terça-feira, 29 de março de 2011
A CONEXÃO PELO CORAÇÃO E PELA ALMA CRIA A POSSIBILIDADE REAL DO PAR IDEAL
MUITAS MULHERES PASSARAM PELA MINHA VIDA, mas em cada uma delas faltava alguma coisa, ou alguma coisa estava demais. Então, um dia, eu a conheci. Era linda, inteligente, generosa e bem-educada. Tínhamos tudo em comum. Na verdade, ela era PERFEITA. Não fiquei com ela para sempre - embora chegamos a nos casar - porque infelizmente, parece que ela estava à procura do homem PERFEITO.
QUASE TODOS NÓS queremos encontrar a perfeição fora de nós mesmos. Criamos em nossa cabeça a imagem ideal da mulher ou do homem que buscamos, projetamos essa imagem em cima da namorada ou namorado, da esposa ou do marido, e queremos que ela ou ele corresponda a essa imagem.
Ao alimentar essa expectativa utópica, perdemos a capacidade de entender e gostar do ser humano "real" ao qual nos ligamos. E, muitas vezes, como ela ou ele não podem corresponder a essa expectativa - pelo simples fato de que ela é produto da nossa idealização e dos nossos desejos fantasiosos - acabamos, frustrados, por rejeitar a pessoa com quem nos relacionamos, quase sempre sem ter sequer "conhecido" essa pessoa.
A INSTITUIÇÃO DO CASAMENTO concebido nos moldes tradicionais vive uma crise de proporções avassaladoras. No entanto, segundo outros dados, obtidos a partir dos consultórios de psicoterapia, o maior desejo das pessoas continua a ser o encontro e a união amorosa verdadeira com alguém. Como este desejo não admite contestação, porque nasce das profundezas da alma humana e dele depende a própria sobrevivência da espécie, conclui-se que o problema não está na união das pessoas em si mesma, e sim na forma como essa união é entendida e vivida.
EM TODO CASAMENTO, de vez em quando aflora a pergunta: "Afinal, o que estou fazendo aqui? Será que todo esse esforço realmente vale a pena? Por que continuar, se o encanto inicial já murchou e se agora vivemos a machucar um ao outro?" Tristes questões, diariamente formuladas por milhões de malcasadas e malcasados. Poucos são os que conseguem boas respostas para ela.
INDICADOR CONFIÁVEL de que estabelecemos uma conexão pelo coração é a calorosa sensação de plenitude que sentimos na presença da outra pessoa. A afinidade que torna possível a relação consciente diz respeito à atração especial que provamos em relação a determinadas pessoas com as quais compartilhamos uma ressonância profunda e indefinível. Neste caso, o que se estabelece é uma "conexão pela alma".
A CONEXÃO PELA ALMA é a ressonância entre duas pessoas que percebem a beleza essencial da natureza individual uma da outra, a beleza que existe por trás das suas fachadas, e isso as torna capazes de se conectar num nível profundo. Uma sagrada aliança se estabelece entre as duas pessoas, e o propósito dela é ajudar ambos os parceiros a descobrir e realizar seus potenciais mais profundos.
ALGUÉM QUE NOS AMA muitas vezes é mais capaz de ver o potencial de nossa alma do que nós mesmos. Quando isso ocorre, tem um efeito catalisador: estimula e encoraja aquelas partes adormecidas ou pouco desenvolvidas de nós mesmos a desabrochar e se expressar.
DEVE-SE SEM DÚVIDA LUTAR com todas as forças para fazer com que nossos casamentos e nossas relações se transformem em conexões pelo coração e conexões pela alma, de modo a que seu propósito espiritual possa ser cumprido. Mas, por outro lado, deve-se ter também o discernimento e a coragem de perceber e aceitar quando isso não é possível. Qualquer relação não deve ser um eterno mar de conflito e sofrimento. E o bom senso deve prevalecer quando se percebe que se está, afinal, dando "murros em ponta de faca", desgastando-se inutilmente. Conexão espiritual verdadeira entre duas pessoas só é possível quando "ambas as partes" a desejam e batalham por ela.
(por EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Pertence à ALNM-MG, UBE/GO-SC, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados, divulgados de Porto Alegre a Porto Velho. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)
A CRIANÇA SIMBOLIZA O ESTADO DE PUREZA ORIGINAL
Uma expressão de dor, um pequeno gemido e uma dúzia de adultos ao redor entram em pânico. Um sorriso, uma risada, uma palavra dita desajeitadamente, e os que estão por perto são transportados a um estado de alegria, riem encantados, esquecem os problemas e preocupações. Um adulto até brinca e fala como criança, pelo prazer de mergulhar no estado primordial de unidade com a vida.
Uma criança de um a dois anos de idade confia em todos. Seu amor é universal. Ela sorri para qualquer um e faz amizade em um instante. Não reconhece rixas ou preconceitos e ignora disputas políticas. Não vê separação entre pessoas, nem percebe a si mesma como um ser independente. Amiga natural dos animais domésticos, ela inspira devoção nos cachorros e desperta a tolerância dos gatos.
É por esses e outros motivos que as crianças pequenas têm uma aura de divindade em torno de si. Elas não construíram uma couraça de proteção psicológica. Vivem a harmonia espiritual, e por isso não conhecem os perigos da vida.
Na memória inconsciente da humanidade, a criança simboliza o estado de pureza original. Ao mesmo tempo, ser criança é perigoso: implica uma inocência, um não saber, uma inadequação para lidar com as coisas do mundo e uma necessidade de ser protegido. O adulto sábio não deixa de ter a sensibilidade e a capacidade de aprender de uma criança. Mas ele defende esse encontro infantil com a sabedoria de um velho e com a vigilância de um guerreiro.
A CRIANÇA É A CONSCIÊNCIA CRÍSTICA. “Aquele que não receber o Reino dos Céus como uma criança não entrará nele” (Lucas, 18:17).
