domingo, 1 de dezembro de 2024

SOMOS TODOS DIFERENTES

Contudo, paradoxalmente, um dos maiores desafios que enfrentamos em nossos relacionamentos é justamente o fato de diferirmos uns dos outros. Podemos perceber o mundo de várias maneiras. Um grande obstáculo com o qual certamente deparamos quando tentamos construir relações é o desejo, ou a expectativa, de que o outro pense do mesmo modo como nós, o que criaria maior afinidade entre as partes. Em geral nos sentimos mais confortáveis quando percebemos que o outro “entende” o modo como pensamos e compreende nosso ponto de vista. Todavia, se todos fossem iguais a vida do ser humano seria bastante monótona. E embora isso pudesse, a princípio, facilitar as coisas, a novidade dessa “igualdade” logo se dissiparia. Portanto, a despeito de ostentarmos personalidades distintas, o primeiro passo para construirmos relacionamentos é aceitarmos o fato de que todos nós somos realmente diferentes uns dos outros. Cada pessoa conta com seu próprio conjunto de pontos positivos e negativos. Neste sentido, será bem melhor e mais produtivo investir tempo e esforços no aprimoramento das próprias limitações, que desperdiçá-lo criticando características alheias. Também é fundamental nos concentrarmos nos pontos positivos das pessoas, e aceitarmos o fato de que para cada um deles sempre haverá um contraponto negativo. Focalizar as qualidades do ser humano, celebrá-las e inclusive alimentá-las, são maneiras de reforçar futuros comportamentos positivos. Muitos relacionamentos acabam pelo simples fato de as pessoas investirem tempo demais corroendo a autoestima alheia por meio de críticas negativas, e tentando fazer com que o outro se transforme em algo que não é. Também é crucial reconhecermos que, às vezes, o que não gostamos ou aceitamos no outro é justamente algo que não apreciamos em nós mesmos! (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

VÊNUS-AFRODITE

Conta o mito que Urano, o céu estrelado, e Gaia, a Terra, eram o casal primordial do mundo, tendo gerado muitos filhos. Urano, temendo ser destronado por algum deles, devolvia-os com rapidez ao ventre materno assim que nasciam. Gaia, cansada de parir incessantemente, conseguiu salvar seu filho caçula: Saturno (também conhecido por Cronos). Este, revoltado com a volúpia do pai, acabou por cortar os órgãos sexuais com uma foice. O esperma e o sangue de Urano caíram no mar, formando uma bela espuma branca, da qual se originou Vênus (ou Afrodite para os gregos). Dentro de uma grande concha de madrepérola, essa divindade foi levada por Zéfiro, o Vento, sobre as ondas do mar até a ilha de Chipre. Vênus (ou Afrodite) tornou-se conhecida na antiga Grécia não só por sua rara beleza, mas também por suas explosões de ódio e terríveis vinganças contra os que ousavam desafiá-la. Ela era a deusa do amor no sentido amplo da palavra, estando associada ao amor físico e carnal, e também a seu poder fertilizador e reprodutor na natureza em todas as suas manifestações: humanas, animais e vegetais. A preservação das espécies encontrava-se sob seu domínio. A chuva da primavera era o elemento fecundante enviado à terra por essa divindade. Outras deusas, de outras culturas, também tinham características simbólicas semelhantes à Vênus. São elas: Inanna na antiga Suméria; Ishtar na Babilônia; Lakshmi na Índia; e Ísis no antigo Egito. O arquétipo de Vênus surgiu em todas as mitologias antigas como ícone da eterna feminilidade, representando desde sempre o tipo perfeito de beleza feminina. Dizem que Vênus era mãe de Eros, o deus do amor, que, com a evolução do mito, transformou-se em Cupido. Este é geralmente representado como um garotinho alado, que se diverte ao ferir o coração dos homens com suas flechas envenenadas de amor e paixão. Muito travesso e caprichoso, jamais cresceu, deixando sua imprevisibilidade e irracionalidade, muitas vezes marcadas nos corações apaixonados. Quem já ficou cego ou louco de amor bem conhece seu poder. Eros na verdade é uma projeção de Vênus; vale dizer: ambos representam a mesma coisa. Neles estão simbolizados a força universal da atração, o desejo do amor, da relação e da comunhão amorosa. Seu poder é imenso, pois interferem na vida das pessoas e no destino do mundo. (Escritor/jornalista/ensaísta/filósofo EUGENIO SANTANA)

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

ETERNO NO TRANSITÓRIO...

A VIDA É BREVE e tudo é passageiro. Tudo é lição. Cada dia abre novas possibilidades para o encantamento de quem olha a vida com mente arejada e coração esperançoso. Nesse mundo de vaidades efêmeras, rico é quem vê o Eterno no transitório. (Escritor/jornalista/ensaísta/filósofo Eugenio Santana, FRC)

domingo, 24 de novembro de 2024

PASSOU TUDO...

Sofrimento, remorso, expectativa, ilusões, crenças, convicções, incertezas, solidões, saudades. Resta o homem velho ESQUECIDO, abandonado, ignorado; mergulhado no ostracismo. Um Rimbaud na Abissínia, um E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Anna Lopez. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó?!... (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

QUEM SOU EU? UM AUTOR VAGALUME! (*)

Para definir meu trabalho, preciso primeiramente saber quem é você. Se você é um amante da literatura, me apresento como escritor romancista, contista, poeta e cronista. Se é um empresário, sou um redator publicitário, Analista de negócios, Consultor em mídias sociais, Gestão de Pessoas/RH, Relações públicas, palestrante motivacional e Assessor de imprensa. Se tem uma grande história de vida que gostaria de compartilhar com outros, sou um biógrafo com toques sutis de melancolia e filosofia mística. Iniciei meus trabalhos literários de forma efetiva, na década de 1980, escrevendo poemas, contos e crônicas para diversos jornais do país: de Porto Velho a Porto Alegre. Em 2010 criei o meu Blog "Guardião da Palavra", onde passei a publicar meus textos: crônicas, contos, artigos, silogismos, neuroforia, catarsis e ensaios, além de apresentar dicas, como Gestor da Hórus/9 editora, para escritores neófitos. Inútil dizer onde vivo. Não sou capaz de morar mais do que cinco anos em uma mesma cidade. Um homem de chegadas e partidas. Um Andarilho da flor estrela... Aquele que deambula à sombra da inquietude. Fácil a estratégia inconsistente ao mencionar que sou jornalista profissional. Sei que, por meio desse argumento jamais consegui ser convincente. A estrada me encanta e fascina. E o "sabor" do Crepúsculo e da Aurora? Indescritível. Instigante! Durmo de dia, escrevo a noite, e sonhos azuis e alados ocorrem em uni/versos paralelos e oníricos. Sei que já vivencio a Quinta Dimensão... Já quis viajar o mundo. Principalmente, morar no Egito, na França, na Espanha e na Alemanha. Já quis desaparecer. Perambulei a procura do meu "par ideal", e na volta, procurava por mim. Fiz boas ações. E algumas imbecilidades. Não insisto em ser, mas me orgulho de estar. A missão de ser escritor me fez atingir o nirvana, o self; a transcendência. Voei. Ícaro na Asa do tempo... O osso acima dos meus olhos chama-se frontal. A camada enrugada, azulada e cansada que o reveste, pele. O objeto de sua proteção chama-se cérebro. E no conjunto da obra, tenho um "rosto desfigurado" que já viajou nas asas da utopia e já foi guiado pelos pássaros. Este, resguardado, produz aquilo que me cansa e extenua, dia após dia: minhas ideias criativas, cósmicas e, algumas vezes, a economia verbal revela meu ciberespaço na magia encantadora da Língua Portuguesa. Escrever? Meu Vício Visceral! (*) Escritor, filósofo, jornalista e ensaísta EUGENIO SANTANA. Autor de 20 livros publicados, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", meu bestseller, Madras editora, entre outras preciosidades. Radicado, atualmente, em Anápolis, Goiás, desde maio de 2023. Contato: (62) 99635-8005 WhatsApp. E-mail: es.escritor1199@gmail.com

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

CAÇADOR DO DESENCANTO (*)

Um homem calado, de olhar perdido e vago desce do automóvel e senta-se à mesa do Bar. Em cada canto vê desfilar os fragmentos que foram o microcosmo de sua vida atormentada. Com as mãos sobre a mesa, pede uma bebida qualquer e começa a recordar. Assiste em flash back as cenas dos velhos tempos. No olhar inexpressivo, delineia-se uma ponta de amargura, e a dor perpassa as barreiras do coração: sentimento de angústia na asa da saudade e da memória. Visão da janela do casarão: vilas perdidas, de casinhas brancas e portais azuis, perdidas nas asas do tempo e da lembrança tardia. Cicatrizes contundentes na alma provocara aquele antigo amor. Quisera fosse quimera e jamais uma obstinação. Hoje vem reaver pedaços de si que deixara nesta rua, nesta cidade, nesta mesa de Bar. Tentativa inútil de recompor a vida que se fora e se perdera nos labirintos de tarântulas e nos túneis azulados de uma existência de névoas e neblinas... Há anos guarda consigo estilhaços daquele estranho e perdido amor. O ser amado se fora como os peixes que se vão e se perdem nas enchentes de imensos rios. O homem cabisbaixo termina a bebida e pára a reflexão como num breve sussurro do vento. Sorvera doses em goles de velhas e carcomidas e indormidas lembranças, arraigadas no passado recente, já que a vida é feita mesmo de chegadas e partidas. Despede-se do amigo do Bar num aceno que traduz alívio, alento, serenidade e repentina paz interior. Entra no automóvel e ganha o calor da rua central. Nas Asas da Noite Imensa, difusa e misteriosa, desaparece a figura algo lírica e mitológica de um Caçador do Desencanto!... (*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta e consultor em gestão de pessoas/RH e filósofo. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Sócio correspondente do Centro Artístico e Literário de Portugal; Autor de 20 (vinte)livros publicados, inclusive a Biografia "João de Deus – o paranormal de Abadiânia". E do bestseller, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora/SP.WhatsApp (62) 99635-8005

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

JARDIM DA ALMA

Há um jardim secreto, um jardim interior dentro de cada um de nós, em nossa Alma! Todas as vezes que precisamos de força, coragem, fé e esperança, então nos recolhemos em nosso silêncio, em um momento de oração, e introspecção, com os olhos fechados, respirando calmamente, e imaginamos o nosso caminhar no mais belo dos Jardins, o Jardim da Alma. Nesse momento, não devemos pensar em nossos problemas, mas focar nossa energia vital na resolução dos problemas, na Alegria, na Luz e na Paz. O Jardim da Alma é um espaço interior que conecta nossa Alma à Natureza e à Essência da Vida! (Eugenio Santana)

terça-feira, 15 de outubro de 2024

CONFISSÕES DE OUTONO...

