sexta-feira, 21 de março de 2014

NÃO SOMOS A SOMA DAS NOSSAS ESCOLHAS (*)

Assim como antes era mais fácil fazer compras, também era mais fácil viver. Para ser feliz, bastava estudar (Magistério para as moças), fazer uma faculdade (Medicina, Engenharia ou Direito para os rapazes), casar (com o sexo oposto), ter filhos (no mínimo dois) e manter a família estruturada até o fim dos dias. Era a maionese tradicional. Hoje existem várias “marcas” de felicidade. Casar, não casar, juntar, ficar, separar. Homem e mulher, homem com homem, mulher com mulher. Ter filhos biológicos, adotar, inseminação artificial, barriga de aluguel – ou simplesmente não os ter. Fazer intercâmbio, abrir o próprio negócio, tentar concurso público, entrar para a faculdade. Mas estudar o quê? Editoração ou Ciência Moleculares? Moda, Geofísica ou Engenharia de Petróleo? Hoje, todos parecem ter 10 anos menos. Quem tem 28, parece 18. Quem tem 39, vive como se fossem 29. Quem tem 40, 50, 60, mesma coisa. Por um lado, é ótimo ter um espírito jovial e a aparência idem, mas até quando se pode adiar a maturidade?
Não somos apenas a soma das nossas escolhas, mas também das nossas renúncias. Crescer é tomar decisões e depois conviver em paz com a dúvida. Adultos sabem que nunca terão certeza absoluta de nada, e sabem também que só a morte física é definitiva. Já “morreram” diante de fracassos e frustrações, e voltaram pra vida. Ao entender que é normal morrer várias vezes numa única existência, perdemos o medo – e finalmente crescemos. (*) por Eugenio Santana, escritor, jornalista, assessor de comunicação, publicitário, relações públicas. Autor de cinco livros publicados. Integrante de 30 instituições culturais do Brasil e Portugal. 18 prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia. E-mail: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9256-7754

terça-feira, 18 de março de 2014

BANALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES AMOROSAS (*)

