Outono... Ou tô no outono ou não tô no outono. Se eu tô no outono é preciso deixar pra trás o que não presta mais. Despir-me das inutilidades, das vaidades, de tantas bobagens. Do peso extra que carrego nos ombros. Deus! Hão de ficar mais leves e soltos. E a vista, embora cansada pra dentro ficará mais aguçada e não fingirei mais ser o que não sou. De que valem as flores para quem não as enxerga nem sente seu perfume? De que vale o céu azul para quem é cego? Outono. O cair das folhas e das ilusões. Bastará relaxar e sorrir o sorriso da serenidade, o sorriso de quem sabe. E assim vamos compor a sinfonia do outono porque ou tono ou não tono e se tono ser feliz no outono. (Escritor/Jornalista EUGENIO SANTANA)
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