domingo, 15 de dezembro de 2013

PROJEÇÕES PARA UM ANO-NOVO FELIZ (*)

Há quem, sabiamente, faz um planejamento detalhado, com desejos descritos nas diversas áreas da vida, tais como amor, saúde, profissional, espiritual, alimentação, corpo, entre outras. Não tenho dúvidas de que debruçar-se sobre o exercício de escrever suas metas, colocando datas para alcançá-las, é altamente eficiente para organizar a mente e facilitar o processo de realização de seus sonhos. Há os que preferem outros rituais. Existem muitos. Desde meditar sobre as perdas e os ganhos durante o ano atual e visualizar melhorias para o ano vindouro, até pular 7 ondas na virada, comer lentilhas, fazer oferendas, assistir à Missa do Galo, doar presentes, usar calcinha nova, entre muitas outras idéias populares ou personalizadas. Minha sugestão para um ano-novo que realmente valha a pena tem muito a ver com as lindas dicas de Carlos Drummond de Andrade, no texto Receita de Ano Novo: "(...)para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, (...) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, (...) Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, (...) É dentro de você que o ano-novo cochila e espera desde sempre." Ou seja, ano-novo não tem a ver com perfeição ou virar tudo às avessas. Tem a ver com consciência, aprendizado. Refazer as malas para esta nova viagem da vida aproveitando o que ainda serve, o que é bonito e nos cabe muito bem, e abrindo mão do que já não serve mais, já não condiz com quem nos tornamos depois de tudo o que vivemos neste Ano que está ficando para trás. Então, desapegue-se das crenças limitantes. Construa algumas novas, edificantes. Reescreva seu perfil. Mude de idéia, sim, se considerar que a nova é mais a sua nova cara. Não há nada de errado em se refazer de um jeito diferente. Como diz o sábio Zé Simão, "quem fica parado é poste". E tem mais: síndrome de Gabriela ("(...) Eu nasci assim, eu cresci assim. E sou mesmo assim, vou ser sempre assim (...)" - Gal Costa) nunca levou ninguém ao oásis de si mesmo. E no que se refere ao amor que você deseja viver em 2014, saiba que primeiro precisa acreditar, de fato e de direito, que merece! Depois, reflita sobre o que pensou, até então, a respeito de si mesmo, de seu par (ou futuro par) e sobre relacionamento ou casamento. Em geral, quem não vive o amor que deseja é porque está se comportando com base em crenças equivocadas e que servem bem mais como armadilhas e obstáculos do que como trampolim ou atraentes desse amor! Encha-se e preencha-se de alegria e entusiasmo e viva um ano-novo de luz, paz, entusiasmo,empatia, solidariedade, amor, resiliência e fé! (*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Revisor de textos jornalísticos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11).É Revisor de textos e Executivo de contas na Revista Especial Mulher. Está radicado em Uberaba-MG há nove meses. e-mail:eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9297-6090

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

OS APAIXONADOS VOLTARAM... (*)

Estranho, sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados. Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um campo minado, muita precaução ao pisar nesse campo. Com seu senso de organização e, contraditoriamente, sua indisciplina, os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça. Se o Amor na sua entrega absoluta os faz frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora sabem...
(*) fragment/copydesk by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

sábado, 31 de agosto de 2013

CONSUMISMO COMPULSIVO E IMPULSIVO (*)

