sábado, 27 de agosto de 2016
DEIXE SUA LUZ BRILHAR
Para tomar decisões acertadas, você precisa primeiro se conhecer. A maioria das pessoas com quem tenho lidado tem uma visão muito limitada delas mesmas. As pessoas acham muito mais fácil se criticar, apontando as próprias falhas e pontos negativos, do que se alegrar com os dons que receberam. Se ficarmos presos às nossas perdas pessoais, se nos enchermos de preocupações e temores, não existirá espaço para a luz penetrar. Se nos mantivermos intolerantes e ansiosos para criticar, também não haverá espaço para a luz penetrar. Mas, se utilizarmos nossa percepção, seremos capazes de fazer as melhores escolhas, baseadas num processo interno, não em críticas externas. Lembre-se também de que a escolha é uma rua de mão dupla. Devemos reconhecer que as outras pessoas têm também o direito de fazer suas escolhas, mesmo que não concordemos com elas. Você pode argumentar e questionar, para ajudar o outro a refletir. Nunca impor. Respeitar a decisão de outra pessoa, sem julgá-la ou condená-la, é demonstrar amor incondicional. A aceitação faz com que os outros sejam eles mesmos e sigam suas verdades, até para poderem aprender com os erros. Nunca sabemos totalmente o que é importante para o crescimento de outra pessoa. Uma das formas de pedir ajuda é solicitando um sinal. Os sinais estão ao nosso redor, basta ficarmos atentos. Costumo dizer aos meus mestres de amor e sabedoria: “Dêem-me um sinal de que esta é a melhor decisão, ou de que estou no caminho certo.” Se encontro resistência constante, obstáculos e atrasos quando estou desenvolvendo um determinado projeto ou precisando tomar uma decisão, concluo que é um sinal de que estou indo na direção errada. Às vezes o melhor presente é não conseguirmos o que queremos.” Outra maneira de tomar decisões saudáveis é analisar as conseqüências de todas as possibilidades. Visualizem os diferentes cenários e fiquem atentos às sensações que cada um provoca. Alegria é um excelente sinal para saber que tomamos a decisão correta. Quando agimos com compaixão, paz e dignidade em tudo que fazemos, expressamos uma alma iluminada. A alma está sempre buscando expressar-se por meio de nossas atividades, idéias e contribuições. Ela nos inspira a trabalhar em nosso maior nível de competência, generosidade e dedicação. Procure expressar sua força, capacidade, disposição e coragem em tudo o que você faz, mesmo nas pequenas coisas, e a luz vai brilhar através de você. (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta e consultor em gestão de pessoas. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Sócio-correspondente do Centro Artístico e Literário de Portugal; Autor da Biografia de João de Deus – o médium de Abadiânia)
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
CENÁRIOS DA ALMA ALADA...
As fontes de águas limpas são sempre solitárias. São encontradas nas florestas, longe dos caminhos das feiras e das romarias. As florestas são lugares solitários. As multidões fogem delas. Preferem as praias e os shoppings. São poucos os que amam a solidão das florestas. Solidão é o ar que se respira quando se entra nas paisagens da alma. A alma é uma paisagem. As paisagens que vemos, assim é a nossa alma. Porque nós vemos aquilo que somos. Abrimos um álbum e mostramos aos amigos as fotos da viagem. Paisagens. Aqui um lago. Ali um pôr do sol. A foto é a mesma. Mas quem garante que as paisagens das almas sejam as mesmas? Aquilo que sinto, vendo o lago e o pôr do sol, não é a mesma coisa que você sente, vendo o mesmo lago e o mesmo pôr do sol. As paisagens da alma não podem ser comunicadas. A alma é um segredo que não pode ser verbalizado. Por isso, quanto mais fundo entramos nas paisagens da alma, mais silenciosos ficamos. A alma é o lugar onde os sentimentos são profundos demais para palavras. A solidão é para poucos. Não