Uma criança que encanta a alma das pessoas com seu sorriso estimula nos adultos a capacidade de amar e de compreender. Recém-chegada do Reino dos Céus, ela traz consigo o perfume sagrado da etapa celestial que há entre uma encarnação e outra. Ela faz acordar a criança imortal dentro de cada um. O sorriso infantil que se abre como um sol cura instantaneamente as feridas da alma.
CRIANÇAS e jovens ensinam e estimulam três coisas essenciais ao coração dos mais velhos: a sinceridade, a simplicidade e a autenticidade. As artimanhas da astúcia devem ser abolidas para que possamos ser íntegros como uma criança e inofensivos como um beija-flor.
Cada um tem consigo o presente, o passado e o futuro. A CRIANÇA leva em si a semente de um velho, e o velho tem em seu peito um coração de criança.
(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Assessor de Comunicação, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Integrante da ALNM-MG, UBE/GO, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)
domingo, 20 de março de 2011
LIVROS: MIOPIA DAS ELITES NEGLIGENTES
Aos livros admiro, amontoados
em uma estante... o saber professam
e são modestos, sóbrios, e se expressam
somente quando são - se são - lembrados.
Empoeirados, sofrem esses entes
da estupidez atroz das multidões,
futilidade airosa dos salões,
miopia das elites negligentes.
E dão às gentes, essas que os desprezam
uma lição perfeita de nobreza,
de superior feitio e de grandeza:
Não vituperam, gemem ou protestam:
mantêm, no anonimato e no ostracismo,
a distinção excelsa do mutismo.
(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Assessor de Comunicação, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Integrante da ALNM-MG, UBE/GO, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)
sábado, 19 de março de 2011
OPIUM, VINHO, ABSINTO?
E o que fica da vida... Além de nossos ilustres e amados ancestrais? Hoje noite fria, solitária, triste em meu coração... Liguei ao melhor amigo, foi formal, falou pouco ao telefone. O que resta da vida ou da ida? Sempre que escrevo a palavra VIDA nos últimos dias, o “v” de vitória some, desaparece e assim fica na tela do monitor “IDA”... Talvez a vida esteja exigindo-me IDAS, partidas – novos rumos... e que eu esqueça, de vez, os RUMORES... Engraçado como “rumores” rima com AMORES... Amores... Ainda ganhei algum? Só. Sofrimento e dor e incompreensão e acusação.
Embora católico, sou ecumênico, e sou cordato com todos os segmentos religiosos... Mas, parece que a multifacetada espiritualidade me “namora” ou “estuda” ou “questiona”. Karmas,dharmas... Armas do mesmo calibre do viver... é possível que eu esteja envolvido nessas duas projeções de tarântulas. Sei que fortes mesmo são meus protetores invisíveis: meu anjo-guardião Lecabel, São Judas Tadeu – primo de Jesus -, Santo Antônio de Pádua, São Miguel Arcanjo, São Jorge e São Francisco de Assis, sob o comando do Cristo Cósmico – O Divino Mestre Jesus.
Eis-me aqui em Goiás pela minha mãe que teve uma séria recaída, após um ano e meio no Rio de Janeiro atuando no jornalismo, no cargo de Superintendente de Imprensa e pela dadivosa existência do meu filho Arthur Emmanuel Lacerda Santana, lá fiquei durante este período pelo trabalho, por meu filho e por Mariah – a mãe dele – embora ela não acredite que eu a amei e a amava intensamente, razão porque o resultado - o fruto - foi o nascimento do nosso filho, que aportou - sem pedir - no planetazul...
E hoje? Por que interrogo tanto? Afinal, tantos foram os aprendizados na “Senda Mística”, os conhecimentos livrescos e, fundamentalmente, a SABEDORIA que Deus me legou, independentemente de faculdades, mestrados e doutorados... "e agora, Eugenio, você é um discípulo que já está pronto há mais de uma década" – palavras de Paulo Diniz – meu guru? Talvez, porque tem méritos e alcance espiritual para sê-lo.
E lembro-me dos velhos tempos do amigo poeta, músico, bancário Alcimar... Que sabiamente escreveu “O vinho antigo”, um manual filosófico da maior magnitude – um Manual para guerreiros da luz, parafraseando Paulo Coelho. Se o vinho é sagrado para os padres, por que não saboreá-lo à noite? Vinho... Venho... Vou... Vôo... Sabores da quintessência da alma ou desculpa para embriagar-se, lembro agora de Baudelaire.
E agora vejo que no Planeta água, feito de tragédias através da própria água, não tem para onde correr, tudo globalizou-se, inclusive os ciclones. O Japão vive seu momento de terror catastrófico no seu mundinho silencioso e indiferente. E os brasileiros em nome do “ter” – 250 mil? Estão correndo para os aeroportos para retornar ao Brasil. Agora aqui é melhor? Quanta incoerência – por dinheiro – meu Deus?
Resguardadas as devidas proporções, não há lugar melhor que o outro no Planeta. O Rio de Janeiro que me perdoe. Não tem para onde fugir ou refugiar-se. É necessária uma nova postura holística na certeza de que somostodosum. Se um mal me afeta, afetará milhões de pessoas. Hoje o Blog se cobrirá de sombras? Não importa minhas conjecturas e indagações. Afinal, a palavra escrita, a literatura, a filosofia, o jornalismo impresso já morreram há muito tempo... Resta uma inversão de valores, um descontentamento desencantado... Mas a sociedade, obstinada e cega, teima em fazer a apologia do carnaval, do esporte narcisista e mercenário, da publicação que enfoca celebridades. Enquanto isto, os cientistas não descobrem a cura do câncer e outras graves enfermidades. E o continente tupiniquim que assina pelo nome de Brasil? Samba na avenida, irresponsavelmente.
(EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Assessor de Comunicação, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Integrante da ALNM-MG, UBE/GO, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)
sexta-feira, 18 de março de 2011
POR QUÊ O VINHO É A EMBRIAGUEZ DA NOITE?
Por quê a luz se dissolve na noite
e reaparece no interlúdio das noites?
Por quê a carícia da noite
se inibe à luz do dia?
Por quê o vinho
é a embriaguez da noite?
Por quê o sonho
se esfuma ao amanhecer?
Por quê a flor
é o êxtase do instante?
Por quê a realidade é colcha de retalhos,
narração sem trama,
e a utopia racional?
Por quê plantar,
se não há tempo de colher?
Por quê viver,
se vida é projeto?
(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Assessor de Comunicação, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Integrante da ALNM-MG, UBE/GO, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)
A VIDA SEPARA OS QUE SE AMAM
Ah, quisera tanto que recordaras
os dias felizes em que fomos amigos
naquele tempo em que a vida era mais bela
e o sol mais ardente que agora
as folhas mortas se recolhem a pá...
Vê não esqueci
as folhas mortas se recolhem a pá
as recordações e as saudades também
e o vento do norte as leva
na noite fria do olvido
vê não esqueci
a canção que me cantavas
É uma canção que se parece a nós
Tu, tu me amavas
e eu te amava
e vivíamos juntos os dois
tu que me amavas
e que eu amava
mas a vida separa os que se amam
suavemente
sem fazer ruído
e o mar apaga sobre a areia
os passos dos amantes desunidos
As folhas mortas se recolhem a pá
as recordações e as saudades também
mas meu amor silencioso e fiel
sempre sorri e agradece a vida
te amava tanto eras tão bonita
Como queres que te esqueça
naquele tempo a vida era mais bela
e o sol mais ardente que agora
eras minha mais doce amiga...
nada me resta que a saudade
e a canção que me cantavas
sempre sempre eu ouvirei
É uma canção que se parece a nós
tu, tu me amavas
e eu te amava
e vivíamos juntos os dois
tu que me amavas
e que eu amava
mas a vida separa os que se amam
suavemente
sem fazer ruído
e o mar apaga sobre a areia
os passos dos namorados desunidos.
(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Assessor de Comunicação, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Integrante da ALNM-MG, UBE/GO, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)
quinta-feira, 17 de março de 2011
O CORAÇÃO SECOU? NÃO BATE? ESTÁ CERTO. QUEM BATE É PORTA, JANELA, RELÓGIO, MARTELO...
Secou. A proteína do meu coração fendeu, vazou, esgotou-se: ele está seco.
Já viram? O coração seca, esturrica, entorta feito couro esticado ao sol. Enrolado sobre si mesmo, perde a cor, o tônus, a maciez, o látego de vida, empobrece de seiva, esqualidamente vira um objeto sem função. Isto aí, o coração secado. Foi assim que ele apareceu na ecografia. Vi a cara do médico fazer caretas estranhas pelo retrovisor do vidro da sala.
Ele estava de costas para mim (nem percebia que eu o via e observava) e vi naquele momento que ele contemplava o nunca visto. Continuei deitado, balançando os pés com calma. Eu já sabia disso há muito tempo! Agora, ele confere o que eu sentia e sabia, mesmo sem ter aparelho nenhum para checar e provar o que intuíra. O médico saiu com a chapa na mão. Retornou. Olhou em mim, tomou o pulso, abriu meus olhos, fitou-os como se visse duas bolas de gude. Voltou com mais quatro colegas. Nova ecografia. Linguagem médica. Eu me fazendo de idiota. Fechava os olhos, abria-os para aquelas paredes brancas.
Não se cansam de ser paredes de hospital? Branquelas de uma figa! Por que não lhes pintam mais alegrinhas, para diminuir o pânico mórbido e a monotonia dos coitados que aqui deitam? Têm que ser assim, branconas, frias, gélidas feito os mortos guardados nas geladeiras? Se fosse vocês, reclamava a seus donos. Queremos cores, queremos ter personalidade. Também eles não têm, aqueles brutamontes cheios de verborragia. Só sabem o que dizem os papéis e exames, todos eles de branquinho, soldadinhos saídos da neve, ou um grupo esquisito oriundo de uma seita espírita; umbandistas, sei lá. Tomaram neve a noite toda?
Coração secado, desidratado. Não viram isso ainda? Fala sério! Ninguém merece! Que vejam e façam sua festa, seus aprendizes crônicos! Nunca viram contar que o coração morre seco, e a gente obstinado permanece vivo? Pois acontece ainda. O coração virou bucha, pele frita e ainda tenho o bafo morno que vem da garganta, que toma café e acende cigarro e traga futuro enfisema ou câncer. Tenho cor nas faces, olhem bem, anotem; tenho saliva nos lábios, que ainda beijam lindas mulheres e beijos molhados de intermináveis minutos; tenho músculos firmes, pernas longas e grossas, tórax largo e peludo como um urso ou Tony Ramos? Tenho meu obelisco ou "bruzuco" em plena forma; espada afiada de guerreiro da idade média. Tenho chinelos ryder nos pés e o relógio seiko no pulso esquerdo.
O coração secou? Não bate? Está certo. Quem bate é polícia e bandido, é porta, janela, relógio de parede, martelo e fantasma em filme de Sthepen King. Ele já bateu, hoje não bate, e daí? Qual é o problema? Caso novo? Desconhecido da classe médica? Então, levantem-se daí, vão fazer reunião, vão pesquisar e mobilizar os cientistas. Sairão como entraram, com caras de palhaços exaustos.
Ainda estou vivo e com vontade de viver. Desliguem os aparelhos, vocês jamais saberão o porquê disso. Apaga. Deleta. Esquece. Vou sair daqui mesmo com o coração de couro curtido e escreverei para ELA assim:
Amada minha:
Meu coração está liquidado. Pode crer. Os médicos viram, constataram em laudo o diagnóstico fatidíco. Você virá, amore mio? Você vai vir? Que dia mesmo? O coração está seco como folhas de outono, mas você sabe que ele é ressuscitável. Estou bem, masculinamente aguardando suas mágicas. Você é capaz de tudo e eu também. Sabemos disto. É por aí... Você vem, não vem?
