terça-feira, 17 de janeiro de 2017
A BREVIDADE DA VIDA (*)
A vida na terra é uma atribuição efêmera.
Nossos dias sobre a terra são transitórios como uma sombra.
Para usar sua vida da melhor forma possível, você não deve nunca esquecer duas verdades. Primeira: em comparação com a eternidade, a vida é extremamente breve. Segunda: a terra é apenas uma residência temporária. Você não ficará aqui por muito tempo, então não fique muito apegado. Peça ao Todo-Poderoso que o ajude a ver a vida na terra como ele a vê. Mostra-me como a vida é curta e eu sou frágil.
Você só está de passagem, apenas visitando. As pessoas deveriam carregar "green cards" espirituais, para nos lembrarmos de que a nossa cidadania é no céu. A nossa identidade está na eternidade, e a nossa pátria é o céu.
Quando flertamos com as tentações deste mundo, o Ser Supremo chama isso de adultério espiritual.
É somente ao lembrarmos que a vida é um teste, uma incumbência de confiança e uma atribuição temporária que o encanto dessas coisas perderão o domínio sobre nossa vida. As coisas que vemos agora estão aqui hoje e amanhã se foram. Mas as coisas que não podemos ver agora vão durar para sempre.
Para impedir que fiquemos muito apegados à terra, Deus nos permite sentir uma substancial quantidade de descontentamentos e desgostos na vida - anseios que jamais serão satisfeitos deste lado da eternidade. Não somos completamente felizes porque não era para sermos! A terra não é nosso lar definitivo; fomos criados para algo muito melhor.
Você terá momentos felizes por aqui, mas nada comparado ao que Deus tem planejado para você. Tudo o que não é eterno é eternamente inútil.
É preciso ter fé para viver na terra como estrangeiro.
(*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira dois. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados
A LEI DE MURPHY DISSOLVE-SE NO NADA (*)
Dizem que a pessoa comum usa apenas 10% de sua capacidade. Os outros 90% ficam enterrados nas tumbas do medo. Temos medo do fracasso. Temos medo de fazer papel de imbecil, de ser ridicularizados. Temos medo das críticas. E então nos sujeitamos e nos fixamos em nosso cantinho confortável, e todo dia começa a parecer muitíssimo com ontem e com amanhã. Usamos as mesmas roupas, dizemos as mesmas coisas, encontramos as mesmas pessoas, temos as mesmas rotinas, porque é assim que nos sentimos à vontade.
“Amplificar-nos”, da maneira como usamos o termo significa “dar um passo para fora de nossas zonas de conforto”. Significa sonhar o sonho impossível, alcançar o que até então era inalcançável, tentar o que ainda não foi tentado, arriscar a possibilidade de fracassar, ousar entrar em lugares aonde nunca fomos antes.
A lei de Murphy – “Tudo quanto puder dar errado vai dar errado!”, vai prevalecer mais uma vez. Mas, se a mãe Inteligência e o pai Vontade forem fortes o bastante, eles é que vão prevalecer. E, acredite se quiser, o mundo não vai dissolver-se no nada. Não vai haver explosão alguma. Ninguém vai desmaiar ou morrer. E o velho e polêmico Murphy não vai aparecer. Mas essas são apenas algumas coisas que não vão acontecer.
O que vai resultar de nossa amplificação é que o mundo ficará maior para nós e nossa vida se tornará mais plena e mais satisfatória. Serão revelados talentos de cuja existência nem suspeitávamos.
Você se lembra da primeira vez em que nadou sem ninguém o segurar, ou da primeira vez em que acertou o alvo na mosca? “Eu consegui!”, anunciou você a si mesmo e ao mundo. Você não se afogou, nem errou o tiro. Você conseguiu! Uma nova autoconfiança e um novo mundo foram criados para você naquele momento. Isso sempre acontece quando nos amplificamos acreditando, convictos, no caminho da superação.
(*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira dois. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
REINVENTANDO O SENTIDO DA VIDA (*)
Não temos consciência de que o tempo conspira contra a vida. O tempo passa tão rápido. Num instante somos jovens, e no outro, idosos. Pelo fato de não sabermos quando será nosso último suspiro existencial, devemos procurar viver com intensidade cada minuto de nossas vidas.
Revolucione sua qualidade de vida, aprenda a superar o cárcere da emoção e a falar o alfabeto mágico do amor. Você tem se esforçado para aprender esse alfabeto? O amor irriga a existência com sentido. Sem amor, a vida se transforma num canteiro de tédio.
Você nunca sabe o que acontecerá no dia de amanhã. O ideal não é esperar grandes mudanças para produzir grandes atitudes.
