quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

PALAVRAS ALADAS

As Palavras São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras? (Writer and Journalist by EUGENIO SANTANA)

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

SATURNÁLIA

O Império Romano deixou como legado ao mundo ocidental, entre muitas coisas, os princípios do ordenamento jurídico praticado em dezenas de países, as raízes de línguas como o espanhol, o francês ou o italiano. Mas talvez haja um elemento desse legado que não é tão conhecido: a festa do Natal. Em uma das principais celebrações do Cristianismo, hoje marcada por árvores luminosas, Papai Noel, manjedouras e reuniões familiares, é difícil ver qualquer vestígio da cultura romana. A escolha de 25 de dezembro como a data do nascimento de Jesus não tem nada a ver com a Bíblia; ao contrário, foi uma escolha bastante consciente e explícita de usar o solstício de inverno para simbolizar o papel de Cristo como a luz do mundo. A Saturnália era um festival realizado pelos romanos antigos para celebrar o que chamavam de "renascimento" do ano, para marcar o solstício de inverno no calendário juliano (prevalente no império romano e na Europa durante séculos) que, curiosamente, era celebrado em 25 de dezembro. Mas começaram então as semelhanças com o Natal que conhecemos nos dias de hoje: as casas eram decoradas com folhagens, velas eram acesas e... presentes eram trocados. Essa celebração era realizada em homenagem ao deus Saturno (daí o nome) e sempre foi caracterizada pelo relaxamento da ordem social e pelo clima de carnaval. A celebração em homenagem a Saturno no início do inverno tinha um significado: Saturno era a principal divindade dos romanos. Ele era o deus do tempo, da agricultura e das coisas sobrenaturais. Como os dias encurtavam e de alguma forma a terra morria de forma simbólica, era necessário que o deus do tempo e da comida ficasse feliz. E como parte dessa tradição de agradar a divindade e outras pessoas, os presentes foram introduzidos. Além da festa da Saturnália, os romanos tinham outra celebração importante: a do "nascimento do sol invicto ou não conquistado" (Natalis Solis Invicti), que era celebrado todo dia 25 de dezembro. A verdade é que, no fim da era romana, o Natal já fazia parte do calendário romano. Foi um processo gradual, segundo os historiadores, que teve a ver com uma hibridização ou amálgama de tradições. Em meados do primeiro século, os cristãos já haviam chegado a Roma e começaram a moldar a sociedade do império. (Copydesk/Fragment by Writer and Journalist EUGENIO SANTANA)

domingo, 26 de novembro de 2023

TONINHO, MEU FILHO...

TONINHO, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda. Abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, eu te sinto. Te abraço na asa do vento. Te beijo no tempo espaço do meu soluçar. São noites e noites de insônia. E a saudade querendo te ver e poder te abraçar. Meu filho, a chuva é saudade, a dor é vizinha do amor. Por isso, meu filho desnudo de dores, despido de mágoas segue pelos caminhos de luz, meu filho. Replanta tuas flores! As estrelas são tuas poesias, meu querido filho, Toninho. (Copydesk/Fragment By Eugenio Santana/Adília Santana - em memória)

sábado, 25 de novembro de 2023

COMUNISMO... SOCIALISMO... FASCISMO... TOTALITARISMO... E... RETICÊNCIAS INFINITAS!

COMUNISMO/SOCIALISMO/FASCISMO SÃO REGIMES DITATORIAIS, TOTALITÁRIOS E ULTRAPASSADOS. VEJA O CASO DA VENEZUELA, entre outros. Nós Jornalistas, Imprensa, Mídia, comprometidos com a VERDADE, estamos completamente vendados, amordaçados. CENSURADA, a Liberdade de Expressão. Os Argentinos, recentemente, contabilizaram duas vitórias: com a Seleção e a Eleição de um novo Presidente. O Tempo é o Senhor da Razão, Pátria Amada, BRASIL! (Jornalista EUGENIO SANTANA - DRT-GO 001319)

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

PASSOU TUDO?!

Sofrimento, remorso, expectativa, ilusões, crenças, convicções, incertezas, solidões, saudades. Resta o homem velho ESQUECIDO, abandonado, ignorado; mergulhado no ostracismo. Um Rimbaud na Abissínia, um E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Anna Lopez. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó?!
... (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

RECRIAR A VIDA!

