terça-feira, 30 de julho de 2024

MAR DE VIDRO (*)

Ao concluir a leitura de “Imitação de Cristo”, de Tomas de Kempis, livro publicado por volta de 1480 e, para minha surpresa, o autor da apresentação informa que depois do Livro da Vida, a Bíblia, fica em segundo lugar no ranking dos leitores cristãos. Até o Capítulo concernente ao Apocalipse, terminei a leitura ontem. Eu prometi a mim mesmo que faria essa leitura e posterior reflexão há mais de 25 anos. Há evidências inquestionáveis com o caos em que estamos mergulhados e não sei se existirá saída para essa situação-limite. Afinal os escritores que se prezem têm a obrigação de ler os Clássicos: Dom Quixote, Shakespeare, Spinoza, Aristóteles, Machado de Assis, Ruy Barbosa, James Joyce, Érico Veríssimo, Rousseau, Goethe, Voltaire, entre outros. Quando eu tinha cerca de 37 anos eu prometi: “se acontecer isso comigo, a vida acabou para mim”. Eis o fim. E há três dias o fato efetivamente aconteceu de maneira covarde, selvagem e cruel. Por enquanto estou até o presente momento na plenitude da angústia, tristeza e depressão; e vem o sentimento de culpa e o remorso: porque eu fui àquele local. Não há desculpa e nem perdão, sou eu o culpado. Em maio de 2011, minha mãe faleceu. Eu senti que, visceralmente, 50% de mim foi enterrado junto com ela: a mãe-amiga, confidente, a mãe que, sobretudo, por meio de suas orações intermináveis me protegia porquê sei que Deus a ouvia e atendia suas preces e novenas, principalmente, quando eu pegava a estrada de Anápolis ao Rio de Janeiro para trabalhar como jornalista (Superintendente de Imprensa), dirigindo sozinho o meu próprio carro. Sei que passei por situações graves na estrada mas, a minha fé no Senhor Jesus e São Judas Tadeu, evitaram graves acidentes. Agora depois deste episódio recente, não sei se zerei a minha vida, após os 50% que deixei enterrados no túmulo de minha mãe. Agora, hoje, aqui talvez eu tenha apenas 9% para resgatar tantos karmas acumulados na contabilidade espiritual. Há, até hoje, o mar morto... e sei por meio de fonte fidedigna que este mar jamais morreu... as suas águas são grossas e rasas. Dizem que os homens de letras que assumem uma cadeira numa Academia de Letras, torna-se, automaticamente, “imortal”. Fico feliz por esta imortalidade ter acabado: num gesto extremista, xiita e radical, a nova presidenta demitiu todos os escritores que não têm residência fixa em Paracatu, MG. O ser humano não tem credibilidade, são mutantes, atendem apenas aos seus interesses próprios que os benefície. Em 1997 quando fui convidado a compor o quadro de membros efetivos daquele sodalício, só haviam 7 (sete) escritores com livros publicados; um deles sou eu. Vocês da diretoria atual e anterior, são seres abjetos, arrivistas, interesseiros e sem caráter, tal como macunaíma. Estou com um portfólio e/ou dossiê para entrar na justiça e condená-los pelo ato espúrio e ilegal. Um membro quando é empossado numa Academia de Letras, justamente por ser considerado “imortal”, ele só pode ser afastado por um único motivo: quando morre. Hoje, quando eu me lembro que, com 13 anos meus pais mudaram para Anápolis, com todos os meus irmãos, foi a melhor decisão que eles tomaram. Ambos sabiam que essa cidade escravocatra é uma urbe de fofoqueiros, invejosos, falsos, cruéis com os trabalhadores, invejosos e medíocres; hipócritas. Joaquim Barbosa, um filho ilustre?! Definitivamente mostrou, recentemente, que não é um homem confiável, uma raposa interesseira e aparece na mídia para emitir opiniões contraditórias, covardes e equivocadas. Quando eu ia lançar meus livros, um tapete vermelho era estendido. E elogios de toda ordem. Quando publiquei, em 2006, o “Crepúsculo e Aurora”, tive a presença ilustre do Prof. Químico, Empresário, cientista político e escritor Osvaldo Costa. Por incrível que pareça, ele nasceu em Paracatu e morava também há muitos anos em Anápolis, onde dirigia o seu próprio laboratório na rua 7 de setembro. No discurso do amigo Osvaldo Costa algo me surpreendeu pela sua generosidade e autenticidade, num trecho do discurso”: “Paracatu deve muito ao escritor Eugenio Santana!” Tenho enorme saudade da infância naquela cidade que tive a felicidade de nascer: a infância, com meu irmão Eustáquio, irmã Maria Lúcia e, especialmente, Maria das Graças, que me acompanhava pelos arredores da cidade, principalmente junto a Natureza, já que eu gosto dos pássaros e da pesca. E quanto ao Mar Morto? Será um Eugenio Santana ignorado, esquecido, abandonado e vivendo o seu mais elevado ostracismo? Restará os 9%? Creio em Milagre e Superação mas, confesso que a minha resiliência está lá embaixo num vale de difícil acesso. Mar de vidro... minha danação? Tive muitos cortes, nos braços, pernas, mãos, dedos, joelhos, pés e na alma e no coração. Feridas agudas, quase irremoviveis. Aprecio tanto as águas correntes... das fazendas esvoaçantes que, obstinadas, não me saem da lembrança: “Fazenda Aldeia de Cima”, do meu avô materno José Ulhoa Santana, onde nasci e depois desfrutei, do mesmo avô, a fazenda “Forquilha” e mais tarde, a “Fazenda Rio das Pedras”, em Pirenópolis... o período mais feliz do meu pai e de minha mãe... Paracatu, sequer tenho o seu retrato na parede, como diria Drummond. Em Anápolis, fiquei morando sozinho aos 16 anos e conquistei nesta mesma idade o primeiro emprego de auxiliar administrativo; aos 18, fui promovido a Chefe Administrativo do Grupo Empresas Constante; terminei o ginásio e o segundo Grau aqui na querida Anápolis e já com a tendência natural para a escrita, foi nesta cidade em que publiquei o meu primeiro texto no jornal “Correio do Planalto”. Por baixo do “Mar de Vidro” existe um oceano paralelo: medonhos animais marinhos; e indescritíveis feras, tais como Vespa-do-mar, Serpente marinha, Peixe pedra e Polvo-de-anéis-azuis. Quem sabe o “meu mar de vidro”, venha a ser o meu sombrio oceano de dentro? O “mar de vidro” oportunizou que eu passasse por quase todos os sofrimentos: expectativas inúteis, adversidades, frustrações, sonhos inalcançáveis, convicções mutiladas, incertezas, solidões, torturas físicas e morais, saudades de filhos/filhas biológicos? Resta o moço-velho esquecido mergulhado no ostracismo tal qual Rimbaud na Abissínia, E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó... O “mar de vidro”, em 9% de vida, talvez me dê dicas sólidas de errar menos e acertar mais, assertividade, humildade, paciência, gratidão e jamais revidar ofensas e calúnias. Que o “mar de vidro” me permita o Voo para o Céu... Afinal, uma das coisas mais belas da vida é olhar para o céu, contemplar uma estrela e imaginar que muito distante existe alguém olhando para o mesmo céu, contemplando a mesma estrela e murmurando baixinho: "Que Saudade!” A Cura do Mundo está na união de amor entre os Céus e a Terra – um pertence ao outro, um é parte do outro, como um todo, inseparável. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, filósofo, jornalista, gestor editorial e ensaísta. Autor de 20 (vinte) livros publicados. “Ventos fortes, Raízes profundas”, madras editora, entre outros. Ganhador de 18 prêmios literários de projeção nacional. Email: es.escritor1199@gmail.com - (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 27 de julho de 2024