Hoje você tem seus filhos, sua esposa, seu marido, seus pais, seus amigos e colegas de trabalho. Eles são um grande tesouro? Será que você não o enterrou no solo de suas preocupações, no terreno da sua ansiedade?
Saia para o labirinto e refaça a sua agenda. Saia para amar, conquistar novos caminhos, abrir novos horizontes, ser líder de seu próprio mundo. Faça do ambiente de trabalho um lugar aprazível, criativo e solidário. Quem trabalha angustiado rouba energia excessivamente do cérebro, vive fatigado. Quem trabalha com prazer renova suas forças, abre as janelas da sua mente e brilha na sua inteligência.
Se você tem filhos, abrace-os, curta-os, brinque com eles, pois de que adianta dar-lhes o mundo se o que mais precisam é de você mesmo? Quando errar ou tiver atitudes exageradas com eles, peça desculpas sem medo. Ensine-os a reconhecer as fragilidades deles reconhecendo as suas. Conte-lhes suas alegrias e seus momentos difíceis. Saia com eles não apenas para passear, mas principalmente para descobri-los. Há pais que vivem por décadas com seus filhos e não os conhecem. Os pais que são amigos dos filhos são ricos, mesmo que não possuam fortunas.
Se você tem pais vivos, penetre na história deles, beba da sua sabedoria, beije-os e usufrua de seu convívio o máximo que puder. Tenha tempo para eles como eles tiveram com você. Eles geraram sua vida, cuidaram de você e devem ser amados e honrados. Compreenda seus defeitos e as atitudes deles que lhe feriram.
Perdoe-os, ame-os, procure-os.
Se você é casado, penetre no mundo de seu cônjuge, fale de seu amor por ele, tenha gestos surpreendentes para alegrá-lo. Chore junto. Compartilhe seus sonhos. Traga flores em dias inesperados.
Faça elogios por pequenos comportamentos. O amor se irriga todos os dias no território da emoção. Sem cultivá-lo, a falência de uma relação, por mais excelente que seja, é quase inevitável.
A vida sem amigos é um céu sem andorinhas. Se não os tem, cultive-os. Se os tem, marque encontros com eles, procure saber como estão, compartilhe experiências. Cuidado! A vida estressante do mundo moderno tem nos roubado o melhor do nosso tempo. Planeje ver seus amigos com mais freqüência e recrie bons momentos. Não seja vítima da solidão. Não se isole em casa, não se feche no mundo da internet. Um bom amigo vale mais do que uma grande fortuna e pode ser mais útil do que um bom psicanalista.
A vida é um espetáculo de raríssima beleza.
Tenha coragem para romper as algemas do medo e caminhar pelo labirinto. Percorra territórios nunca antes explorados. Se as oportunidades não surgirem, crie-as. Faça da sua vida uma poesia e uma grande aventura. Corrija as suas rotas, mas nunca desista das suas metas nem daquilo que você mais ama.
Se você nunca desistir, sua vida será diferente. Você deixará de ser controlado pelos seus problemas e se tornará o autor da sua própria história...
(*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta. Diretor de Redação da revista Cenário Goiano; foi Superintendente de Comunicação no Governo do Rio de Janeiro. Nove livros publicados)
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
O CICLO DE SATURNO: NOSSO PORTO DE DESTINO (*)
No Universo tudo está em movimento. As coisas, as pessoas, tudo está em constante transformação. A evolução acontece através dos grandes ciclos do Sol, de 36 anos, (1981-2016) e, em 2017, teremos o início do grande ciclo de Saturno, que terminará no final de 2052. Saturno não é visto como um planeta leve ou alegre. Ele cobra resultados e não está para brincadeiras; é rigoroso e justo. Saturno nos mostra a importância de aceitar os limites e percalços da vida, e também de perseverar apesar das dificuldades que chegam, inexoravelmente, para todos. Cronos, na antiga Grécia, como o senhor do tempo, nos faz lembrar de que tudo na natureza tem o seu próprio ciclo, ou seja, de que tudo tem um começo, um meio e um fim. Ele também significa a sabedoria que advém das experiências vividas e do trabalho, além da perseverança, da responsabilidade e da disciplina para que nossos ideais se realizem. É em meio a essas crises, turbulências e adversidades que adquirimos mais força para seguir em frente. Há uma maior conscientização por parte do povo de que a responsabilidade por melhorias e soluções, no plano social, político ou econômico, não pode mais ficar na mão de alguns poucos que detêm todo o poder de decisão. Cada indivíduo pode e deve agir com mais consciência, a fim de não permitir abusos e injustiças, participando efetivamente de ações que visem o bem-estar da coletividade, minimizando o atual estado de desequilíbrio planetário. Assim, cada vez mais, a união e o esforço coletivo em torno de um ideal comum são fundamentais para a sobrevivência de todos nós. E isso independentemente de raça, condição geográfica, clima, cultura, ideologias ou história, seja ela pessoal ou coletiva. Essa consciência nasce no interior do ser e na reflexão sincera de cada um. Só apontar os culpados não basta. Estamos no mesmo barco, precisamos remar com mais vontade e disposição para que as mudanças que desejamos possam acontecer. De fato, não existem ventos favoráveis para aquele que desconhece seu porto de destino.