Vivenciamos o final de uma época em que as aparências, associadas ao consumismo, ditam regras de comportamento social, e onde suspeitos interesses têm mais poder de influência do que valores humanos. Esta tendência comportamental acaba interferindo nos relacionamentos afetivos, a ponto de banalizar o amor e o sexo nas relações humanas. Desta forma, a busca pelo prazer restringe e enquadra o significado do amor e do sexo nas relações, não permitindo que a experiência propicie aprendizados e crescimento aos envolvidos. Atualmente, é muito comum encontrarmos "receitas ou fórmulas mágicas" de como se relacionar sem sofrer. Dicas, muitas delas provenientes de amigos ou de pessoas bem intencionadas, mas que refletem a crise relacional que o ocidente enfrenta por se submeter à tirania do materialismo, representado pelo dinheiro e o desconhecimento ou descrença nos verdadeiros valores da vida. Neste confuso cenário das relações afetivas, muitos indivíduos perdem-se no gozo das paixões efêmeras, sem se darem conta que o tempo passa velozmente e que a libido -que é apenas uma peça no extraordinário mecanismo do amor- diminui à medida que a idade avança ou a saúde declina. O amor, observado como proposta de crescimento entre duas pessoas que se relacionam, é muito mais que um encontro casual, que tem como estímulo a atração sexual, porque relação afetiva sem a devida valorização dos envolvidos é simplesmente satisfazer instintos primários ligados ao princípio do prazer. Por este motivo, a atual fase ocidental, não afirma ou confirma a emancipação de gêneros; pelo contrário, revela que se houve movimento emancipatório, libertador, este encontra-se atrelado a um estado de alienação provocado por interesses que giram em torno do consumo, da propaganda e de um poderoso valor materialista: o dinheiro. Nesta lógica comportamental e social, a busca pela satisfação tem gerado insatisfação, que por sua vez, gera mais insatisfação e fuga por prazer a qualquer custo. Situação que revela o ciclo vicioso de insatisfação ao qual muitas pessoas estão submetidas por tornarem-se dependentes de prazeres fugazes ou viciosos, seja através do sexo ou de outras formas que causam dependência química ou emocional. Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa, que determina a forma como a mesma se comporta e interage com outros indivíduos, consigo própria e com o meio ambiente. Portanto, valores humanos são valores morais, sociais, éticos -eu acrescento os valores espirituais- que representam um conjunto de regras para uma convivência saudável dentro de uma sociedade. Alguns valores trazemos com a reencarnação. Outros são adquiridos, reforçados ou alterados com a seqüência de vidas do espírito imortal, o que ocorre na infância durante a experiência educativa com os pais biológicos ou substitutos. Na minha experiência como jornalista, escritor e pesquisador da natureza humana, tenho observado um conjunto de valores e crenças, que de uma forma mais ou menos sutil, interfere no comportamento da pessoa adulta a ponto de influenciar nas suas escolhas. Portanto, estes valores internalizados, quando associados à experiência infantil da vida atual, podem ser alterados no sentido positivo ou negativo, conforme a influência parental pela via da educação e convivência. Na falta de valores humanos nas relações afetivas, tornamo-nos pessoas frágeis emocionalmente, desequilibradas psiquicamente, dependentes e carentes. Geralmente, sentimo-nos pessoas com baixa autoestima à procura de um sentido para a vida. E nesta busca, o prazer de efeito imediato pode tornar-se a "fórmula" encontrada de nos relacionarmos com o mundo ao nosso redor, ou seja, de buscarmos gratificações momentâneas no âmbito pelo qual interagimos com outras pessoas, a partir da visão egocêntrica da própria realidade. Desta forma, deixamos de qualificar a experiência existencial porque não valorizamos o amor no sentido de sua intensa relação com os aprendizados da vida. Por outro lado, a valorização do eu está intimamente ligada ao processo de autoconhecimento, que passa pela importância dos valores humanos inseridos no contexto vital. Agir diferentemente é ir à contramão das leis naturais que orientam o ser inteligente para o sentido amoroso da vida. O final de uma época, no entanto, revela o alvorecer de uma nova era de valorização do eu a partir de autodescobertas necessárias à essência em simbiose com o UNO. Este pertencer ao Todo Indivisível é a "chamada" de uma nova fase planetária de responsabilização do homem como agente de seu próprio destino. Você se valoriza e valoriza o outro? É tempo de questionar, refletir e rever conceitos e padrões comportamentais, pois o milênio de transformações começa a pressionar o ser inteligente para que ele se sinta como peça importante da engrenagem universal.
(*) Copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autoajuda e técnicas motivacionais. Ex-Revisor de textos jornalísticos do “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do livro biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É fundador e Gestor de Conhecimento da Terceira Margem Editora. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9256-7754

sexta-feira, 14 de março de 2014

NOSSOS MEDOS E LIMITAÇÕES (*)

As mudanças podem nos parecer tão ameaçadoras que preferimos passar a vida na segurança dos velhos modos de ser e de viver, que já não trazem mais nenhuma satisfação, a arriscar mergulhar no desconhecido que nos revela cada dia. Nossos medos nos fazem adiar a vida por tempo ilimitado, sempre deixando para um futuro que nunca chega, a suposta felicidade que vai vir de alguma ação que vamos ter um dia. O tempo vai passando e vamos nos acostumando tanto com nossas proteções que, pode ser que o Universo precise nos dar uma sacudida, colocando-nos diante de coisas que não podem mais ser adiadas tomando a decisão que já deveríamos ter tomado para a mudança. Muitas vezes, a vida nos coloca de frente com situações que nos fazem pensar que as coisas chegaram ao fim. o fim dos nossos sonhos, das nossas esperanças em alguma área mas, pode ser justamente o caminho que o Universo encontrou para um recomeço para uma vida mais plena e satisfatória. Recentemente, acompanhei uma história onde uma pessoa se viu diante de uma situação assim, se viu diante do que ela mais temia. O que representava o seu maior medo, se concretizou e, no princípio as coisas foram mais difíceis mesmo, mas com o passar do tempo essa pessoa se transformou de uma forma que ninguém poderia imaginar e muitas das suas limitações e dos seus medos foram deixados para trás. Olhando essa pessoa, você percebe claramente que ela passou por uma mudança tão profunda que muitas das coisas que eram limitação para ela agora parece que nunca existiram e ela acessou partes criativas que antes nem ousava manifestar, porque sua energia era gasta em criar escudos de proteção para que seu medo não se manifestasse. O medo nos faz criar tantos escudos de proteção que acabam se transformando em prisões onde nós somos os prisioneiros e, quando focamos no que tememos, acabamos atraindo aquilo para nossas vidas. A cura, nesse caso, veio por esse caminho, onde ela pensou que as coisas tinham chegado ao fim em determinada área, mas na verdade, o que veio depois que ela liberou os medos foi o início de uma outra vida muito mais plena. De uma forma ou de outra, quando estamos prontos para renascer, se não cooperamos trabalhando nossos medos e nossas limitações, o Universo provoca mudanças, pequenas mortes para grande renascimentos. Se queremos mesmo transformar o que não está bom... o dia é sempre hoje e a hora é sempre agora. Os medos são os maiores limitadores, e encará-los de frente, trabalhando para liberar a causa desses medos, pode nos revelar partes nossas que nem imaginávamos que existiam. Sempre que identificamos algum medo, ao invés de fingir que ele não existe e adiar mais um pouco a vida, podemos fazer alguma coisa para libertá-lo.
(*)copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Revisor de textos jornalísticos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do perfil biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É Gestor de Conhecimento na Terceira Margem Editora. E-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754