SOBRE PERDAS...

Um célebre violinista que realizava um concerto com toda a alegria e virtuosismo possíveis. O auditório acompanhava-o, encantado. Contudo, no apogeu da peça, arrebentou-se uma corda do violino. Em vez de parar, ele impassível continuou tocando com as cordas que lhe restavam. Pouco depois, outra corda partiu-se, mas novamente ele não se deu por vencido e terminou a música, sob fortes e emocionados aplausos. A vida de muitas pessoas assemelha-se à execução daquele concerto. Enquanto o instrumento está sendo tocado, de repente uma corda se rompe. Quando menos esperamos, enfrentamos perdas, como o falecimento de um familiar próximo, um acidente inesperado, a falência de um negócio, uma demissão imprevista... Essas adversidades são inevitáveis. Naquele momento específico, a perda pode parecer irreparável. Porém, a vida continua e precisamos encontrar uma forma de continuar lidando com ela. Mesmo quando os aplausos dos amigos cessam, os elogios acabam e as tragédias parece não findar, é preciso persistir na vida. As perdas e obstáculos não precisam nos impedir de continuar. (Escritor/filósofo/jornalista EUGENIO SANTANA)

quinta-feira, 25 de julho de 2024

I am in the heart of God

Sim, eu estou Ok. Sem queixas. Deus detesta reclamações. Situação-limite controlada. Pânico, zero; medo, anulado. A frase "Não tenha medo" aparece 366 vezes na Bíblia. "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo". (Eugenio Santana)

quarta-feira, 17 de julho de 2024

CON-VIVÊNCIA DE PAZ ENTRE HOMENS E MULHERES (*)