Frustração de não ter dedicado mais tempo à família, aos filhos, aos amigos. Tempo para entretenimento, meditar, refletir, praticar esportes radicais. A vida ávida, tão breve e efêmera, foi consumida no afã de ganhar dinheiro, e não de imprimir a ela melhor qualidade. E nesse mundo de equipamentos que nos deixam conectados dia e noite somos permanentemente vampirizados; fazemos reuniões pelo celular e whatsApp até quando dirigimos carro; lidamos com o computador como se ele fosse um ímã eletrônico do qual é impossível se afastar. No mundo em que vivemos, quanta esbórnia, corrupção, nepotismo, ciência e tecnologia para fins bélicos, práticas religiosas fundamentalistas, arrogantes, violentas e extorsivas. Neste século coisificado e de valores invertidos é imprescindível recriar a vida! (Escritor/ensaísta/jornalista Eugenio Santana)

terça-feira, 17 de outubro de 2023

SABEDORIA DOS GIRASSÓIS

Os girassóis são muito sábios; quando o sol se esconde eles ficam parados, mas não murcham porque armazenaram a energia que captaram ao longo do dia. Ficar no escuro não os afeta porque adquiriram poder e confiança. E mesmo quando são fustigados pelos ventos de forma agressiva as suas raízes permanecem firmes, e eles são hidratados pelas chuvas e consolidam seu crescimento com o sol e a grande força da luz. Assim são vocês quando se deixam iluminar e acreditam no seu potencial. O girassol é o símbolo da força da energia e da beleza que vem da luz -, ao se deixar conduzir por ela fica cada vez mais forte, vigoroso e cheio de vitalidade.
(Escritor/jornalista EUGENIO SANTANA)

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

IMPULSO VITAL (*)

Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso. A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão. Vulnerável, você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar. Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus... como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calado um tempo enorme... só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando! Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, agente literário, publicitário, gestor editorial, analista de marketing digital. 18 livros publicados. Membro benemérito "ad honorem" do Centro Cultural, Literário e Artístico de PORTUGAL; sócio da ACI - Associação Catarinense de Imprensa e da UBE/SC - União Brasileira de Escritores (62) 99117-8222 WhatsApp

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

MEUS LIMITES HUMANOS...

COMO SOMOS TODOS LIMITADOS, EM TEMPO, ENERGIA E CAPACIDADE! Segure os oceanos nas mãos, junte o pó da terra em uma cesta. Dá nome às estrelas e as direciona, conhece os governantes do mundo e supervisiona suas funções, considera as ilhas meras partículas de poeira e as nações como gotas em um balde. (Writer and journalist by EUGENIO SANTANA)

PEGA ESTE LIVRO...

Quando estiveres velha e grisalhas, e cabeceares De sono à beira da lareira, pega este livro, e lentamente o lê, e sonha com a aparência suave Que tinham outrora teus olhos, e suas sombras densas; Muitos amaram teus momentos de alegre graça, e tua beleza, com falso ou vero amor, Mas um homem amou a alma peregrina em ti, E a mágoas de teu rosto sempre a mudar. (writer and journalist by EUGENIO SANTANA, 18 livros publicados, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (62) 99117-8222 WhatsApp)

terça-feira, 26 de setembro de 2023

VIDA EFÊMERA

À medida que envelheço, presto menos atenção ao que as pessoas dizem; simplesmente observo o que fazem. Os projetos de vida foram substituídos por estratégias de sobrevivência. Quem não é belo aos 20, nem forte aos 30, nem rico aos 40, nem sábio aos 50, nunca será nem belo, nem forte, nem rico, nem sábio. Na idade de 60 anos, não se deve adiar um instante feliz que nos promete prazer. Pelas estatísticas, o lugar mais perigoso do mundo é a cama, pois é o lugar onde mais se morre. Aniversário: aquela festa onde comemoramos estar um ano mais próximos da morte. Hoje, quando me pedem autógrafo, dizem que é para a mãe. Quando a gente acorda depois dos 50 anos e nada dói, é porque já morremos. Espero morrer aos 110 anos, assassinado por uma mulher ciumenta. Existem dois legados duradouros que podemos deixar para nossos filhos. Um deles, raízes. O outro, asas. (Copydesk/fragment by Writer and journalist Eugenio Santana, FRC)

FÊNIX...