é democrática. Não é um direito universal. Para ser um direito de todos teria de ser desejada por todos. Mas são poucos os que a desejam. A maioria prefere a agitação das procissões, dos comícios, dos shows de rock, das praias, da torcida do Flamengo: lugares onde todos falam e ninguém ouve. O populacho sempre odeia os solitários. Desprezam os que andam na direção oposta. Os que percorrem caminhos inversos. Paulo Coelho e Lair Ribeiro são best-sellers. Mas os poetas não conseguem nem mesmo publicar os seus poemas. E, no entanto, segundo Goethe, juntamente com as crianças e os artistas, são eles, os poetas, aqueles que se encontram em harmonia com o indizível mistério da vida. O populacho sempre condena a alma solitária ao exílio, por não suportar a diferença. Onde subirei com o meu desejo? De todas as montanhas eu busco terras paternas e maternas. Mas não encontrei um lar em lugar algum. Sou um fugitivo em todas as cidades, e uma partida em todas as portas. Os homens de hoje, para quem meu coração recentemente me levou, são-me estranhos e grotescos. Sou expulso de todas as terras paternas e maternas. Assim, eu agora amo somente a terra dos meus filhos, ainda não descoberta, no mar mais distante: e nesta direção enfuno as minhas velas... As montanhas, as florestas, os mares: cenários da alma. Há neles uma grande solidão. E a solidão é dolorida. Mas há também uma grande beleza, pois é só na solidão que existe a possibilidade de comunhão. Assim, não tenha medo: Foge para dentro da tua solidão. Sê como a árvore que ama com seus longos galhos: silenciosamente, escutando, ela se dependura sobre o mar. (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, redator publicitário, relações públicas, assessor de imprensa, revisor de textos e copidesque. Da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número 2. Autor, entre outros, do livro “Ventos fortes, Raízes Profundas”, Madras Editora, SP)
domingo, 14 de agosto de 2016
OITAVO LIVRO/FILHO NA 24ª BIENAL DE SP
“VENTOS FORTES, RAÍZES PROFUNDAS”, meu oitavo livro, publicado pelo selo Madras, 160 páginas, 2016, está presente na 24ª BIENAL Internacional do Livro, de São Paulo-SP, de 26/8 a 04/9/2016. Onde encontrá-lo: www.saraiva.com.br, www.livrariacultura.com.br, www.americanas.com.br, www.ciadoslivros.com.br, www.bienaldolivrosp.com.br e no catálogo da www.madras.com.br (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor e ensaísta)
sábado, 13 de agosto de 2016
CORAÇÕES EM SINTONIA
Existe entre as pessoas um elo que se reflete no brilho dos olhos, no poder da palavra, na conexão sagrada que vocês criam entre si. Não menosprezem as pessoas e os ambientes. Aquele que passar à sua frente deve ser tratado como um irmão, porque ele o é. E quando você trata o desconhecido como seu irmão, tira dele o poder de lhe ferir, de lhe acusar, de lhe machucar, porque enquanto o amor habitar o coração, o corpo, a alma, não há espaço para nenhum outro sentimento. Quando o amor estiver em você, ganhará espaço e se estenderá a todos os demais, porque o amor é como o ar ou como a água que, quando em abundância, não pode ser contido. A energia do amor fraterno talvez seja no mundo dos homens a energia mais difícil de ser conectada, porque ainda existe nas pessoas o desejo pela supremacia sobre os outros e a competitividade. As pessoas lutam pelos sentimentos, pelas emoções, pela ambição de querer ser superior aos demais. Abandonem a competição, seja aquilo que vocês são e descubram o poder da irmandade. Um grupo unido, um forte, um grupo de pessoas que se quer bem é capaz de tudo. As portas são abertas, as dimensões são expandidas porque os corações estão em sintonia. (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor e ensaísta. Autor de oito livros publicados)
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
DO CAOS A TERRA E EROS NASCERAM...