terça-feira, 11 de março de 2014

SEM RESSENTIMENTOS (*)

Falar a nossa verdade é uma das coisas mais difíceis para nós. Dizer às pessoas - especialmente aquelas que amamos e admiramos - o quanto estamos chateados com eles, é extremamente difícil; a razão que faz com que seja tão difícil é que temos medo de rejeição, de perder sua aprovação e, finalmente, perder o seu amor.
Se quisermos ser gentis e amigáveis, nossas interações tornam-se uma representação, uma atuação onde o amor verdadeiro é difícil de encontrar. Quando você decide enfrentar o medo da rejeição e dizer o que você realmente sente, algo surpreendente acontece. A sua transparência o liberta, o que lhe permite liberar os juízos e emoções acumuladas e deixar ir o ressentimento. Assim, a apreciação e inocência que a relação tinha tido antes podem voltar. Esta é a razão pela qual muitos casais vão crescendo separados ao longo do tempo: por medo de perder o outro, escondem o que realmente sentem. O resultado? Duas pessoas que estão fisicamente próximas, mas separados internamente de qualquer maneira. A necessidade de sermos aprovados por nossos entes queridos, de controlar e manipular a sua opinião acerca de nós, vem de nossa própria necessidade de aceitação e amor. Só quando perdemos a capacidade de aceitar a nós mesmos é quando começamos a nos preocupar com o que os outros pensam e, por isso, começamos a esconder e retorcer para nos tornarmos o que nós consideramos "bom o suficiente". A fim de mudar essa situação, nós temos que ir para dentro e começar a buscar em nós mesmos. Há muitas maneiras de ir para o interior; algumas pessoas usam a meditação, outros simplesmente se concentram em estar presentes consigo mesmo... Eu ensino as facetas do meu sistema, que é o que funcionou para mim. O importante é que você comece a se ouvir, prestando menos atenção à forma como o exterior diz que você seja e começar a ouvir a voz do seu próprio coração. Isto tornará mais fácil para você começar a falar a sua verdade e soltar a necessidade de aprovação externa. O ressentimento vem de sentir carência de algum tipo: de se sentir maltratado, desrespeitado, ou ferido de alguma forma. Quando você se sentir assim, escolha dar. Quando você dá, você leva sua atenção longe de seu próprio drama de insatisfação e, imediatamente, você se concentra na abundância: naquilo que você tem, em vez do que está errado ou o que está faltando. Esta é uma forma muito poderosa para mudar o seu foco, da carência para a apreciação. O ressentimento é um truque que temos para ficar longe da apreciação da beleza do momento presente. Não deixe que ele o domine: a vida é preciosa demais, muito cheia de emoção e oportunidades para permanecermos presos no passado. Utilize estes passos simples para treinar e experimentar o frescor do aqui e agora, e você ficará livre de ressentimentos. (*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, assessor de comunicação, relações públicas, copydesk, verse maker e self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autorrealização e toques motivacionais. Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: e-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754

sábado, 1 de março de 2014

A CRÔNICA DO AMOR PERDIDO (*)