Fênix, eu sei renascer no sorriso da criança que corre atrás de uma bolha de sabão; no verde que renasce do estio, nos botões que encerram promessas, na grama que cresce para ser podada; eu só não tenho, Fênix, tuas asas auri-rubras, nem sou bem-vindo ao Templo do Sol, nem verei mais que o espaço de uma vida. Mas, Fênix, eu renasço como as estrelas renascem na noite, como o azul renasce nos nimbos, como os povos renascem das guerras, como a liberdade renasce da opressão, como a bem-aventurança renasce da desgraça, como o perdão renasce do ódio, como a vida renasce da morte e o amor renasce da mágoa. E seguirei renascendo a cada dia, a cada dia, Fênix, a cada dia... (Jornalista/escritor Eugenio Santana)

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

SER ESCRITOR

ESCREVER não muda o mundo. As pessoas mudam o mundo. ESCREVER só muda as pessoas. Não acredito na LITERATURA como meio de salvar o mundo. Acredito, sim, que a obra literária eventualmente possa salvar ALGUÉM. Tudo que não serve para ser comprado ou vendido, quer se trate de objetos, idéias, princípios, ética ou esperanças, não tem utilidade neste planeta-escola. Nele o escritor é amaldiçoado, o filósofo um imbecil, o artista um apátrida, O HOMEM DE VISÃO um criminoso. (copydesk/fragment by Escritor/Jornalista EUGENIO SANTANA)

VIDA EFÊMERA

A vida, tão efêmera, foi consumida no afã de ganhar dinheiro, e não de imprimir a ela melhor qualidade. E nesse mundo de equipamentos que nos deixam conectados dia e noite somos permanentemente sugados. Lidamos com o computador como se ele fosse um ímã eletrônico do qual é impossível se afastar. Quantas vezes falamos mal da vida alheia e calamos elogios! Adiamos para amanhã, depois de amanhã... o momento de manifestar o nosso carinho àquela pessoa, reunir os amigos para celebrar a amizade, pedir perdão a quem ofendemos e reparar injustiças. Adoecemos macerados por ressentimentos, amarguras, desejo de vingança. E para ficar bem com os outros, deixamos de expressar o que realmente sentimos e pensamos. Aos poucos, o cupim do desencanto nos corrói por dentro. (Escritor/jornalista Eugenio Santana)

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

UNI/VERSO PARALELO

Já experimentei quase tudo na vida. O que não experimentei, eu já conheço. Conheço e amo os dois extremos. Nunca fui pelo meio-termo. Sou pela lucidez plena ou pela loucura absoluta. Ficar entre essas duas linhas me deixa cheio de angústia. Nunca consegui controlar esses dois estados da alma. Não se pode amar dois deuses ao mesmo tempo. O homem que trilha entre essas duas paralelas não conhece o rompimento da linha de perigo. Assim, acreditamos que ele estará fadado a uma eterna frustração. Sua vida consistirá em buscar a infalível morte, e não poderá encontrar a doçura do verdadeiro mel, nem o sal para remir suas ofensas. A roda da vida sempre passou sobre aqueles que procuram falar mais sério. São nas vozes das crianças que podemos perceber o encanto da poesia e da música. (Writer and Journalist by EUGENIO SANTANA)

VENDEDORES DE VENTO

Eu sou aquele que retornou e retornará sempre. Certamente, os mesmos encontros acontecerão antes de transpormos os portais do céu. A finitude do todo é composto por nós. O pássaro de penas vermelhas, eternamente, será visto por mim sobre a cerca de arame farpado. Sempre voltarei a escorregar sobre a argila branca dos barrancos da minha pequena cachoeira. Um número incontável de vezes banharei o meu corpo nas águas cristalinas do pequeno riacho. O vento frio de maio voltará a açoitar minha face ainda não marcada pelo tempo. Nosso sonho pode estar em qualquer esquina, quando o encontrar, procure vivê-lo intensamente. O bom caçador nunca persegue a presa. Ele espera... Com infinita paciência... Na tocaia. O que lhe pertence cortará o seu caminho ou baterá em sua porta. A maioria dos homens são eternos vendedores de vento. (Writer and Journalist by EUGENIO SANTANA)

