segunda-feira, 29 de abril de 2024

RÓTULOS...

Temperamental, intempestivo, obstinado, ousado, criativo, talentoso, intenso, transparente, autêntico, precipitado, ansioso, kamikaze. Estes são alguns “rótulos” que atribuem a mim, ainda que, eu não pré-julgue ninguém e respeite as diferenças. Sou adepto da citação: “Cuide de tua vida, da minha cuido eu!”. Ninguém jamais mudará a minha ESSÊNCIA, maneira de ser e visão de mundo. Considerando que eu pague um preço alto ou não. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA)

NOSSO TEMPO...

Tempo em que os acessórios valem mais do que o fundamental. Tristes tempos. As amizades interesseiras têm prazo de validade. As relações são inconstantes e efêmeras. Tempos escassos de comportamentos de compaixão e empatia. Uma geração narcisista hedonista, coisificada e de valores invertidos. Descartar uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto ou animal de estimação. Vivemos em uma sociedade em que o consumo robotiza a pessoa. Falta um efetivo sonho de vida e sobram angústias e ansiedades pela nulidade desse sonho. (Escritor/jornalista Eugenio Santana)

CAPACIDADE DE SABOREAR O MUNDO...

Conheço muitos testes de inteligência. Não conheço nenhum teste de sabedoria. É fundamental saber a diferença entre essas duas, inteligência e sabedoria, frequentemente confundidas. A inteligência é a nossa capacidade de conhecer e dominar o mundo. Ela tem a ver com o poder. A sabedoria é o êxtase de saborear o mundo. Ela tem a ver com a felicidade. (AUTOR EUGENIO SANTANA - IMAGEM E PALAVRA)

domingo, 28 de abril de 2024

AMOR ENGARRAFADO...

SE VENDESSEM AMOR ENGARRAFADO VOCÊ COMPRARIA? Com sabores felizes todos os dias, decepção e amor não correspondido. Na verdade já existe está na prateleira da sua vida, porém essas garrafas não tem rótulos, e quem decide o quanto vai se embriagar é você. (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista e filósofo
)

FRAGMENTADO...

Há muito tempo meus escritos sangram. Olhos perplexos – pupilas dilatadas, alma imolada – coração partido. Sigo o roteiro dos pássaros e dos visionários e a angústia é tamanha que não caberia na taça de cicuta de todos os poetas alados abandonados pelo desencanto e a neuroforia de um mundo que jamais lhes pertencera. Quem realmente me amou – foram três aquelas que me amaram?! Talvez não existam mais para os festins do amor do ex-Adônis de Paracatu... Apenas cinzas e sombras celebram e um anjo guardião protege-me, atento ao que restou dos meus próprios fragmentos. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA)

ALUMBRAMENTO...

Misterioso alumbramento do homem ante a sedução metamorfósica da terra, mutações da natureza selvagem e inexplorada absorvem nossos sonhos e indagações. (AUTOR EUGENIO SANTANA - IMAGEM E PALAVRA)

UMA MÁQUINA PARA COMPOR O TEU SORRISO...

Necessitas de uma máquina para compor o teu sorriso. Amas o brilho corrosivo de velhas fórmulas sem nenhum valor. Invertes o papel, e o olor que fica ainda cobiças. Pela análise do olho obviamente és humano. Nem insano é o teu gesto: projetas o modelo falido e introjetas o declínio que te degrada, coisifica e robotiza. (Escritor/jornalista EUGENIO SANTANA)

DÚBIA ÁGUIA...

A noite, voraz pantera, dúbia água, é dúvida curta, dádiva garimpada nos olhos das manhãs orvalhadas, e o verso solto em nossas cabeças é o raio que flui em vossa emoção, aconchegado a vossos pés. Talvez, amanhã, seremos pássaros obscuros no escuro ventre da Terra; seremos férteis sementes e, quem sabe, voaremos juntos rumo ao Nirvana? (AUTOR EUGENIO SANTANA - IMAGEM E PALAVRA)

sábado, 27 de abril de 2024

QUEM É ESSA VÊNUS-AFRODITE? (*)

