domingo, 14 de janeiro de 2024

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?!

Os beócios, imbecis e aqueles que já possuem uma tendência mórbida para evitar estudos avançados, estão rindo, felizes. Stev Jobs defende prontamente os avanços e as mudanças, é o principal monetizado. Constata-se que a mídia impressa, morreu. Livros, revistas e jornais físicos, desapareceram. As Livrarias, falidas, já fizeram o seu funeral. (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

sábado, 13 de janeiro de 2024

ODISSÉIA DE DOLORES

Bom dia, Dolores! Como vai o desvario de teus amores? Passam por ti e satisfazem impublicáveis instintos bestiais. E teu corpo frágil, esbelto e atraente perdeu um pouco do brilho da juventude, tal qual traiçoeira e peçonhenta serpente tingindo-te de ininomináveis matizes. Na tua cabeça, Dolores, dançam fantasmas desfigurados de noites mortas, góticas, insossas, mal-dormidas. Noites libidinosas, de bolinadas de fictício prazer. Bom dia, Dolores! Como vai a tua sorte, teu dia, teu estigma? O frio deste inverno não se condói de ti oh, deusa do amor fácil, de fartos seios róseos! Bom dia, Dolores! Como está este teu cabelo desarrumado, o rosto amarrotado, desprovido da berrante pintura? Como está esse teu corpo? À luz do dia não sentes e não percebes as cores e os cheiros da natureza, o farfalhar da brisa, o mágico voo dos pássaros; o adejar de borboletas e colibris, o beijo ardente dos raios do sol. Bom dia, Dolores! Sonhas um sonho bem transado. Quem sabe, amanhã... Um príncipe encantado, viajante das carruagens dos tempos, adentrar-te-a ao quarto, dizendo-te num fio de voz, ao pé do ouvido, "és a minha princesa escolhida!". Boa noite, Dolores! Não sou príncipe, não sou nada: simples andarilho das estrelas, misto de poeta e sonhador. Durante o dia, elimino a tristeza; à noite atenuo a dor. Boa noite, Dolores! Senta-te aqui comigo, compartilha do calor desta taça de vinho, conta-me tua vida, teus segredos, tua história. Solta a voz na penumbra do teu esfuziante e orgásmico quarto. Afaga-me a cabeça, apoiando-a no teu macio colo, em seguida, brinca com os caracóis de meus cabelos. Vamos nessa, Dolores! Amanhã, não se se te direi: Bom dia, boa tarde ou boa noite! (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

PALAVRAS ALADAS

As Palavras São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras? (Writer and Journalist by EUGENIO SANTANA)

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

SATURNÁLIA

O Império Romano deixou como legado ao mundo ocidental, entre muitas coisas, os princípios do ordenamento jurídico praticado em dezenas de países, as raízes de línguas como o espanhol, o francês ou o italiano. Mas talvez haja um elemento desse legado que não é tão conhecido: a festa do Natal. Em uma das principais celebrações do Cristianismo, hoje marcada por árvores luminosas, Papai Noel, manjedouras e reuniões familiares, é difícil ver qualquer vestígio da cultura romana. A escolha de 25 de dezembro como a data do nascimento de Jesus não tem nada a ver com a Bíblia; ao contrário, foi uma escolha bastante consciente e explícita de usar o solstício de inverno para simbolizar o papel de Cristo como a luz do mundo. A Saturnália era um festival realizado pelos romanos antigos para celebrar o que chamavam de "renascimento" do ano, para marcar o solstício de inverno no calendário juliano (prevalente no império romano e na Europa durante séculos) que, curiosamente, era celebrado em 25 de dezembro. Mas começaram então as semelhanças com o Natal que conhecemos nos dias de hoje: as casas eram decoradas com folhagens, velas eram acesas e... presentes eram trocados. Essa celebração era realizada em homenagem ao deus Saturno (daí o nome) e sempre foi caracterizada pelo relaxamento da ordem social e pelo clima de carnaval. A celebração em homenagem a Saturno no início do inverno tinha um significado: Saturno era a principal divindade dos romanos. Ele era o deus do tempo, da agricultura e das coisas sobrenaturais. Como os dias encurtavam e de alguma forma a terra morria de forma simbólica, era necessário que o deus do tempo e da comida ficasse feliz. E como parte dessa tradição de agradar a divindade e outras pessoas, os presentes foram introduzidos. Além da festa da Saturnália, os romanos tinham outra celebração importante: a do "nascimento do sol invicto ou não conquistado" (Natalis Solis Invicti), que era celebrado todo dia 25 de dezembro. A verdade é que, no fim da era romana, o Natal já fazia parte do calendário romano. Foi um processo gradual, segundo os historiadores, que teve a ver com uma hibridização ou amálgama de tradições. Em meados do primeiro século, os cristãos já haviam chegado a Roma e começaram a moldar a sociedade do império. (Copydesk/Fragment by Writer and Journalist EUGENIO SANTANA)

domingo, 26 de novembro de 2023

TONINHO, MEU FILHO...