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

IDADE DO LOBO

Restam algumas fotografias dispersas, espalhadas na desordem das gavetas do armário: arquivos do tempo nas asas da memória... Encontrei – ao acaso – um velho álbum carcomido pelas traças ao longo desses anos. Nostalgicamente, retornei ao passado ao deter o olhar nos antigos fotogramas: revejo o rosto jovem e lindo, em destaque o largo sorriso – antes tão familiar e os olhos de topázio a me indagar: o porquê da ruptura e o que faço de minha vida – hoje, agora, aqui? Telefono para Alexandra – em Paris – expondo-lhe os projetos de minha vida e sugiro que fique com o nosso velho álbum de fotografias. Na Idade-do-Lobo não temos mais pressa para resolver as coisas do coração. (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

domingo, 3 de setembro de 2023

PLANETA PSÍQUICO

Muitos vivem em sociedades livres, porém são escravos de suas emoções. Escravos modernos, algemados pelo medo, insegurança e angústia; sem amarras físicas, mas acorrentados por preocupações irrefreáveis, por pensamentos perturbadores e por uma mente inquieta, ansiosa, agitada, que pensa descontroladamente e teima em não relaxar. O grande desafio das sociedades modernas não é ter espaço para manifestar, protestar, ambiente para expressar suas idéias e emoções, para consumir produtos e serviços. Não, o grande desafio é treinar nossa mente para ser livre e serena num dos territórios mais difíceis de explorar do universo: o Planeta Psíquico. Tão perto e tão longe. (Writer and journalist by EUGENIO SANTANA)

terça-feira, 29 de agosto de 2023

AURORA

Para quem nasce a aurora? Na antemanhã pergunto ante a lágrima que o céu como um olhar antigo verte. Para mim, para você nasce a aurora. Subjuga-me, aurora, em tuas mãos que não existem. Raia, ó puro sol diário, nos quintais desorvalhados. Rasga-te, céu, à magia que transfigurou as pedras e trouxe bruma solícita às montanhas e aos campos. Nevoeiro, vai-se embora. E vocês, formas de sonhos, ofereçam-se, que amanhece. Para nós, sem exceção, nasce a aurora.(Copydesk/Fragment by Writer and Journalist EUGENIO SANTANA)

domingo, 27 de agosto de 2023

APRENDA A DIZER NÃO

toda energia está carregada de vibrações sutis; as positivas fluem mais facilmente e as densas, percorrem mais lentamente. Selecione, priorize, ajude quem deve ser ajudado e atenda quem precisa ser atendido, caso contrário, "delete" da sua vida. O sofrimento mental, a angústia ou a dor deixam você triste, além de debilitá-lo, já que muitos amigos são vampiros de energia e não agregam valor em sua vida, ao contrário, só prejudicam. Se você está sempre ajudando sem receber nada em troca ou acredita que os problemas dos outros são mais importantes do que os seus, indica que você está dando margem para “débitos” e não “créditos”. Sua vida pode estar andando para trás. (Writer and journalist by EUGENIO SANTANA)

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

CEGOS CONDUZINDO CEGOS (*)

Quem é muito focado em si mesmo não consegue enxergar as realidades sofridas da sociedade. A soberba e o individualismo sobem tanto na cabeça, que até provocam escândalos no exercício do poder e do dinheiro. Podemos até dizer de uma sabedoria “burra”, fadada a ser negociada pela justiça, porque a injustiça tem pernas curtas. Mais cedo ou mais tarde aparecem as consequências. O coração humano é um terreno fértil. É uma terra de onde brotam e crescem as práticas do bem e do mal. Ele é responsável pela execução dos diversos valores, para construir ou destruir a vida da sociedade. No coração das pessoas está implantada a sabedoria divina, a capacidade para colocar em prática a Palavra do Evangelho, que indica os passos que conduzem para se chegar a uma vida feliz. Muitos sábios preferem a mentira em vez da verdade de Deus. Passam a ser cegos conduzindo cegos, porque são terrenos ruins, sem hombridade, e injustos. As riquezas e as propostas do mundo transformam os corações irresistentes, que passam a agir cegamente produzindo frutos amargos para si mesmos. São bem-aventurados aqueles que são abertos aos valores do Reino de Deus. Muitas pessoas não se dão conta da gravidade, quando provocam atos de violência, de intolerância, de ganância, de desvios públicos e de todos os males que deixam nosso espírito doente. Essa tem sido a constante prática de muitos políticos brasileiros, deixando a população do país totalmente decepcionada e fragilizada na expectativa de seu futuro e de sua dignidade cidadã. As decepções dos brasileiros são muito grandes e o povo, cansado de ouvir promessas, não acredita mais em receitas mágicas. Não podemos continuar cegos diante do cenário político brasileiro. Novas eleições veem por aí. Creio ser a hora dos eleitores darem o troco, eliminando quem trai a Nação, não “desagarra” do poder e não cumpre com dignidade as tarefas de seu ofício. As pessoas, na realidade, precisam se deixar transformar pelo amor gratuito de Deus para agir com responsabilidade. A cegueira mata e não tem futuro promissor. É por isso que o Brasil vai mal, está desorganizado e sem perspectiva imediata de recuperação. É impossível querer um país desenvolvido sem autenticidade de seus governantes. Os impuros são tendentes para atos também impuros. (*) EUGENIO SANTANA é um jornalista brasileiro. Mineiro de Paracatu. Autor de 18 livros publicados, entre os quais, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", sob o selo da MADRAS EDITORA, de São Paulo. É Editor, Ensaísta, Biógrafo, Redator publicitário, Agente literário. (62) 99117-8222

GÊNEROS LITERÁRIOS RELEVANTES...

Espero que, algum dia, entendam minha PROSA, MEUS GÊNEROS LITERÁRIOS. Deixo a poesia aos visionários neófitos e medíocres, inclusive Carpinejar. Ninguém lê no Brasil. Um bando disperso de leitores negligentes que trocaram celular por Literatura, ao contrário dos argentinos e finlandeses. Não há em minha biografia, espalhada pelas Redes Sociais a menção da palavra "poeta". (ESCRITOR/Jornalista/Ensaísta/Editor EUGENIO SANTANA - Autor de 18 livros publicados)

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

HÓRUS9 PRODUÇÕES EDITORIAIS

Empresa que fundei em CURITIBA/PR. Sou o Gestor editorial e o Agente Literário. OBJETIVO: publicação de livros em pequenas tiragens a partir de 20 até 100 exemplares. Preparo os originais e entrego o livro-modelo pronto ao autor. Diagramado, arte finalizado e impresso. Informações e orçamento: (62) 99117-8222 WhatsApp - E-mail: es.escritor1199@gmail.com (Escritor e Editor EUGENIO SANTANA)

terça-feira, 8 de agosto de 2023

JARDIM DA ALMA

Há um jardim secreto, um jardim interior dentro de cada um de nós, em nossa Alma! Todas as vezes que precisamos de força, coragem, fé e esperança, então nos recolhemos em nosso silêncio, em um momento de oração, e introspecção, com os olhos fechados, respirando calmamente, e imaginamos o nosso caminhar no mais belo dos Jardins, o Jardim da Alma. Nesse momento, não devemos pensar em nossos problemas, mas focar nossa energia vital na resolução dos problemas, na Alegria, na Luz e na Paz. O Jardim da Alma é um espaço interior que conecta nossa Alma à Natureza e à Essência da Vida! (Eugenio Santana)

PERTENCIMENTO?!

Eu me perdi de mim. Me perdi em meio aos momentos de crise, me perdi em meio aos surtos de ansiedade. Me perdi. Não me considero nem sombra da pessoa que eu costumava ser tempos atrás. Perdi a vontade, perdi o interesse em coisas que antes eram consideradas de extremo valor pra mim. Fato é que é duro se perder da gente. A gente se ama tanto, a gente se cuida tão bem pra do nada a vida vir te golpear e você se esquecer daquela pessoa maravilhosa que você foi um dia...

sexta-feira, 28 de abril de 2023

FRAGMENTADO (*)

Há muito tempo meus escritos sangram. Olhos perplexos – pupilas dilatadas, alma imolada – coração partido. Sigo o roteiro dos pássaros e dos visionários e a angústia é tamanha que não caberia na taça de cicuta de todos os poetas alados abandonados pelo desencanto e a neuroforia de um mundo que jamais lhes pertencera. Quem realmente me amou – foram três aquelas que me amaram?! Talvez não existam mais para os festins do amor do ex-Adônis de Paracatu... Apenas cinzas e sombras celebram e um anjo guardião protege-me, atento ao que restou dos meus próprios fragmentos. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor,jornalista, ensaísta, gestor editorial, agente literário, ornitólogo e rosacruz. Aposentado, radicou-se em Curitiba em 2017, dezenove prêmios literários, quinze livros publicados. Contratado por dez anos pela MADRAS EDITORA. (41) 9.9909-8795 WhatsApp)

sexta-feira, 14 de abril de 2023

TEU JARDIM, MÃE...