E se algum dia, ajoelhado diante de seu túmulo, sentir que o fogo da raiva está tentando se apoderar de você, lembre-se de que na minha história, como na sua, há um anjo que conhece todas as respostas. E que tudo quanto era decente e limpo e puro nesse mundo e tudo por que valia a pena continuar respirando estava naqueles lábios, naquelas mãos e no olhar daqueles dois felizardos que, eu soube com certeza, ficariam juntos até o fim de suas vidas. Um homem jovem com uns poucos cabelos brancos e ligeira calvície e uma sombra no olhar caminha ao sol do meio-dia entre as lápides do cemitério, sob um céu preso no azul do mar. Leva nos braços um menino que mal pode entender suas palavras, mas que sorri quando encontra seus olhos. O homem permanece ali por um momento, em silêncio, as pálpebras apertadas para conter o pranto. A voz de seu filho, Enzo Gabriel, o traz de volta ao presente e quando ele abre os olhos vê que o menino está apontando para uma estatueta que desponta entre as pétalas de flores secas, à sombra de um vaso de cristal. Sua mão procura entre as flores e pega uma figurinha de gesso, tão pequena que cabe na mão fechada. Um anjo. As palavras que pensava esquecidas se reabrem em sua memória alada como uma velha ferida. O menino tenta pegar o anjo que repousa na mão do pai e, ao tocá-lo, seus dedos o empurram sem querer. A estatueta cai sobre o mármore e se quebra. E então ele vê. É um papelzinho dobrado escondido no interior do gesso. O papel é fino, quase transparente. Ele abre com a ponta dos dedos e, na mesma hora, reconhece a caligrafia... Guarda o papel no bolso. Em seguida, deixa uma rosa branca em cima do túmulo e retorna sobre seus passos com o menino nos braços, até a galeria de ciprestes onde a mãe de seu filho espera por ele. Os três se fundem num abraço e quando ela o encara no fundo dos olhos, descobre neles alguma coisa que não estava lá antes. Algo turvo e escuro que lhe dá medo. - Você está bem, Eugenio? Ele olha para ela longamente e sorri. - Eu te amo – diz, e a beija, sabendo que a história, sua história, ainda não terminou. Acabou de começar. (Por EUGENIO SANTANA, FRC, Escritor, filósofo, jornalista; gestor editorial)

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

PÁSSAROS DA AURORA (*)

Estar vivo é milagre permanente. Por muito pouco a vida se esvai: um coágulo de sangue no cérebro, um tropeção, o vírus, a bala perdida, o acidente de trânsito. A cada aurora, o renascer. Agora sei por que o bebê faz manha à hora em que o sono começa a vencer-lhe a resistência. Teme a morte, a segregação do aconchego, o retorno às cavernas uterinas. O sono apaga-lhe os sentidos, a consciência, o (con)tato com mãos e olhares afetuosos. De minhas ranhuras brota delicado som de flauta e violino. Não sou dado ao absinto e sei que a vida é aposta. Todas as minhas fichas estão postas no tabuleiro dos deserdados e excluídos e na felicidade compartilhada. Jogo ao lado dos perdedores. É apenas isto que me interessa: ao faminto, o pão e a paz. De que valem todos os poderes do mundo se não enchem um prato de comida? De que valem todos os reinos se não plenificam a alma com o sabor do morango? Não sou predador de pássaros. Quero-os vivos, livres, o vôo esperto atravessando as asas do vento. Quero-os saltitantes entre as flores que cultivo no jardim da memória. Quero-os gorjeando sinfonias matutinas. Quero-os despertando-me, sem, contudo me provocarem a vertigem das alturas. Chega de abortos! Quero a vida despontando na cidadania plena, na obstinação dos inconformistas, na ociosidade intemporal dos mendigos, nas mulheres condenadas a bordar dores incolores, na despossuída humilhação dos que suplicam por um pedaço de terra, de chão, de casa, de direito. Tenhamos todos acesso à vida, distribuída com fartura como pão quente pela manhã, sem jamais temer as intermitências da morte. D/amor/te. Quero um tempo de livros saboreados como pipoca, o corpo saciado de apetites, a mente livre de dúvidas, a alma matriculada num corpo de baile, ao som dos mistérios mais profundos. E de pássaros orquestrados pela aurora, rios desnudados pela transparência das águas, pulmões exultantes de ar puro e mesa farta de manjares dionisíacos. Reparto meu pão com (sol)dados de afetos, dançarinos trôpegos de incertezas, duendes que povoam alucinados meu imaginário, musas incorrigíveis de meu fragmento literário, anjos protetores de minha frágil fé e místicos que revelam o pior de mimesmo. Neste mundo desencantado, mas não redimido, neles sorvo a minha regeneração como as anfípodas que, no fundo mais profundo dos oceanos, se banqueteiam de flocos de matéria orgânica. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor, Filósofo, Ensaísta, Biógrafo, Jornalista MTb 001319. Membro da ADESG-DF – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, colaborador do Greenpeace-SP. Autor de 20 Livros publicados. "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, SP, é o seu best seller. E-mail: es.escritor1199@gmail.com - WhatsApp: (62) 99635-8005

domingo, 8 de setembro de 2024

NÓS, OS EXCLUÍDOS...

VOCÊ JÁ FOI EXCLUÍDO POR ALGUÉM DE UMA REDE SOCIAL? Ficamos nos questionando por que aquela pessoa não quer mais ser nossa amiga - nem mesmo virtualmente - e se demos motivo para esta atitude. Isso me fez pensar em JESUS, que é excluído da vida de tantas pessoas. E se Ele tivesse redes sociais, quantos estariam de fato na sua lista de amigos? Quantos o SEGUIRIAM? Creio que, como antes, seria odiado, excluído e evitado por muitos, e SEGUIDO por poucos! (Escritor/filósofo/jornalista EUGENIO SANTANA)

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

20º LIVRO PUBLICADO...

Eis aqui o meu 20° livro/"filho" publicado, "FRAGMENTOS DE CAOS E COSMOS". Uma miscelânea de textos abordando: autoconsciência, relações afetivas, toques motivacionais, misticismo, autorrealização, filosofia, epifania e "neuroforia". Aos leitores compulsivos e vorazes que queiram adquirir a obra, o custo é de 49,90 reais incluindo a taxa dos correios. CHAVE PIX: (62) 99635-8005. MINHA C/C DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. (Escritor, jornalista, gestor editorial, analista em RH; filósofo rosacruz Illuminati EUGENIO SANTANA, FRC
- (62) 99635-8005 WhatsApp)

EXISTE, SIM, ALEGRIA NA SOLITUDE...

Verbalizam que estamos vivenciando uma "epidemia" (ou não seria virose?!) da SOLIDÃO. Mas será que o problema é a solidão ou a maneira como visualizamos e experienciamos o nosso tempo a sós? A solidão é o melhor caminho para o autoconhecimento e para uma vida AUTÊNTICA e plena de sentido. Existe LUZ na solidão e um bom motivo para apreciarmos o silêncio e encarar o vazio para, assim, descobrir a fonte inesgotável de um Oásis de AMOR dentro de nós. Aprenda a gostar mais da própria companhia. Aprenda a se perdoar e seguir em frente com compaixão. Aprenda a se valorizar e respeitar suas vontades. Desenvolva uma mentalidade positiva e amorosa consigo mesmo. Reconhecer e valorizar suas próprias emoções. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA, FRC)

sábado, 10 de agosto de 2024

EFÊMERO, EU TE SEGUIREI PELOS CAMINHOS DE LUZ...

Estou de partida. Breve me mudarei para a curva do teu braço. Busco a terra sem vento, a mansa terra do teu seio. E a batida surda e quente do magma mais profundo para embalar o meu sono. Busco a tranquilidade do oásis miragem. Já conheci as águas que eu preciso saber. Fui bem além das colunas de Alexandria, e há muito descobri que, por mais longe o oceano, jamais despenco. Conquistei os mares, lancei-me por entre espumas. Naveguei seguindo as estrelas do céu, contando as estrelas do mar, até chegar a portos dos quais nem suspeitava a existência. Agora é tempo de lançar meus braços à água, deixando que enlacem nos rochedos ancorando - me ao meu destino. Escolho o teu lado esquerdo , onde me beija o sol ao crepúsculo. E espero que tua mão esquerda amaine minhas velas. Assim, acima do teu coração, encosto a cabeça. E pequeno como um grão de mostarda, deito raízes e preparo asas. Aprenderei a conhecer-te através da planta dos meus pés 42, como o cego sabe onde pisa, como o índio que conhece a trilha inimaginável. (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA, FRC)

DEPOIS DO CAOS, A TERRA E EROS NASCERAM (*)

Eros era um grande deus, um deus digno de admiração dos homens e dos outros deuses, por muitas razões, mas, sobretudo, pela sua origem. Eros tem a honra de figurar entre os deuses mais antigos e prova disso é que não tem pai nem mãe, e nenhum prosador ou poeta lhe atribuem progenitores. Hesíodo afirma que: “Primeiro foi o Caos; depois a Terra de grande seio, eterno e seguro fundamentado de todas as coisas e, depois, Eros”. Acusilau pensa como Hesíodo. Para ele, foi depois do Caos que a Terra e Eros, isto é, a Terra e o Amor, nasceram. Por outro lado, Parmênides diz o seguinte a respeito da Origem: “A Eros ela inventou como primeiro de todos os deuses”. Assim, diferentes pontos de vista concordam que o deus do amor é um dos mais antigos. Este deus tão antigo é também a causa do bem que recebemos, porque não conheço maior bem para um jovem do que amá-lo com virtude, nem para um amante do que amar um objeto virtuoso. Esse é o sentimento que deve reger toda conduta nossa, se quisermos viver honestamente. A esse sentimento, nem as genealogias, nem as honras, nem as riquezas e nem nada, podem inspirá-lo tão bem como Eros! Que entendo por amor? – As ações desonestas ligam-se à desonra, e as boas ações ligam-se ao amor. Sem essas duas coisas, nem o Estado, nem o cidadão podem realizar o bem e o belo. Ouso afirmar, que se um homem ama e for surpreendido em um delito vergonhoso, ou suporta um ultraje sem saber defender-se, sofre menos ao ser repreendido pelo pai; por um parente; ou por qualquer outra pessoa, do que por aquele a quem ama. Verificamos, também, que é diante do ser amado que se sente mais vergonha. Assim, se houvesse a possibilidade de formar um Estado ou um exército, composto somente por amantes e amados, obteríamos a constituição política insuperável, pois ninguém praticaria ações desonestas e eles se estimulariam reciprocamente para a prática das belas coisas. E quando esses homens lutassem juntos, apesar do seu reduzido número, poderiam vencer quase o mundo inteiro. Com efeito, um amante teria menos vergonha de abandonar seu posto, ou de lançar fora as armas perante o olhar de um exército inteiro, do que sob o olhar de quem ama; preferiria mil vezes morrer a sofrer tal vergonha! Quanto à possibilidade de o amante abandonar o amado durante o perigo, e negar-lhe socorro, não há homem, mesmo entre os mais covardes, que Eros não inflamasse de coragem a ponto de fazer dele um herói autêntico! Exatamente como disse Homero na Ilíada: “O deus insuflou coragem a alguns dos heróis”. É isso que Eros faz àqueles que amam. (*)EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta. Diretor de Redação da revista Cenário; foi Superintendente de Imprensa no Governo do Rio de Janeiro