Dentro do que o psicanalista Gustav Jung denominou de Inconsciente Coletivo, podem ser encontradas muitas das características psicológicas que moldaram a mente da espécie humana e que, de certa forma, explicam nosso comportamento, mesmo aqueles mais desprezíveis. Por razões que remontam à pré-história e aos primeiros hominídeos, alguns comportamentos do tipo oculto e inato foram sendo transmitidos às gerações futuras, por necessidade de sobrevivência, frente a um mundo hostil e inóspito. O machismo é uma dessas heranças ocultas. Trata-se, segundo especialistas no assunto, de uma força arquetípica. Como tal se fincou no inconsciente de todos. Em outras palavras, nascemos machistas, homens e mulheres, sendo que esse comportamento é mais ou menos reforçado ao longo da vida, de acordo com cada sociedade em que o indivíduo está inserido. Obviamente esse comportamento primitivo não isenta ninguém de cometer verdadeiras atrocidades contra o sexo oposto. No Brasil, de formação histórica patriarcalista, fincada na desigualdade patente de classes, esse comportamento encontrou ambiente amplamente favorável, dentro e fora de casa, para florescer e se multiplicar. Isso não quer dizer que em outras partes do mundo o problema não ocorra. Pesquisas indicam ainda que o álcool, as drogas e o mais antigo e nefasto dos vícios humanos, o ciúme, respondem pela maioria das causas da violência contra as mulheres. Como sempre, o caminho mais curto e recomendado pelos estudiosos para se chegar a uma convivência de paz entre homens e mulheres ainda parece ser a EDUCAÇÃO. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor, Filósofo, Jornalista, Ensaísta, Redator publicitário, Biógrafo, Agente literário e Gestor editorial. Autor de 20 livros publicados. "Ventos fortes, Raízes profundas", Madras editora; entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 13 de julho de 2024

RECEBA O SEU EXEMPLAR AUTOGRAFADO: 19° LIVRO DE EUGENIO SANTANA

Há aqueles que não podem imaginar o mundo sem pássaros, há aqueles que não podem imaginar o mundo sem água; ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros. Para adquirir "KATHARSIS", é prático e simples: deposite 45 reais para o autor Eugenio Santana e receba o seu exemplar autografado já incluso a despesa dos correios. CHAVE PIX CELULAR: (62) 99635-8005 - C/C CEF. em meu nome . Agradeço a conectividade com meus leitores fiéis, vorazes e compulsivos. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA)

terça-feira, 2 de julho de 2024

GANESHA (*)

As origens de Ganesha são envolta em mistérios e diversas lendas tecem sua história. Uma das mais populares narra que ele é filho de Shiva, o deus da destruição, e Parvati, a deusa da fertilidade e do amor. Segundo a lenda, Parvati criou o filho para protegê-la enquanto o marido estava ausente. Quando Shiva retornou e encontrou um estranho guardando a porta, ele o decapitou sem saber que era seu filho. Arrasada, a deusa implorou o marido que trouxesse filho de volta à vida. Shiva então concedeu a ela seu desejo, substituindo a cabeça de Ganesha pela de um elefante. Ganesha é descrito como uma figura amarela ou vermelha, com cabeça de elefante e corpo de ser humano. Possui uma grande barriga, quatro braços. Cada uma dessas características possuem uma simbologia distinta, que analisa a partir da semiótica da cultura hindu significa: Cabeça de elefante: representa a grande sabedoria e intelecto. Grande barriga: simboliza a paciência e a capacidade de digerir o bem e o mau ao longo da vida. Única presa: Ganesha tem apenas uma das presas, pois a outra foi quebrada. Este símbolo representa a ideia dos sacrifícios que devem ser feitos para se atingir a felicidade. O seu mantra é um dos mais populares na mitologia hindu, pois Ganesha é descrito como o “som primordial” (Om), conhecido também como Omkara ou Aumkara. Por este motivo, o mantra Om Gam Ganapataye Namah (“eu Te saúdo, Senhor das tropas”) é um dos mais utilizados e conhecidos mundialmente. Na língua tâmil a sílaba om é considerada sagrada e remete justamente à cabeça do deus Ganesha. Ganesha é amplamente adorado em toda a Índia e em muitas partes do mundo, principalmente entre os hindus e aqueles que praticam tradições influenciadas pelo hinduísmo. Seu culto é celebrado em diversos festivais, sendo o mais proeminente o Ganesh Chaturthi, um festival de dez dias que geralmente ocorre entre agosto e setembro. Durante esse festival, elaboradas estátuas do deus são confeccionadas e instaladas em casas e lugares públicos. Os devotos oferecem orações, realizam rituais e fazem oferendas de doces, frutas e flores para buscar suas bênçãos. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, gestor editorial, filósofo rosacruz Illuminati. Autor de 19 livros publicados, entre os quais se destaca, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 29 de junho de 2024