Todos desejam uma vida digna para os despossuídos, boa escolaridade para os iletrados, serviços públicos ótimos para a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte, energia elétrica, segurança, água, e tudo de que precisam cidadãos decentes. Contudo, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso constituísse um
bem em si e promovesse real crescimento do país. Compramos os juros mais altos do mundo, pagamos os impostos mais altos do mundo e temos os serviços (saúde, comunicação, energia, transportes e outros) entre os piores do mundo. Mas palavras de ordem nos impelem para consumir, somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas. Além disso, a inadimplência cresce de maneira preocupante, levando famílias que compraram seu carrinho a não ter como pagar a gasolina para tirar seu novo tesouro do pátio no fim de semana. Tesouro esse que logo vão perder, pois há meses não conseguem pagar as prestações, que ainda se estendem por anos. Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de maneira impiedosa, até cruel. Em lugar de instruírem, esclarecerem, formarem uma opinião sensata e positiva, tomam novas medidas para que esse consumo insensato continue crescendo – e, como somos alienados e pouco informados, voltamos às compras. Somos uma sociedade alçada na maré do consumo compulsivo, interessada em “aproveitar a vida”, seja o que isso for, e em adquirir mais e mais coisas, mesmo que inúteis, quando deveríamos estar cuidando, com muito afinco e seriedade, de melhores escolas e universidades, tecnologia mais avançada, transportes muito mais eficientes, saúde excelente, e verdadeiro crescimento do país. Mas corremos atrás de tanta conversa vã, não protegidos, mas embaixo de peneiras com grandes furos, que só um cego ou um grande imbecil não vê. Não tenho esperança de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto. (*) Copydesk-Fragment by Eugenio Santana, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, revisor de textos e ensaísta literário. Autor de cinco livros publicados. Da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM). Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro (2009-2011).

domingo, 16 de junho de 2013

O ROMANCE DE TRISTÃO E ISOLDA (*)

AMORES reais ou exagerados em poesia. Marília era a musa inspiradora ou a mulher solícita? Amores reais ou sentimentos projetados? O romance de cavalaria de Tristão e Isolda que influenciou tantos outros escritos, concernente à alma gêmea, lacrimejantes de amor começa assim: “Se quiserdes ouvir, gentis senhores, uma história de amor e de morte, eis aqui o romance do cavaleiro Tristão e da rainha Isolda, de como os dois se amaram na alegria e continuaram a se amar na tristeza, de como um dia morreram daquele amor, ela por ele, ele por ela”.
(*) fragment/copydesk by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11) É Consultor de Investimento na EMBRACON. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

sábado, 11 de maio de 2013

TEU JARDIM, MÃE (*)

TEU JARDIM , MÃE – Ínfima asa de memória ardente do poetalado, Mãe. Tão lúcida! E lancinante foi o sofrimento e a dor inominável – e minhas lágrimas petrificadas... Recente foi o teu Vôo na Asa inexorável do Tempo. Partiu na tarde de nuvens cinzentas. Meu coração? Partido; minha alma? Imolada. Minha Mãe partiu – viajou, etérea; diáfana, translúcida. Momento único em que não se repartiu – e não se fragmentou. A sua morte não repartiu – alçou íntegro e belo Vôo anímico e cumpriu – bravamente – a sua Missão no “vale de lágrimas” ou planeta-escola. Afinal, viver é um jardim precário e efêmero. Mas vejo em teu jardim a perenidade da madressilva, miosótis, hortênsias, rosas vermelhas, samambaias e jasmins. Porque é bonito o Eterno. E porque é lindo o Jardim. Sim! O dia amanhece por meio da Aurora, inapelavelmente... E nestas manhãs de outono os vizinhos passam em frente da casa e não te acenam mais. Acenam para o jardim desolado por hábito, medo da morte, perplexidade. E pela sagrada Luz do Astro-rei que ainda estremece face ao teu (reen)canto. Ainda assim, Mãe, é noite em teu jardim cósmico. Por mais que amanheça, por mais que floresça o meu olhar vaga – lume... (em memória de minha MÃE AMADA ADÍLIA ULHÔA SANT’ANA SILVA COUTO, falecida em 02/05/2011 – Infinita Asa de Saudade e Eterna Gratidão!)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

PHOENIX (*)