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

CAÇADOR DO DESENCANTO (*)

Um homem calado, de olhar perdido e vago desce do automóvel e senta-se à mesa do Bar. Em cada canto vê desfilar os fragmentos que foram o microcosmo de sua vida atormentada. Com as mãos sobre a mesa, pede uma bebida qualquer e começa a recordar. Assiste em flash back as cenas dos velhos tempos. No olhar inexpressivo, delineia-se uma ponta de amargura, e a dor perpassa as barreiras do coração: sentimento de angústia na asa da saudade e da memória. Visão da janela do casarão: vilas perdidas, de casinhas brancas e portais azuis, perdidas nas asas do tempo e da lembrança tardia. Cicatrizes contundentes na alma provocara aquele antigo amor. Quisera fosse quimera e jamais uma obstinação. Hoje vem reaver pedaços de si que deixara nesta rua, nesta cidade, nesta mesa de Bar. Tentativa inútil de recompor a vida que se fora e se perdera nos labirintos de tarântulas e nos túneis azulados de uma existência de névoas e neblinas... Há anos guarda consigo estilhaços daquele estranho e perdido amor. O ser amado se fora como os peixes que se vão e se perdem nas enchentes de imensos rios. O homem cabisbaixo termina a bebida e pára a reflexão como num breve sussurro do vento. Sorvera doses em goles de velhas e carcomidas e indormidas lembranças, arraigadas no passado recente, já que a vida é feita mesmo de chegadas e partidas. Despede-se do amigo do Bar num aceno que traduz alívio, alento, serenidade e repentina paz interior. Entra no automóvel e ganha o calor da rua central. Nas Asas da Noite Imensa, difusa e misteriosa, desaparece a figura algo lírica e mitológica de um Caçador do Desencanto!... (*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta e consultor em gestão de pessoas/RH e filósofo. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Sócio correspondente do Centro Artístico e Literário de Portugal; Autor de 20 (vinte)livros publicados, inclusive a Biografia "João de Deus – o paranormal de Abadiânia". E do bestseller, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora/SP.WhatsApp (62) 99635-8005

quarta-feira, 31 de julho de 2024

ROSAS RÚBIDAS PARA BÁRBARA - A MULHER (*)

“... Onde está ela? Onde está aquela que viverá comigo todas as aventuras do corpo e do coração? E também da alma. Aquela que comigo construirá a alta torre da vida partilhada? Há entre vós quem não atravesse mares, desertos, montanhas e vales para encontrar-se com a mulher que sua alma escolheu? Descobri aleatoriamente este sugestivo título, acima epigrafado, numa publicação muito lida nos anos 1980/1990. Desde então, volta e meia, essa frase platonicamente romântica adeja minha cabeça, instigando uma lacônica crônica. Vasta experiência concernente a tão decantada alma feminina – alguma pálida ideia de Eva e/ou expressão de Lilith?, Vai saber... Não sei porquê nesse momento aflora-me a Crônica do Amor Louco; efêmeros passeios sobre as memórias de Casanova me alegram a alma e numa perplexidade de Adônis de Paracatu, um Alain Delon revigorado com os olhos de Hórus, me lembro de um comentário pertinente, de uma amiga que se referiu a mim dizendo: você me lembra o personagem Dom Juan – interessante filme estrelado por Johnny Deep e Marlon Brando. E o meu ex-Diretor de RH, em uma Empresa em que atuei como seu Assistente, em Brasília, extrapolou: Você, Eugenio, me faz lembrar aquela música do Martinho da Vila: "já tive mulheres de todas as cores"...Inefáveis lembranças... Cada experiência traz em si o sabor singular do verdadeiro conhecimento. E conhecer é saborear. Insofismável iniciação: compartilhei romances via corpo, alma e coração com um número razoável de mulheres especiais que cruzaram os meus caminhos. Delas recebi lições inesquecíveis de vida, luz e amor e o aperfeiçoamento da libido, o despertar da kundalini fez a serpente emplumada levitar e, de quebra, algumas performances básicas do Kama-Sutra foram incorporadas. E quanto mais as conheço e vivencio, mais as considero um planeta inexplorado de seres mutantes. Muito embora, um famigerado poeta disse antes: "as mulheres foram feitas para serem amadas e não para serem compreendidas". Sinceramente, faz sentido. Aqueles ou aquelas que insistirem em ir mais fundo no tema, sugiro a leitura do ensaio para as mulheres, escrito por mim, em 9/9/1999. História completa com riqueza de detalhes e comprovados dados científicos consta do insólito romance autobiográfico: "Os Pessegueiros Florescem no Outono", de nossa autoria publicado em Curitiba. Edição limitada exclusiva para amigos acadêmicos. Reflito: qual dessas protagonistas de minha vida, mais se aproximou de constituir-se em minha alma-irmã? Humano, demasiadamente humano, tenho minhas dúvidas cruciais, inseguranças e incertezas, quero ter à disposição um leitmotiv e uma nova utopia, porque carrego comigo, na bagagem do coração, idêntica filosofia de um amigo dos velhos tempos, que sempre me repetia esse surrado lugar-comum: "sou movido a estímulo". Certeza, uma única: O Amor é o Caminho. E o seu poder, absoluto. O amor é a Perfeição. Não precisamos de milenares gurus para absorver essa conclusão definitiva. O Mestre da Luz e Sol do Verbo: Jesus – O Cristo Cósmico nos legou esse fundamental e maravilhoso ensinamento. Em "A Ponte para o Sempre", meu querido autor e confrade Richard Bach, encontrou seu par ideal. A busca obstinada teve um final feliz: o encontro com sua alma-irmã Leslie Parrish. Apesar das críticas irrelevantes, estou seguindo suas pegadas, meu caro Richard. Só posso dizer que só me arrependo daquilo que não fiz. A vida é muito breve para atos mesquinhos, hipocrisia, mediocridade e falso moralismo. Nas asas da memória arquivei o recado especial do Holandês Voador: "aqueles que mais procuram o AMOR já estão plenos dele". Não procuro uma mulher bárbara”, mas Bárbara – a mulher. Sei que toda luta é vã mal começa a manhã. E a guerra só está perdida quando rompemos o último fio de prata do invólucro material ou corpo físico. Enquanto a vida ávida e a fome de viver estiverem impulsionando o coração partido, estarei na estrada – como diria Bob Dylan - à sua procura flor-estrela, Asa guardiã; Vênus-Afrodite. Leal e única companheira da última jornada. Gostaria, sinceramente, de apostar, hoje, todas as minhas fichas em um novo amor platônico. Rosas-rúbidas para "Bárbara"... Impressões da infância e do início da adolescência de um mineiro-menino. Sinais vitais de êxtase nos complexos caminhos de Eros. Não sei ao certo, em que ano o episódio aconteceu. Só posso afirmar que ao folhear ao acaso aquela romântica revista de fotonovelas, deparei com uma estória que marcou a minha vida: uma jornada do ser à procura do par ideal. Hoje quero despertar e acreditar que é possível encontrar Bárbara – a mulher. E viver plenamente (asa de um sonho?) os altos e baixos de um grande, único, verdadeiro e definitivo amor. Quem é essa "Vênus-Afrodite", singular mulher, disposta a receber o meu buquê de rosas-vermelhas e ser feliz até que outra vida nos espere?... Finalizo com as belas palavras de Rilke: "Ainda não sabias? Lança o vazio aprisionado nos braços para os espaços que respiramos! Talvez os pássaros sintam, num voo de maior intimidade, o ar mais amplo. As primaveras se valem de ti. Muitas estrelas te dão a coragem para percebê-las. Ao passares por uma janela aberta, um violino se entregou a ti. Será que respondeste? Não estavas sempre distraído à espera, como se tudo anunciasse uma amada?" (*) EUGENIO SANTANA é jornalista, ensaísta, escritor, filósofo. Foi Diretor de Redação da Revista Cenariun, Repórter cultural do jornal Diário da Manhã, Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro. 20 (vinte ) livros publicados, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", é o seu best-seller, pela Madras editora, entre outras preciosidades.(62) 99635-8005 WhatsApp.

terça-feira, 30 de julho de 2024

MAR DE VIDRO (*)

Ao concluir a leitura de “Imitação de Cristo”, de Tomas de Kempis, livro publicado por volta de 1480 e, para minha surpresa, o autor da apresentação informa que depois do Livro da Vida, a Bíblia, fica em segundo lugar no ranking dos leitores cristãos. Até o Capítulo concernente ao Apocalipse, terminei a leitura ontem. Eu prometi a mim mesmo que faria essa leitura e posterior reflexão há mais de 25 anos. Há evidências inquestionáveis com o caos em que estamos mergulhados e não sei se existirá saída para essa situação-limite. Afinal os escritores que se prezem têm a obrigação de ler os Clássicos: Dom Quixote, Shakespeare, Spinoza, Aristóteles, Machado de Assis, Ruy Barbosa, James Joyce, Érico Veríssimo, Rousseau, Goethe, Voltaire, entre outros. Quando eu tinha cerca de 37 anos eu prometi: “se acontecer isso comigo, a vida acabou para mim”. Eis o fim. E há três dias o fato efetivamente aconteceu de maneira covarde, selvagem e cruel. Por enquanto estou até o presente momento na plenitude da angústia, tristeza e depressão; e vem o sentimento de culpa e o remorso: porque eu fui àquele local. Não há desculpa e nem perdão, sou eu o culpado. Em maio de 2011, minha mãe faleceu. Eu senti que, visceralmente, 50% de mim foi enterrado junto com ela: a mãe-amiga, confidente, a mãe que, sobretudo, por meio de suas orações intermináveis me protegia porquê sei que Deus a ouvia e atendia suas preces e novenas, principalmente, quando eu pegava a estrada de Anápolis ao Rio de Janeiro para trabalhar como jornalista (Superintendente de Imprensa), dirigindo sozinho o meu próprio carro. Sei que passei por situações graves na estrada mas, a minha fé no Senhor Jesus e São Judas Tadeu, evitaram graves acidentes. Agora depois deste episódio recente, não sei se zerei a minha vida, após os 50% que deixei enterrados no túmulo de minha mãe. Agora, hoje, aqui talvez eu tenha apenas 9% para resgatar tantos karmas acumulados na contabilidade espiritual. Há, até hoje, o mar morto... e sei por meio de fonte fidedigna que este mar jamais morreu... as suas águas são grossas e rasas. Dizem que os homens de letras que assumem uma cadeira numa Academia de Letras, torna-se, automaticamente, “imortal”. Fico feliz por esta imortalidade ter acabado: num gesto extremista, xiita e radical, a nova presidenta demitiu todos os escritores que não têm residência fixa em Paracatu, MG. O ser humano não tem credibilidade, são mutantes, atendem apenas aos seus interesses próprios que os benefície. Em 1997 quando fui convidado a compor o quadro de membros efetivos daquele sodalício, só haviam 7 (sete) escritores com livros publicados; um deles sou eu. Vocês da diretoria atual e anterior, são seres abjetos, arrivistas, interesseiros e sem caráter, tal como macunaíma. Estou com um portfólio e/ou dossiê para entrar na justiça e condená-los pelo ato espúrio e ilegal. Um membro quando é empossado numa Academia de Letras, justamente por ser considerado “imortal”, ele só pode ser afastado por um único motivo: quando morre. Hoje, quando eu me lembro que, com 13 anos meus pais mudaram para Anápolis, com todos os meus irmãos, foi a melhor decisão que eles tomaram. Ambos sabiam que essa cidade escravocatra é uma urbe de fofoqueiros, invejosos, falsos, cruéis com os trabalhadores, invejosos e medíocres; hipócritas. Joaquim Barbosa, um filho ilustre?! Definitivamente mostrou, recentemente, que não é um homem confiável, uma raposa interesseira e aparece na mídia para emitir opiniões contraditórias, covardes e equivocadas. Quando eu ia lançar meus livros, um tapete vermelho era estendido. E elogios de toda ordem. Quando publiquei, em 2006, o “Crepúsculo e Aurora”, tive a presença ilustre do Prof. Químico, Empresário, cientista político e escritor Osvaldo Costa. Por incrível que pareça, ele nasceu em Paracatu e morava também há muitos anos em Anápolis, onde dirigia o seu próprio laboratório na rua 7 de setembro. No discurso do amigo Osvaldo Costa algo me surpreendeu pela sua generosidade e autenticidade, num trecho do discurso”: “Paracatu deve muito ao escritor Eugenio Santana!” Tenho enorme saudade da infância naquela cidade que tive a felicidade de nascer: a infância, com meu irmão Eustáquio, irmã Maria Lúcia e, especialmente, Maria das Graças, que me acompanhava pelos arredores da cidade, principalmente junto a Natureza, já que eu gosto dos pássaros e da pesca. E quanto ao Mar Morto? Será um Eugenio Santana ignorado, esquecido, abandonado e vivendo o seu mais elevado ostracismo? Restará os 9%? Creio em Milagre e Superação mas, confesso que a minha resiliência está lá embaixo num vale de difícil acesso. Mar de vidro... minha danação? Tive muitos cortes, nos braços, pernas, mãos, dedos, joelhos, pés e na alma e no coração. Feridas agudas, quase irremoviveis. Aprecio tanto as águas correntes... das fazendas esvoaçantes que, obstinadas, não me saem da lembrança: “Fazenda Aldeia de Cima”, do meu avô materno José Ulhoa Santana, onde nasci e depois desfrutei, do mesmo avô, a fazenda “Forquilha” e mais tarde, a “Fazenda Rio das Pedras”, em Pirenópolis... o período mais feliz do meu pai e de minha mãe... Paracatu, sequer tenho o seu retrato na parede, como diria Drummond. Em Anápolis, fiquei morando sozinho aos 16 anos e conquistei nesta mesma idade o primeiro emprego de auxiliar administrativo; aos 18, fui promovido a Chefe Administrativo do Grupo Empresas Constante; terminei o ginásio e o segundo Grau aqui na querida Anápolis e já com a tendência natural para a escrita, foi nesta cidade em que publiquei o meu primeiro texto no jornal “Correio do Planalto”. Por baixo do “Mar de Vidro” existe um oceano paralelo: medonhos animais marinhos; e indescritíveis feras, tais como Vespa-do-mar, Serpente marinha, Peixe pedra e Polvo-de-anéis-azuis. Quem sabe o “meu mar de vidro”, venha a ser o meu sombrio oceano de dentro? O “mar de vidro” oportunizou que eu passasse por quase todos os sofrimentos: expectativas inúteis, adversidades, frustrações, sonhos inalcançáveis, convicções mutiladas, incertezas, solidões, torturas físicas e morais, saudades de filhos/filhas biológicos? Resta o moço-velho esquecido mergulhado no ostracismo tal qual Rimbaud na Abissínia, E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó... O “mar de vidro”, em 9% de vida, talvez me dê dicas sólidas de errar menos e acertar mais, assertividade, humildade, paciência, gratidão e jamais revidar ofensas e calúnias. Que o “mar de vidro” me permita o Voo para o Céu... Afinal, uma das coisas mais belas da vida é olhar para o céu, contemplar uma estrela e imaginar que muito distante existe alguém olhando para o mesmo céu, contemplando a mesma estrela e murmurando baixinho: "Que Saudade!” A Cura do Mundo está na união de amor entre os Céus e a Terra – um pertence ao outro, um é parte do outro, como um todo, inseparável. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, filósofo, jornalista, gestor editorial e ensaísta. Autor de 20 (vinte) livros publicados. “Ventos fortes, Raízes profundas”, madras editora, entre outros. Ganhador de 18 prêmios literários de projeção nacional. Email: es.escritor1199@gmail.com - (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 27 de julho de 2024

SOBRE PERDAS...

Um célebre violinista que realizava um concerto com toda a alegria e virtuosismo possíveis. O auditório acompanhava-o, encantado. Contudo, no apogeu da peça, arrebentou-se uma corda do violino. Em vez de parar, ele impassível continuou tocando com as cordas que lhe restavam. Pouco depois, outra corda partiu-se, mas novamente ele não se deu por vencido e terminou a música, sob fortes e emocionados aplausos. A vida de muitas pessoas assemelha-se à execução daquele concerto. Enquanto o instrumento está sendo tocado, de repente uma corda se rompe. Quando menos esperamos, enfrentamos perdas, como o falecimento de um familiar próximo, um acidente inesperado, a falência de um negócio, uma demissão imprevista... Essas adversidades são inevitáveis. Naquele momento específico, a perda pode parecer irreparável. Porém, a vida continua e precisamos encontrar uma forma de continuar lidando com ela. Mesmo quando os aplausos dos amigos cessam, os elogios acabam e as tragédias parece não findar, é preciso persistir na vida. As perdas e obstáculos não precisam nos impedir de continuar. (Escritor/filósofo/jornalista EUGENIO SANTANA)

quinta-feira, 25 de julho de 2024

I am in the heart of God

Sim, eu estou Ok. Sem queixas. Deus detesta reclamações. Situação-limite controlada. Pânico, zero; medo, anulado. A frase "Não tenha medo" aparece 366 vezes na Bíblia. "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo". (Eugenio Santana)

quarta-feira, 17 de julho de 2024

CON-VIVÊNCIA DE PAZ ENTRE HOMENS E MULHERES (*)

Dentro do que o psicanalista Gustav Jung denominou de Inconsciente Coletivo, podem ser encontradas muitas das características psicológicas que moldaram a mente da espécie humana e que, de certa forma, explicam nosso comportamento, mesmo aqueles mais desprezíveis. Por razões que remontam à pré-história e aos primeiros hominídeos, alguns comportamentos do tipo oculto e inato foram sendo transmitidos às gerações futuras, por necessidade de sobrevivência, frente a um mundo hostil e inóspito. O machismo é uma dessas heranças ocultas. Trata-se, segundo especialistas no assunto, de uma força arquetípica. Como tal se fincou no inconsciente de todos. Em outras palavras, nascemos machistas, homens e mulheres, sendo que esse comportamento é mais ou menos reforçado ao longo da vida, de acordo com cada sociedade em que o indivíduo está inserido. Obviamente esse comportamento primitivo não isenta ninguém de cometer verdadeiras atrocidades contra o sexo oposto. No Brasil, de formação histórica patriarcalista, fincada na desigualdade patente de classes, esse comportamento encontrou ambiente amplamente favorável, dentro e fora de casa, para florescer e se multiplicar. Isso não quer dizer que em outras partes do mundo o problema não ocorra. Pesquisas indicam ainda que o álcool, as drogas e o mais antigo e nefasto dos vícios humanos, o ciúme, respondem pela maioria das causas da violência contra as mulheres. Como sempre, o caminho mais curto e recomendado pelos estudiosos para se chegar a uma convivência de paz entre homens e mulheres ainda parece ser a EDUCAÇÃO. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor, Filósofo, Jornalista, Ensaísta, Redator publicitário, Biógrafo, Agente literário e Gestor editorial. Autor de 20 livros publicados. "Ventos fortes, Raízes profundas", Madras editora; entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 13 de julho de 2024

RECEBA O SEU EXEMPLAR AUTOGRAFADO: 19° LIVRO DE EUGENIO SANTANA

Há aqueles que não podem imaginar o mundo sem pássaros, há aqueles que não podem imaginar o mundo sem água; ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros. Para adquirir "KATHARSIS", é prático e simples: deposite 45 reais para o autor Eugenio Santana e receba o seu exemplar autografado já incluso a despesa dos correios. CHAVE PIX CELULAR: (62) 99635-8005 - C/C CEF. em meu nome . Agradeço a conectividade com meus leitores fiéis, vorazes e compulsivos. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA)

terça-feira, 2 de julho de 2024

GANESHA (*)

As origens de Ganesha são envolta em mistérios e diversas lendas tecem sua história. Uma das mais populares narra que ele é filho de Shiva, o deus da destruição, e Parvati, a deusa da fertilidade e do amor. Segundo a lenda, Parvati criou o filho para protegê-la enquanto o marido estava ausente. Quando Shiva retornou e encontrou um estranho guardando a porta, ele o decapitou sem saber que era seu filho. Arrasada, a deusa implorou o marido que trouxesse filho de volta à vida. Shiva então concedeu a ela seu desejo, substituindo a cabeça de Ganesha pela de um elefante. Ganesha é descrito como uma figura amarela ou vermelha, com cabeça de elefante e corpo de ser humano. Possui uma grande barriga, quatro braços. Cada uma dessas características possuem uma simbologia distinta, que analisa a partir da semiótica da cultura hindu significa: Cabeça de elefante: representa a grande sabedoria e intelecto. Grande barriga: simboliza a paciência e a capacidade de digerir o bem e o mau ao longo da vida. Única presa: Ganesha tem apenas uma das presas, pois a outra foi quebrada. Este símbolo representa a ideia dos sacrifícios que devem ser feitos para se atingir a felicidade. O seu mantra é um dos mais populares na mitologia hindu, pois Ganesha é descrito como o “som primordial” (Om), conhecido também como Omkara ou Aumkara. Por este motivo, o mantra Om Gam Ganapataye Namah (“eu Te saúdo, Senhor das tropas”) é um dos mais utilizados e conhecidos mundialmente. Na língua tâmil a sílaba om é considerada sagrada e remete justamente à cabeça do deus Ganesha. Ganesha é amplamente adorado em toda a Índia e em muitas partes do mundo, principalmente entre os hindus e aqueles que praticam tradições influenciadas pelo hinduísmo. Seu culto é celebrado em diversos festivais, sendo o mais proeminente o Ganesh Chaturthi, um festival de dez dias que geralmente ocorre entre agosto e setembro. Durante esse festival, elaboradas estátuas do deus são confeccionadas e instaladas em casas e lugares públicos. Os devotos oferecem orações, realizam rituais e fazem oferendas de doces, frutas e flores para buscar suas bênçãos. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, gestor editorial, filósofo rosacruz Illuminati. Autor de 19 livros publicados, entre os quais se destaca, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 29 de junho de 2024