PÁSSAROS DA AURORA, DA ALMA, OU DO CREPÚSCULO?! (*)

Estar vivo é milagre permanente. Por muito pouco a vida se esvai: um coágulo de sangue no cérebro, um tropeção, o vírus, a bala perdida, o acidente de trânsito. A cada aurora, o renascer. Agora sei por que o bebê faz manha à hora em que o sono começa a vencer-lhe a resistência. Teme a morte, a segregação do aconchego, o retorno às cavernas uterinas. O sono apaga-lhe os sentidos, a consciência, o (con)tato com mãos e olhares afetuosos. De minhas ranhuras brota delicado som de flauta e violino. Não sou dado ao absinto e sei que a vida é aposta. Todas as minhas fichas estão postas no tabuleiro dos deserdados e excluídos e na felicidade compartilhada. Jogo ao lado dos perdedores. É apenas isto que me interessa: ao faminto, o pão e a paz. De que valem todos os poderes do mundo se não enchem um prato de comida? De que valem todos os reinos se não plenificam a alma com o sabor do morango? Não sou predador de pássaros. Quero-os vivos, livres, o vôo esperto atravessando as asas do vento. Quero-os saltitantes entre as flores que cultivo no jardim da memória. Quero-os gorjeando sinfonias matutinas. Quero-os despertando-me, sem, contudo me provocarem a vertigem das alturas. Chega de abortos! Quero a vida despontando na cidadania plena, na obstinação dos inconformistas, na ociosidade intemporal dos mendigos, nas mulheres condenadas a bordar dores incolores, na despossuída humilhação dos que suplicam por um pedaço de terra, de chão, de casa, de direito. Tenhamos todos acesso à vida, distribuída com fartura como pão quente pela manhã, sem jamais temer as intermitências da morte. D/amor/te. Quero um tempo de livros saboreados como pipoca, o corpo saciado de apetites, a mente livre de dúvidas, a alma matriculada num corpo de baile, ao som dos mistérios mais profundos. E de pássaros orquestrados pela aurora, rios desnudados pela transparência das águas, pulmões exultantes de ar puro e mesa farta de manjares dionisíacos. Reparto meu pão com (sol)dados de afetos, dançarinos trôpegos de incertezas, duendes que povoam alucinados meu imaginário, musas incorrigíveis de meu fragmento literário, anjos protetores de minha frágil fé e místicos que revelam o pior de mimesmo. Neste mundo desencantado, mas não redimido, neles sorvo a minha regeneração como as anfípodas que, no fundo mais profundo dos oceanos, se banqueteiam de flocos de matéria orgânica. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor, Jornalista MTb 001319. Membro da ADESG-DF – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, colaborador do Greenpeace-SP. Autor de 19 Livros publicados. Gestor editorial, Ensaísta e Redator publicitário. E-mail: es.escritor1199@gmail.com / Aposentado, radicou-se em Curitiba, PR, em fevereiro de 2017. WhatsApp: (62) 99635-8002

quinta-feira, 27 de junho de 2024

PÓ DE ESTRELAS...

Visualizo ambos. Fusão de almas-irmãs inconfundíveis. Notívago, ergo os olhos noturnos. A asa da saudade transforma meu coração alado. Entre lágrimas e risos, sinto a dor lancinante da ausência. Pontos de luz na Terra, pontos de Luz no Céu, meus amores verdadeiros e inesquecíveis. Aqui no plano físico, a revelação: são os únicos seres que realmente me amaram. Ao evocá-los, sinto o mágico pó de uma estrela caindo sobre a minha cabeça. E o perfume é indescritível. Ato contínuo, a Paz regenera meu coração partido e lança raios de luz em minha alma imolada que, ávida e alada, voa até a Estrela: são meus pais que evolam e me abraçam animicamente. (Jornalista/Escritor/filósofo/gestor editorial Eugenio Santana - Em memória
)

sábado, 22 de junho de 2024

REINVENTAR-SE (*)

Pássaro, não verei novamente os meus Vôos. A água diáfana que bebi naquele Rio, amanhã não terá a mesma cor e sabor. Os Livros que escrevi, após uma releitura, não os escreveria e nem os publicaria, hoje. Aqui e agora: eis a vida em sua plenitude. Sou grato por estar vivo e ter discernimento para compreender e apreender vícios e virtudes. E o Caminho do Meio sugere o equilíbrio, o self, a transcendência. O inefável. Equilibrados, entenderemos o recado de Buda, Jesus e, no presente, os sussurros de Amor de Madre Teresa de Calcutá e do Dalai Lama. A vida ávida está demasiadamente tecnológica e material. E na Luz do Esquecimento, o Espiritual. Está cheia de falsos “mestres” e “gurus copidesque”. E líderes inertes. São tão poucos os sábios que, não vale a pena citá-los. Até porque – sem falsa modéstia – eu sou um deles. Leia um bom livro. E se desligue da biografia do autor. O passado não tem influência sobre o meu olhar estelar. Sei que, amanhã, o Sol voltará a brilhar. Hoje ainda tenho resquícios daquela admirável estampa. Não mais o ex-Adônis de Paracatu... Moreno. Alto. Um sorriso fácil e farto. 1,76m bem distribuídos num corpo de 79 kg. Filha linda? Resultado da qualidade forte de minha genética. Feliz, ainda que calvo e uma indisfarçável barba grisalha e um par de óculos de grau. Filosofando. Poetizando. Jornalizando. Polemizando. Investigando a contraditória Natureza Humana. Futuramente, certamente serei Cinzas no seu Jardim Cósmico. Em meio ao Lótus e as Rosas-vermelhas, os pés de pessegueiros e romãs. Sobrevoarei o deserto do Egito só para revê-la, minha linda rainhalada. Meu nome: Fênix? Ou Simurgh? Por favor, façam suas apostas, cavalheiros. Por enquanto, vôo deambulando por este fértil palco de sonhos: a vida. O futuro me espera. Me espelha, espalha e volatiza. Sem rastro. Sem rosto. Sem estigma. Sem passado. Reinventado. Eis o novo homem: Guardião da Palavra! (*) EUGENIO SANTANA é Jornalista, Escritor, Ensaísta, Filósofo, Gestor editorial, Redator publicitário, Copidesque e Relações públicas. Autor de dezoito livros publicados. Entre os quais, se destaca o bestseller, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora. (62) 99635-8005 WhatsApp

PASSOU TUDO...

Sofrimento, remorso, expectativa, ilusões, crenças, convicções, incertezas, solidões, saudades. Resta o homem velho ESQUECIDO, abandonado, ignorado; mergulhado no ostracismo. Um Rimbaud na Abissínia, um E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó... (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

domingo, 16 de junho de 2024

ESPERANÇAR...

Vício virou virtude. Mudanças climáticas, eventos extremos; a natureza parece querer livrar-se do "mal" que a devasta. Os maus se dão bem, enquanto o justo paga a conta. Corrupção, guerras, facções. Esperança é muito mais! Por exemplo: no meio da noite mais escura, a gente sabe que o dia vai raiar. E espera. O verbo esperançar significa dar esperança, dar ânimo. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA, FRC)

sábado, 15 de junho de 2024

ESCRAVO, ENQUANTO ESCREVO? EU SOU UM BUSCADOR FRENÉTICO PELO SENTIDO DA VIDA (*)

Continuar escrevendo é buscar compreender a si próprio, trazer à vida as palavras que lhe consomem, as verdades tão relativas que permeiam a ilusão que é viver. Você vai continuar escrevendo por não conhecer uma maneira melhor de expôr seus demônios, não ter outra maneira lógica de expôr a miséria e a confusão em que se encontra. Tampouco consegue compartilhar os momentos de epifania, alegria intensa e aprendizado sem passar por palavras, por notas, por listas. Você vai continuar escrevendo para provocar, para permitir que as pessoas o entendam melhor. Vai compartilhar teus pensamentos na ânsia de que o outro te encontre no caminho — é sempre uma conversa. Acima de tudo, você vai escrever para entender quem realmente é. Você, ao escrever, vai passar a ver conexões entre coisas distintas, sinais nas pequenas coisas — tudo se torna uma metáfora, uma maneira de aliviar as dores e compreender o mundo. Escrever vai se tornar uma companhia para a vida toda, uma terapia, um escape. E a partir de então, já não importa mais o que os outros pensam ou dizem. Não importa se gostam ou não do que você escreve ou da maneira como se expressa. Ao escrever e se expôr, você estará sujeito a coisas maravilhosas e também à crueldade daquele que o lê. E vai se sentir mal muitas vezes, vai pensar que talvez não devesse ter escrito aquilo, vai perceber que não há para onde correr. Você vai estar ali, em medidas diferentes e mesmo que insignificantes, sendo julgado a todo o tempo. A gramática, aquela palavra repetida, aquele pensamento, todos aqueles clichês: tudo isso saltará aos olhos dos mais atentos, dos mais críticos. E ainda assim, nadando contra a maré, você continuará escrevendo. Vai continuar por saber que não vai ficar rico com isso e, por assim ser, ou você escreve porque gosta ou enterra logo tudo isso. A recompensa parece não vir nunca, mas você vai ler o que escreveu há anos — primeiramente vai se envergonhar de tudo aquilo — e depois vai refletir sobre quem era e quem se tornou. Vai pensar se lá no passado você já dava indícios de que seria quem é hoje. E assim prosseguirá juntando frases, tentando dar sentido às coisas. E vai perceber que a busca por palavras te leva a lugares que talvez nunca iria se não fosse pela escrita. Vai perceber que a poesia, a prosa e os textos que fazem parte da sua vida estão por toda parte. Nas ruas, nas esquinas, nas pessoas que encontra, nos caminhos e cidades que ainda irá explorar. Se há algo que a escrita requer é experiência, é vida, é estrada e pessoas. Ainda que o processo seja extremamente solitário, dolorido e indulgente, ele requer experiência humana. Ele requer que sejamos, acima de tudo, um colecionador de vidas, de pessoas que passam por nós e nos fazem lembrar que viver é difícil mas vale a pena. Pessoas que talvez vão mudar nossas percepções sobre determinado tema, nos fazer refletir sobre coisas que talvez nunca pensamos antes. E é ai que está a beleza de escrever. As histórias nascem a partir de nós mesmos, de nossos questionamentos, de nossas vivências. Escrever é um atestado da fragilidade humana, do encantamento que temos por nós mesmos, seres tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo. Ter descoberto a escrita tão cedo adicionou à minha existência quartos que posso acessar a qualquer momento. Alguns são escuros, outros parecem receber a luz do nascer do sol, meio amarelada, que nos cega até que nos acostumemos a ela. Escrever não é fácil quando o que se está em em jogo é uma busca frenética pelo sentido da vida. Eu não entendo o mundo, não entendo a vida, sequer entendo a mim mesmo. Neste sentido, acho que escrever é também perder-se, mais do que se encontrar. É embaralhar o quebra-cabeças simplesmente porquê tudo aquilo que você julga saber não passa de ilusão. E assim você se refaz, reescreve, anota, deixa o papel em branco marcado de tinta para que não se esqueça jamais de que as coisas são passageiras. A palavra será sua melhor companhia nos dias solitários, nas manhãs enquanto toma café, nos bancos das praças e voos longos. É a partir dos livros, dos textos, do que os outros escreveram, que você irá encontrar razão para continuar escrevendo. E não se torture muito. Lembre-se que você escreve a partir de suas próprias circunstâncias e, por isso mesmo, não deva se comparar demasiado com os outros. Não é preciso querer ser como determinado escritor, mas é importante invejá-los e tentar absorver um pouco de cada um deles. No final das contas, escrever será um exercício para toda a vida. Uma necessidade, uma pedra a ser polida — cada dia melhor, cada vez mais próximo de como você realmente deseja escrever. E talvez você nunca se satisfaça com o texto, com o tom que dá às palavras. Desde que isso não lhe impeça de escrever, tudo bem. Hoje, andando sozinho pela cidade tive algumas ideias e uma ou outra conversa que com certeza renderia um bom texto. Mas ao invés de escrevê-las resolvi tentar entender a razão pela qual escrevo e quando tudo isso começou, de fato. Tomava meu café enquanto tentava voltar no tempo e ter algum resquício de memória sobre quando, de fato, comecei a escrever. Por que continuar a escrever? O que te move até as palavras, as frases, as metáforas? Por que você leva isso a sério? O que você ganha com isso? Escrevo para me encontrar e me perder, para salvar histórias, capturar pessoas e lugares. Escrevo para entender e confundir, para dar um sentido narrativo à minha vida. E continuarei escrevendo, por mais dolorido que seja, ainda que precise vencer todo e qualquer crítico e, principalmente, a mim mesmo. E você vai continuar escrevendo porquê escrever é, acima de tudo, viver. Encha-se de vida e continue. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, agente literário, publicitário, gestor editorial e filósofo. Dezoito livros publicados. Membro benemérito "ad honorem" do Centro Cultural, Literário e Artístico de PORTUGAL. Contato: autoreugeniosantana9@gmail.com e (62) 99635-8005 WhatsApp

quinta-feira, 13 de junho de 2024

VASTOS UNI/VERSOS PARALELOS DO ROCK AND ROLL (*)

Naquela tarde fiquei por horas admirando a estupenda imensidão. Por vezes permaneci imaginando o motivo de ainda não fazer parte dela. E num lampejo de não-lucidez, quando estava a mercê da minha loucura, me transportei em pensamentos. Foi quando me vi dentro de um céu particular, onde não havia sinos e anjos. Aquele era um "espaço celestial de rock and roll", onde os meus ídolos, aqueles que ainda impulsionavam o meu coração, me convidaram à juntar-se a Eles. Apesar de feliz e honrado pela insólita oportunidade, senti um desconforto. Mas envolto numa coragem que estava adormecida, sentei-me ao lado Deles. E por pouco não sucumbi. Eles, por outro lado, conseguiram sentir a minha ansiedade, e ficaram tão nervosos quanto eu. Nos observamos por minutos a fio, numa análise profunda, intensa. E, por fim, o silêncio foi rompido e o gelo quebrado, Renato falou: — É a verdade o que assusta, o descaso que condena, a estupidez o que destrói. — Fiquei embasbacado com suas palavras, mas, no fundo, sabia que elas faziam sentido. A verdade sempre me assustava, levando-me a negligência que me condenava a tomar atitudes idiotas e autodestrutivas. Mas alguns resultados não era de todo mal e, sem hesitar, quebrei o mal-estar. — Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém... — rebati com parte de uma de suas letras. Ele encarou-me de forma curiosa, deixando-me desconfiado. Por um instante pensei que Renato replicaria, contudo ele apenas aproximou-se e abraçou-me com carinho e anímica ternura. — Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu — disse ele, voltando a sentar-se no lugar de antes. Compreendi a mensagem e me senti em paz. Apesar da minha estranha e obscura singularidade, eu sabia amar. Continuei ao lado Deles, ainda inseguro. E antes de dizer algo, ouvi outra voz conhecida. — Acho que ser natural e sincero é o que realmente importa — disse Fred, esboçando um sorriso carregado de autenticidade. E novamente senti-me em paz. Apesar de estar envolto em tormentos, ainda prezava por sinceridade e naturalidade. E sem medir as palavras, fitei seus expressivos olhos. — É tão real esse sentimento de faz de conta. We are the champions, my friends — exprimi, encarando -o. Todos sorriram, como se compreendessem a minha resposta. Por um ínfimo e mágico instante continuamos em silêncio, apenas nos observando, mutuamente. — Cry baby, cry baby... — Janis disse, aproximando-se. Não consegui controlar as lágrimas que desciam pelo meu rosto desfigurado, por conta do mistério da agradável surpresa. E por tempo indeterminado chorei o refrão da sua canção. — Honey, welcome back home! — respondi com o semblante molhado. Notei que todos me encararam com preocupação, foi quando Kurt se aproximou e sentou-se ao meu lado. Ele segurou a minha mão esquerda e ergueu o meu queixo, fazendo com que nossos olhos se encontrassem. — A cada dia todos nós passamos pelo céu e pelo inferno! — E jamais se esqueça dos livros de Arthur Rimbaud, que você esqueceu de ler; não se permita apagar os tesouros guardados no sótão da memória... Até que eu me despedisse, continuou a me observar. Fiquei por mais alguns minutos ao lado Deles. Eu não queria voltar, mas sabia que por lá não poderia continuar. Afinal, as "mirações" têm data de validade no Plano Cósmico... E com o coração já saudoso, abracei a todos de uma só vez e me despedi dizendo: — Obrigado pela "aula" por meio do Astral Superior... Paz profunda, Amor, Resiliência, Empatia. Até a próxima. Até breve. Até sempre. Maktub. Namastê! (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, filósofo, agente literário, publicitário, gestor editorial. Dezoito livros publicados. Membro benemérito "ad honorem" do Centro Cultural, Literário e Artístico de PORTUGAL. Contato: (62) 99635-8005 WhatsApp

segunda-feira, 10 de junho de 2024

FRAGMENTOS DE CAOS E COSMOS PARA UMA CANÇÃO DE OUTONO

Não existem segredos na vida. Apenas verdades escondidas… que ficam sob a superfície. Não costumo compartilhar meus problemas com ninguém. Sempre consigo ver os problemas dos outros mais claramente que os meus. Não existem segredos na vida. Apenas verdades escondidas… que ficam sob a superfície. Em terra de predadores, um leão nunca teme o chacal. O problema de agir como uma pessoa normal é que pessoas normais se metem em situações estúpidas. Não sei o que me fez assim. Mas o quer que tenha sido, deixou um vazio dentro de mim. A vida é tão passageira. Tão frágil. Cada respiração pode ser a última. Todo mundo esconde quem é pelo menos por um tempo, às vezes você enterra alguma parte de si mesmo tão profundamente que precisa ser lembrado que ela ainda está lá, e às vezes o que você quer é só esquecer quem você é, por inteiro. Se os olhos são a janela da alma, então a mágoa é a porta... Enquanto estiver fechada, é a barreira entre o saber e o não saber. Fuja e ela continuará fechada para sempre. Mas abra e a atravesse. E a dor se tornará verdadeira. Eu adoro o Halloween, é o único dia do ano em que todos usam uma máscara, e não apenas eu. As pessoas gostam de fingir que são monstros, enquanto eu tenho que passar o ano fingindo que não sou um. A maioria acredita que temos livre-arbítrio, que escolhemos nosso caminho. Às vezes, o caminho é claro ... às vezes nem tanto. Cada movimento, cada volta, pode desafiar o seu senso de direção. Mas é a escolha que fazemos ao chegar a uma bifurcação que define quem somos. Todos nós criamos regras pessoais. São essas regras que nos ajudam a definir quem somos. E quando as quebramos, arriscamos nos perder e transformarmos em algo desconhecido. [...] Quem eu sou agora? Esse é um novo início ou o início do fim? (Copydesk/fragment by Writer and Journalist EUGENIO SANTANA) Ver menos

sexta-feira, 7 de junho de 2024

É A ESSA METAFÓRICA VIAGEM DE BUSCA...

Que os Escritores se entregam, buscando, talvez, as respostas para a grande interrogação existencial deste ciberespaço que nos cabe. Quem sou eu? O que faço aqui? A que Verdade pertenço? Interrogações vitais que, só têm as respostas cifradas, dadas pela Literatura, Psicanálise, Filosofia. Nesses 30 anos de Literatura e Jornalismo cultural e investigativo busquei e encontrei respostas. Não para o Mistério da Vida, mas para o agir e o viver pleno, no aqui-e-agora, onde se cumpre o destino humano. (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

JARDIM SECRETO

Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que já existia dentro de mim. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora, era a poética dos espaços interiores. Em busca de jardins passados, de alegrias idas, de felicidades perdidas. Porque felicidade é isto: quando as ausências que formam o nosso mundo interior encontram, de fora, a “coisa” que nelas se encaixa. Como na experiência do amor. (Eugenio Santana)

GENEALOGIA DA TRADICIONAL FAMÍLIA "SANTANA" DE PARACATU (MG)

Um
Diplomata, 1 Ufólogo, 1 Nutricionista internacional, 7 Escritores, 6 Jornalistas, 3 Romancistas, 1 Crítico literário, 6 Artistas plásticos, 4 Poetas, 8 Fazendeiros, 6 Educadores/ Professores, 3 Poliglotas, 1 Biógrafo, 2 Prefeitos municipais, 2 Economistas, 3 Administradores de Empresas, 2 Músicos, 1 Engenheira Florestal, 1 Bioquímico, 1 Engenheiro Agrônomo, 3 Advogados, 5 Figuras públicas, 2 Atores, 3 Empresários, 1 Cosmetóloga e 1 Psicóloga. Família que eu tenho o orgulho e a honra de ser um de seus integrantes ilustres! (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

sábado, 1 de junho de 2024

APRENDER... ENSINAR

Viver é uma permuta constante de aprender/ensinar. Nem sempre é necessário haver um receptor para o ensinamento: muitas vezes, cada um de nós é, a um só tempo, emissor e receptor da aprendizagem. (Eugenio Santana, FRC)