(*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira dois. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
VALORIZE A SUA VIDA (*)
O conceito onde quero chegar é sobre a palavra acreditar. Simplesmente não vejo nada que possa acontecer se não acreditarmos, nenhum sonho se realiza se não se tem fé nele, nenhum projeto se torna factível se não confiarmos nele e por aí vai.
Trago comigo sempre o dom de acreditar que tudo irá dar certo e tudo irá acabar bem, não importa o sonho que tenhamos; não importa o tempo que leve; não importa se outros acreditam, o importante é que eu confio e a partir daí vou buscar seja lá onde estiver esse sonho e não há nada ou ninguém que me desvie desse caminho.
O mundo, globalizado pela Internet, como disse no início, é parte fundamental, pelo fato de termos sempre a informação "on-line", aqui e agora, e nesse mundo, quem possui a informação tem o poder.
Mas acontece que, devido a tanta informação, acabamos por nos perder e adotamos uma maneira de viver com certos vícios e manias que não são muitas vezes nossas; desejamos coisas que de certa forma ainda não podemos alcançar, e nos angustiamos por isso, buscamos um determinado status que às vezes nem precisamos e nos endividamos por isso; passando então a viver a verdade de outros, esquecendo a nossa...
Muitas vezes, olhamos ao nosso redor e nada nos falta para sermos felizes, temos uma casa para onde voltar, uma família barulhenta, que fala alto e pelos cotovelos, (a maioria é assim), filhos felizes que a toda hora reivindicam pelo nosso carinho e nos emocionam com um simples sorriso, crianças à nossa volta, amigos engraçados, amigos enrolados, amigos materialistas, amigos espiritualistas, amigos frios, amigos calorosos, amigos valiosos, mas todos amigos.
Temos um trabalho que, graças a Deus, toma boa parte do nosso tempo e permite que realizemos e compartilhemos com os nossos todas as coisas de que precisamos para viver em sociedade aqui no planeta Terra, mas muitas vezes, assumimos histórias que não são nossas e deixamos de valorizar a nossa própria.
Por isso, quero aqui propor a todos vocês, queridos leitores, que em nossa contagem regressiva, seja lá onde estivermos, em qualquer parte desse mundo globalizado, seja lá em que praia for, que além de pularmos as sete ondinhas, na praia deserta ou na praia repleta de velas acesas; na sacada do nosso prédio; no quintal da nossa casa; sozinhos, em nosso quarto; com a família ao redor da mesa; no sofá da sala em frente à televisão, que realizemos uma mudança interna em nossas vidas.
Fechemos os olhos, por segundos que seja.
Vamos agora assumir a nossa vida por completo. Precisamos de mudanças, vamos promovê-las e acreditar nelas, não importa o tempo que isso leve, vamos estabelecer metas para nossa vida pessoal, nossa vida amorosa, nossos relacionamentos, nossa vida profissional, vamos escolher uma área dessas - não precisa atuar em todas de uma vez - mas, nesse ano, vamos nos dispor, acreditar e mudar uma delas pelo menos.
Não vamos mais viver histórias que não são nossas, vamos acreditar que nós podemos e que merecemos um mundo melhor e vamos atrás desse mundo, que é nosso por direito sagrado.
Eu, por exemplo, passei 27 anos da minha vida sentado sobre um pote de ouro, tentando encontrar a felicidade fora de mim e acabei por descobrir que a felicidade está o tempo todo aqui comigo, (descobri meu pote de ouro). Quem sabe, você não descubra o seu também, valorize mais as pessoas, respeite a história de cada uma delas... e assuma a sua história, valorizando-a também.
Promova essa mudança interna, pois o mundo externo está aí e não poderemos mudar tudo à nossa volta. Sempre haverá uma árvore de Natal majestosa no Rockfeller Center em Nova York; sempre existirá um Bistrô gostoso e tranqüilo em Paris; sempre haverá pessoas em Roma para ver o Papa. Mas a única pessoa que estará conosco a vida inteira, queiramos ou não, somos nós mesmos.
Os portais de 2017 estão quase abertos. Vamos (re)começar um novo ciclo. Eis a oportunidade tão sonhada para que você encontre “o seu próprio pote de ouro”. Boa sorte. Feliz Ano-Novo!
(*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira dois. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados.WhatsApp (61) 99581-4765 - Email: autoreugeniosantana9@gmail.com
sábado, 17 de dezembro de 2016
A IDADE DO LOBO E AS LEMBRANÇAS DE AMANDA...
Restam algumas fotografias dispersas, espalhadas na desordem das gavetas do armário: arquivos do tempo nas Asas da memória... Encontrei – ao acaso – um velho álbum carcomido pelas traças ao longo desses anos. Nostalgicamente, retornei ao passado ao deter o olhar nos antigos fotogramas: revejo teu rosto jovem e belo, em destaque o amplo sorriso – antes tão familiar e os olhos de topázio a me indagar: o porquê da ruptura e o que faço de minha vida – hoje, agora, aqui. Silenciosamente, fecho o álbum e a porta e desligo a luz do abajur da sala e reflito a despeito do que é previsível e possível atenuar os conflitos na Idade-do-Lobo... Guardo o álbum. Melhor dizendo: escondo. Com uma leve sensação de alívio descarto qualquer ameaça de crise existencial... Inapelavelmente, Nostalgia. Neuroforia. Mas, sinto um irresistível estímulo de falar ao telefone. Com Amanda – em Paris – e rasgar o verbo, oculto há vinte anos... Expondo-lhe os projetos de minha vida e – principalmente – sugerir que fique com o velho álbum de fotografias... Este fantasma que insiste em não me abandonar. Amanhã envio – provavelmente – via sedex. Na Idade-do-Lobo não temos pressa para resolver as coisas do alado coração. (Escritor/jornalista EUGENIO SANTANA)
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
O CAMINHO DO AMOR
O mais importante de tudo seja a profunda convicção de que o bem é o caminho solar a ser percorrido para alcançar a serenidade à qual vocês aspiram entre as lutas da vida. Não há outro caminho possível para esse fim. Não é válido o caminho ilusório que por muito tempo se acostuma percorrer em vão: o do egoísmo, que leva a julgar o próprio bem separado do bem alheio, ou pior, em contraste com ele. Quero lembrar o caminho certo a ser percorrido para que não sejam atacados pelas forças maléficas: o caminho do amor. Se trilharem esse caminho, ficarão imunes de qualquer influência nociva. Lembrem-se de que: o degrau na direção do amor deve ser subido abstendo-se de fazer mal conscientemente a qualquer pessoa; entramos no céu do amor quando nos sentimos unos com o todo e nos exercitamos, mesmo nas pequenas coisas, gradativamente, a cumprir pequenos sacrifícios para o bem dos outros. Dentro desta área as flechas envenenadas das projeções negativas não podem penetrar; é preciso vestir-se de luz, potencializando a aura com pensamentos, sentimentos e ações de bem. Antes de encerrar, quero expressar mais um augúrio: que todo o bem que vocês fizerem aos outros possa chegar até vocês, que possam sentir o impulso disso para cada vez mais realizarem o bem, e que isso os eleve para as esferas mais altas. Que este seja o ideal de toda sua vida. (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta. Diretor de Redação da revista Cenário Goiano; foi Superintendente de Comunicação no Governo do Rio de Janeiro. Nove livros publicados)
SEJA UM CENTRO DE IRRADIAÇÃO DE GENEROSIDADE
Cada pensamento que parte de vocês é como um rastro luminoso que alcança a pessoa na qual estão pensando. Este rastro iluminará vocês e o objeto de seus pensamentos. Não hesitem em repudiar cada pensamento nocivo, que os revestiria de escuridão e, além de fazer mal aos outros, seria funesto para vocês mesmos. Abençoem e serão abençoados: abençoar é desenvolver a maior força de proteção e defesa. Este é o segredo. É a terapia ideal para neutralizar todas as influências negativas. Estarão construindo ao seu redor a mais poderosa defesa se, vivendo com honestidade, conseguirem falar freqüentemente com profunda convicção: Presença divina em mim, possa a tua Sabedoria dirigir todos os meus atos; o teu Amor guiar meus pensamentos; a tua Luz iluminar o meu caminho. Envolve-me em tua radiação, agora e sempre. Esta será a maior proteção, pois vocês estarão invocando a mesma força que move os universos. Vivam e operem nessa aura: nada e ninguém poderá jamais fazer-lhes mal. (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados)
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
VIVEMOS NUMA SOCIEDADE DE VALORES INVERTIDOS