Eros era um grande deus, um deus digno de admiração dos homens e dos outros deuses, por muitas razões, mas, sobretudo, pela sua origem. Eros tem a honra de figurar entre os deuses mais antigos e prova disso é que não tem pai nem mãe, e nenhum prosador ou poeta lhe atribuem progenitores. Hesíodo afirma que: “Primeiro foi o Caos; depois a Terra de grande seio, eterno e seguro fundamentado de todas as coisas e, depois, Eros”. Acusilau pensa como Hesíodo. Para ele, foi depois do Caos que a Terra e Eros, isto é, a Terra e o Amor, nasceram. Por outro lado, Parmênides diz o seguinte a respeito da Origem: “A Eros ela inventou como primeiro de todos os deuses”. Assim, diferentes pontos de vista concordam que o deus do amor é um dos mais antigos. Este deus tão antigo é também a causa do bem que recebemos, porque não conheço maior bem para um jovem do que amá-lo com virtude, nem para um amante do que amar um objeto virtuoso. Esse é o sentimento que deve reger toda conduta nossa, se quisermos viver honestamente. A esse sentimento, nem as genealogias, nem as honras, nem as riquezas e nem nada, podem inspirá-lo tão bem como Eros! Que entendo por amor? – As ações desonestas ligam-se à desonra, e as boas ações ligam-se ao amor. Sem essas duas coisas, nem o Estado, nem o cidadão podem realizar o bem e o belo. Ouso afirmar, que se um homem ama e for surpreendido em um delito vergonhoso, ou suporta um ultraje sem saber defender-se, sofre menos ao ser repreendido pelo pai; por um parente; ou por qualquer outra pessoa, do que por aquele a quem ama. Verificamos, também, que é diante do ser amado que se sente mais vergonha. Assim, se houvesse a possibilidade de formar um Estado ou um exército, composto somente por amantes e amados, obteríamos a constituição política insuperável, pois ninguém praticaria ações desonestas e eles se estimulariam reciprocamente para a prática das belas coisas. E quando esses homens lutassem juntos, apesar do seu reduzido número, poderiam vencer quase o mundo inteiro. Com efeito, um amante teria menos vergonha de abandonar seu posto, ou de lançar fora as armas perante o olhar de um exército inteiro, do que sob o olhar de quem ama; preferiria mil vezes morrer a sofrer tal vergonha! Quanto à possibilidade de o amante abandonar o amado durante o perigo, e negar-lhe socorro, não há homem, mesmo entre os mais covardes, que Eros não inflamasse de coragem a ponto de fazer dele um herói autêntico! Exatamente como disse Homero na Ilíada: “O deus insuflou coragem a alguns dos heróis”. É isso que Eros faz àqueles que amam. (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta. Diretor de Redação da revista Cenário; foi Superintendente de Imprensa no Governo do Rio de Janeiro)
terça-feira, 9 de agosto de 2016
AUTODESTRUTIVO
Os jornalistas dizem: “Sem nós não haveria cultura!”. Os vermes dizem: “Sem nós não haveria cadáveres!”. Não ter pensamentos e ser capaz de expressá-los – eis um jornalista. Os jornalistas escrevem porque não têm nada a dizer, e têm algo a dizer porque escrevem. O pintor tem em comum com pintor de paredes o fato de sujar as mãos. Precisamente isso distingue o escritor do jornalista. Com freqüência, o historiador é apenas um jornalista voltado para o passado. O que é um historiador? Alguém que escreve muito mal para poder colaborar num jornal. Muitas vezes, a filosofia não é mais do que a coragem de entrar num labirinto. E quem se esquecer do portão de entrada, pode facilmente adquirir a reputação de pensador independente. Se lhe roubam alguma coisa, não vá à polícia, à qual isso não interessa, e também não vá ao psicólogo, a quem só interessa, no fundo, o fato de ter sido você que roubou alguma coisa. Os psicólogos são perscrutadores do vazio e farsantes da profundidade. Megalomania não é nos considerarmos mais do que somos, mas nos considerarmos aquilo que somos. Formação é aquilo que a maioria recebe, muitos passam adiante e poucos possuem. O que os professores digerem, os alunos comem. Pessoas que beberam além da conta para matar sua sede de conhecimento são uma praga social. Não devemos aprender mais do que o absolutamente necessário contra a vida. Quando chegará o tempo em que se precisará informar no recenseamento o número de abortos feitos em cada casa? O humanitarismo é uma lavadeira que torce as roupas sujas da sociedade enquanto se desfaz em lágrimas. Vivemos numa época dominada pelos idiotas. A luta contra os idiotas é uma batalha perdida. Falam demais. Acreditam que, apenas porque têm boca, podem emitir