A Fênix possuía uma parte da plumagem feita de ouro e a outra colorida de um vermelho incomparável. A isso ainda aliava uma longevidade jamais observada em nenhum outro animal. Seu habitat era os desertos escaldantes e inóspitos da Arábia, o que justificava sua fama de quase nunca ter sido vista por ninguém. Quando a Fênix percebia que sua vida secular estava chegando ao fim, fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao ser exposto aos raios do Sol. Em seguida, atirava-se em meio às chamas para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que sobrava de seus restos mortais, arrastava-se milagrosamente uma espécie de verme que se desenvolvia de maneira rápida para se transformar em uma nova ave, idêntica à que havia morrido. A crença nessa ave lendária figura na mitologia de vários e diferentes povos antigos, tais como gregos, egípcios e chineses. Apesar disso, em todas essas civilizações, seu mito preserva o mesmo significado simbólico: o renascer das próprias cinzas. Até hoje, essa idéia é bastante conhecida e explorada simbolicamente. Podemos restaurar o que os incêndios destroem em nossa vida? Às vezes. Em outras circunstâncias é melhor que as cinzas sejam esquecidas, para que algo completamente novo seja construído. Renascer é o processo por meio do qual você lamenta a sua perda e depois se levanta e começa tudo de novo. É um dos principais segredos para alcançar o sucesso. As pessoas realizadas são aquelas que nunca desistiram de tentar ser assim. Algumas vezes, como a Fênix, temos de renascer das cinzas, devemos passar pelo fogo e sair fortalecidos, renovados e renascidos. (*) EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”. É Consultor na Empresa MRV ENGENHARIA S/A. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A VISÃO DISTORCIDA DO SIGNIFICADO DE ALMA-GÊMEA (*)

Certa vez, um discípulo perguntou ao seu Mestre já muito idoso, por que ele nunca havia se casado e o Mestre respondeu: Eu procurava a Mulher perfeita, a minha metade e, assim, várias mulheres foram surgindo em minha vida e as virtudes que eu buscava e que me preenchiam e satisfaziam; ora encontrava e outras horas não, quando era inteligente, não era culta, quando era sensual, não era bonita, quando era organizada, era irascível e por aí afora... Você está afirmando que jamais encontrou a Mulher perfeita? Encontrei, encontrei sim, mas aí foi Ela quem me disse que buscava o Homem perfeito e que Eu não era ele... A energia do amor é fundamentalmente calma e pacífica, alegre, descontraída e inspiradora. Não é pesada, exaustiva nem trágica. Algumas vezes, vocês se convencem de que precisam ficar juntos porque “compartilham o mesmo carma” e precisam “resolver algumas questões juntos”. Vocês utilizam a “natureza do carma” como um argumento para prolongar o relacionamento, enquanto vocês dois estão sofrendo imensamente. Na verdade, vocês estão distorcendo o conceito de carma. Vocês não resolvem um carma juntos: o carma é uma coisa individual. Cada um tem responsabilidade apenas por si mesmo. É essencial entender isto porque esta é uma das principais armadilhas nos relacionamentos. Vocês não são responsáveis pelo seu parceiro e ele não é responsável por vocês. A solução dos seus problemas não está no comportamento da outra pessoa. Todos procuram sua cara metade, ou sua ‘alma gêmea’, como costumamos chamar e devemos entender que os relacionamentos de terceira dimensão, os chamados “relacionamentos cármicos”, precisam acabar. São ligações em que os parceiros carregam emoções não resolvidas dentro de si, tais como culpa, medo, dependência, ciúme, raiva e devem evoluir para acompanhar a mudança cósmica. O objetivo desse tipo de reencontro é proporcionar às pessoas uma chance para se entenderem como irmãos e fazerem escolhas diferentes das que fizeram em outras vidas. Nessas uniões se repetem padrões emocionais vividos em outras épocas para que os envolvidos desenvolvam uma forma mais iluminada de lidar com a mesma situação. Esses encontros exercem uma forte atração que impele as pessoas a unirem-se com intensa paixão, parecendo terem encontrado sua alma gêmea. Contudo, os parceiros acabam num envolvimento conflituoso onde poder, controle e dependência tornam-se a tônica do relacionamento. O encontro emocional de outrora, que gerou cicatrizes e traumas emocionais, funciona também dentro da Lei de Atração. São relacionamentos destrutivos onde não existe amor e respeito. A intenção do Plano Infinito nestes casos é que ambos consigam se desapegar com amorosidade. Uniões que causam emoções intensas, tristezas, angústias e os envolvidos não conseguem se libertar são carmáticos, pois a energia do amor é alegre, calma, dá segurança, estabilidade e nos inspira coisas boas. A visão distorcida do que significa alma gêmea faz com que as pessoas procurem sua outra metade, ilusão que as leva para fora de si mesmas, esquecendo-se da sua origem divina, onde somos inteiros; somos o masculino e o feminino, somos o todo. ‘Ninguém é metade de ninguém. ’ Somos inteiros, somos yin e yang, e enquanto não aprendermos a reconhecer cada uma dessas partes dentro de nós e integrá-las, estaremos atraindo relacionamentos de dependência. Então, não existem almas gêmeas? Elas realmente existem, mas, são idênticas em sentimento, em amor, vibração, princípios e ética. São seres livres e independentes, que escolhem compartilhar sua vida com outro ser igual em essência. Não estão juntos para resgatar ou aprender alguma coisa, pois almas gêmeas não têm função na dualidade. Seus propósitos são sempre divinos, cósmicos. Somente quando nos identificamos com a divindade dentro de nós, somos capazes de encontrar nossa alma gêmea. Quando nos tornamos conscientes de nossa unidade, nossa jornada de volta à casa do Pai começa. Tornamos-nos menos ligados a coisas externas, como status, fama, dinheiro ou prestígio. Compreendemos que a chave da felicidade não é a experiência em si, mas sim, a forma como vivemos esta experiência. Criamos nossa própria felicidade ou infelicidade através da consciência evoluída. Concluo com as sábias palavras de Luz do Mestre El Morya: “quanto às chamadas Almas Gêmeas, seu encontro não se dá senão pelo merecimento, por mais incessante e imperativa que seja a busca. E, caso ocorra sem o pressuposto Maior de, juntas, atingirem a Perfeição, o encontro será efêmero como uma flor que, uma vez colhida, perde o viço, o perfume, a existência...”. (*) Eugenio Santana, FRC – Escritor e Rosacruz; poeta, jornalista e ensaísta literário. Ativista do Greenpeace; colaborador da “Revista Planeta Água”. Autor de livros publicados. Sócio da UBE-GO/SC. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira número 2