Quem quer ser trocado? Quem quer ser preterido por outra pessoa? É verdade: descobrir que a pessoa que você ama preferiu ficar com outra em vez de continuar com você dói! E não é pouco, não! Diria que raras situações são tão dolorosas como essa! A pessoa fica sem chão. Não sabe o que fazer e nem para onde ir. A pergunta que grita dentro dela, entre lágrimas e um milhão de pontos de interrogação, é: "e agora?". Mas tem outras: "o que fiz de errado?", "o que aquela pessoa tem que eu não tenho?", "o que deveria ter sido diferente?", entre outras que, quer saber? Em princípio, não ajudam em nada! Algumas pessoas, ainda, decidem interpretar essa situação como se seu amor tivesse sido roubado. Será? Será mesmo que alguém rouba uma pessoa adulta, inteligente, com vontade própria e que sabe fazer escolhas? Não me parece! Então, por mais difícil que seja, é bom começar a admitir que ela foi porque quis. Que ela fez uma escolha. E que, acima de tudo, ela tem esse direito! E isso quer dizer alguma coisa! Alguma coisa muito importante e que você precisa escutar: neste momento, era o melhor que poderia ter acontecido! Era assim que tinha de ser! Nada é por acaso! Você pode não compreender agora. Mas vai compreender mais pra frente. Você pode estar doendo mortalmente, mas vai passar, pode apostar. E enquanto não passa, você tem saída! Tem opções. Não precisa doer sozinho. Não precisa suportar tudo isso bem quietinho. Veja bem! Fazer um tremendo escândalo e expor todo mundo é uma saída. Mas não é a melhor, certamente. Não é sensato e, muito provavelmente, você vai se arrepender antes mesmo de se sentir melhor de verdade. Gritar e chorar muito também é uma saída. Mas é melhor que você faça isso dentro de casa. É bom pra colocar pra fora essa dor lancinante. Falar o que pensa e sente também é bom! Mas que seja para a pessoa certa. Se for possível, para o ex-amor. Além disso, um bom profissional, tal como um psicanalista, pode ser essencial. Alguém que ajude você a assimilar e digerir o que aconteceu e a lidar com o que está acontecendo pode ser a grande diferença entre um passo adiante e a estagnação diante da dor. No mais, viver um dia de cada vez é fundamental! Ninguém vive o luto da perda de um amor numa noite. É um processo. E pode ser cheio de aprendizado e amadurecimento. Tudo vai depender do que você vai fazer com o que está sentindo. Culpar alguém por ter roubado seu amor não é, definitivamente, uma conclusão eficaz. Serve apenas para tornar você uma mera vítima das circunstâncias. E vítimas são reféns do destino. Permita-se vivenciar o sofrimento. Peça colo aos amigos e familiares. Você realmente vai precisar de alguns dias, semanas e talvez até meses para se superar. Tudo bem! Acolha-se! Respeite sua dor. Mas permaneça atento, porque quando se sentir um pouco mais forte será o momento adequado de se levantar e recomeçar. Se você tiver aproveitado esse tempo para rever a sua parte nesta situação, para aprender com seus próprios enganos e para se dar conta de suas convicções limitantes, nada mais poderá detê-lo. Você vai voltar pra vida e pro amor muito melhor, muito mais pronto para atrair, não alguém que esteja em dúvida ou que abandone o barco na primeira dificuldade. Não alguém que minta e seja covarde no momento de fazer uma escolha. Não! Alguém que esteja disposto a permanecer ao seu lado para o que der e vier. Alguém que, embora não possa lhe garantir a eternidade, pode sim, comprometer-se com a verdade desse amor dia após dia. Por que se acabar, não será por qualquer tipo de delito ou crime contra um coração! Será, sobretudo, por dignidade. Porque é assim que é... e o tempo comprova essa verdade!
(*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, assessor de comunicação, relações públicas, copydesk, verse maker e self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autorrealização e toques motivacionais. Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: e-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754