PÁSSAROS DA AURORA, DA ALMA, OU DO CREPÚSCULO?! (*)

Estar vivo é milagre permanente. Por muito pouco a vida se esvai: um coágulo de sangue no cérebro, um tropeção, o vírus, a bala perdida, o acidente de trânsito. A cada aurora, o renascer. Agora sei por que o bebê faz manha à hora em que o sono começa a vencer-lhe a resistência. Teme a morte, a segregação do aconchego, o retorno às cavernas uterinas. O sono apaga-lhe os sentidos, a consciência, o (con)tato com mãos e olhares afetuosos. De minhas ranhuras brota delicado som de flauta e violino. Não sou dado ao absinto e sei que a vida é aposta. Todas as minhas fichas estão postas no tabuleiro dos deserdados e excluídos e na felicidade compartilhada. Jogo ao lado dos perdedores. É apenas isto que me interessa: ao faminto, o pão e a paz. De que valem todos os poderes do mundo se não enchem um prato de comida? De que valem todos os reinos se não plenificam a alma com o sabor do morango? Não sou predador de pássaros. Quero-os vivos, livres, o vôo esperto atravessando as asas do vento. Quero-os saltitantes entre as flores que cultivo no jardim da memória. Quero-os gorjeando sinfonias matutinas. Quero-os despertando-me, sem, contudo me provocarem a vertigem das alturas. Chega de abortos! Quero a vida despontando na cidadania plena, na obstinação dos inconformistas, na ociosidade intemporal dos mendigos, nas mulheres condenadas a bordar dores incolores, na despossuída humilhação dos que suplicam por um pedaço de terra, de chão, de casa, de direito. Tenhamos todos acesso à vida, distribuída com fartura como pão quente pela manhã, sem jamais temer as intermitências da morte. D/amor/te. Quero um tempo de livros saboreados como pipoca, o corpo saciado de apetites, a mente livre de dúvidas, a alma matriculada num corpo de baile, ao som dos mistérios mais profundos. E de pássaros orquestrados pela aurora, rios desnudados pela transparência das águas, pulmões exultantes de ar puro e mesa farta de manjares dionisíacos. Reparto meu pão com (sol)dados de afetos, dançarinos trôpegos de incertezas, duendes que povoam alucinados meu imaginário, musas incorrigíveis de meu fragmento literário, anjos protetores de minha frágil fé e místicos que revelam o pior de mimesmo. Neste mundo desencantado, mas não redimido, neles sorvo a minha regeneração como as anfípodas que, no fundo mais profundo dos oceanos, se banqueteiam de flocos de matéria orgânica. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor, Jornalista MTb 001319. Membro da ADESG-DF – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, colaborador do Greenpeace-SP. Autor de 19 Livros publicados. Gestor editorial, Ensaísta e Redator publicitário. E-mail: es.escritor1199@gmail.com / Aposentado, radicou-se em Curitiba, PR, em fevereiro de 2017. WhatsApp: (62) 99635-8002

quinta-feira, 27 de junho de 2024

PÓ DE ESTRELAS...

Visualizo ambos. Fusão de almas-irmãs inconfundíveis. Notívago, ergo os olhos noturnos. A asa da saudade transforma meu coração alado. Entre lágrimas e risos, sinto a dor lancinante da ausência. Pontos de luz na Terra, pontos de Luz no Céu, meus amores verdadeiros e inesquecíveis. Aqui no plano físico, a revelação: são os únicos seres que realmente me amaram. Ao evocá-los, sinto o mágico pó de uma estrela caindo sobre a minha cabeça. E o perfume é indescritível. Ato contínuo, a Paz regenera meu coração partido e lança raios de luz em minha alma imolada que, ávida e alada, voa até a Estrela: são meus pais que evolam e me abraçam animicamente. (Jornalista/Escritor/filósofo/gestor editorial Eugenio Santana - Em memória
)

sábado, 22 de junho de 2024

REINVENTAR-SE (*)

Pássaro, não verei novamente os meus Vôos. A água diáfana que bebi naquele Rio, amanhã não terá a mesma cor e sabor. Os Livros que escrevi, após uma releitura, não os escreveria e nem os publicaria, hoje. Aqui e agora: eis a vida em sua plenitude. Sou grato por estar vivo e ter discernimento para compreender e apreender vícios e virtudes. E o Caminho do Meio sugere o equilíbrio, o self, a transcendência. O inefável. Equilibrados, entenderemos o recado de Buda, Jesus e, no presente, os sussurros de Amor de Madre Teresa de Calcutá e do Dalai Lama. A vida ávida está demasiadamente tecnológica e material. E na Luz do Esquecimento, o Espiritual. Está cheia de falsos “mestres” e “gurus copidesque”. E líderes inertes. São tão poucos os sábios que, não vale a pena citá-los. Até porque – sem falsa modéstia – eu sou um deles. Leia um bom livro. E se desligue da biografia do autor. O passado não tem influência sobre o meu olhar estelar. Sei que, amanhã, o Sol voltará a brilhar. Hoje ainda tenho resquícios daquela admirável estampa. Não mais o ex-Adônis de Paracatu... Moreno. Alto. Um sorriso fácil e farto. 1,76m bem distribuídos num corpo de 79 kg. Filha linda? Resultado da qualidade forte de minha genética. Feliz, ainda que calvo e uma indisfarçável barba grisalha e um par de óculos de grau. Filosofando. Poetizando. Jornalizando. Polemizando. Investigando a contraditória Natureza Humana. Futuramente, certamente serei Cinzas no seu Jardim Cósmico. Em meio ao Lótus e as Rosas-vermelhas, os pés de pessegueiros e romãs. Sobrevoarei o deserto do Egito só para revê-la, minha linda rainhalada. Meu nome: Fênix? Ou Simurgh? Por favor, façam suas apostas, cavalheiros. Por enquanto, vôo deambulando por este fértil palco de sonhos: a vida. O futuro me espera. Me espelha, espalha e volatiza. Sem rastro. Sem rosto. Sem estigma. Sem passado. Reinventado. Eis o novo homem: Guardião da Palavra! (*) EUGENIO SANTANA é Jornalista, Escritor, Ensaísta, Filósofo, Gestor editorial, Redator publicitário, Copidesque e Relações públicas. Autor de dezoito livros publicados. Entre os quais, se destaca o bestseller, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora. (62) 99635-8005 WhatsApp

PASSOU TUDO...

Sofrimento, remorso, expectativa, ilusões, crenças, convicções, incertezas, solidões, saudades. Resta o homem velho ESQUECIDO, abandonado, ignorado; mergulhado no ostracismo. Um Rimbaud na Abissínia, um E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó... (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

domingo, 16 de junho de 2024

ESPERANÇAR...

Vício virou virtude. Mudanças climáticas, eventos extremos; a natureza parece querer livrar-se do "mal" que a devasta. Os maus se dão bem, enquanto o justo paga a conta. Corrupção, guerras, facções. Esperança é muito mais! Por exemplo: no meio da noite mais escura, a gente sabe que o dia vai raiar. E espera. O verbo esperançar significa dar esperança, dar ânimo. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA, FRC)

sábado, 15 de junho de 2024

ESCRAVO, ENQUANTO ESCREVO? EU SOU UM BUSCADOR FRENÉTICO PELO SENTIDO DA VIDA (*)

Continuar escrevendo é buscar compreender a si próprio, trazer à vida as palavras que lhe consomem, as verdades tão relativas que permeiam a ilusão que é viver. Você vai continuar escrevendo por não conhecer uma maneira melhor de expôr seus demônios, não ter outra maneira lógica de expôr a miséria e a confusão em que se encontra. Tampouco consegue compartilhar os momentos de epifania, alegria intensa e aprendizado sem passar por palavras, por notas, por listas. Você vai continuar escrevendo para provocar, para permitir que as pessoas o entendam melhor. Vai compartilhar teus pensamentos na ânsia de que o outro te encontre no caminho — é sempre uma conversa. Acima de tudo, você vai escrever para entender quem realmente é. Você, ao escrever, vai passar a ver conexões entre coisas distintas, sinais nas pequenas coisas — tudo se torna uma metáfora, uma maneira de aliviar as dores e compreender o mundo. Escrever vai se tornar uma companhia para a vida toda, uma terapia, um escape. E a partir de então, já não importa mais o que os outros pensam ou dizem. Não importa se gostam ou não do que você escreve ou da maneira como se expressa. Ao escrever e se expôr, você estará sujeito a coisas maravilhosas e também à crueldade daquele que o lê. E vai se sentir mal muitas vezes, vai pensar que talvez não devesse ter escrito aquilo, vai perceber que não há para onde correr. Você vai estar ali, em medidas diferentes e mesmo que insignificantes, sendo julgado a todo o tempo. A gramática, aquela palavra repetida, aquele pensamento, todos aqueles clichês: tudo isso saltará aos olhos dos mais atentos, dos mais críticos. E ainda assim, nadando contra a maré, você continuará escrevendo. Vai continuar por saber que não vai ficar rico com isso e, por assim ser, ou você escreve porque gosta ou enterra logo tudo isso. A recompensa parece não vir nunca, mas você vai ler o que escreveu há anos — primeiramente vai se envergonhar de tudo aquilo — e depois vai refletir sobre quem era e quem se tornou. Vai pensar se lá no passado você já dava indícios de que seria quem é hoje. E assim prosseguirá juntando frases, tentando dar sentido às coisas. E vai perceber que a busca por palavras te leva a lugares que talvez nunca iria se não fosse pela escrita. Vai perceber que a poesia, a prosa e os textos que fazem parte da sua vida estão por toda parte. Nas ruas, nas esquinas, nas pessoas que encontra, nos caminhos e cidades que ainda irá explorar. Se há algo que a escrita requer é experiência, é vida, é estrada e pessoas. Ainda que o processo seja extremamente solitário, dolorido e indulgente, ele requer experiência humana. Ele requer que sejamos, acima de tudo, um colecionador de vidas, de pessoas que passam por nós e nos fazem lembrar que viver é difícil mas vale a pena. Pessoas que talvez vão mudar nossas percepções sobre determinado tema, nos fazer refletir sobre coisas que talvez nunca pensamos antes. E é ai que está a beleza de escrever. As histórias nascem a partir de nós mesmos, de nossos questionamentos, de nossas vivências. Escrever é um atestado da fragilidade humana, do encantamento que temos por nós mesmos, seres tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo. Ter descoberto a escrita tão cedo adicionou à minha existência quartos que posso acessar a qualquer momento. Alguns são escuros, outros parecem receber a luz do nascer do sol, meio amarelada, que nos cega até que nos acostumemos a ela. Escrever não é fácil quando o que se está em em jogo é uma busca frenética pelo sentido da vida. Eu não entendo o mundo, não entendo a vida, sequer entendo a mim mesmo. Neste sentido, acho que escrever é também perder-se, mais do que se encontrar. É embaralhar o quebra-cabeças simplesmente porquê tudo aquilo que você julga saber não passa de ilusão. E assim você se refaz, reescreve, anota, deixa o papel em branco marcado de tinta para que não se esqueça jamais de que as coisas são passageiras. A palavra será sua melhor companhia nos dias solitários, nas manhãs enquanto toma café, nos bancos das praças e voos longos. É a partir dos livros, dos textos, do que os outros escreveram, que você irá encontrar razão para continuar escrevendo. E não se torture muito. Lembre-se que você escreve a partir de suas próprias circunstâncias e, por isso mesmo, não deva se comparar demasiado com os outros. Não é preciso querer ser como determinado escritor, mas é importante invejá-los e tentar absorver um pouco de cada um deles. No final das contas, escrever será um exercício para toda a vida. Uma necessidade, uma pedra a ser polida — cada dia melhor, cada vez mais próximo de como você realmente deseja escrever. E talvez você nunca se satisfaça com o texto, com o tom que dá às palavras. Desde que isso não lhe impeça de escrever, tudo bem. Hoje, andando sozinho pela cidade tive algumas ideias e uma ou outra conversa que com certeza renderia um bom texto. Mas ao invés de escrevê-las resolvi tentar entender a razão pela qual escrevo e quando tudo isso começou, de fato. Tomava meu café enquanto tentava voltar no tempo e ter algum resquício de memória sobre quando, de fato, comecei a escrever. Por que continuar a escrever? O que te move até as palavras, as frases, as metáforas? Por que você leva isso a sério? O que você ganha com isso? Escrevo para me encontrar e me perder, para salvar histórias, capturar pessoas e lugares. Escrevo para entender e confundir, para dar um sentido narrativo à minha vida. E continuarei escrevendo, por mais dolorido que seja, ainda que precise vencer todo e qualquer crítico e, principalmente, a mim mesmo. E você vai continuar escrevendo porquê escrever é, acima de tudo, viver. Encha-se de vida e continue. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, agente literário, publicitário, gestor editorial e filósofo. Dezoito livros publicados. Membro benemérito "ad honorem" do Centro Cultural, Literário e Artístico de PORTUGAL. Contato: autoreugeniosantana9@gmail.com e (62) 99635-8005 WhatsApp

