sábado, 8 de maio de 2021

INSACIÁVEIS VAMPIRAS DO AMOR (*)

Querem viver a sua vida. Não suportam a sua independência e visão do mundo. E não se importam com os seus valores mais preciosos. Invejam-lhe, mas não se dão conta disso. Inventam que querem cuidar de você, quando, na verdade, quer lhe absorver até ultrapassar todos os seus limites físicos e emocionais. Insaciáveis, sugam sua energia para torná-lo mais vulnerável. Querem corromper sua lucidez e bom-senso, porque assim fica mais fácil a sua submissão. Seduzem-lhe por onde você é mais frágil. Quebram aos poucos sua autoestima. Minam a sua energia e se alimentam insaciavelmente de tudo o que você é. A solução para esse tipo de relacionamento é a ruptura imediata, o corte, e se possível, o rompimento por completo com toda forma de contato. Você não está apaixonado e nem amando, está apenas intoxicado pelo que ela lhe infunde. É por meio da inserção de pensamentos e sentimentos desastrosos que o predador emocional, dia após dia, vai roubando a sua capacidade de lucidez. Suas ações funcionam como uma espécie de droga venenosa que é gradativamente injetada e que tem uma única função que é a de lhe intoxicar. Acorde! Você está correndo risco de morte. Acredite em você e em suas mais ínfimas percepções. Dê ouvidos a si mesmo. Mesmo sendo fruto de situações assimiladas em nossa infância, quando fomos doutrinados a sermos obedientes, educados, cordatos e convenientes, devemos nos lembrar que para sobrevivermos também precisamos saber impor limites e saber dizer não. Vítimas deste tipo de assassinos silenciosos, em geral, são visionários, sensíveis e românticos que acreditam que serão capazes de reparar absolutamente todo o mal-estar do outro, incluindo suas mudanças repentinas de humor. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, biógrafo, economista, contabilista e gestor em RH. Autor de 15 livros publicados: "Hóspede da Terra, Passageiro do Mundo", "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (41) 9.9909-8795 WhatsApp - email: es.escritor1199@gmail.com

quarta-feira, 5 de maio de 2021

ÊXTASE OU FUGA?: A BEBIDA AO LONGO DA HISTÓRIA (*)

Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. A partir de um processo de fermentação natural ocorrido há aproximadamente 10.000 anos o ser humano passou a consumir e a atribuir diferentes significados ao uso do álcool. Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas. Em uma das mais belas passagens do Antigo Testamento da Bíblia (Gênesis 9.21) Noé, após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida a ponto de se embriagar. Reza a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Momentos depois seu filho Cam o encontrou "tendo à mostra as suas vergonhas". Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez. Michelangelo, famoso pintor renascentista (1475-1564), se inspirou nesse episódio pintar um belíssimo afresco, com esse nome, no teto da Capela Sistina, no Vaticano. Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios. O solo e o clima na Grécia e em Roma eram especialmente ricos para o cultivo da uva e produção do vinho. Os gregos e romanos também conheceram a fermentação do mel e da cevada, mas o vinho era a bebida mais difundida nos dois impérios tendo importância social, religiosa e medicamentosa. No período da Grécia Antiga o dramaturgo grego Eurípedes (484 a.C.-406 a.C.) menciona nas Bacantes duas divindades de primeira grandeza para os humanos: Deméter, a deusa da agricultura que fornece os alimentos sólidos para nutrir os humanos, e Dionísio, o Deus do vinho e da festa (Baco para os Romanos). Apesar do vinho participar ativamente das celebrações sociais e religiosas greco-romanas, o abuso de álcool e a embriagues alcoólica já eram severamente censurados pelos dois povos. Os egípcios deixaram documentado nos papiros as etapas de fabricação, produção e comercialização da cerveja e do vinho. Eles também acreditavam que as bebidas fermentadas eliminavam os germes e parasitas e deveriam ser usadas como medicamentos, especialmente na luta contra os parasitas provenientes das águas do Nilo. A comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua regulamentação. A intoxicação alcoólica (bebedeira) deixa de ser apenas condenada pela igreja e passa a ser considerada um pecado por esta instituição. Durante e Renascença passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool participa dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa. O fim do século 18 e o início da Revolução Industrial é acompanhado de mudanças demográficas e de comportamentos sociais na Europa. É durante este período que o uso excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem. Ainda no início e na metade do século 19 alguns estudiosos passam a tecer considerações sobre as diferenças entre as bebidas destiladas e as bebidas fermentadas, em especial o vinho. Neste sentido, Pasteur em 1865, não encontrando germes maléficos no vinho declara que esta é a mais higiênica das bebidas. Durante o século 20 paises como a França passam a estabelecer a maioridade de 18 anos para o consumo de álcool e em janeiro de 1920 o estado Americano decreta a Lei Seca que teve duração de quase 12 anos. A Lei Seca proibiu a fabricação, venda, troca, transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de bebida alcoólica e foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública e economia americana. Foi no ano de 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença. No ano de 1967, o conceito de doença do alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da 8ª Conferência Mundial de Saúde12,13. No CID-8, os problemas relacionados ao uso de álcool foram inseridos dentro de uma categoria mais ampla de transtornos de personalidade e de neuroses. Esses problemas foram divididos em três categorias: dependência, episódios de beber excessivo (abuso) e beber excessivo habitual. A dependência de álcool foi caracteriza pelo uso compulsivo de bebidas alcoólicas e pela manifestação de sintomas de abstinência após a cessação do uso de álcool. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, biógrafo, economista, contabilista e gestor em RH. Autor de 15 livros publicados: "Hóspede da Terra, Passageiro do Mundo", "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (41) 9.9909-8795 WhatsApp - email: es.escritor1199@gmail.com

terça-feira, 4 de maio de 2021

A MÍDIA DIVULGA O CAOS...

Neste contexto é imprescindível lembrar Nelson Rodrigues e o seu conhecido "óbvio ululante". Ainda assim, é necessário dizer este "sincericídio", já que sou um jornalista Kamikaze:
A primeira página dos jornais e as histórias de destaque na internet ou na televisão parecem focar em crimes, acidentes, política, economia e pessoas em evidência exibindo comportamentos inadequados. (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

segunda-feira, 3 de maio de 2021

INOLVIDÁVEIS ASAS DE SAUDADES, MINHA MAMÃE ADÍLIA SANTANA

Indescritíveis Asas de Saudade, amada Mãezinha Adília. Hoje completaram 10 anos de sua ausência física. A Dor continua dilacerante. Luto contra o LUTO, inutilmente. O seu amor infinito e verdadeiro é inesquecível, valioso, precioso e único. Incomparável. Que Deus me perdoe por evocar diariamente a sua ausência. Mas, afinal, Deus é Amor e o que Ele mais faz é Perdoar. Amo-te eternamente, Mamãe. ( Eugenio Santana, em memória de Adília Santana *25/10/1929 +02/05/2011)