Nunca as pessoas tiveram uma mente tão agitada e estressada. Quando o computador demora em iniciar, não poucos se irritam. Quando as pessoas não se dedicam a atividades interessantes, elas facilmente se angustiam. Raros são os que contemplam as flores nas praças ou se sentam para dialogar nas suas varandas ou sacadas. Estamos na era da indústria do entretenimento e, paradoxalmente, na era do tédio. É muito triste descobrir que grande parte dos seres humanos de todas as nações não sabe ficar só, se interiorizar, refletir sobre as nuances da existência, se curtir, ter um autodiálogo. Essas pessoas conhecem muitos nas redes sociais, mas raramente conhecem alguém a fundo e, o que é pior, raramente conhecem a si mesmas. (Jornalista/escritor Eugenio Santana)
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
PAZUL
Após a visita, assistiu pela TV as últimas notícias da noite. Ficou indignado com a reportagem sobre a negligência com a saúde pública, mas dormiria feliz por seus dois times de coração – Cruzeiro e Flamengo – ambos com enormes chances de conquistar o Campeonato Brasileiro. Com saudades, recordou-se das diversas vezes em que foi ao Mineirão e ao Maracanã nutrir sua paixão e entusiasmo, renovar sua alma, sentir a vibração da torcida, o êxtase por mais um gol espetacular. Lembranças na memória alada. Ficou em dúvida se lia algo mais. Talvez por uns quinze minutos, meia hora. O livro do seu sobrinho favorito estava ao lado da cama, recém-lançado na Bienal de São Paulo. Ora bolas! Era só apertar o botãozinho vermelho e chamar a enfermeira para auxiliá-lo. Refletiu sobre a palavra “ajuda”. Olhando para o alto, seus olhos alcançaram a janela. Num átimo de segundo, cogitou no quanto precisou de ajuda. Pensou naqueles que o ajudaram. Às vezes renunciava ao ceticismo. Arriscava-se a dizer que aquelas pessoas foram Anjos de Luz enviados para cruzarem o seu caminho. Tinha aprendido que algumas coisas da vida não tinham explicação plausível, simplesmente aconteciam, como pequenos milagres. Enquanto refletia com o olhar congelado nas luzes das estrelas que enxergava pela janela, sentiu um inesperado e profundo sono. Nenhuma dor. Apenas uma agradável e insólita sensação de sono. Nunca havia sentido algo parecido. Seu olfato captou o mais delicioso cheiro que havia sentido. Perfume? Pensou consigo. O aroma fez lembrar o do campo, da natureza. Teve a percepção que nada ouvia e o silêncio nunca antes lhe trouxera tanto prazer. Uma Pazul. (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados)
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
A VIDA E O AMOR SÃO AZUIS
Cada dia em faço um voto de não tentar resolver todos os problemas de minha vida de uma vez. Nem espero que você o faça. Para começar cada dia, vou procurar aprender uma coisa nova sobre mim e sobre você e sobre o mundo em que vivo, para poder continuar a experimentar todas as coisas como se tivessem nascido agora. Você nunca é a mesma pessoa. Depois de hoje você será diferente. E amanhã de manhã, depois do café, será diferente. Nem que seja só porque estará um pouco mais gordo. Para começar cada dia, vou me lembrar de comunicar a minha alegria, bem como o meu desespero, para podermos nos conhecer melhor. Para começar cada dia, vou-me lembrar de escutá-lo de verdade e procurar ouvir o seu ponto de vista, e descobrir o meio menos ameaçador de lhe dar o meu, lembrando-nos de que estamos ambos crescendo e mudando de cem modos diversos. Para começar cada dia vou lembrar-me de que sou um ser humano e não exigir a perfeição de você, até eu ser perfeito. Para começar cada dia, vou procurar estar mais ciente das coisas belas em nosso mundo. Sei que existe o feio. Mas também existe o belo, e não deixe que lhes digam que não. Vou olhar para as flores. Vou olhar para os pássaros. Vou olhar para as crianças. Vou sentiras brisas frescas. Vou comer boa comida, e gostar dela. E vou partilhar essas coisas com você. Um dos maiores elogios é dizer a alguém: “Olhe só para esse pôr-do-sol”. Para começar cada dia, eu me lembrarei de estender a mão e tocar em você delicadamente, com meus dedos. Pois não quero deixar de senti-lo. Para começar cada dia, vou dedicar-me novamente ao processo de ser amante, e depois ver o que acontece. Estou mesmo convencido de que, se fôssemos definir o amor, a única palavra bastante grande para englobar tudo seria “vida”. O amor é a vida em todos os seus aspectos. E, se você deixa de ter o amor, deixa de ter a vida. (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, relações públicas, redator publicitário, revisor de textos e copidesque – autor de nove livros publicados)
domingo, 27 de novembro de 2016
O BRILHO DE ETERNIDADE EM NOSSO OLHAR