Onde está ela? Onde está aquela que viverá comigo todas as aventuras do corpo e do coração? E também da alma. Aquela que comigo construirá a alta torre da vida partilhada? Há entre vós quem não atravesse mares, desertos, montanhas e vales para encontrar-se com a mulher que sua alma escolheu? Cogito na possibilidade de todas as mulheres do mundo amalgamadas numa só expressão feminina. Por volta do final da década de sessenta, iniciou-se de vez a impressão gráfica em cores nas revistas brasileiras. Descobri ao acaso este sugestivo título, acima epigrafado, numa publicação muito lida naquela época. Desde então, volta e meia, essa frase platonicamente romântica adeja minha cabeça, instigando uma lacônica crônica. Vasta experiência concernente a tão decantada alma feminina – expressão de Lilith-Eva, sei lá... Não sei porque nesse momento aflora-me a Crônica do Amor Louco; breves passeios sobre as memórias de Casanova me alegram o espírito e numa perplexidade de Adônis de Paracatu, um Alain Delon revigorado, e com o olho de Hórus, me lembro de um comentário pleno de conteúdo de uma amiga que se referiu a mim dizendo: “você me lembra o personagem Dom Juan – interessante filme estrelado por Johnny Deep e Marlon Brando”. Inefáveis lembranças... Cada experiência traz em si o sabor singular do verdadeiro conhecimento. E conhecer é saborear. Insofismável iniciação: compartilhei romances via corpo, alma e coração com um número razoável de mulheres especiais que cruzaram os meus caminhos. Delas recebi lições inesquecíveis de vida, luz e amor e o aperfeiçoamento da libido, o despertar da kundalini fez a serpente emplumada levitar e, de quebra, algumas performances básicas do Kama-Sutra foram incorporadas. E quanto mais as conheço e vivencio, mais as considero um planeta inexplorado de seres mutantes. Muito embora, um famigerado poeta disse antes: “as mulheres foram feitas para serem amadas e não para serem compreendidas”. Sinceramente, faz sentido. Aqueles ou aquelas que insistirem em ir mais fundo no tema, sugiro a leitura do ensaio para as mulheres, escrito por mim, em 9/9/1999. História completa com riqueza de detalhes e comprovados dados científicos constam do insólito romance autobiográfico “Os Pessegueiros Florescem no Outono”, de nossa autoria, a ser publicado brevemente. Aguardem-me, adoráveis leitores... Reflito: qual dessas protagonistas de minha vida, mais se aproximou de constituir-se em minha alma-irmã? Humano, demasiadamente humano, tenho minhas dúvidas cruciais, inseguranças e incertezas, quero ter à disposição um leitmotiv e uma nova utopia, porque carrego comigo, na bagagem do coração, idêntica filosofia de um amigo dos velhos tempos, que sempre me repetia esse surrado lugar-comum: sou movido a estímulo. Certeza, uma única: O Amor é o Caminho. E o seu poder, absoluto. O amor é a Perfeição. Não precisamos de milenares gurus para absorver esta conclusão definitiva. O Mestre da Luz e Sol do Verbo: Jesus – O Cristo Cósmico nos legou este fundamental e maravilhoso ensinamento. Em “A Ponte para o Sempre”, meu querido autor e confrade Richard Bach, encontrou seu par perfeito. A busca obstinada teve um final feliz: o encontro com sua alma-irmã Leslie Parris. Apesar das críticas irrelevantes, estou seguindo suas pegadas, meu caro Richard. Só posso dizer que só me arrependo daquilo que não fiz. A vida é muito breve para atos mesquinhos, hipocrisia, mediocridade e falso moralismo. Nas asas da memória arquivei o recado especial do Holandês Voador: “aqueles que mais procuram o AMOR já estão plenos dele”. Não procuro uma mulher “bárbara”, mas Bárbara – a mulher. Sei que toda luta é vã mal começa a manhã. E a guerra só está perdida quando rompemos o último fio de prata do invólucro material ou corpo físico. Enquanto a vida ávida e a fome de viver, estiver impulsionando o coração, estarei na estrada – como diria Bob Dylan -, à sua procura flor-estrela, Asa guardiã; Vênus-Afrodite. Leal e única companheira da última jornada. Gostaria, sinceramente, de apostar, hoje, todas as minhas fichas em um novo amor platônico-shakespereano. Rosas Vermelhas para Bárbara... Impressões da infância e do início da adolescência de um mineiro-menino. Sinais vitais de êxtase nos complexos caminhos de Eros. 1971-1975... Não sei ao certo, em que ano o episódio aconteceu. Só posso afirmar que ao folhear aleatoriamente aquela romântica revista de fotonovelas, deparei com uma estória que marcou a minha vida: uma jornada do ser à procura do par ideal. Hoje quero despertar e acreditar que é possível encontrar “Bárbara” – a mulher. E viver plenamente (asa de um sonho?) os altos e baixos de um grande, único, verdadeiro e definitivo amor. Quem é essa Vênus-Afrodite, especial mulher, disposta a receber o meu buquê de rosas-vermelhas e ser feliz até que outra vida nos espere?... Finalizo com as belas palavras de Rilke: “Ainda não sabias? Lança o vazio aprisionado nos braços para os espaços que respiramos! Talvez os pássaros sintam, num vôo de maior intimidade, o ar mais amplo. As primaveras se valem de ti. Muitas estrelas te dão a coragem para percebê-las. Ao passares por uma janela aberta, um violino se entregou a ti. Será que respondeste? Não estavas sempre distraído à espera, como se tudo anunciasse uma amada?”. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, filósofo e gestor editorial da Hórus/9 produções editoriais. Autor de 19 livros publicados. Entre eles, destaca-se o best-seller, pelo selo Madras Editora, "Ventos Fortes, Raízes Profundas". (62) 99635-8005