O que quero verbalizar é mais simples e óbvio do que cogitam. Mesmo com o coração seco e esturricado, poderemos dançar uma valsa, um tango, um rock, poderemos (tem mais, e a ciência médica desconhece) ressuscitá-lo. É isso, ele cria carne, músculo, enche-se de licor, vinho e pulsa como deve ser, infla saudável. Basta, às vezes, que alguém entre por aquela porta de braços e olhos abertos, como enorme tela em 3D.
(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Pertence à ALNM-MG, UBE/GO-SC, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados, divulgados de Porto Alegre a Porto Velho. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)
segunda-feira, 14 de março de 2011
O CONFLITO ENTRE LUZ E SOMBRA
A VIDA É DUAL. Ela é feita de paz e combate, de descanso e esforço, de unidade e variedade, harmonia e conflito, espírito e matéria.
A mente humana é um campo de batalha onde a luta entre verdade e ilusão desconhece o que é trégua. O homem sábio não ignora o conflito entre Luz e Sombra, mas aprende a ganhar a batalha como um guerreiro sábio - antes que ela se trave abertamente. O inimigo do buscador da verdade está sempre à espreita. Este inimigo "nunca" é outra pessoa, mas sim a ignorância ou falta de percepção da verdade. A ignorância está fundamentalmente dentro de nós, e só secundariamente em outras pessoas.
QUEM SE COMPORTA como nosso adversário não é um inimigo, mas alguém que a vida está utilizando para acelerar nossa evolução pessoal. A vibração do ódio e do rancor tem três maneiras de derrotar-nos: você pode aderir ao ódio, ter ódio do ódio, ou ter medo do ódio. Vejamos isso melhor. Se alguém procurar você com um sentimento de ódio, há três modos errados de reagir. Você pode aceitar o sentimento de rancor (contra um líder, uma empresa, uma terceira pessoa). Ou pode ter raiva do rancor (porque sua natureza é amorosa). E pode ainda ter medo de tanto rancor (o medo tem a mesma substância do ódio).
Com qualquer uma dessas três reações, você perde sua serenidade. Por estranho que pareça, para manter a paz interior é preciso ser um "guerreiro". "A mente é como uma espada", diz a tradição zen. Ela deve estar afiadaa e ter um propósito único. O objetivo da espada da mente nunca pode ser ferir ninguém. O sábio não busca duelos pessoais, embora tenha medo deles. O objetivo único da espada do guerreiro é rasgar os véus da ilusão para que o seu espírito possa ver claramente a verdade. Mas só a mente pura pode ser uma espada afiada.
Para o GUERREIRO DA LUZ, existe apenas uma guerra sem tréguas entre duas faixas vibratórias: a da paz e a do conflito. O objetivo estratégico do bom guerreiro é manter a paz interior em todas as situações. As armas que ele usa são, entre outras, a sinceridade, a impecabilidade, a gratidão, o perdão, a impessoalidade, o silêncio interior, o desapego e a determinação impecável.
A TRANSMUTAÇÃO ALQUÍMICA consiste em transformar chumbo em ouro. A FLOR DE LÓTUS nasce no pântano, e é do limão azedo que se faz uma agradável limonada. Jesus, no Novo Testamento, mandou oferecer a outra face aos nossos inimigos. O significado do conselho é "não aderir à vibração do ódio".
O que nos enfraquece é nos sentirmos ofendidos pelos feitos e desfeitas dos nossos semelhantes. Nossa vaidade faz com que passemos a maior parte das nossas vidas ofendidos com alguém. É esta preocupação egoísta com nós mesmos que nos faz perder energia.
O PEQUENO TIRANO, por sua vez, é alguém que está em uma posição de poder privilegiada em relação ao guerreiro e pode hostilizá-lo de várias formas, impunemente. Esse desafio nos força a fazer uso de todas as nossas forças com o máximo de calma, determinação, paciência, atenção e coragem. Para o guerreiro, o perigo está no excesso de conforto. Uma situação agradável em que todos nos tratam bem pode facilmente estimular a vaidade, a preguiça, o orgulho e outros inimigos realmente perigosos.
O Guerreiro deve ser insondável, imprevisível, e ao mesmo tempo não pode causar mal algum a ninguém. Mais importante que tudo, deve buscar "o poder que o faz parecer nada aos olhos dos outros", segundo a sabedoria esotérica. Não deve demonstrar o que sabe. Deve evitar toda mostra de orgulho, avançando anonimamente, sem buscar reconhecimento nem contar vantagem. Os conflitos por poder - sutis ou não - se dão em função de algum jogo de aparências em que o narcisismo está presente.
E de todos os caminhos para perceber a oportunidade, nenhum é melhor que o inesperado. Com isso, Zhuge Liang afirma que o caminho da vitória requer que estejamos livres do passado e de tudo o que pensamos conhecer, e abertos para trilhar caminhos novos e conviver com o desconhecido.
Cada erro corrigido e cada sofrimento compreendido são um passo da caminhada do guerreiro. Cada defeito eliminado se transforma em uma virtude. Até que o guerreiro seja feito de Luz e as sombras atiradas contra ele não encontrem mais eco algum em sua natureza interior. O Guerreiro terá, então, vencido a longa batalha.
(por EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor e autor de livros publicados; Jornalista profissional de mídia impressa; Poeta, Redator publicitário, Relações públicas, Superintendente de Jornalismo, Assessor de Comunicação, Copidesque, Revisor de textos e Editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que acrescente algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)
sexta-feira, 11 de março de 2011
A MENTE INFINITA
Você sabe que se quiser ser bem sucedido no mundo dos negócios, precisa gostar do seu trabalho e ser inspirado de dentro para tornar uma ação positiva. O mesmo se aplica ao desenvolvimento místico.