opiniões sobre tudo. Como viraram engenheiros e médicos e professores, porque o “conhecimento” virou ferramenta de ascensão social, hoje os idiotas têm diplomas. Mais um dos danos da sociedade do “acesso” em que todo mundo tem “acesso”, na qual quase não há conteúdos que valham qualquer “acesso”. A maioria da humanidade sempre foi ignorante, mas, com o advento da sensibilidade democrática para o número e a estatística, essa maioria tomou a palavra. Toda a “ética” democrática é voltada para a banalização do conhecimento a serviço da autoestima dos idiotas. Não os ofenda porque eles venceram. Acreditam firmemente no que pensam enquanto vêem novelas na TV. Deduzem argumentos sobre a vida a partir de suas experiências paroquiais. Quando se sofisticam, isto é, quando atingem um tipo de cartão de crédito mais “exclusivo” ou “esquentam” seus diplomas tirados em universidades periféricas, tornam-se mais ruidosos. Dedico essas palavras a todos os nossos fracassos, e com esses olhos atentos ao medo que porta seu nome próprio é que o leitor deve ler estes ensaios e fragmentos aos pedaços. Sinto-me em casa numa filosofia que tem uma razão cética e uma sensibilidade trágica. Carrego uma sensibilidade trágica, independentemente de minha vontade filosófica. E por quê? Porque o que nos humaniza é o fracasso, homens e mulheres muito felizes não são homens e mulheres. Tenho medo de pessoas muito felizes. A consciência trágica, seja ela cósmica, seja miserável, miúda e cotidiana, determina o horizonte onde se move o humano. Falo aos homens e às mulheres do mundo contemporâneo, sem tempo, sempre com pressa e sem tempo; com pressa e fazendo contas; falando ao celular, enquanto fazem contas; correndo, assim como insetos assustados que correm como crianças com medo, em busca do repouso oferecido pela sombra e pelo esquecimento. E, no futuro, sonhando com a vida silenciosa na forma pura da pedra. Uma pedra que pressente a divindade. (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta. Diretor de Redação da revista Cenário; foi Superintendente de Imprensa no Governo do Rio de Janeiro)
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
VAMPIROS ASTRAIS
Sinto-me na obrigação de explicar como é importante compreender a transferência de energia e como certas pessoas podem nos afetar negativamente. Esses vampiros astrais são capazes de sugar nossa energia, deixando-nos completamente debilitados. Muitos deles vibram em baixos níveis de freqüência e atraem entidades negativas. Quando você está perto de vampiros astrais, pode sentir essa vibração baixa. Talvez você não saiba o que está sentindo, mas intuitivamente tem conhecimento de que alguma coisa é opressiva, depressiva ou instável. Quando as pessoas projetam raiva, ciúme, ódio, inveja, medo e ressentimento, você fica vulnerável, sem energia. Geralmente elas não se dão conta de que sua energia negativa está indo além delas e prejudicando outras pessoas, porque estão envolvidas em sua própria infelicidade. Uma pessoa cheia de pessimismo e amargura, que só vê o lado negro da vida, descarrega vibrações baixas na atmosfera. Como ondinhas num lago, essas vibrações exteriorizam e afetam todos e tudo dentro de seu âmbito. O mesmo acontece com alguém extremamente medroso e arrasado pela dúvida e desconfiança: para essa pessoa, tudo é sinistro e sem solução. Pode ser qualquer um: seu colega de trabalho, marido, esposa, amigo, o caixa do supermercado ou seu dentista. O medo constante é um convite aberto às entidades astrais. É importante observar quando seu corpo está perturbado ou suas emoções descontroladas. Comece a reconhecer mudanças no seu comportamento quando estiver perto de certas pessoas e em certos ambientes. Repare se você fica sempre com dor de cabeça ao entrar na casa de um amigo. Você sente inquietação ou nervosismo quando pensa em se encontrar com uma determinada pessoa? Seu humor se modifica quando você entra em certos edifícios? Respeite sua intuição e preste atenção aos sinais vindos de seus corpos emocionais e físicos. Você não pode se isolar do mundo, pois faz parte dele, mas pode minimizar os efeitos das influências negativas que nos cercam, mantendo-se consciente e alerta. (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta e consultor em gestão de pessoas. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Sócio-correspondente do Centro Artístico e Literário de Portugal; Autor da Biografia de João de Deus – o médium de Abadiânia)
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