O TEMPO...

ESCULTOR DE TODOS NÓS, age da mesma forma: de uma hora para a outra, dá seu trabalho por encerrado. Mas enquanto ele ainda está a nosso serviço, que o ajudemos na missão de deixar de lado os nossos excessos de vaidade, de narcisismo, de futilidade. Que finalmente possamos expor o que há de mais precioso em você, em mim, em qualquer pessoa: nosso afeto e generosidade. Essa é a obra-prima de cada um, extraída em meio ao entulho que nos cerca. (Eugenio Santana)

sexta-feira, 26 de abril de 2024

RAMA: AVATAR DA ÉTICA HUMANA E DIVINA (*)

Primeiramente, de acordo com os hindus, Rama é um avatar – encarnação divina – de Vishnu. De acordo com o hinduísmo, de tempos em tempos, nasce um avatar na terra. Esse ser encarnado sempre chega com uma nova missão a ser cumprida, assim como Jesus. Segundo o hinduísmo, Rama viveu entre os homens 3.000 anos antes de Cristo. Rama é: a personificação do sacrifício, símbolo de fraternidade, Guerreiro inigualável. Em resumo, ele é considerado a personificação do que os hindus creem, procuram e constroem a partir da fé. Avatar de Vishnu, um deus protetor, ele é um exemplo de como devemos construir nossos próprios caminhos, nossa integridade, moral e princípios. Além disso, ele é um exemplo de como as pessoas devem governar, como devem construir seus objetivos e sonhos. Isso tudo diante da nossa vida e da vida de nossos semelhantes. Ou seja, Rama é a verdadeira definição de como as pessoas devem se comportar no mundo. Primeiramente, é necessário frisar que Rama não é, oficialmente, um deus ou um semideus. Ele é um avatar de Vishnu. Isso porque ele é responsável pela organização do universo, mas não foi ele quem o criou. O princípio desse avatar é o equilíbrio perfeito entre as divindades e os humanos, ou seja, ele é a combinação do divino no humano e vice-versa. Em resumo, Rama é a representação do código de ética humano – e divino. Esse código está relacionado ao indivíduo, à família e à sociedade, onde todos eles se influenciam de forma mútua. Por exemplo, se um indivíduo está fluindo de forma positiva, logo, sua família e a sociedade em que vive também caminhará bem. Por ser um avatar, e não um deus, ele sempre foi representado como um ser humano normal. A imagem de Rama, portanto, possui diversos traços de sua personalidade. Veja: Tilak (marca na testa): conserva a sua energia intelectual concentrada e orientada pelo ajna chakra. Arco: simboliza o controle sobre a energia mental e espiritual. Em resumo, ele representa o homem ideal. Flechas: simbolizam sua coragem e controle da energia sinética diante dos desafios do mundo. Roupas amarelas: demonstram sua divindade. Pele azul: simboliza a luz e a energia do deus diante das negatividades dos humanos. Por exemplo: ódio, ganância, desrespeito, discórdia, entre outros. Ou seja, ele é a luz em meio a escuridão. Mão apontando para terra: representação do autocontrole durante sua passagem pela terra. O avatar se tornou referência aos hindus, que buscam viver a vida de acordo com as suas representações e com o seu comportamento. Por esse motivo, ele se tornou um ser muito cultuado, tendo sua imagem expandida cada vez mais. Tanto dentro, quanto fora da religião. Rama se destacava entre os demais por sua beleza e bravura. Ele era o príncipe herdeiro de Ayodhya – reino de Kosala. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, filósofo, gestor editorial. Autor de 19 livros publicados, entre os quais, destaca-se "VENTOS FORTES, RAÍZES PROFUNDAS", Madras Editora. Contato: (62) 99635-8005 WhatsApp.