I
Infima asa de memória ardente do poetalado, Mãe. Tão lúcida! E lancinante foi o sofrimento e a dor inominável – e minhas lágrimas petrificadas... Recente foi o teu Voo na Asa inexorável do Tempo. Partiu na tarde de nuvens cinzentas. Meu coração? Partido; minha alma? Imolada. Minha Mãe partiu – viajou, etérea; diáfana, translúcida. Momento único em que não se repartiu – e não se fragmentou. A sua morte não repartiu – alçou íntegro e belo Vôo anímico e cumpriu – bravamente – a sua Missão no “vale de lágrimas” ou planeta-escola. Afinal, viver é um jardim precário e efêmero. Mas vejo em teu jardim a perenidade da madressilva, miosótis, hortênsias, rosas vermelhas, samambaias e jasmins. Porque é bonito o Eterno. E porque é lindo o Jardim. Sim! O dia amanhece por meio da Aurora, inapelavelmente... E nestas manhãs de outono os vizinhos passam em frente da nossa casa e não te acenam mais. Acenam para o jardim desolado, por hábito, medo da morte, perplexidade. E pela sagrada Luz do Astro-rei que ainda estremece face ao teu (reen)canto. Ainda assim, Mãe, é noite em teu jardim cósmico. Por mais que amanheça, por mais que floresça o meu olhar vaga – lume... (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta – em memória de minha amada mãe Adília Santana. Amor? Infinito! Gratidão? Eterna)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

SINFONIA INACABADA (*)

Vivemos sendo colocados à prova. Dia sim, dia também, a vida nos cobra decisões, posições, atitudes. Escolhas feitas no passado, estão sempre prontas, transformadas em consequências e embrulhadas num pacote de presente a nos esperar, na próxima esquina, no travesseiro onde tentamos repousar nossas confusas cabeças à noite, no despertar da manhã. Ao contrário do que vivemos querendo acreditar, muito poucas vezes nos cabe o papel de vítima. Em uma maioria esmagadora de vezes, o que nos acontece é fruto, consequência, resultado de nossos próprios atos, tenham sido eles gestos honrados, atitudes covardes ou rompantes de bravura. Nada é capaz de nos proteger de nós mesmos. Nada! Viver não é um risco calculado. Está longe de ser um projeto idealizado. É a cada dia da vida, com pequenos passos e gestos miúdos que vamos delineando a nossa própria sorte. Construímos nossa história lá na frente com tijolinhos colecionados lá atrás. Juntamos aos tijolinhos, pedrinhas que colhemos no caminho; algumas escolhidas em momentos bem vividos, outras tantas atiradas sobre nós. E, o que dá a liga nessa sempre interminada obra, é a nossa essência, pautada em nosso caráter e moldada por nossa capacidade de interpretar cada obstáculo como um sedutor desafio. E, a cada página escrita desse conto desconstruído, vamos nos vendo em pequenas frestas de luz e de sombras. Vamos experimentando a glória do protagonismo, a secundária presença do coadjuvante, a plácida alienação do cenário, a silenciosa participação dos figurantes. O drama nos pega pelas veias mais intensas e nos confronta com a interpretação do real, inundando a tela de tons opacos e, ao mesmo tempo, carregados das cores primitivas das emoções que nos movem nas desencontradas melodias da vida. E, entre notas, compassos, timbres e tons, não nos esqueçamos que a sinfonia pode sair completamente distorcida, caso descuidemos desse instrumento multiforme e perfeitamente arquitetado que nos serve de morada à alma. Olhemos para os nossos pés, com o devido respeito que merecem os alicerces. Contemplemos nossas mãos com a humilde reverência destinada aos milagres. Dediquemos aos nossos olhos e ouvidos a atenção devida aos portais de sabedoria. Que a nossa boca seja provida e provedora de delicadezas puras. Que nossa pele seja proteção e contato com o sentimento antes do toque. Que nosso prazer seja alimento e alento para nos ensinar que, ao nos diluirmos uns nos outros, é que nos reencontramos inteiros no líquido universal da vida. E, então, talvez um dia, com todos nossos sentidos despertos e confessos, sejamos capazes de compreender que essa nossa transitoriedade é tanto assustadora quanto maravilhosa. Morremos um pouquinho a cada instante; a cada beijo de amor que nos rouba o fôlego; a cada desencanto que nos reduz a lágrimas; a cada limitação vencida que nos convence e insistir, persistir, superar. Que a nossa data de validade seja a nossa compreensão, enfim, de que é em nossa finitude que reside a razão de ainda estarmos vivos, e não apenas respirando. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, redator publicitário, agente literário, biógrafo, copidesque e revisor de texto. Autor de 15 livros publicados, "Ventos fortes, raízes profundas", é um deles, Madras editora, SP. (41) 9.9909-8795 WhatsApp - email: es.escritor1199@gmail.com