Se você ora incessantemente e medita a partir de fora, os seus esforços serão vãos.
Mas se você voltar a consciência para dentro, para se harmonizar com a Mente Infinita e aceitar a orientação desta, o seu crescimento espiritual será visível e refletirá nas circunstâncias de sua vida.
Disse o Mestre Jesus: "Assim como um homem pensa em seu coração, assim ele é".
Eu concordo, pois os nossos pensamentos se cristalizam rapidamente em hábitos e os hábitos se solidificam em circunstâncias. O verdadeiro eu, portanto, é refletido nas circunstâncias de nossa vida, e essas circunstâncias constituem o resultado dos nossos pensamentos.
Pensamentos de medo, dúvida e indecisão cristalizam-se em hábitos fracos e indecisos, que se solidificam em circunstâncias de fracasso. Pensamentos impuros de todos os tipos, pensamentos de natureza invejosa, ciumenta, negativa, crítica ou destrutiva, cristalizam-se em hábitos confusos, os quais se solidificam em circunstancias adversas.
Por outro lado, pensamentos belos se cristalizam em hábitos de graça e bondade, os quais se solidificam em circunstâncias favoráveis, alegres e agradáveis.
Pensamentos de amor, saúde, e felicidade cristalizam-se em hábitos de temperança e autocontrole, os quais se solidificam em circunstâncias de sucesso, serenidade e paz. Da mesma maneira como pensamentos amorosos produzem uma disposição suave e luminosa, assim também pensamentos amargos, rancorosos e ofensivos resultam em um semblante amargurado e desagradável. A persistência em uma sequência especial de pensamentos sejam eles bons ou maus, não pode deixar de produzir resultados em seu caráter e no mundo.
Portanto, olhe para você e para as suas circunstâncias. Está gostando do que vê? Se você quer melhorar as suas circunstâncias, precisa melhorar a si mesmo.
Comece mudando os seus pensamentos.
O sofrimento que lhe causam as suas circunstâncias é o resultado de seus próprios pensamentos desarmoniosos. A paz e harmonia em sua vida são o resultado de sua própria harmonia mental interna.
Você está destinado a ser uma pessoa feliz, saudável e próspera; felicidade, saúde e prosperidade são o resultado de um ajustamento entre o interior e o exterior - pois assim como é dentro, é fora.
(Copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor e autor de livros publicados; Jornalista profissional de mídia impressa; Poeta, Redator publicitário, Relações públicas, Superintendente de Jornalismo, Assessor de Comunicação, Copidesque, Revisor de textos e Editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que acrescente algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)
quinta-feira, 10 de março de 2011
TERCEIRA PONTA DO SAGRADO TRIÂNGULO
O HOMEM, unindo-se com a mulher, pela força atrativa do amor, construirá um novo corpo humano, resultado e sinal desse mesmo amor, possibilitando a emanação de uma personalidade-alma, que virá adquirir um maior nível de consciência e delinear a sua participação amorosa no mundo, já que tudo aquilo que neste plano se revela é obra do Amor, terceira ponta do Sagrado Triângulo, em que as outras são a Luz e a Vida.
"Quando tu, ó Sol, te pões no ocidente dos céus, o mundo está em trevas, como os mortos. Brilhante fica a terra quando te elevas no horizonte; quando brilhas como Aton durante o dia, as trevas são dissipadas. Quando projetas os teus raios, os dois mundos se põem em festa. Vês teus povos acordados de pé, porque tu os levantastes!"
(por EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor e autor de livros publicados; Jornalista profissional de mídia impressa; Poeta, Redator publicitário, Relações públicas, Superintendente de Jornalismo, Assessor de Comunicação, Copidesque, Revisor de textos e Editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que acrescente algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)
NÃO HÁ POESIA SEM MISTICISMO. NÃO HÁ MISTICISMO SEM POESIA
A POESIA só acontece quando me deixo, quando me deito, quando me vejo e quando me mexo. Sem Poesia não há verdadeiramente a prática do misticismo. Fernando Pessoa, Rumi, Tagore, Gibran, Hermann Hesse e o meu Eu-Lírico expressaram amplamente isto. Ousamos dizer também que a poesia, inevitavelmente, seja de que tipo for, ou como seja denominada, está impregnada de misticismo. Sem misticismo não pode haver poesia. Assim, todo místico há de ser poeta, bem como todo poeta há de ser místico (mesmo que não saiba disto).
Toda poesia reside na harmonia. É na apreensão da harmonia que a beleza aparece. Se pensarmos que beleza é harmonia, a poesia, consequentemente, está na apreensão da beleza, ou seja, da harmonia.
O místico, portanto, é aquele que capta a harmonia, a beleza nas coisas. Para que isto ocorra, ele mesmo precisa estar harmonizado. Se alguém não consegue se harmonizar,então, não consegue praticar o misticismo e apreender a beleza e a poesia da vida.
BELEZA é Poesia. POESIA é Beleza. Colocar-se como POETA é se despir, é se desvencilhar de pré-conceitos (de conceitos estabelecidos.) Há de existir revisão de conceitos, quebras de conceitos, re-avaliação de conceitos para que a poesia apareça na vida, na arte, na visão do poeta/místico.
Não é à toa que as terapias ocupacionais utilizam música, dança, pintura, e todas as formas de artes para conseguir um grau mínimo de harmonia naqueles que sofrem graves desajustes mentais.
Justamente a espiritualidade cumpre o papel de resgatar a visão sadia de enxergar o mundo. O misticismo tem uma importância fundamental no equilíbrio do ser humano, ajudando-o a se livrar de preocupações que distorcem a beleza da vida, devolvendo a poesia em sua vida.
Mas, o que é poesia?