REENCANTO... REENCONTRO EM CURITIBA...

Nem o mapa do Brasil visto do alto do céu anil é maior que a vontade de te reencontrar, inesperadamente, numa rua qualquer de Curitiba, num elevador enguiçado ou numa linha cruzada de telefone celular. No mapa da palma de minha mão há um risco: teu nome atravessando as fronteiras da linha da paixão. (Escritor/Jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA, FRC)

FALTA DE PERDÃO AO GABIGOL...

FALTA DE PERDÃO AO GABIGOL, O FLAMENGO JÁ COMEÇA A REJEITAR TITE,
Nas redes sociais, nas sedes das organizadas, na imprensa carioca, entre os conselheiros do clube, tudo está muito diferente. A paciência com Tite acabou. O treinador, que fracassou em duas Copas do Mundo, já é seriamente questionado. Primeiro por sua rejeção, e falta de perdão, a Gabigol, o maior ídolo do clube. Sim, o atacante o ofendeu publicamente por não tê-lo levado para a Copa do Catar. Foi uma enorme injustiça de Tite, que convocou nove atacantes e não levou o artilheiro, o brasileiro que havia marcado mais gols entre 2018 e 2022. (Da Redação - Eugenio Santana)

CATARSIS...

Vocês, como navegadores, poderiam dizer assim: só essa pessoa se interessa? Sim, só ela interessa. Agradeço ao Cósmico por uma pessoa como você. Não importa horário você está presente em meus textos. Sabe por que eu não desisto disso aqui? SOU ESCRITOR. E O ESPAÇO SÓ ME SERVE DE CATARSE. (EUGENIO SANTANA)

HIPOCRISIA...

A palavra “hipócrita” veio do grego e designava, a princípio, um ator, um comediante, um histrião – sem as conotações de falsidade e dissimulação que hoje estão grudadas nela. O fingimento estava lá, mas era exercido em nome de uma causa nobre, a de entreter o público. Há alguma controvérsia sobre os sentidos primitivos que deram origem à definição moderna de hipócrita. (Eugenio Santana)

ELON MUSK...

ELON MUSK: UM ESTRANGEIRO PREDESTINADO A SALVAR A PÁTRIA AMADA BRASIL
?! Uma resposta. A atitude. A postura de indignação contra o cerceamento da liberdade de expressão nas redes sociais e nos segmentos midiáticos. A solução? A restauração?! Maktub. (Escritor/jornalista/filósofo Eugenio Santana - FENAJ-DF/DRT-GO 001319)

quarta-feira, 24 de abril de 2024

OS CÁTAROS E O CATARISMO: EXEMPLO DE CRISTIANISMO PURO (*)