quinta-feira, 13 de junho de 2024

VASTOS UNI/VERSOS PARALELOS DO ROCK AND ROLL (*)

Naquela tarde fiquei por horas admirando a estupenda imensidão. Por vezes permaneci imaginando o motivo de ainda não fazer parte dela. E num lampejo de não-lucidez, quando estava a mercê da minha loucura, me transportei em pensamentos. Foi quando me vi dentro de um céu particular, onde não havia sinos e anjos. Aquele era um "espaço celestial de rock and roll", onde os meus ídolos, aqueles que ainda impulsionavam o meu coração, me convidaram à juntar-se a Eles. Apesar de feliz e honrado pela insólita oportunidade, senti um desconforto. Mas envolto numa coragem que estava adormecida, sentei-me ao lado Deles. E por pouco não sucumbi. Eles, por outro lado, conseguiram sentir a minha ansiedade, e ficaram tão nervosos quanto eu. Nos observamos por minutos a fio, numa análise profunda, intensa. E, por fim, o silêncio foi rompido e o gelo quebrado, Renato falou: — É a verdade o que assusta, o descaso que condena, a estupidez o que destrói. — Fiquei embasbacado com suas palavras, mas, no fundo, sabia que elas faziam sentido. A verdade sempre me assustava, levando-me a negligência que me condenava a tomar atitudes idiotas e autodestrutivas. Mas alguns resultados não era de todo mal e, sem hesitar, quebrei o mal-estar. — Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém... — rebati com parte de uma de suas letras. Ele encarou-me de forma curiosa, deixando-me desconfiado. Por um instante pensei que Renato replicaria, contudo ele apenas aproximou-se e abraçou-me com carinho e anímica ternura. — Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu — disse ele, voltando a sentar-se no lugar de antes. Compreendi a mensagem e me senti em paz. Apesar da minha estranha e obscura singularidade, eu sabia amar. Continuei ao lado Deles, ainda inseguro. E antes de dizer algo, ouvi outra voz conhecida. — Acho que ser natural e sincero é o que realmente importa — disse Fred, esboçando um sorriso carregado de autenticidade. E novamente senti-me em paz. Apesar de estar envolto em tormentos, ainda prezava por sinceridade e naturalidade. E sem medir as palavras, fitei seus expressivos olhos. — É tão real esse sentimento de faz de conta. We are the champions, my friends — exprimi, encarando -o. Todos sorriram, como se compreendessem a minha resposta. Por um ínfimo e mágico instante continuamos em silêncio, apenas nos observando, mutuamente. — Cry baby, cry baby... — Janis disse, aproximando-se. Não consegui controlar as lágrimas que desciam pelo meu rosto desfigurado, por conta do mistério da agradável surpresa. E por tempo indeterminado chorei o refrão da sua canção. — Honey, welcome back home! — respondi com o semblante molhado. Notei que todos me encararam com preocupação, foi quando Kurt se aproximou e sentou-se ao meu lado. Ele segurou a minha mão esquerda e ergueu o meu queixo, fazendo com que nossos olhos se encontrassem. — A cada dia todos nós passamos pelo céu e pelo inferno! — E jamais se esqueça dos livros de Arthur Rimbaud, que você esqueceu de ler; não se permita apagar os tesouros guardados no sótão da memória... Até que eu me despedisse, continuou a me observar. Fiquei por mais alguns minutos ao lado Deles. Eu não queria voltar, mas sabia que por lá não poderia continuar. Afinal, as "mirações" têm data de validade no Plano Cósmico... E com o coração já saudoso, abracei a todos de uma só vez e me despedi dizendo: — Obrigado pela "aula" por meio do Astral Superior... Paz profunda, Amor, Resiliência, Empatia. Até a próxima. Até breve. Até sempre. Maktub. Namastê! (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, filósofo, agente literário, publicitário, gestor editorial. Dezoito livros publicados. Membro benemérito "ad honorem" do Centro Cultural, Literário e Artístico de PORTUGAL. Contato: (62) 99635-8005 WhatsApp

segunda-feira, 10 de junho de 2024

FRAGMENTOS DE CAOS E COSMOS PARA UMA CANÇÃO DE OUTONO

Não existem segredos na vida. Apenas verdades escondidas… que ficam sob a superfície. Não costumo compartilhar meus problemas com ninguém. Sempre consigo ver os problemas dos outros mais claramente que os meus. Não existem segredos na vida. Apenas verdades escondidas… que ficam sob a superfície. Em terra de predadores, um leão nunca teme o chacal. O problema de agir como uma pessoa normal é que pessoas normais se metem em situações estúpidas. Não sei o que me fez assim. Mas o quer que tenha sido, deixou um vazio dentro de mim. A vida é tão passageira. Tão frágil. Cada respiração pode ser a última. Todo mundo esconde quem é pelo menos por um tempo, às vezes você enterra alguma parte de si mesmo tão profundamente que precisa ser lembrado que ela ainda está lá, e às vezes o que você quer é só esquecer quem você é, por inteiro. Se os olhos são a janela da alma, então a mágoa é a porta... Enquanto estiver fechada, é a barreira entre o saber e o não saber. Fuja e ela continuará fechada para sempre. Mas abra e a atravesse. E a dor se tornará verdadeira. Eu adoro o Halloween, é o único dia do ano em que todos usam uma máscara, e não apenas eu. As pessoas gostam de fingir que são monstros, enquanto eu tenho que passar o ano fingindo que não sou um. A maioria acredita que temos livre-arbítrio, que escolhemos nosso caminho. Às vezes, o caminho é claro ... às vezes nem tanto. Cada movimento, cada volta, pode desafiar o seu senso de direção. Mas é a escolha que fazemos ao chegar a uma bifurcação que define quem somos. Todos nós criamos regras pessoais. São essas regras que nos ajudam a definir quem somos. E quando as quebramos, arriscamos nos perder e transformarmos em algo desconhecido. [...] Quem eu sou agora? Esse é um novo início ou o início do fim? (Copydesk/fragment by Writer and Journalist EUGENIO SANTANA) Ver menos

sexta-feira, 7 de junho de 2024

É A ESSA METAFÓRICA VIAGEM DE BUSCA...

Que os Escritores se entregam, buscando, talvez, as respostas para a grande interrogação existencial deste ciberespaço que nos cabe. Quem sou eu? O que faço aqui? A que Verdade pertenço? Interrogações vitais que, só têm as respostas cifradas, dadas pela Literatura, Psicanálise, Filosofia. Nesses 30 anos de Literatura e Jornalismo cultural e investigativo busquei e encontrei respostas. Não para o Mistério da Vida, mas para o agir e o viver pleno, no aqui-e-agora, onde se cumpre o destino humano. (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

JARDIM SECRETO

Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que já existia dentro de mim. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora, era a poética dos espaços interiores. Em busca de jardins passados, de alegrias idas, de felicidades perdidas. Porque felicidade é isto: quando as ausências que formam o nosso mundo interior encontram, de fora, a “coisa” que nelas se encaixa. Como na experiência do amor. (Eugenio Santana)

GENEALOGIA DA TRADICIONAL FAMÍLIA "SANTANA" DE PARACATU (MG)

Um
Diplomata, 1 Ufólogo, 1 Nutricionista internacional, 7 Escritores, 6 Jornalistas, 3 Romancistas, 1 Crítico literário, 6 Artistas plásticos, 4 Poetas, 8 Fazendeiros, 6 Educadores/ Professores, 3 Poliglotas, 1 Biógrafo, 2 Prefeitos municipais, 2 Economistas, 3 Administradores de Empresas, 2 Músicos, 1 Engenheira Florestal, 1 Bioquímico, 1 Engenheiro Agrônomo, 3 Advogados, 5 Figuras públicas, 2 Atores, 3 Empresários, 1 Cosmetóloga e 1 Psicóloga. Família que eu tenho o orgulho e a honra de ser um de seus integrantes ilustres! (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

sábado, 1 de junho de 2024

APRENDER... ENSINAR

Viver é uma permuta constante de aprender/ensinar. Nem sempre é necessário haver um receptor para o ensinamento: muitas vezes, cada um de nós é, a um só tempo, emissor e receptor da aprendizagem. (Eugenio Santana, FRC)

sexta-feira, 31 de maio de 2024

TONINHO, MEU FILHO, QUE CÉU-NOSTALGIA...

