segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O HOMEM ERRA, DEUS PERDOA E A NATUREZA SE VINGA (*)

Não gostaria que esta crônica fosse ligada a acontecimentos reais. Catástrofes sempre existiram e vão continuar existindo. Elas, fundamentalmente estão ligadas a duas causas: A primeira trata, costuma-se dizer, da ação do homem sobre a Natureza. O desmatamento, a queima de combustíveis fósseis, o represamento de rios, o aumento desordenado de centros urbanos, etc. Aqui não entram as catástrofes provocadas propositalmente pelo homem com a intenção de causar prejuízo (lançamento da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, destruição das Torres Gêmeas, etc.). Este tipo de fenômeno dificilmente deixará de acontecer. Por mais que se precavenha, os efeitos colaterais sempre aparecem. O homem falha. É próprio da sua natureza. Lembram de Adão e Eva? Então... A segunda causa das catástrofes acontece independente da ação humana. São os furacões, terremotos, vulcões (destruição de Pompéia), a glaciação e assim por diante. Aquecimento global. Este fenômeno provoca mais uma vez a prepotência humana e ele chama para si toda a culpa. Na verdade o que ele quer é ser valorizado, mesmo que a obra não proporcione nada de bom para a Humanidade. Mas é algo memorável. É isto que lhe interessa. Acabo me lembrando de um “Causo” sobre um galo que cantava toda manhã antes do sol nascer. Na sua cabecinha prepotente, achava que o sol aparecia para admirar seu canto. Para mostrar ainda mais seu poder, resolveu que na manhã seguinte não cantaria para deixar todo mundo às escuras. Não cantou. O Sol nasceu naturalmente. E ele, continuando em sua prepotência, ficou achando que o Astro Rei estava com algum problema... Um dia desses ouvi um geólogo dizendo que a Natureza não acerta e nem erra. Ela está lá. Ela é o que é. Ela acontece independente do que é certo ou errado, para nós, os Humanos. O que é certo pra ela? O que é errado? Quem tem a essa noção é só o Homem. Pior: varia de acordo com a cultura. O Tietê não invadiu a Vila Pantanal. A Vila Pantanal é que invadiu o Tietê. O Rio não sabe o que é certo ou errado. Mas o Homem sabe. E erra. Erra o miserável por falta de opção. Erra o político por incompetência ou por interesses escusos. Erra o empresário por ganância quando supervaloriza a vista pro mar do alto de uma encosta e minimiza os riscos que ali estão presentes. E daí? O que sobra? Sobra a esperança (do Homem é claro) de que Deus na sua suprema sabedoria e bondade perdoe a todos. (*) EUGENIO SANTANA é Gestor editorial, Assessor de imprensa, Analista de Marketing digital, Crítico literário, Outsider, Blogueiro; Self-made man. Escreve Biografias. Autor de "Ventos Fortes, Raízes Profundas", autoajuda, Madras editora. (41) 9547-0100 ZapZap