TONINHO, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda. Abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, eu te sinto. Te abraço na asa do vento. Te beijo no tempo espaço do meu soluçar. São noites e noites de insônia. E a saudade querendo te ver e poder te abraçar. Meu filho, a chuva é saudade, a dor é vizinha do amor. Por isso, meu filho desnudo de dores, despido de mágoas segue pelos caminhos de luz, meu filho. Replanta tuas flores! As estrelas são tuas poesias, meu querido filho, Toninho. (Copydesk/Fragment By Eugenio Santana/Adília Santana - em memória)

sábado, 25 de novembro de 2023

COMUNISMO... SOCIALISMO... FASCISMO... TOTALITARISMO... E... RETICÊNCIAS INFINITAS!

COMUNISMO/SOCIALISMO/FASCISMO SÃO REGIMES DITATORIAIS, TOTALITÁRIOS E ULTRAPASSADOS. VEJA O CASO DA VENEZUELA, entre outros. Nós Jornalistas, Imprensa, Mídia, comprometidos com a VERDADE, estamos completamente vendados, amordaçados. CENSURADA, a Liberdade de Expressão. Os Argentinos, recentemente, contabilizaram duas vitórias: com a Seleção e a Eleição de um novo Presidente. O Tempo é o Senhor da Razão, Pátria Amada, BRASIL! (Jornalista EUGENIO SANTANA - DRT-GO 001319)

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

PASSOU TUDO?!

Sofrimento, remorso, expectativa, ilusões, crenças, convicções, incertezas, solidões, saudades. Resta o homem velho ESQUECIDO, abandonado, ignorado; mergulhado no ostracismo. Um Rimbaud na Abissínia, um E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Anna Lopez. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó?!
... (Escritor/Jornalista/Ensaísta EUGENIO SANTANA)

RECRIAR A VIDA!

Frustração de não ter dedicado mais tempo à família, aos filhos, aos amigos. Tempo para entretenimento, meditar, refletir, praticar esportes radicais. A vida ávida, tão breve e efêmera, foi consumida no afã de ganhar dinheiro, e não de imprimir a ela melhor qualidade. E nesse mundo de equipamentos que nos deixam conectados dia e noite somos permanentemente vampirizados; fazemos reuniões pelo celular e whatsApp até quando dirigimos carro; lidamos com o computador como se ele fosse um ímã eletrônico do qual é impossível se afastar. No mundo em que vivemos, quanta esbórnia, corrupção, nepotismo, ciência e tecnologia para fins bélicos, práticas religiosas fundamentalistas, arrogantes, violentas e extorsivas. Neste século coisificado e de valores invertidos é imprescindível recriar a vida! (Escritor/ensaísta/jornalista Eugenio Santana)

terça-feira, 17 de outubro de 2023

SABEDORIA DOS GIRASSÓIS

Os girassóis são muito sábios; quando o sol se esconde eles ficam parados, mas não murcham porque armazenaram a energia que captaram ao longo do dia. Ficar no escuro não os afeta porque adquiriram poder e confiança. E mesmo quando são fustigados pelos ventos de forma agressiva as suas raízes permanecem firmes, e eles são hidratados pelas chuvas e consolidam seu crescimento com o sol e a grande força da luz. Assim são vocês quando se deixam iluminar e acreditam no seu potencial. O girassol é o símbolo da força da energia e da beleza que vem da luz -, ao se deixar conduzir por ela fica cada vez mais forte, vigoroso e cheio de vitalidade.
(Escritor/jornalista EUGENIO SANTANA)

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

IMPULSO VITAL (*)

Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso. A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão. Vulnerável, você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar. Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus... como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calado um tempo enorme... só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando! Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez'. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, agente literário, publicitário, gestor editorial, analista de marketing digital. 18 livros publicados. Membro benemérito "ad honorem" do Centro Cultural, Literário e Artístico de PORTUGAL; sócio da ACI - Associação Catarinense de Imprensa e da UBE/SC - União Brasileira de Escritores (62) 99117-8222 WhatsApp

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

MEUS LIMITES HUMANOS...

COMO SOMOS TODOS LIMITADOS, EM TEMPO, ENERGIA E CAPACIDADE! Segure os oceanos nas mãos, junte o pó da terra em uma cesta. Dá nome às estrelas e as direciona, conhece os governantes do mundo e supervisiona suas funções, considera as ilhas meras partículas de poeira e as nações como gotas em um balde. (Writer and journalist by EUGENIO SANTANA)

PEGA ESTE LIVRO...

