sábado, 4 de maio de 2024

CARTA CELESTIAL...

Amado filho meu, Quando passei daqui pra lá, eu sabia que o seu coração de escritor iria se partir e sua alma ficaria imolada. É aqui e não aí que eu moro; nas montanhas, nos campos, nos lagos, nos jardins cósmicos, no vôo quase imperceptível do colibri, nas asas diáfanas das borboletas, nos rios, córregos e riachos; nos pomares e nos mares do sem fim... Na chegada da Aurora e em cada Crepúsculo, nos pássaros, nas árvores e no céu azul, você ficará sabendo que ainda estou por perto. Eu parti seu coração, não há como desfazer isso; sofra agora, mas não permaneça muito tempo na escuridão. Se eu estivesse aí e você estivesse aqui, você claramente veria que você, Toninho, está bem aí e eu estou bem aqui, foi onde nós escolhemos estar. Caminhos da transcendência anímica... Portanto, dance, leia, escreva, cante e ria alto, como sempre fizemos em nossa ampla casa azul da querida Anápolis. Quando pegava a estrada rumo ao Rio de Janeiro, pra cumprir sua missão de Jornalista, eu apenas me recolhia na saudade e orava... Eu sei que é difícil não podermos desvendar os segredos do Invisível, mas saiba que eu estou bem aqui ao seu lado. E quando sentir vontade de chorar, tente sorrir por meio das lágrimas... Lembro quando você me dizia, filho querido: “Não mais Rosto Desfigurado, e sim: Rosto Iluminado.”Espero que você lembre que eu o amarei através dos séculos e milênios. Você está certo: eu e seu pai fundimos numa mesma Estrela e sei que todas as noites, com lágrimas incontidas, nos observa, agradece e pede perdão. E, quando estiver se sentindo sozinho e não souber o que fazer, feche os olhos e leia esta carta que eu lhe escrevi. Eu o amo, meu filho, - Adília Santana “das flores”. (*) Em 2/5/2011 minhadorável mãe foi morar com papai numa Estrela brilhante, no Plano Infinito. Se existir um sentimento acima de “Saudade”, ainda é pouco... Completaram treze anos sem a sua luminosa presença física. Meu ponto de LUZ aqui no planeta-escola. Beijos cósmicos, mamãe, acompanhados de minha infinita GRATIDÃO! – Eugenio Santana.

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