Como é estranho que um rosto desfigurado possa atrair. Para aqueles para quem o amor é uma questão de visão, de toque, de presença, isso pode parecer loucura. Talvez eu seja louco. Mas o fato é que amo pessoas que nunca vi, pois já morreram, e pessoas que nunca vi porque não nasceram. Amo os precursores, pioneiros da Utopia, que andaram pela primeira vez pelos caminhos que hoje ando, e deixaram suas marcas indeléveis. Amo, por outro lado, aqueles para quem espero ser um precursor, e em cada gesto, podem crer, existe um pouco de amor por aqueles que virão. O que está em jogo é o sentido da vida. A vida vale a pena? Para quê? Estas são questões que todos nos colocamos. Mas as colocamos covardemente, com medo, e as sufocamos debaixo do trabalho, da conta bancária, da TV, da tecnologia que desumaniza, da religião que escraviza. Como você, todos tememos e todos nos perguntamos se vale a pena viver – num sussurro. Eu gostaria de ter me permitido ser seu companheiro na sua Dor. Talvez você tenha mergulhado no mar por não ter sido possível mergulhar no amor. A solidão, o silêncio, a palavra sem volta – e a gente olha e vê as máscaras e as pedras. Por que será necessário olhar primeiro atrás das estrelas para só depois viver a vida? É necessário não pedir da vida o que ela não pode dar. Somos amados pelo brilho de eternidade em nosso olhar. Pode ser então que, olhando dentro dos meus olhos, se possa ver um mineiro-menino brincar... Quando me perguntaram que caminho a minha sabedoria diz que devemos seguir, respondi: Não importa. Todos os caminhos conduzem ao mesmo lugar. Escolhe, portanto, o caminho do amor. Você já chegou a este mesmo lugar. Aqui fica o meu toque e, quem sabe, ele ensinará mais amor a alguém?!... (EUGENIO SANTANA é Jornalista, Escritor, Ensaísta, Redator publicitário, Copidesque e Revisor de textos – Autor de nove livros publicados)
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
MINAS GERAIS IN-VERSOS...
Sobre Minas, os poemas de “Verso-Minas”, “Ver-só-Minas” são dos melhores que conheço. José da Rocha Paixão leva à extrema a antidiscursividade. O resultado é a expressão mais adequada a manifestar os resíduos e a vivência mineira. História e geografia do estado se entrelaçam à formação existencial do poeta, cujo verso é também mineração de palavras. O chão de Minas e o solo verbal são objeto da mesma prospecção, em que esperança e desencanto se mesclam. No livro, ao lado da memória retrabalhada na esfera do trágico, convive-se com a transcendência do resíduo e a sacralização dos marcos, pois a viagem de José da Rocha Paixão se faz no tempo e no espaço. Uma espécie de colheita de signos afetivamente memoráveis. Que poder de visualização revela o poeta, ao retratar ambientes, numa linguagem intencionalmente despojada. O mapeamento de vivências geográficas é perfeito. “Cromo” é um poema, antes de tudo, visual. Mas o olho objetivo não consegue deter as trágicas reminiscências históricas ou, mesmo, as fraturas existenciais, que se aninham no mais surpreendente lirismo. “Sons mineiros”, por exemplo, evocam “a ainda acesa mulher de ontem”. E o “Calendário mineiro” não deixa de registrar “o calendário das tristezas futuras”, com que se exprime o clássico ceticismo da gente das Alterosas. No fundo, bem lá dentro, o intelectual mineiro, quer seja poeta, romancista, filósofo, crítico, músico, arquiteto ou pintor, permanece fiel a um humanismo estético, de feitio mais sensível do que intelectual, mais afetivo do que cerebral. Lírico é José da Rocha Paixão quando, em “Lira mineira”, trata “de feijão preto de saudade / das espigas de muito milho-amor”. O território verbal abre seu espaço lúdico a um dos processos felizes do poeta: o jogo com as palavras. “Várzea mineira”, “O mineirez” e “Vereda e ravina” sirvam de exemplo. Poesia de altos conceitos, elevadíssima. Escavação de Minas e do ser, “Verso-Minas”, “Ver-só-Minas” impõe José da Rocha Paixão entre os nossos maiores, pois é, a um tempo, inspiração e conquista. A crise econômica vem de longe. Vem da ditadura e prossegue na longa travessia em busca de uma sociedade organizada em termos democráticos. O lamentável, quanto a Minas, é a apatia do âmbito cultural diante do próprio destino e do quadro sócio-político-econômico nacional. É desolador observar que não se modelou uma frente mineira para apoiar uma saída democrática para o país, que se regesse pelo respeito aos direitos humanos, à liberdade política, à economia baseada na justa distribuição de renda. Tínhamos que organizar uma reação contra o capitalismo selvagem, predatório, nacional e multinacional. A natureza tem sido sistematicamente destruída em Minas Gerais. A Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, por exemplo, tem desflorestado impiedosamente o nosso território, desde a década de 20, sem que se ouça uma voz sequer de discórdia. Onde estão os panfletários mineiros? E os poetas, que têm a dizer? As vozes indignadas estão longe. É preciso acordar a grande voz de Minas. Necessitamos ouvir o canto dos poetas em sintonia com o povo. (Escritor, jornalista e ensaísta EUGENIO SANTANA)
QUANDO OS MINEIROS SE UNEM, ALGO DEVE ACONTECER...
A tradição mineira municipalista de Minas Gerais, que vem desde a sua formação, determina que as facções políticas se polarizem em torno do poder municipal em disputas intermináveis. Mas, em relação aos assuntos exteriores ao município, é comum haver propensão à concordância em torno do poder maior, estadual ou federal, com o prudente objetivo de evitar conflitos e retaliações, salvo o esgotamento dos limites de tolerância. Que limites serão estes? O ex-governador Leonel Brizola intuiu o fenômeno, com a visão instantânea de um grande estadista, ao sentir o peso da multidão no comício pró-diretas de Belo Horizonte: quando os mineiros se unem, algo deve acontecer. O hábito de esconder riqueza e escapar do fisco dotou o mineiro de espírito de modéstia e de oportuna astúcia. O cidadão de Minas aprendeu desde o início a aparentar menos do que é e a mostrar muito menos do que tem: casas pobres, mobília escassa, vestuário simples, voz baixa e lucro seguro. Os mineiros, pacíficos e ordeiros, deveriam encaminhar-se para uma união para dizer um basta ao poder opressor. Centro do país, lugar de encontro do Sul próspero e do Norte insuficientemente desenvolvido, mescla das tendências nacionais, por Minas circulam os anseios da nação inteira: industriais e operários, proprietários agrícolas e camponeses, donas de casa e funcionários, favelados e bóias-frias, retirantes e banqueiros, nortistas e sulistas. Com a decadência econômica, Minas Gerais desfrutava de uma importância cultural e política, que a mantinha como uma das unidades decisivas na federação. Os últimos tempos provam o recuo dos mineiros na capacidade de política e cultural, enquanto o setor econômico não logrou alcançar suas tarefas básicas: integração do mercado, industrialização autônoma, expansão agrícola e pecuária. Ao contrário, a economia de Minas foi afetada pela adaptação de sua agricultura à demanda externa (café e soja, por exemplo) e pelo domínio das multinacionais no setor industrial. O setor bancário viu-se esfacelado. (Escritor, jornalista e ensaísta EUGENIO SANTANA)
REVOLUÇÃO DE 1964: MEMÓRIAS DO MEDO
Golpe de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1º de abril de 1964, com um golpe militar que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart, também conhecido como Jango. Os militares brasileiros favoráveis ao golpe e, em geral, os defensores do regime instaurado em 1964 costumam designá-lo como "Revolução de 1964" ou "Contrarrevolução de 1964". Todos os cinco presidentes militares que se sucederam desde então declararam-se herdeiros e continuadores da Revolução de 1964. Já a historiografia brasileira recente defende a idéia de que o golpe, assim como a ditadura que se seguiu, não deve ser considerado como exclusivamente militar, sendo, em realidade, civil-militar Segundo vários historiadores, houve apoio ao golpe por parte de segmentos importantes da sociedade: os grandes proprietários rurais, a burguesia industrial paulista uma grande parte das classes médias urbanas (que na época girava em torno de 35% da população total do país) e o setor conservador e anticomunista da Igreja Católica (na época majoritário dentro da Igreja) que promoveu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada poucos dias antes do golpe, em 19 de março de 1964. Jango havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros, do Partido Trabalhista Nacional (PTN), à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN). O golpe estabeleceu um regime autoritário e nacionalista, politicamente alinhado aos Estados Unidos, e marcou o início de um período de profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1964. (EUGENIO SANTANA é Escritor, jornalista, ensaísta, copidesque, redator publicitário e revisor de textos – Autor de nove livros publicados)
ÁRVORE GENEALÓGICA...
PERTENCEMOS A ARVORE GENEALÓGICA DE AFONSO ARINOS - Grande número de ascendentes de famílias paracatuenses ou que em Paracatu residiram, projetaram-se no cenário nacional – na política, ciências, artes e nas letras. Exemplos vivos e expressivos são Firmina Sant’Anna, a primeira nutricionista a discursar na ONU, tia-avó de Eugenio Santana; o professor, jornalista, poeta e poliglota Nestório de Paula Ribeiro, bisavô-materno de Eugenio Santana; Olímpio Gonzaga, Geraldo Serrano Neves, Branca Adjuto Botelho, Zenóbia Vilela Loureiro, Oliveira Mello, Coraci da Silva Neiva Batista, Florival Ferreira, Lavoisier Wagner Albernaz, e, principalmente, Eugenio Santana – escritor, jornalista, ensaísta, redator publicitário, revisor de textos, copidesque, relações públicas, co-fundador da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM) e ex-superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro. E concluímos nossa lista incompleta com o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa: A figura mais ilustre de Paracatu, no século XXI. Ás gerações do presente deveria ser levado o conhecimento da trajetória de vida de cada um. O resgate da história de homens de caráter nobre as levará a apreender ações e atitudes dignas de serem apreciadas ou seguidas. Atualmente muitos valores se transformaram; alguns oriundos da falta de discernimento na escolha de objetivos de vida, outros por idolatria ao transitório, sobretudo, pela pobreza cultural. Paracatu, num passado distante, teve a denominação de “Atenas Mineira”. Também de “Oásis de civilização perdido neste imenso deserto de letras. Muito a dignifica é ser cognominada “Terra de Afonso Arinos”. A família Melo Franco tem sua origem em Paracatu e dela descendem três Afonso Arinos. Um deles foi deputado federal pelo estado da Guanabara entre 1963 e 1967 e embaixador do Brasil na Bolívia de 1979 a 1982. Reside no Rio de Janeiro. Pertence à Academia Brasileira de Letras. Recentemente, lançou na casa Machado de Assis a obra “O Espírito e a Ação”, ensaios inéditos do seu pai sobre política, diplomacia, literatura e biografias. Este terceiro Afonso confessa ser um discípulo direto “apaixonado por Eça de Queiroz”. Lamenta a inexistência no Brasil de maiores estudos sobre o romancista. Paracatu tem ou não razão de se orgulhar em ter sido berço da origem dessa nobre estirpe de políticos, escritores, diplomatas, cuja grandeza de ideais fizeram a história de nossa nação? (EUGENIO SANTANA é Escritor, jornalista, redator publicitário, copidesque, ensaísta e revisor de textos – Autor de nove livros publicados)
OS ANTEPASSADOS SÃO AS RAÍZES DA VIDA
Sem as raízes, é impossível a existência dos galhos e das folhas. Compreendi a importância da afirmação: “O solo é Deus, as raízes são os antepassados, o tronco simboliza os pais, e os galhos e folhas são os filhos”. Sem o sentimento de gratidão aos antepassados e sem a realização de culto a eles, é impossível o desenvolvimento dos descendentes. Deus pode ser comparado ao solo. NEle se encontram a origem da Vida e os nutrientes. São as raízes que estão ligadas ao solo. As raízes são os nossos antepassados. Os pais são o tronco. O tronco se desenvolve graças às raízes. Os galhos e as folhas se desenvolvem e prosperam quando cuidam bem do tronco. Como o tronco da Vida são os pais, sem o sentimento de gratidão, sem o respeito e o amor a eles, os filhos – que são os ramos e as folhas – não podem prosperar. Quando conseguimos agradecer aos nossos pais de modo incondicional, conseguimos agradecer aos pais de nossos pais, e ainda aos pais desses, de modo incondicional. Ou seja, somos capazes de agradecer até aos antepassados que acumularam os mais terríveis carmas negativos. Mas, quando, ao contrário, não conseguimos agradecer aos nossos pais, não conseguimos agradecer aos antepassados. O fundamental no culto aos antepassados é agradecer, antes de qualquer coisa, aos pais. Quando conseguimos agradecer aos nossos pais, do fundo do coração, naturalmente se manifesta em nós o sentimento de gratidão aos antepassados. (EUGENIO SANTANA é Escritor, ensaísta, jornalista – Autor de nove livros publicados)
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