Quando falamos de poesia não a estamos colocando naquelas formas escritas e faladas através de poemas e versos tão-somente. Captamos poesia quando apreendemos BELEZA nas coisas.
Alguém pode passar por uma certa rua, por exemplo, e ficar embevecido com sua beleza. Daí pode tentar transmitir o que sentiu através de uma música, de um quadro, de um poema.
Ou seja, quando falamos em poesia aqui não estamos nos restringindo à conhecida forma LITERÁRIA de fazer poemas. Desta forma, toda vez que nos sentimos extasiados, encantados, deslumbrados com uma cena, uma paisagem, um rosto, um gesto, estamos "sentindo poesia". Podemos transformar este sentimento em nenhuma expressão artística (um poema, uma pintura, uma música), contudo estamos num estado de poetas, de artistas.
Assim como o místico, o poeta é um ALQUIMISTA.
O Artista precisa sempre estar mudando de visão, tentando captar coisas de outra forma, de uma forma não convencional. Assim, estes estados interiores, estas visões sublimes, cósmicas, provocam transformações no estado mental do poeta.
O POETA é aquele que está despertando ou desperto. A consciência do poeta, sua sensibilidade, o faz colocar no mesmo patamar do místico. Não é à toa que os poetas se tornam místicos e que místicos se tornam POETAS.
(Copy-Desk By EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor com obras publicadas, Jornalista profissional de mídia impressa, Publicitário, Editor, Poeta, Relações Públicas, Coordenador de RH, Consultor de negócios, Ensaísta literário e Místico Rosacruz desde 1983.)
O OBJETIVO DA ORDEM ROSACRUZ - AMORC
A ORDEM ROSACRUZ, AMORC é uma organização internacional de caráter templário, místico, cultural e fraternal, de homens e mulheres dedicados ao estudo e aplicação prática das leis naturais que regem o universo e a vida.
Seu objetivo é promover a evolução da humanidade através do desenvolvimento das potencialidades de cada indivíduo e propiciar uma vida harmoniosa para alcançar saúde, felicidade e paz.
Para esse objetivo, a Ordem Rosacruz oferece um sistema eficaz e comprovado de instrução e orientação para um profundo autoconhecimento e a compreensão dos processos que determinam a mais alta realização humana. Essa profunda e prática sabedoria, cuidadosamente preservada e desenvolvida pelas Escolas de Mistérios Esotéricos, está à disposição de toda pessoa sincera, de mente aberta e motivação positiva e construtiva.
QUAIS AS RELAÇÕES MANTIDAS COM OS FRANCO-MAÇONS? Nenhuma relação especial.Naturalmente, há rosacruzes que são franco-maçons, assim como existem rosacruzes que são cristãos, judeus, muçulmanos, budistas e mesmo agnósticos. Mas não existem contatos privilegiados entre a AMORC e a Franco-maçonaria como tal. Atualmente, esses dois movimentos orientam suas atividades seguindo metodologias próprias. Aliás, lembramos que temos por divisa: "a mais ampla tolerância na mais irrestrita independência".
POR QUÊ A AMORC É ESPECIAL? Em primeiro lugar, trata-se de uma Fraternidade aberta a homens e mulheres de todas as raças, de todas as nacionalidades, de todas as classes sociais e de todas as religiões. Conheço poucos movimentos tão abertos. Em segundo lugar, a AMORC eterniza um ensinamento escrito, que seus membros recebem em casa na forma de monografias, e um ensinamento oral, para aqueles que desejarem frequentar uma Loja e participar de trabalhos coletivos. Acrescentaria ainda que esse ensinamento não é especulativo, mas prático. Seu objetivo é possibilitar que toda pessoa tenha um domínio melhor sobre sua vida.
DE UM MODO GERAL, A SITUAÇÃO DA AMORC HOJE NO MUNDO É A SEGUINTE - Ela está ativa no mundo todo e realiza suas atividades atualmente através de quinze jurisdições identificadas por línguas como a francesa, a inglesa, a alemã, a espanhola, a italiana, a japonesa, a russa, a tcheca, a portuguesa, a escandiva, sendo que cada jurisdição é dirigida por um Grande Mestre eleito para um mandato renovável de cinco anos. Em todas as jurisdições, a AMORC está a serviço de seus membros para atender seu desejo de Sabedoria e de conhecimento, seja através de seu ensinamento escrito ou oral. Paralelamente, contribui para o despertar das consciências advogando uma abordagem ao mesmo tempo humanista e espiritualista da existência. Do nosso ponto de vista, isso é uma necessidade nesta época caracterizada pelo individualismo e pelo materialismo exacerbados.
(Copy-Desk By EUGENIO SANTANA, FRC - 11º Grau Superior na AMORC; Escritor com obras publicadas, Jornalista profissional de mídia impressa, Publicitário, Editor, Poeta, Relações Públicas, Coordenador de RH, Consultor de negócios e Crítico literário)
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
QUETZALCÓATL
Deus pássaro-serpente ou serpente emplumada da América Central. Além de deus que morria e renascia foi um grande monarca da civilização.
O nome de Quetzacóatl combina “pluma de cauda” com “serpente”, o que ressalta a sua complexa natureza. É o céu e a terra, a luz e a escuridão, a vida e a morte.
Governante tolteca semi-legendário é quase certo que Quetzalcóatl foi um rei-sacerdote. Parece que, como se entregou à embriaguez e à sensualidade, simulou a sua própria morte, abandonou a capital tolteca e atravessou o mar.
Em 1200, o Império dos toltecas, cujo centro se encontrava na planície mexicana, estava em ruínas, mas ainda persistiam recordações de um grande governante que tinha incendiado o seu palácio, enterrado os seus tesouros e partido para o mar, luzindo a sua insígnia de penas de cauda.