domingo, 6 de janeiro de 2013

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA (*)

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA – Menor que meu sonho não posso ser. Mil identidades secretas, disfarces cobrindo a face. Mil sobras, sombras, mil dias viajando pela Asa da Ásia. Todas as palavras e suas repercussões impensáveis. Navio de ambigüidade, cortantes palavras. De todas as contradições, desencontros, dos contrários de mim – andarilho da flor-estrela de intermináveis chegadas e partidas. Da flecha de várias pontas, rumos, direções e a bússola quebrada. Parceiro de outros seres que também andarilham. Pois menor que meu sonho não posso ser. (copydesk/fragment by Eugenio Santana)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O VIAJANTE SOLITÁRIO (*)

Lembro-me da história de Kierkegaard sobre o Viajante Solitário (ou o Andarilho da florestrela?!) que chegou à vila nas terras altas e viu que a estrada à frente estava bloqueada por uma montanha. Cansado e desanimado, ele sentou-se e esperou que a montanha se movesse. Anos depois, ele continuava esperando, sentado no mesmo lugar, idoso e decrépito. A essência da mensagem de Kierkegaard é que os céus não movem montanhas. Nós é que precisamos escalá-las ou encontrar uma trilha que as contorne. Se esperarmos pela montanha mover-se ou abordá-la da mesma forma que os outros sempre fizeram, estaremos perdidos, mesmo se não o percebermos. De vez em quando precisamos de algo mais: a disposição para questionar as temporárias verdades absolutas ou simplesmente ignorá-las. Durante boa parte da vida, repetimos antigos hábitos e reações. Partes de nossa rotina diárias são repetidas milhares de vezes – reflexo condicionado. Fazemos sem questionar se poderíamos fazer melhor... E assim negamos o melhor de nós mesmos, de nossos talentos e potencialidades, de nossa criatividade. Portanto, “agite” sempre, altere a rotina. Questione verdades. Mude hábitos antigos. Vire mais uma página. E depois a rasgue. Cultive o espírito de ter esperanças e fé, olhe para cima, para fora e para frente. Voe, cercas não foram feitas para quem tem asas. E as águias não sobem escadas... (*) by Eugenio Santana, jornalista, escritor, ensaísta, publicitário, editor. Autor de cinco livros publicados. Sócio da UBE/GO – União Brasileira de Escritores, Goiânia-GO. Ex-Diretor Regional, em Goiás, da Editora Didática Paulista. Foi, entre 2009/2011, Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro.