quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

AS CANÇÕES DO ESQUECIMENTO (*)

Ironicamente minhas canções do “ouvido” são saboreadas, hoje, apenas por meio de Sarah Brightman, Loreena Mckinnit, Vander Lee, Paulinho Pedra Azul, Legião Urbana, Ana Carolina, Zeca Baleiro, Madredeus, e Marisa Monte. Para ouvir e escrever, em meus devaneios notívagos, aprecio Gheorge Zamfir, Debussy, Beethoven, Mozart e Secret Garden. “As Canções do Olvido” fogem à encantadora magia musical. Ainda que, música e literatura transforma-se em uma simbiose perfeita. São fragmentos arrancados das Asas da Memória do mineiro-menino de Paracatu de antanho e do moço-velho de hoje. Cidades são pessoas e seus bairros braços-tentáculos, coração, músculo, alma noturna, caos urbano, agressão à Natureza, devastação do Meio Ambiente de forma gratuita, cruel. Meio século de vivência no planeta-escola. E as pessoas? Continuam vivenciando a zona de conforto na mesmice robotizada; não mudaram a essência que as caracterizam: inveja, pré-conceito, pré-julgamento, falta de ética. Continuam arrogantes, pretensiosas, autoritárias, vingativas, hedonistas, cruéis, sarcásticas, hipócritas e medíocres. Salvo raríssimas e honrosas exceções. E o século vinte e um é marcado pela inversão de valores, cujo epicentro é o cérebro guiado pelo reflexo condicionado às novas tecnologias que robotiza e coisifica. Quanto às drogas pululam por aí uma centena delas, atuando como fuga e válvula de escape, inapelavelmente. E o ser despersonalizado comete os piores abusos a si mesmo e inomináveis atrocidades contra pessoas inocentes e indefesas. A harmonia do planeta Terra acabou: por conta do desmatamento liquidaram com os rios, as florestas, o cerrado, a fauna, a flora e os pássaros; e o clima? As estações estão em desequilíbrio e a temperatura até 2039 está prevista para os 50 graus. Em as “As Canções do Olvido”, reafirmo que fui feliz e me senti realizado: minha infância em Paracatu, Minas Gerais, a adolescência em Anápolis, o alumbramento ao conhecer e morar no Rio de Janeiro e experimentá-lo; e a juventude, em Brasília, cidade na qual vivi o apogeu do aperfeiçoamento profissional e intelectual. O casamento, os dois primeiros livros publicados, a faculdade, a Rosacruz e a boêmia musical e literária na Asa Norte de Renato Russo e cia. Concernente aos amigos, intermináveis frustrações e traições dissimuladas. Guardo cicatrizes ocultas nas costas, por conta de incontáveis punhaladas. Ainda assim, agradeço o aprendizado e os perdôo. Sei que Dói, fere, machuca. Não há nada comparável ao perdão para sairmos de alma lavada de qualquer situação-limite. Meu estigma positivo: vim a este mundo para perdoar, amar e esquecer o mal que ousaram inutilmente me insuflar e, assim, viajo, sereno, através das Asas do Esquecimento. Afinal, o escritor é a antena do mundo e um inquestionável Lobo Solitário; o poeta, um Anjo visionário de Asas líquidas sobre a terra. O jornalista, como formador de opinião e comprometido com a Verdade, está constantemente contrariando os imbecis e sob a mira ameaçadora do “Sistema” e dos poderosos que o compõem. Fica fora do Esquecimento o Amor verdadeiro, incondicional e autêntico do meu pai e de minha mãe que estão, cumprindo novo ciclo, no Plano Infinito. São os autores de minha vida, devo a eles tudo o que eu sou e, diariamente, lembro-me deles com saudade e sussurro que são os únicos amores confiáveis, eternamente. Quanto ao resto é resto mesmo. Dejeto não reciclável. Lixo humano. Prolixos na tarefa abjeta de caluniar, difamar, invejar e prejudicar. Eu os entrego, víboras malditas, canalhas e pusilânimes, para a Justiça Divina - A Justiça Azul e Cósmica. Essa age célere e é extremamente eficaz e implacável. E na voz do silêncio do Esquecimento, aos que me torturaram e causaram perdas irreparáveis, o meu perdão. Sigo o exemplo e os passos do Mestre do Amor e da Sabedoria. Contudo, ninguém retira de mim “As Canções do Olvido”. Ainda que, os dispensáveis seres sombrios e rastejantes tenham dúvida: SER ESCRITOR é uma MISSÃO que o TODO-PODEROSO me concedeu. Prometo cumpri-la até o último dia de minha vida. Palavra de Autor! “As Canções do Olvido”, não serão ouvidas. Será lida pela minha “tribo cósmica” e o meu grupo de Leitores vorazes, leais e fiéis. Maktub. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, agente literário, publicitário, gestor editorial, analista de marketing digital e palestrante. Nove livros publicados. Membro benemérito "ad honorem" do Centro Cultural, Literário e Artístico de PORTUGAL. Contatos: autoreugeniosantana9@gmail.com e (41) 99547-0100 WhatsApp

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

FRAGMENTOS DO CORAÇÃO (*)

Todo relacionamento deve ser cultivado visando criar a maior sinergia possível entre o casal. Entretanto, algumas pessoas têm a terrível mania de consertar o que não tem mais jeito. Seu relacionamento está passando por uma crise ou já terminou faz tempo? Na vida é preciso fazer alguns ajustes, consertos fazem parte. Entretanto, o remendo enquanto hábito evidencia que algo está errado. Viver uma relação abusiva que traz só tormenta não é a resposta para nada. Passar os anos como um “remendador” destrói a autoestima e o valor próprio ao se comportar como um escravo sentimental. Será a pessoa capaz de remendar a si mesma depois de tanto tempo tentando remendar uma relação quebrada? Quem vive juntando os próprios cacos emocionais está mais perto das trevas do que a luz do amor libertador. Uma relação amorosa de excelência infelizmente ainda são exceções. Boa parte das pessoas finge não apenas para o grande público, mas sobretudo para si mesmo. E desse modo vão seguindo os dias como se não tivessem outras alternativas ou esperança de uma mudança maior. Preferem a certeza dos remendos ao invés do desconhecido longe da zona de conforto. Remende suas feridas, remende seu comportamento, remende até o que não for seu. No entanto, não reclame se o universo não o remendar de alguma forma. Afinal, de que adiante pedir uma solução ao cosmos se nem ao menos o seu coração você dá ouvidos? E muitas vezes é melhor recomeçar uma centena de vezes ao invés de ficar aprisionado na primeira armadilha. Um conserto que nunca tem fim é uma forma de autocastigo? (*) EUGENIO SANTANA é Gestor editorial, Assessor de imprensa, Analista de Marketing digital, Crítico literário, Outsider, Blogueiro; Self-made man. Escreve Biografias. Autor de "Ventos Fortes, Raízes Profundas", autoajuda, Madras editora. (41) 9547-0100 ZapZap

O HOMEM ERRA, DEUS PERDOA E A NATUREZA SE VINGA (*)

Não gostaria que esta crônica fosse ligada a acontecimentos reais. Catástrofes sempre existiram e vão continuar existindo. Elas, fundamentalmente estão ligadas a duas causas: A primeira trata, costuma-se dizer, da ação do homem sobre a Natureza. O desmatamento, a queima de combustíveis fósseis, o represamento de rios, o aumento desordenado de centros urbanos, etc. Aqui não entram as catástrofes provocadas propositalmente pelo homem com a intenção de causar prejuízo (lançamento da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, destruição das Torres Gêmeas, etc.). Este tipo de fenômeno dificilmente deixará de acontecer. Por mais que se precavenha, os efeitos colaterais sempre aparecem. O homem falha. É próprio da sua natureza. Lembram de Adão e Eva? Então... A segunda causa das catástrofes acontece independente da ação humana. São os furacões, terremotos, vulcões (destruição de Pompéia), a glaciação e assim por diante. Aquecimento global. Este fenômeno provoca mais uma vez a prepotência humana e ele chama para si toda a culpa. Na verdade o que ele quer é ser valorizado, mesmo que a obra não proporcione nada de bom para a Humanidade. Mas é algo memorável. É isto que lhe interessa. Acabo me lembrando de um “Causo” sobre um galo que cantava toda manhã antes do sol nascer. Na sua cabecinha prepotente, achava que o sol aparecia para admirar seu canto. Para mostrar ainda mais seu poder, resolveu que na manhã seguinte não cantaria para deixar todo mundo às escuras. Não cantou. O Sol nasceu naturalmente. E ele, continuando em sua prepotência, ficou achando que o Astro Rei estava com algum problema... Um dia desses ouvi um geólogo dizendo que a Natureza não acerta e nem erra. Ela está lá. Ela é o que é. Ela acontece independente do que é certo ou errado, para nós, os Humanos. O que é certo pra ela? O que é errado? Quem tem a essa noção é só o Homem. Pior: varia de acordo com a cultura. O Tietê não invadiu a Vila Pantanal. A Vila Pantanal é que invadiu o Tietê. O Rio não sabe o que é certo ou errado. Mas o Homem sabe. E erra. Erra o miserável por falta de opção. Erra o político por incompetência ou por interesses escusos. Erra o empresário por ganância quando supervaloriza a vista pro mar do alto de uma encosta e minimiza os riscos que ali estão presentes. E daí? O que sobra? Sobra a esperança (do Homem é claro) de que Deus na sua suprema sabedoria e bondade perdoe a todos. (*) EUGENIO SANTANA é Gestor editorial, Assessor de imprensa, Analista de Marketing digital, Crítico literário, Outsider, Blogueiro; Self-made man. Escreve Biografias. Autor de "Ventos Fortes, Raízes Profundas", autoajuda, Madras editora. (41) 9547-0100 ZapZap

sábado, 5 de janeiro de 2019

O CAOS TE CHAMA

Os viciados no caos são mais comuns do que você pode imaginar. Sempre estão pelo menos quinze minutos atrasados e assim chegam tarde em todos os lugares, correndo e esbaforidos. Pedem desculpas e colocam a culpa no trânsito. Também ficam desesperados no final do mês quando chegam as contas e pela enésima vez descobrem que compraram mais do que podiam pagar e que agora têm um sério problema. Perdem tudo, nunca encontram nada, sempre erram as datas, uma assinatura ou o que quer que seja. Andam de mãos dadas com o erro. Também são metidos a valentões. É o tipo de pessoa que briga por tudo. Colocam a culpa no comerciante porque os biscoitos aumentaram de preço. Recriminam o taxista por dirigir muito devagar de propósito, ainda que o congestionamento não o deixe ir em frente. Estão o tempo inteiro brigando por algo ou com alguém. Os viciados no caos são extremamente desorganizados. Seu armário é um espaço assustador onde ao lado de um suéter pode haver uma laranja ou debaixo de um monte de roupa mal dobrada podem estar as chaves da porta, que foram perdidas há dois meses. Se alguém pergunta sobre essa bagunça, reclamam e negam tudo. Dizem que não têm tempo, que estão cheios de problemas, que a organização é coisa para “desocupados”. O que é que realmente acontece com eles? (Copydesk/Fragment by Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)