Posteriormente, Bernardino de Sahgún escreveu na História das coisas da nova Espanha: “Na cidade de Tollan durante muitos anos reinou um soberano chamado Quetzalcóatl. Foi um governante de extraordinária virtude e o posto que este monarca ocupa entre os nativos é semelhante ao que os ingleses designam ao rei Artur.”
É possível que, como ARTUR, Quetzalcóatl embarcasse em uma balsa de serpentes rumo a um país encantado. Talvez também atravessasse o mar até a Península de Yucatán e morresse, talvez queimado em uma pira como a ave fênix. Para dizer a verdade, os maias que habitavam a região consignaram em 987 a chegada de Kukulcán. “a serpente emplumada”, e o estabelecimento de um novo Estado.
Os astecas, que governaram a planície mexicana desde os princípios do século XIV. Consideraram-se sucessores de Quetzalcóatl a fim de justificar o seu estado militar. No entanto, exageraram a prática tolteca dos sacrifícios humanos e converteram o culto da serpente emplumada em um dos mais sanguinários da história dos índios da América Central.
Cada ano os astecas sacrificavam centenas de guerreiros a Quetzacóatl a fim de que o deus renovasse as suas forças e a sua virtude. No caso do deus, a bebida criou uma ânsia insaciável de morte, ao que finalmente sucumbiu, atravessando o oceano sobre uma serpente para chegar a Mictiam, a Terra dos mortos.
Em 1519-1521, o conquistador espanhol Hernán Cortés aproveitou a profecia segundo a qual um dia a serpente emplumada retornaria do mar e reclamaria o seu trono. O rumor do regresso de Quetzalcóatl inquietou tanto o imperador asteca Montezuma que encheu de presentes o templo de Mictlantecuhtli, incluídas as peles de homens esfolados, e ansiou que a paz dominasse o reino do deus da morte.
(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor laureado e autor de livros publicados; jornalista profissional de mídia impressa; poeta, publicitário e editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que possa acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A NOSSA MAIOR DÁDIVA. O SIGNIFICADO DA NOSSA VIDA
Qual a razão pela qual as flores murcham quando são tocadas por algumas pessoas? É a mesma razão pela qual uma coisa semelhante nos acontece. A presença de uma pessoa nos entedia, não conseguimos suportá-la; a presença de outra pessoa nos atrai. Ocorre o mesmo com as flores. Porém, o fenômeno por trás disso tudo é o amor. Tudo o que é tocado por uma pessoa que carece desse elemento morre; se ela toca uma flor ou se toca um assunto pessoal ou profissional ou se toca uma criança, tudo o que ela toca é destruído. Pois o amor é, em si mesmo, uma essência, a essência; é o sinal do espírito. Tudo o que uma pessoa toca com amor recebe luz e vida; e a falta de amor causa toda a morte e decadência.
O amor é a nossa principal emoção. O amor também é uma força metafísica, uma outra dimensão – uma energia tão poderosa que estamos apenas começando a redescobrir a sua magnitude.
O amor é o nosso caminho, a nossa ligação com a bondade, e como esta, ele nunca esgota. O manancial e o fluxo do amor estão sempre presentes, à espera de que nos liguemos a ele.
O amor é ma direção que podemos seguir, uma escolha que podemos fazer a cada momento da vida. E quando a escolha parece confusa, difícil ou praticamente impossível, a dádiva do amor está presente, de graça.
Não podemos ser donos do amor; porém, ele circula pelo mundo e através de nós o tempo todo, de modo que somos amor, uma parte dele, e ele é uma parte de nós. Certamente podemos estimulá-lo a entrar na nossa vida e ativar a consciência que temos dele. E sem dúvida, podemos usar o amor na nossa vida – o tempo todo. O amor está presente, dentro de nós e à nossa volta. Temos capacidade de pensar e podemos usar o poder da mente para nos ligar ao amor sempre que o amor aparece. Ele é a nossa maior dádiva. Ele é o significado da nossa vida.
(por EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor laureado e autor de livros publicados; jornalista profissional de mídia impressa; poeta, publicitário e editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que possa acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
SOME SUAS ALEGRIAS E NÃO CONTE JAMAIS AS SUAS TRISTEZAS
Sei que as pessoas sofrem tragédias reais neste nosso mundo imperfeito. Elas perdem filhos, cônjuges, pais e amigos – às vezes em circunstâncias horríveis. As pessoas contraem câncer, esclerose múltipla, Aids, e outras doenças degenerativas. Sofrem inenarráveis abusos nas mãos de outros. Todas estas coisas são verdadeiras, mas tragédias não precisam impedir a pessoa de ter uma perspectiva positiva, ser produtiva e viver uma vida plena.
Enterre seu sofrimento egoísta. O sofrimento que o impede de ser feliz, o impede de pensar positivamente e de ajudar outras pessoas.
Some suas alegrias e não conte jamais as suas tristezas. Olhe para o que você deixou para trás em sua vida; não olhe para o que perdeu. Em momentos de sofrimento você fica tão engolfado e absorvido pelo choque, pela dor e pela tristeza que perde de vista as alegrias que ainda estão vivas sob o manto do sofrimento. Decida-se a descobrir suas alegrias submersas para que respirem e floresçam novamente!
Há muitas coisas pelas quais você deve ser grato, mesmo que não sinta gratidão comece por recordar. Reviva suas lembranças felizes. Rememore a grande coleção de experiências alegres que viveu no passado. Com certeza já lhe aconteceram coisas maravilhosas.
Um poema de autor não conhecido tem sido um bom conselheiro para mim:
Conte o jardim pelas flores,
E nunca pelas folhas que caíram.
Conte seus dias pelas horas ensolaradas,
Nunca pelas nuvens.
Conte suas noites pelas estrelas,
Nunca pelas sombras.
Conte sua vida pelos sorrisos,
Nunca pelas lágrimas.
E, com a alegria de cada aniversário,
Conte a idade pelos amigos, não pelo passar dos anos.
