terça-feira, 2 de julho de 2024

GANESHA (*)

As origens de Ganesha são envolta em mistérios e diversas lendas tecem sua história. Uma das mais populares narra que ele é filho de Shiva, o deus da destruição, e Parvati, a deusa da fertilidade e do amor. Segundo a lenda, Parvati criou o filho para protegê-la enquanto o marido estava ausente. Quando Shiva retornou e encontrou um estranho guardando a porta, ele o decapitou sem saber que era seu filho. Arrasada, a deusa implorou o marido que trouxesse filho de volta à vida. Shiva então concedeu a ela seu desejo, substituindo a cabeça de Ganesha pela de um elefante. Ganesha é descrito como uma figura amarela ou vermelha, com cabeça de elefante e corpo de ser humano. Possui uma grande barriga, quatro braços. Cada uma dessas características possuem uma simbologia distinta, que analisa a partir da semiótica da cultura hindu significa: Cabeça de elefante: representa a grande sabedoria e intelecto. Grande barriga: simboliza a paciência e a capacidade de digerir o bem e o mau ao longo da vida. Única presa: Ganesha tem apenas uma das presas, pois a outra foi quebrada. Este símbolo representa a ideia dos sacrifícios que devem ser feitos para se atingir a felicidade. O seu mantra é um dos mais populares na mitologia hindu, pois Ganesha é descrito como o “som primordial” (Om), conhecido também como Omkara ou Aumkara. Por este motivo, o mantra Om Gam Ganapataye Namah (“eu Te saúdo, Senhor das tropas”) é um dos mais utilizados e conhecidos mundialmente. Na língua tâmil a sílaba om é considerada sagrada e remete justamente à cabeça do deus Ganesha. Ganesha é amplamente adorado em toda a Índia e em muitas partes do mundo, principalmente entre os hindus e aqueles que praticam tradições influenciadas pelo hinduísmo. Seu culto é celebrado em diversos festivais, sendo o mais proeminente o Ganesh Chaturthi, um festival de dez dias que geralmente ocorre entre agosto e setembro. Durante esse festival, elaboradas estátuas do deus são confeccionadas e instaladas em casas e lugares públicos. Os devotos oferecem orações, realizam rituais e fazem oferendas de doces, frutas e flores para buscar suas bênçãos. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, gestor editorial, filósofo rosacruz Illuminati. Autor de 19 livros publicados, entre os quais se destaca, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp

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