TONINHO, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda. Abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, eu te sinto. Te abraço na asa do vento. Te beijo no tempo espaço do meu soluçar. São noites e noites de insônia. E a saudade querendo te ver e poder te abraçar. Meu filho, a chuva é saudade, a dor é vizinha do amor. Por isso, meu filho desnudo de dores, despido de mágoas segue pelos caminhos de luz, meu filho. Replanta tuas flores! As estrelas são tuas poesias, meu querido filho, Toninho. (Copydesk/Fragment By Eugenio Santana/Adília Santana - em memória)

quinta-feira, 30 de maio de 2024

FRAGMENTOS GENEALÓGICOS DA TRADICIONAL FAMÍLIA SANTANA DE PARACATU, MG, - "A RAPOSA DA CHAPADA" (*)

Família iniciada em Paracatu com a união do tenente Joaquim José de Santana e Dona Maria Peixoto. Não descobrimos se eram casados, em que data se deu o possível enlace, ou se viveram em concubinato. Joaquim José de Santana, possivelmente era natural de Barbacena; Maria Peixoto, nascida na Ribeira do Januário, região rural de Paracatu. Filho descoberto: 1 Capitão João José de Santana, nascido por volta de 1814, pouco mais ou menos, exposto em casa de Antônio de Brito Freire; foi criado e educado com esmero por Dona Florência Maria de Santana, esposa de Antônio; tornou-se um rico capitalista, comerciante na Rua do Calvário e fazendeiro; foi vereador do município; falecido em 4 de abril de 1895 em idade provecta. Esparramado genearca, casou três vezes, deixando 14 filhos dos três leitos. Com Luíza de Jesus de Afonseca Costa, nascida em 21/06/1816 e falecida em 9/6/1873, filha de Antônio Joaquim da Costa, falecido em Araxá aos 31/12/1839, e de Caetana de Afonseca e Silva. Batismo de Luíza de Afonseca e Silva Filhos: 1.1 Maria Luísa(José?) de Santana, falecida em 16/06/1920. Foi casada com Antônio Eugênio de Araújo, nascido em 01/10/1830 e falecido em 24/04/1881, sem descendência;11.2 Beatriz de Santana e Brito, nascida em 1834 e falecida em 1855; casou em 11/04/1850 com Antônio Pimentel de Ulhoa*, nascido em 1827; filhos:1.2.1 João Inácio Pimentel de Ulhoa*, nascido em 03/07/1851 e falecido em 1907 em Paracatu, foi casado com Aurora Nepomuceno de Ulhoa; com descendência; Tronco familiar: João Inácio Pimentel de Ulhoa 1.2.2 Ana Beatriz de Ulhoa, nascida em 14/08/1853, casada que foi com Teófilo Alves Pinto de Melo, pais do Dr. Zacarias Alves de Ulhoa e Melo*. *Para saber mais 1.3 Belmira Luíza de Santana, falecida em 04/01/1900 em Formiga; casou em 20/11/1853, com o coronel José Ferreira Pires, natural de Curral Del-Rei (atual Belo Horizonte), filho legítimo de Francisco Ferreira Pires e de Balbina Nogueira de Alckmin; filhos: 1.3.1 Dr. José Carlos Ferreira Pires*, nascido em Paracatu em 27/09/1854; notável médico brasileiro, introdutor da radiologia no Brasil e em Minas Gerais, radicado em Formiga, MG; faleceu em 29 de maio de 1912, vítima das radiações diárias a que era submetido; Para saber mais: Descendência do Dr. José Carlos no link abaixo. 1.3.2 Virgílio Ferreira Pires, com 58 anos em 1914; morador em Patrocínio. 1.3.3 João Batista Ferreira Pires, com 56 anos em 1914; morador no distrito de São Pedro de Alcântara, termo de Araxá; 1.3.4 Ormezinda Luíza de Santana Pires, nascida em 01/08/1859; 1.3.5 Laurinda Luísa de Santana Pires, nascida em Formiga em 05/05/1862; foi casada com João da Costa Lima, moradores em Bambuí, MG; 1.3.6 Coronel Marciano Hilário Ferreira Pires, com 51 anos em 1914; foi casado em Patrocínio aos 23/05/1887 com Ana Silvéria de Jesus, falecida de parto laborioso em 10/01/1907, filha legítima do capitão Joaquim Gregório da Silva Damazo e de Joaquina Cândida da Silva. Coronel comandante de guarda nacional de Patrocínio, era comerciante abastado e fazendeiro; requereu em 1913 a Câmara Municipal de Patrocínio o direito de instalação e exploração da rede de energia elétrica da cidade, em sociedade com seu parente Américo Amarante. Na política foi agente executivo da cidade; geração em outra página Conexão Paracatu/Araxá: Entrelaçamentos; 1.3.7 Ermelinda Luíza de Santana Pires; 1.4 Coronel Honório José de Santana, nascido em 1844; casou em 05/06/1894 com Maria Gomes Maciel, filha de João Felizardo Maciel e de Ana Gomes Vieira; Nota: a data do casamento sugere que este casal viveu em concubinato anteriormente, quando tiveram os filhos: 1.4.1 Maria Madalena de Santana, com 44 anos em 1914; 1.4.2 Antônia Pia de Santana, com 40 anos em 1914; foi casada com Hermenegildo Joaquim de Vasconcelos; 1.4.3 Luíza Felipa de Santana, com 38 anos em 1914; 1.4.4 Paulina Petronilha de Santana, com 36 anos em 1914; 1.4.5 Patrício Maciel Santana, com 32 anos em 1914; foi casado com Ana Maria Ferreira Albernaz em 24/09/1910, filha de Leonardo Ferreira Albernaz e de Josefina de faria Leite; filhos: 1.4.5.1 Josefina Albernaz Santana, nascida em 03/08/1911 e falecida solteira em Brasília aos 10/05/2008. Nota biográfica: Professora licenciada e bacharel em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia de Goiás, em Goiânia. Trabalhando em Brasília desde 1957 foi convidada no ano seguinte, pelo Dr. Bernardo Sayão, um dos construtores de Brasília, à época diretor da Novacap, para ocupar o cargo de professora do recém-criado Ginásio de Brasília, localizado na Cidade Livre, hoje a cidade-satélite do Núcleo Bandeirante. Foi também, uma das fundadoras e diretora do Ginásio Operário de Taguatinga DF, bem como lecionou ao longo de sua carreira, em outras unidades de ensino, tanto no Distrito Federal, como em Goiás. Está sepultada no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, em jazigo destinado aos pioneiros, localizado no setor A, quadra 705, lote 128; 1.4.5.2 Isaac Demétrio de Santana, casado com descendência; 1.4.5.3 Joaquina Santana (Niquinha), solteira; 1.4.5.4 Mercedes Albernaz Santana casada com Gastão Albernaz Santana, nascido em 26/10/1919 e falecido em 18/12/1982; filhos: 1.4.5.4.1 Marcos Paulo Albernaz Santana, nascido em 21/04/1942 e falecido em 18/06/1999; 1.4.5.4.2 Ana Maria Albernaz Santana; 1.4.5.4.3 Benedito Albernaz Santana; 1.4.5.4.4 Fátima Aparecida Albernaz Santana, nascida em 30/12/1953, casada, com descendência; 1.4.5.5 Iva Albernaz Santana, solteira sem descendência; 1.4.5.6 Honório Albernaz Santana; 1.4.5.7 Colotário Albernaz Santana; 1.4.5.8 Tereza de Jesus Albernaz Santana, casada com sucessão; 1.4.6 Flora Josefina Maciel de Santana, já falecida em 1914; casada em 26/10/1907 com o jornalista e poeta Nestório de Paula Ribeiro, filho de Manoela dos Santos Ribeiro; deixou dois filhos, a saber: 1.4.6.1 Maria Santana Ribeiro, falecida em 09/09/1992, casada com José de Ulhoa Santana, nascido em 1907 e falecido em 08/03/1983, com descendência; 1.4.6.2 Ada Santana Ribeiro, sem descendência; 1.4.7 Bertolina Maciel de Santana, com 25 anos em 1914; falecida solteira, sem descendência; 1.4.8 Honório de Santana Filho, com 22 anos em 1914; casado com Idalina Lopes da Trindade, teve os filhos: 1.4.8.1 Mário Lopes de Santana casado com Laura Lara de Santana, falecidos; com descendência; 1.4.8.2 Honório Lopes de Santana casado com Marta Santana, falecidos; com descendência; 1.4.8.3 Flora Lopes de Santana, casada com Vasco Pereira Gonçalves, com descendência; 1.4.8.4 Selvino Lopes de Santana, casado com descendência; 1.4.8.5 Antônio Lopes de Santana, casado com descendência; 1.4.8.6 Josefina Lopes de Santana, casada com descendência; 1.4.8.7 Maria Amélia Lopes de Santana (Sá Fia), casada com José de Oliveira Barreiros (Juquita), ambos falecidos; filhos: 1.4.8.7.1 Dione; 1.4.8.7.2 Edgar; 1.4.8.7.3 Juarez; 1.5 Teófilo José de Santana, casado em Catalão, Goiás, com Levinda Carlota Lange da Cunha, natural de Sacramento, MG, onde nasceu em 31/08/1858 e foi batizada pelo reverendo Hermógenes Cassemiro de Araújo Brunswik na Matriz do Santíssimo Sacramento em 01/09/1858, em artículo mortis (escapou), filha legítima de Isaac Lange da Cunha e de Matilde Carlota Rodrigues de Sousa; filhos descobertos: 1.5.1 Matilde Carlota Santana, com 38 anos em 1914; em 1897, casou com Afonso Ferreira Albernaz, nascido em 1864; filhos descobertos: 1.5.1.1 Manoel Albernaz Santana casado com Iva Albernaz; 1.5.1.2 Antônio Albernaz Santana, nascido em 18/06/1903; foi casado com Leonina Caldas, e teve os filhos: Antônio Jorge, Afonso, Nicolau, Júlia, Maria José, Matilde, Aidê, Corea e João Albernaz Santana; 1.5.1.3 Geraldo Albernaz Santana, casado com Olga Batista, sem descendência; 1.5.1.4 Madalena Albernaz Santana, casada com João Santana; filhos: Walter, Juscelino, Edson, Santinho e Sinhá Albernaz Santana; 1.5.1.5 Levinda Albernaz Santana, casada com José da Silva Neiva, sem descendência; 1.5.1.6 Ester Albernaz Santana, casada com Tito da Silva Neiva, pais de Odete Silva Neiva, casada que foi com seu primo Otávio Ferreira Albernaz; 1.5.1.7 Gastão Albernaz