Quando estiveres velha e grisalhas, e cabeceares De sono à beira da lareira, pega este livro, e lentamente o lê, e sonha com a aparência suave Que tinham outrora teus olhos, e suas sombras densas; Muitos amaram teus momentos de alegre graça, e tua beleza, com falso ou vero amor, Mas um homem amou a alma peregrina em ti, E a mágoas de teu rosto sempre a mudar. (writer and journalist by EUGENIO SANTANA, 18 livros publicados, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (62) 99117-8222 WhatsApp)

terça-feira, 26 de setembro de 2023

VIDA EFÊMERA

À medida que envelheço, presto menos atenção ao que as pessoas dizem; simplesmente observo o que fazem. Os projetos de vida foram substituídos por estratégias de sobrevivência. Quem não é belo aos 20, nem forte aos 30, nem rico aos 40, nem sábio aos 50, nunca será nem belo, nem forte, nem rico, nem sábio. Na idade de 60 anos, não se deve adiar um instante feliz que nos promete prazer. Pelas estatísticas, o lugar mais perigoso do mundo é a cama, pois é o lugar onde mais se morre. Aniversário: aquela festa onde comemoramos estar um ano mais próximos da morte. Hoje, quando me pedem autógrafo, dizem que é para a mãe. Quando a gente acorda depois dos 50 anos e nada dói, é porque já morremos. Espero morrer aos 110 anos, assassinado por uma mulher ciumenta. Existem dois legados duradouros que podemos deixar para nossos filhos. Um deles, raízes. O outro, asas. (Copydesk/fragment by Writer and journalist Eugenio Santana, FRC)

FÊNIX...

Fênix, eu sei renascer no sorriso da criança que corre atrás de uma bolha de sabão; no verde que renasce do estio, nos botões que encerram promessas, na grama que cresce para ser podada; eu só não tenho, Fênix, tuas asas auri-rubras, nem sou bem-vindo ao Templo do Sol, nem verei mais que o espaço de uma vida. Mas, Fênix, eu renasço como as estrelas renascem na noite, como o azul renasce nos nimbos, como os povos renascem das guerras, como a liberdade renasce da opressão, como a bem-aventurança renasce da desgraça, como o perdão renasce do ódio, como a vida renasce da morte e o amor renasce da mágoa. E seguirei renascendo a cada dia, a cada dia, Fênix, a cada dia... (Jornalista/escritor Eugenio Santana)

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

SER ESCRITOR

ESCREVER não muda o mundo. As pessoas mudam o mundo. ESCREVER só muda as pessoas. Não acredito na LITERATURA como meio de salvar o mundo. Acredito, sim, que a obra literária eventualmente possa salvar ALGUÉM. Tudo que não serve para ser comprado ou vendido, quer se trate de objetos, idéias, princípios, ética ou esperanças, não tem utilidade neste planeta-escola. Nele o escritor é amaldiçoado, o filósofo um imbecil, o artista um apátrida, O HOMEM DE VISÃO um criminoso. (copydesk/fragment by Escritor/Jornalista EUGENIO SANTANA)

VIDA EFÊMERA

A vida, tão efêmera, foi consumida no afã de ganhar dinheiro, e não de imprimir a ela melhor qualidade. E nesse mundo de equipamentos que nos deixam conectados dia e noite somos permanentemente sugados. Lidamos com o computador como se ele fosse um ímã eletrônico do qual é impossível se afastar. Quantas vezes falamos mal da vida alheia e calamos elogios! Adiamos para amanhã, depois de amanhã... o momento de manifestar o nosso carinho àquela pessoa, reunir os amigos para celebrar a amizade, pedir perdão a quem ofendemos e reparar injustiças. Adoecemos macerados por ressentimentos, amarguras, desejo de vingança. E para ficar bem com os outros, deixamos de expressar o que realmente sentimos e pensamos. Aos poucos, o cupim do desencanto nos corrói por dentro. (Escritor/jornalista Eugenio Santana)

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

UNI/VERSO PARALELO

Já experimentei quase tudo na vida. O que não experimentei, eu já conheço. Conheço e amo os dois extremos. Nunca fui pelo meio-termo. Sou pela lucidez plena ou pela loucura absoluta. Ficar entre essas duas linhas me deixa cheio de angústia. Nunca consegui controlar esses dois estados da alma. Não se pode amar dois deuses ao mesmo tempo. O homem que trilha entre essas duas paralelas não conhece o rompimento da linha de perigo. Assim, acreditamos que ele estará fadado a uma eterna frustração. Sua vida consistirá em buscar a infalível morte, e não poderá encontrar a doçura do verdadeiro mel, nem o sal para remir suas ofensas. A roda da vida sempre passou sobre aqueles que procuram falar mais sério. São nas vozes das crianças que podemos perceber o encanto da poesia e da música. (Writer and Journalist by EUGENIO SANTANA)

VENDEDORES DE VENTO

Eu sou aquele que retornou e retornará sempre. Certamente, os mesmos encontros acontecerão antes de transpormos os portais do céu. A finitude do todo é composto por nós. O pássaro de penas vermelhas, eternamente, será visto por mim sobre a cerca de arame farpado. Sempre voltarei a escorregar sobre a argila branca dos barrancos da minha pequena cachoeira. Um número incontável de vezes banharei o meu corpo nas águas cristalinas do pequeno riacho. O vento frio de maio voltará a açoitar minha face ainda não marcada pelo tempo. Nosso sonho pode estar em qualquer esquina, quando o encontrar, procure vivê-lo intensamente. O bom caçador nunca persegue a presa. Ele espera... Com infinita paciência... Na tocaia. O que lhe pertence cortará o seu caminho ou baterá em sua porta. A maioria dos homens são eternos vendedores de vento. (Writer and Journalist by EUGENIO SANTANA)