugar de volta, porque representa o amor. E o amor é a chave do coração.

A harmonia destes opostos – masculino e feminino – é fundamental. Vocês são como a bagagem de uma mala. Ela leva tudo o que irão precisar: o romantismo, a força, a lógica, a alegria, a intuição, os dois pólos da bateria, o positivo e o negativo. A sua bagagem é o seu recurso.

Não existem receitas prontas, mas importantes atalhos para esta reintegração. Conquistar a harmonia significa se render ao comando da polaridade masculina quando for necessário, e quando a regência feminina for mais produtiva, deixar que ela atue. Isto se aplica a homens e mulheres, pois, independente do sexo, todo ser integra as duas energias: masculino e feminino. E o seu equilíbrio é o sonho da realidade, o grande acerto de encontrar o par perfeito, depois de descobrirem que a conquista e a crença de cada um gera a atração da sua polaridade que, também em equilíbrio, é o complemento. Aquele com que vocês somam e não dividem.

As guerras continuam porque homens e mulheres desconhecem o conceito de amor – do amor verdadeiro. É missão das mulheres despertar os homens para a sua real essência. Elas devem não apenas tocar o corpo destes homens, mas suas almas. E, acima de tudo, entender que os homens não nascem companheiros. Eles se tornam companheiros quando encontram uma mulher que os complementa. Vão se sentir plenos, satisfeitos, impulsionados, motivados. Estarão cheios de amor e prazer, mergulhados em um estado de encantamento consciente, onde já conseguem identificar a origem desse sentimento de plenitude. O coração passa a transbordar, irradiar e expandir.

Não há mais guerras entre os sexos, porque ambos foram criados para se complementar, para harmonizarem seus pólos opostos. Estar nesta simbiose é acessar o amor dos inteiros.

(Eugenio Santana, FRC – fragmento/copidesque)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

UM ANO SEM MEU PONTO DE LUZ - INFINITA ASA DE SAUDADE




MÃE...
Mãe carinhosa e dengosa
Mãe amiga, mãe irmã
Mãe de todos nós, mãe das mães
Mãe dos filhos
Mãe-pai: duas vezes mãe
Mãe lutadora e companheira
Mãe educadora, mãe mestra
Mãe analfabeta, sábia mãe
Mãe do silêncio, mãe comunicação
Mãe dos doentes e dos sãos
Mãe de quem magoou e de quem perdoou
Mãe rica, mãe pobre
Mãe dos que já foram, mãe dos que ficaram
Mãe dos guerreiros e dos derrotados
Mãe que sorri, mãe que chora
Mãe que abraça e afaga
Mãe presente, mãe ausente
Mãe do sagrado, mãe da luz
Mãe de Jesus e mãe nossa.
Mãe, simplesmente mãe.

Sobre todas as desolações, sobre todos os abismos, sobre todas as tragédias, há o Sol com os seus raios vivificantes, a noite com a sua sombra, a lua com a sua luz prateada, a aurora com suas esperanças, o crepúsculo com seus sombrios pressentimentos, a vida, enfim, vida infinita.

HOJE completou um ano que o meu PONTO DE LUZ aqui na TERRA viajou como uma missionária para o PLANO INFINITO... Saudade, MÃE, é um sentimento ínfimo para expressar a extensão do meu amor por você. Lembrança... Memória. Para sempre!

(Eugenio Santana – o seu eterno mineiro-menino Toninho)

ADÍLIA SANTANA * 25/10/1929 + 02/05/2011

segunda-feira, 30 de abril de 2012

SER JORNALISTA É NÃO ACEITAR MORDAÇA... (*)




SER JORNALISTA É NÃO ACEITAR MORDAÇA: VAI CUIDAR DE TUA VIDA, DA MINHA CUIDO EU!

Existem certos tipos de personas que não têm alcance para dimensionar os gritantes contrastes sociais deste país corrupto. Covardes e ociosos temem tomar partido ou se posicionar sobre temas graves que afetam pelo menos 80 milhões de brasileiros. Amam o meio-termo e o melhor lugar que apreciam é sentar-se encima do muro.

Ficam, comodistas, na toca, apreciando de camarote com seu riso hipócrita de hiena.