Montanhas escarpadas com misteriosos castelos no topo, tão misturados às rochas que só se percebe sua existência quando se chega bem perto. Essa é uma imagem comum em Languedoc-Roussilon -sudoeste da França-, mais precisamente da região de Corbiéres, onde estão concentrados castelos cátaros. Em Languedoc encontram-se cidades, vilas, abadias e castelos medievais que guardam marcas profundas da época turbulenta do surgimento e desenvolvimento desses religiosos, em sua arquitetura e nas obras de arte. Os cátaros, ou albigenses, eram os fiéis de uma seita cristã que surgiu na Idade Média e cresceu, particularmente no Languedoc. Eles criticavam a corrupção da Igreja Católica -a que chamavam "a igreja dos lobos"-, discordavam de diversos dogmas e tinham a sua própria hierarquia: bispos e sacerdotes, os "perfeitos", encarregados de dirigir os cultos e promover a catequização. Languedoc, o antigo país de Oc, era praticamente independente nos tempos medievais, até fins do século 12. A região era dividida em condados, que prestavam uma tênue vassalagem a diversos suseranos: os reis da França e de Aragão, o conde de Barcelona, o papa e o conde de Toulouse. O clima de liberdade intelectual e tolerância religiosa reinante, raro nos países cristãos na época, favoreceu a propagação do catarismo, inclusive entre os senhores feudais. Eles apreciavam o fato de a seita rejeitar o pagamento de dízimos à igreja e condenar a atuação política de seus ministros. No início do século 13, preocupado com o progresso acentuado da heresia, o papa Inocêncio 3º ordenou uma cruzada contra ela. Logo formou-se um poderoso exército, integrado por guerreiros de diversos países, atraídos tanto por promessas espirituais -o perdão dos pecados- quanto materiais -o saque e a expropriação dos bens dos cátaros. O rei da França a princípio não participou da cruzada, mas depois assumiu a liderança, de olho na incorporação do Languedoc ao reino (o que acabou acontecendo). A luta durou cerca de 40 anos. E foi sangrenta. Os cátaros resistiram bravamente, mas acabaram derrotados, sendo muitos deles mortos durante as batalhas ou queimados em fogueiras. O local ideal para servir de base à descoberta do país dos cátaros talvez seja Carcassone. Quem vem do litoral do Mediterrâneo pela Autoroute des Deux Mers, descobre-a no horizonte, surgindo como uma autêntica aparição. É um choque impactante. Toda rodeada por dois anéis de poderosas muralhas com 39 torres, Carcassone lembra uma gigantesca nave que se projeta no espaço, sobrepondo-se à paisagem. É uma cidade medieval fortificada, restaurada com perfeição no século 19. Ao caminhar por suas ruelas, becos, praças e arcos, a sensação é de recuo no tempo. Carcassone foi um dos principais centros cátaros. Na sua área central, há muitas obras e monumentos da época. A história do ataque à cidade pelos cruzados no século 13 aparece gravada em alto-relevo na Pedra do Cerco, um dos tesouros da basílica romântico-gótica de St. Nazaire. O Chateau Comtal, fortaleza dentro da cidade, com muralhas e fossos, foi o último reduto de defesa. Um tour guiado (gratuito) é a melhor forma de conhecê-lo. Outra boa pedida também é visitar o museu Lapidaire, com sua interessante coleção de antiguidades romanas e medievais. Mas o programa principal mesmo é vaguear pela cidade e pelo alto das muralhas, deixando-se envolver pela magia do local. E à noite sair da cidade, afastar-se uns 500 metros ou 600 metros e contemplar as muralhas iluminadas, um quadro único de beleza e majestade. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, filósofo, jornalista, ensaísta, biógrafo e gestor editorial. Autor de 19 livros publicados: "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp

sexta-feira, 12 de abril de 2024

ESTEJA ABERTO A DIFERENTES IDÉIAS

Não perca sua vida em um trabalho que odeia. A vida é curta demais para você só vivê-la à noite e nos fins de semana. Se em sua vida acontece algo ruim, que você não pode evitar, tente se adaptar. Dar com a cabeça na parede é inútil. Não existem decisões “boas” e “más”. Se você fez algo que acredita que está errado, tire uma lição disso e tente fazer melhor da próxima vez. Você não pode prever as voltas que o mundo vai dar. Sentar-se para chorar e se lamentar é perda de tempo. Não se arrependa do passado, não é possível mudá-lo. Viva o presente. Esteja aberto a diferentes idéias. Não descarte outras possibilidades. Tente nunca perder o senso de humor, embora nem sempre isso seja possível. (Escritor/Jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA)

quinta-feira, 11 de abril de 2024

CINZAS E SILÊNCIOS

Sempre soube que um dia voltaria a estas ruas para contar a história do homem que perdeu a alma e o nome ente as sombras do Rio de Janeiro submerso no sono medroso de um tempo de cinzas e silêncios. São páginas escritas com fogo sob a proteção da cidade de Sodoma e Gomorra do Brasil, palavras gravadas na memória daquele que voltou de entre os mortos com uma promessa galvanizada no coração e pagando o preço de uma maldição. A cortina se abre, o público silencia e, antes de a sombra que espreita seu destino descer sobre o palco, um elenco de espíritos brancos entra em cena com o texto de uma comédia nos lábios e aquela bendita pureza de quem, pensando que o terceiro ato é o último, começa a narrar um conto grotesco sem saber que, ao virar a última página, a tinta de sua alma o arrastará, lenta e inexoravelmente, ao coração das sombras. (Escritor/memorialista/filósofo/jornalista EUGENIO SANTANA)