(por EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor laureado e autor de livros publicados; jornalista profissional de mídia impressa; poeta, publicitário e editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que possa acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)
DEUS É ENCONTRADO NA ALEGRIA, NO AMOR, NO SOFRIMENTO E NA SOLIDÃO. SUA PULSAÇÃO É A PULSAÇÃO DO UNIVERSO
Aquilo que somos é um presente de Deus para nós e aquilo que nos tornamos é nosso presente para Deus. O grande e infinito Deus pede a você e a mim, tão limitados e finitos: “Será que você poderia – será que vai – confiar em mim?”
São João define Deus como amor. Amor é o que Deus é imutavelmente, e Jesus é a revelação do que é Deus.
Devemos orar e meditar sobre a natureza estável de Deus. Os teólogos chamam-na de “imutabilidade”. Deus é sempre o mesmo. Não pode ferir, nem ser ferido. Não está sujeito ao calor, nem ao frio, aos altos e baixos, às emoções volúveis que nos afetam.
O sol só brilha, assim como Deus só ama. É da natureza do sol brilhar, dar seu calor e sua luz. É da natureza de Deus amar, dar o calor e a luz de seu amor para nós.
A única alternativa seria descobrir na morte o que nunca soubemos em vida, e lamentar como santo Agostinho: “Tarde demais, tarde demais, ó Senhor, Amei-O... A memória é realmente um privilégio triste”.
Por baixo da beleza ou feiúra da superfície, num nível mais profundo da existência, há uma pessoa, uma pessoa que sente solidão e amor. E, de algum modo, num nível mais profundo ainda, no centro dessa pessoa, está Deus. Ele está na luz do céu, na brusquidão da tempestade, no primeiro choro do bebê recém-nascido e no último alento do agonizante. Sua pulsação é a pulsação do universo.
Deus é encontrado na alegria, no amor, no sofrimento e na solidão. Não há nada em toda a criação que não seja tocado por sua presença. Está presente na escuridão do desespero e na luz da esperança. Está na gargalhada e no grito de dor. Está em pleno meio-dia e nas horas mortas da noite. Não há estrela distante, nem gota d’água no fundo do mais profundo oceano, nenhuma montanha, rocha ou frágil folha de grama que não compartilhe, de algum modo, Sua vida e não revele Sua pessoa.
PERGUNTAS A DEUS
Que ou quem és Tu?
- O Infinito Incognoscível.
Qual o Teu nome?
- Quem pode nominar o Inominável?
Onde estás Tu?
- Dentro e fora de Tudo, em toda parte.
Que sabes Tu?
- Tudo o que já houve, o que o há e o que ainda haverá.
Que podes Tu?
- Todo o sabido e não sabido.
De que Te alimentas?
- Da vida e da morte, perenemente.
Se vives, o que respiras?
- A Essência de Tudo.
Quais são as Tuas Obras?
- Tudo quanto já existiu, existe e existirá.
Quais são os Teus espaços?
- Os Universos, os Cosmos.
Tens algum tempo?
- Que tempos há de ter o Infinito?
Qual a Tua fala?
- O silêncio absoluto, que se traduz na Voz das coisas.
Sob que formas Te apresentas?
- Sob todas as formas, visíveis e invisíveis.
Qual é a Tua essência?
- Espírito.
Qual a Tua finalidade?
- O Amor.
Podemos adorar-Te?
- Sim: amando e servindo, a Tudo e a Todos.
(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC - Escritor laureado e autor de livros publicados; jornalista profissional de mídia impressa; poeta, publicitário e editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir VERBO DE LUZ que possa acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência através da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.)
sábado, 12 de fevereiro de 2011
A CARTA DE ROSEMARY... (*)
Meu querido e inesquecível Eugenio.
Emudeci diante do encantamento de sua carta. Enrolada num tempo que não existe, passei em silêncio, como se eu fora o vento ou simplesmente nada.
Luz e fragrância. Sussurro de brisa em tardes de verão. Viajei por entre nuvens. Extasiei-me com as estrelas, banhada de luar. Suas palavras me levaram ao sabor das águas por onde navega o barco do seu coração. Incomparável Eugenio!!! Como pode tanta grandeza, sabedoria e inspiração?
Percebo neste instante, o quanto perdi por não ter quebrado antes esta distância. Mas eu estava absorvida pela música de sua alma. Recostei minha cabeça e emudeci. Meu lenitivo era ler todas as noites a sua carta-poema.
E a sua angústia ao despedir-se de seu pai. Esta ausência dilacerante. O seu sofrimento único e solitário. E eu, frágil, em silêncio. A minha prece. Tímida. Sentida. E as “velhas cicatrizes”?
E eu, perdida num nevoeiro. Quando deveria largar tudo e ir ao seu encontro. Oferecer meu abraço. Entoar cantigas de ninar. Inventar um bálsamo para todas as cicatrizes.
Na verdade, querido escritor e inimitável poeta, amado irmão, somos iguais.
Tantos sonhos e pés atados. Tanto encantamento sofrido.
Hoje, tomei coragem. Aqui estou para lhe oferecer um “chá” temperado com ternura, ouvir o seu desabafo, rir e chorar com você. Sinto a sua presença. É a comunicação perfeita. De milênios. É como se tivéssemos os dedos na alma que nos permite tocar e se encantar com tão pura amizade.
Amo o seu coração. Conte comigo sempre.
Simplesmente e adoravelmente encantada.
ROSEMARY LOPES
PS: Em breve, mandarei o prefácio. Desculpe-me pelo atraso. Muitas dificuldades nos impedem de descobrir os tesouros da alma. Beijos. Rose. 05/02/1998.
(*) ROSEMARY LOPES é jornalista e escritora. Fundadora e Editora-executiva do jornal “O RADAR”, de Apucarana, PR. Vale enfatizar que, é um dos poucos jornais no Brasil que ainda divulga e publica arte e cultura, inclusive alguns textos meus.
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