Santana, nascido em 06/10/1919 e falecido em 18/12/1982, casado com Mercedes Albernaz Santana; descendência em 1.4; 1.5.1.8 Arminda, nascida em 20/12/1916; foi casada com Benedito da Silva Neiva, sem descendência; 1.5.2 Luísa Carlota Santana, nascida em 27/04/1882 e falecida em 28/08/1970; casada com Manoel da Silva Pereira, nascido em 9/06/1867, filho de Galdino da Silva Pereira e de Franklina Pires de Almeida Lara, falecida em 09/07/1936; filhos: 1.5.2.1 Maria da Silva Pereira, falecida em 26/09/1942; foi casada com Cândido de Almeida e Silva; filhos: 1.5.2.1.1 Mário José de Almeida e Silva; 1.5.2.1.2 Geraldo José de Almeida e Silva; 1.5.1.1.3 José Maria de Almeida e Silva; 1.5.2.1.4 Antônia de Almeida e Silva (Santinha); 1.5.2.2 José da Silva Pereira, falecido em 21/11/1973; foi casado com Enedina Gonçalves de Carvalho; filhos: 1.5.2.2.1 Benedito da Silva Pereira; 1.5.2.2.2 Tereza da Silva Pereira; 1.5.2.2.3 Francisco da Silva Pereira; 1.5.2.2.4 Maria Conceição da Silva Pereira; 1.5.2.2.5 Rosalina da Silva Pereira; 1.5.2.2.6 Elza da Silva Pereira; 1.5.2.2.7 Maria de Fátima da Silva Pereira; 1.5.2.3 Levinda da Silva Pereira foi casada com Olegário Simões da Cunha, sem descendência; 1.5.2.4 Joana da Silva Pereira foi casada com Gastão Pereira Gonçalves, falecido em 05/02/1975; filhos: 1.5.2.4.1 Antônio Pereira Gonçalves; 1.5.2.4.2 Lucas Juarez Pereira Gonçalves (Dr. Lucas); 1.5.2.4.3 Rogério Pereira Gonçalves; 1.5.2.4.4 Décio Pereira Gonçalves; 1.5.2.4.5 Neusa Pereira Gonçalves; 1.5.2.4.6 Joubert ou Juber Pereira Gonçalves, nascido em 1943; 1.5.2.4.7 Cláudio Pereira Gonçalves; 1.5.2.4.8 Arnon Pereira Gonçalves; 1.5.2.4.9 Gastão Pereira Gonçalves Filho; 1.5.2.5 Joaquim da Silva Pereira foi casado com Ana Bijos; filhos: 1.5.2.5.1 Humberto; 1.5.2.5.2 Luíza; 1.5.2.5.3 Geraldo; 1.5.2.5.4 Adélio; 1.5.2.5.5 Afonso Arinos; 1.5.2.5.6 Joaquim; 1.5.2.5.7 Expedito; 1.5.2.5.8 Maria Aparecida; 1.5.2.5.9 Juarez; 1.5.2.5.10 Jair; 1.5.2.5.11 Célia; 1.5.2.5.12 Adelmar; 1.5.2.5.13 Maria José; 1.5.2.6 Félix Cicínio da Silva Pereira foi casado com Darcília Pereira; filhos: 1.5.2.6.1 Aluísio; 1.5.2.6.2 Benedito; 1.5.2.6.3 Félix; 1.5.2.6.4 Silvano; 1.5.2.6.5 Edvar; 1.5.2.6.6 Maria Luísa; 1.5.2.7 Maria Conceição da Silva Pereira faleceu solteira sem descendência; 1.5.2.8 Sebastião da Silva Pereira, falecido em 30/04/1973; foi casado com Mercedes Mendes Santiago; filhos: 1.5.2.8.1 Orlando; 1.5.2.8.2 Onofre; 1.5.2.6.3 Dionísia; 1.5.2.8.4 Iolanda; 1.5.2.8.5 Romilda; 1.5.3 Judith Carlota de Santana, com 31 anos em 1914, viveu no estado de solteira, sem descendência; 1.5.4 João José de Santana, com 27 anos em 1914, no estado de solteiro; 1.5.5 Itamar José de Santana, com 23 anos em 1914; aderiu à maçonaria e foi um dos fundadores da loja maçônica “Paz e Amor” de Catalão; foi casado com sua parenta Enoi da Paixão Cunha Santana, natural de Catalão; filhos: 1.5.5.1 Javan Santana. falecido solteiro; 1.5.5.2 Geralda Santana; 1.5.5.3 Marta Santana, casada com Edésio Rodrigues de Oliveira, natural de Ipameri, Goiás; filhos: 1 Edésio Rodrigues de Oliveira Júnior, casado com Divanete Pires; filhos: 1.1 Rogério Pires de Oliveira; 1.2 Graciele Pires de Oliveira; 1.3 Aline Pires de Oliveira; 2 Itamar Rodrigues de Oliveira, casado com Ronilda de Fátima Pereira Rosa, moradores em Catalão; filhos: 2.1 Wilson Javan Pereira Rodrigues; 2.2 Daiele Cristine Pereira Rodrigues; 2.3 Maraísa Meirelen Pereira Rodrigues; 3 Elizabeth Santana de Oliveira; filhos: 3.1 Martha Santana de Oliveira; 3.2 Ivan Rodrigues de Oliveira; 4 Sueli Santana de Oliveira, casada com “Betinho”; filhos: 4.1 Alex Santana de Oliveira; 4.2 Paulo Santana de Oliveira; 1.5.5.4 Maria José Santana, Zezé, casada com José Pires “Juca da Carola”; pais de: 1.5.5.4.1 Amauri Santana Pires, casado com Rosa Resende, moradores em Catalão; filhos: 1 Sérgio Santana Pires; 2 Celmar Santana Pires; 2 Sílvia Santana Pires; 1.5.5.5 Zilka Santana; *Colaboração do confrade Marcial Campos Teixeira, de Catalão, Goiásdados coletados com os descendentes de Itamar Santana; 1.5.6 Maria José de Santana, nascida em 9/7/1894 e falecida em 17/08/1981; casou duas vezes: A) 1ª vez aos 18 anos com Vargas Ferreira Albernaz, nascido em 04/09/1861; Filhos: 1.5.2.1 Otávio Ferreira Albernaz, nascido em 1915; foi casado com Odete da Silva Neiva, com descendência; 1.5.2.2 Amadeu Ferreira Albernaz, casado com Acidália Albernaz, com descendência; 1.5.2.3 José Ferreira Albernaz, solteiro; 1.5.2.4 Amélia Ferreira Albernaz, nascida em 09/04/1922; foi casada com Paulo de Araújo Caldas; filhos: 1.5.2.4.1 Edgar de Araújo Caldas casado com Carmem Hormidas Caldas, com descendência; 1.5.2.4.2 Edméia de Araújo Caldas casada com Walter de Araújo Caldas, com descendência; 1.5.2.4.3 Egman de Araújo Caldas casada com Jairo Fernandez, com descendência; 1.5.2.4.4 Custódia de Araújo Caldas casada com Lamar Moreira de Queiroz, com descendência; 1.5.2.4.5 Bernadete de Araújo Caldas casada com Paulo Pedro Ferreira, com descendência; 1.5.2.4.6 Mirai de Araújo Caldas casada com Mário Caldeno da Silva, com descendência; 1.5.2.4.7 Paulo Roberto de Araújo Caldas casado com Socorro Martins de Melo, com descendência; 1.5.2.4.8 Washington de Araújo Caldas casado com Keila Caldas, com descendência; 1.5.2.4.9 Elizabete de Araújo Caldas casada com Júlio de Araújo Caldas; 1.5.2.4.10 Humberto de Araújo Caldas, solteiro; 1.5.2.4.11 Dilena de Araújo Caldas, solteira; 1.5.2.5 Helena Ferreira Albernaz, falecida em Carmo do Paranaíba, MG; foi casada com Lafaiete de Almeida e Silva, sem descendência; 1.5.2.6 Vargas Ferreira Albernaz Filho, solteiro com descendência; 1.5.2.7 Joviana Ferreira Albernaz, casada com Oswaldo Batista de Oliveira, falecido, com descendência; 1.5.2.8 Manoel Ferreira Albernaz, casado com Jandira (Nenzita) Gonçalves Aragão, já falecidos; filhos: 1.5.2.8.1 Hiadée Ferreira Albernaz; 1.5.2.8.2 Sílvio Ferreira Albernaz; 1.5.2.8.3 Manoel Ferreira Albernaz Júnior; 1.5.2.8.4 Eunice José (Zezé) Ferreira Albernaz; 1.5.2.8.5 Ciro Ferreira Albernaz; 1.5.2.8.6 Andreia Ferreira Albernaz; B) Maria José de Santana casou 2ª vez com Reginaldo José de Sousa, com quem teve uma filha: 1.5.2.9 Ceci Trindade Santana de Sousa, casada que foi com Caetano Botelho, já falecido, com descendência; C) Viúva 2ª vez, teve o filho: 1.5.2.10 Osvaldo Santana, casado com Maria Conceição Soares Chaves; filhos: 1.5.2.10.1 José Soares Santana; 1.5.2.10.2 Deusdete Soares Santana; 1.5.2.10.3 Glória Soares Santana; 1.5.2.10.4 Benedito Soares Santana; 1.5.7 Magdalina Nazareth de Santana, nascida em Paracatu em 20/01/1898 e falecida em 1994 em Goiânia; casou em Catalão com João Martins Bueno, coletor estadual; filhos: 1.5.7.1 Edite Martins Bueno; 1.5.7.2 Terezinha Bueno Nogueira, casada com o professor e historiador Miguel Arcanjelo Nogueira dos Santos; 1.5.7.3 João Martins Bueno Filho; 1.5.7.4 Sílvio Bueno de Santana; 1.5.7.5 Dinorat Martins Bueno, casada com Jovelino Aarão Gomes; 1.5.7.6 Natália Martins Bueno, casada com Alberto Borges de Freitas; 1.5.8 Jesus José de Santana, gêmeo de Magdalina, falecido na infância; 1.6 Luísa Alexandrina de Santana, nascida em 20/04/1847 e falecida em 28/07/1914; foi casada com José Alves Viana, sem descendência; 1.7 Capitão Luiz José de Santana, nascido em 03/07/1849 e falecido em Paracatu em 1905. Casou com Izabel Beatriz Campos Valadares, falecida em 13/10/1898 aos 40 anos de idade. Filhos: 1.7.1 Argentina Valadares Santana, com 39 anos em 1914; foi casada com Sinfrônio Alves de Sousa Camargo, com descendência ver Os Paula Sousa; 1.1.7.2 Luiz José de Santana Júnior, com 33 anos em 1914; foi casado com Adília Ulhoa, falecida em 30/05/1924, filha de João Gonçalves de Ulhoa e de Antônia Alves Ribeiro; filhos: 1.1.7.2.1 José Valadares de Ulhoa Santana, nascido em 1907; casado com Maria Ribeiro de Santana, filha de Nestório de Paula Ribeiro e de Flora Josefina de Santana; filhos: 1.7.2.1.1 Adília Ulhoa Santana, casada com Fabião da Silva Couto; 1.7.2.1.2 Maria Edméia Ulhoa Santana, casada com Benedito Pereira dos Santos; 1.7.2.1.3 Francisco de Assis Ulhoa Santana, casado com Sônia Jordão; 1.7.2.1.4 Mário Ulhoa Santana, casado com Sônia Aparecida Mariano de Almeida; 1.7.2.1.5 Domingos Alderico Ulhoa Santana, casado com Sebastiana Cândida de Moura; 1.7.2.1.6 José Luís Ulhoa Santana, casado com Norma Horta de Oliveira; 1.7.2.1.7 Otto Ribeiro Santana, solteiro; 1.7.2.1.8 Sebastião Humberto Ulhoa Santana, casado com Maria Gonçalves da Silva. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor, filósofo, biógrafo, jornalista e gestor editorial. Autor de 18 livros publicados entre os quais se destaca o best-seller, de autoajuda, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", editado pelo selo MADRAS EDITORA, de São Paulo, entre outros diamantes lapidados. (62) 99635-8005 - WhatsApp.