Criticam quem FAZ, tentam - mas não conseguem - ridicularizar os heróis do nosso tempo: repórteres destemidos, prontos para DENUNCIAR as lambanças que proliferam de Porto Velho a Porto Alegre. A IMPRENSA - e sou integrante dela - continua a ocupar, honrosamente, na hierarquia dos poderes, o 4º lugar.

Escolhi essa profissão por que sou um humanista/socialista de carteirinha desde o final dos anos 70, quando terminava o regime ditatorial - triste memória do medo!
Ao estilo de Arnaldo Jabor, continuarei na estrada com a boca seca - insaciável por Justiça Social neste país das falcatruas intermináveis; da fome e da exclusão.

A Educação tem um papel primordial. Mestre Darcy Ribeiro, profetizou: "Os professores fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem." E isto contribui para que o país continue elegendo seus hilários facínoras. Continua sendo uma nação sem cultura e sem educação de qualidade.

JORNALISTA kamikaze? Com muito orgulho, por sinal. E minha caneta da VERDADE será empunhada até o último dia de minha vida. Diariamente cometo um "delito": SINCERICÍDIO!


(*) Eugenio Santana é jornalista profissional e foi Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro

quarta-feira, 18 de abril de 2012

DANCE (*)




Dance, dance, dance...
Tua música vulgar, clássica ou xamânica?

Baila e solte-se, sinta-te flutuando
Nas geleiras da inconsciência
E, depois, voe, em pensamento,
Para a Lua Azul.

Dance, flutue
Conquiste o espaço vasto
Levita e ame tua silhueta
Fotografe, registre tua aura.
Raros momentos mágicos.

Pra quê sexo
Se a cachoeira acaricia-te
E engole e absorve teu corpo nu?

Ame e não diz o nome.
Símbolos, arquétipos, mitos.
Pra quê revelá-los?
Creia, tenha fé!
Grite.
Celebre. Anuncie. Propague.
É possível conquistar
O imponderável.

O depravado mora em ti,
E dúvidas, também.
Coragem!
Abre lentamente a porta da cabana
Sente-se na cama, acende a lareira; ascenda.
Faça tudo o que quiseres.
O universo pede versos?
Não o decepcione...

Flutue, levita.
Dance.
Ergue tuas mãos
Toque as estrelas.
A vida não quer rima
Ela quer rir
E sobreviver de asas...
Asas de luz e de sonhos.

Goiânia-GO, outono, 2012.

(*) By Eugenio Santana, escritor, jornalista, poeta, publicitário,
editor, ensaísta literário, relações públicas e Assessor de Comunicação.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

RENASÇO DOS AMORES EXTINTOS (*)




Fênix, eu também sei renascer das cinzas...

Renasço a cada manhã, da fogueira
em que me consomem pensamentos;
renasço da geena impiedosa
das intempéries da alma;
renasço dos tempos que foram,
renasço dos amores extintos,
dos desejos insaciados, das paixões frustradas,
da melancolia outonal;
renasço do cansaço de renascer e morrer,
e de ver renascer e morrer.

Renasço como o sol renasce da noite,
como a primavera renasce do inverno,
o bem renasce do mal,
a verdade da mentira,
a justiça da injustiça,
a virtude do vício,
como os rios renascem do degelo das neves.

Fênix, eu sei renascer no sorriso da criança
que corre atrás de uma bolha de sabão;
no verde que renasce do estio,
nos botões que encerram promessas,
na grama que cresce para ser podada;
eu só não tenho, Fênix, tuas asas auri-rubras,
nem sou bem-vindo ao Templo do Sol,
nem verei mais que o espaço de uma vida.

Mas, Fênix, eu renasço como as estrelas renascem na noite,
como o azul renasce nos nimbos,
como os povos renascem das guerras,
como a liberdade renasce da opressão,
como a bem-aventurança renasce da desgraça,
como o perdão renasce do ódio,
como a vida renasce da morte
e o amor renasce da mágoa.

E seguirei renascendo a cada dia,
a cada dia, Fênix,
a cada dia...

(*) Copydesk by EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Assessor de Comunicação, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Integrante da ALNM-MG, UBE/GO, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker)