terça-feira, 18 de março de 2014

BANALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES AMOROSAS (*)

Vivenciamos o final de uma época em que as aparências, associadas ao consumismo, ditam regras de comportamento social, e onde suspeitos interesses têm mais poder de influência do que valores humanos. Esta tendência comportamental acaba interferindo nos relacionamentos afetivos, a ponto de banalizar o amor e o sexo nas relações humanas. Desta forma, a busca pelo prazer restringe e enquadra o significado do amor e do sexo nas relações, não permitindo que a experiência propicie aprendizados e crescimento aos envolvidos. Atualmente, é muito comum encontrarmos "receitas ou fórmulas mágicas" de como se relacionar sem sofrer. Dicas, muitas delas provenientes de amigos ou de pessoas bem intencionadas, mas que refletem a crise relacional que o ocidente enfrenta por se submeter à tirania do materialismo, representado pelo dinheiro e o desconhecimento ou descrença nos verdadeiros valores da vida. Neste confuso cenário das relações afetivas, muitos indivíduos perdem-se no gozo das paixões efêmeras, sem se darem conta que o tempo passa velozmente e que a libido -que é apenas uma peça no extraordinário mecanismo do amor- diminui à medida que a idade avança ou a saúde declina. O amor, observado como proposta de crescimento entre duas pessoas que se relacionam, é muito mais que um encontro casual, que tem como estímulo a atração sexual, porque relação afetiva sem a devida valorização dos envolvidos é simplesmente satisfazer instintos primários ligados ao princípio do prazer. Por este motivo, a atual fase ocidental, não afirma ou confirma a emancipação de gêneros; pelo contrário, revela que se houve movimento emancipatório, libertador, este encontra-se atrelado a um estado de alienação provocado por interesses que giram em torno do consumo, da propaganda e de um poderoso valor materialista: o dinheiro. Nesta lógica comportamental e social, a busca pela satisfação tem gerado insatisfação, que por sua vez, gera mais insatisfação e fuga por prazer a qualquer custo. Situação que revela o ciclo vicioso de insatisfação ao qual muitas pessoas estão submetidas por tornarem-se dependentes de prazeres fugazes ou viciosos, seja através do sexo ou de outras formas que causam dependência química ou emocional. Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa, que determina a forma como a mesma se comporta e interage com outros indivíduos, consigo própria e com o meio ambiente. Portanto, valores humanos são valores morais, sociais, éticos -eu acrescento os valores espirituais- que representam um conjunto de regras para uma convivência saudável dentro de uma sociedade. Alguns valores trazemos com a reencarnação. Outros são adquiridos, reforçados ou alterados com a seqüência de vidas do espírito imortal, o que ocorre na infância durante a experiência educativa com os pais biológicos ou substitutos. Na minha experiência como jornalista, escritor e pesquisador da natureza humana, tenho observado um conjunto de valores e crenças, que de uma forma mais ou menos sutil, interfere no comportamento da pessoa adulta a ponto de influenciar nas suas escolhas. Portanto, estes valores internalizados, quando associados à experiência infantil da vida atual, podem ser alterados no sentido positivo ou negativo, conforme a influência parental pela via da educação e convivência. Na falta de valores humanos nas relações afetivas, tornamo-nos pessoas frágeis emocionalmente, desequilibradas psiquicamente, dependentes e carentes. Geralmente, sentimo-nos pessoas com baixa autoestima à procura de um sentido para a vida. E nesta busca, o prazer de efeito imediato pode tornar-se a "fórmula" encontrada de nos relacionarmos com o mundo ao nosso redor, ou seja, de buscarmos gratificações momentâneas no âmbito pelo qual interagimos com outras pessoas, a partir da visão egocêntrica da própria realidade. Desta forma, deixamos de qualificar a experiência existencial porque não valorizamos o amor no sentido de sua intensa relação com os aprendizados da vida. Por outro lado, a valorização do eu está intimamente ligada ao processo de autoconhecimento, que passa pela importância dos valores humanos inseridos no contexto vital. Agir diferentemente é ir à contramão das leis naturais que orientam o ser inteligente para o sentido amoroso da vida. O final de uma época, no entanto, revela o alvorecer de uma nova era de valorização do eu a partir de autodescobertas necessárias à essência em simbiose com o UNO. Este pertencer ao Todo Indivisível é a "chamada" de uma nova fase planetária de responsabilização do homem como agente de seu próprio destino. Você se valoriza e valoriza o outro? É tempo de questionar, refletir e rever conceitos e padrões comportamentais, pois o milênio de transformações começa a pressionar o ser inteligente para que ele se sinta como peça importante da engrenagem universal.
(*) Copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autoajuda e técnicas motivacionais. Ex-Revisor de textos jornalísticos do “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do livro biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É fundador e Gestor de Conhecimento da Terceira Margem Editora. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9256-7754

sexta-feira, 14 de março de 2014

NOSSOS MEDOS E LIMITAÇÕES (*)

As mudanças podem nos parecer tão ameaçadoras que preferimos passar a vida na segurança dos velhos modos de ser e de viver, que já não trazem mais nenhuma satisfação, a arriscar mergulhar no desconhecido que nos revela cada dia. Nossos medos nos fazem adiar a vida por tempo ilimitado, sempre deixando para um futuro que nunca chega, a suposta felicidade que vai vir de alguma ação que vamos ter um dia. O tempo vai passando e vamos nos acostumando tanto com nossas proteções que, pode ser que o Universo precise nos dar uma sacudida, colocando-nos diante de coisas que não podem mais ser adiadas tomando a decisão que já deveríamos ter tomado para a mudança. Muitas vezes, a vida nos coloca de frente com situações que nos fazem pensar que as coisas chegaram ao fim. o fim dos nossos sonhos, das nossas esperanças em alguma área mas, pode ser justamente o caminho que o Universo encontrou para um recomeço para uma vida mais plena e satisfatória. Recentemente, acompanhei uma história onde uma pessoa se viu diante de uma situação assim, se viu diante do que ela mais temia. O que representava o seu maior medo, se concretizou e, no princípio as coisas foram mais difíceis mesmo, mas com o passar do tempo essa pessoa se transformou de uma forma que ninguém poderia imaginar e muitas das suas limitações e dos seus medos foram deixados para trás. Olhando essa pessoa, você percebe claramente que ela passou por uma mudança tão profunda que muitas das coisas que eram limitação para ela agora parece que nunca existiram e ela acessou partes criativas que antes nem ousava manifestar, porque sua energia era gasta em criar escudos de proteção para que seu medo não se manifestasse. O medo nos faz criar tantos escudos de proteção que acabam se transformando em prisões onde nós somos os prisioneiros e, quando focamos no que tememos, acabamos atraindo aquilo para nossas vidas. A cura, nesse caso, veio por esse caminho, onde ela pensou que as coisas tinham chegado ao fim em determinada área, mas na verdade, o que veio depois que ela liberou os medos foi o início de uma outra vida muito mais plena. De uma forma ou de outra, quando estamos prontos para renascer, se não cooperamos trabalhando nossos medos e nossas limitações, o Universo provoca mudanças, pequenas mortes para grande renascimentos. Se queremos mesmo transformar o que não está bom... o dia é sempre hoje e a hora é sempre agora. Os medos são os maiores limitadores, e encará-los de frente, trabalhando para liberar a causa desses medos, pode nos revelar partes nossas que nem imaginávamos que existiam. Sempre que identificamos algum medo, ao invés de fingir que ele não existe e adiar mais um pouco a vida, podemos fazer alguma coisa para libertá-lo.
(*)copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Revisor de textos jornalísticos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do perfil biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É Gestor de Conhecimento na Terceira Margem Editora. E-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754

terça-feira, 11 de março de 2014

SEM RESSENTIMENTOS (*)

Falar a nossa verdade é uma das coisas mais difíceis para nós. Dizer às pessoas - especialmente aquelas que amamos e admiramos - o quanto estamos chateados com eles, é extremamente difícil; a razão que faz com que seja tão difícil é que temos medo de rejeição, de perder sua aprovação e, finalmente, perder o seu amor.
Se quisermos ser gentis e amigáveis, nossas interações tornam-se uma representação, uma atuação onde o amor verdadeiro é difícil de encontrar. Quando você decide enfrentar o medo da rejeição e dizer o que você realmente sente, algo surpreendente acontece. A sua transparência o liberta, o que lhe permite liberar os juízos e emoções acumuladas e deixar ir o ressentimento. Assim, a apreciação e inocência que a relação tinha tido antes podem voltar. Esta é a razão pela qual muitos casais vão crescendo separados ao longo do tempo: por medo de perder o outro, escondem o que realmente sentem. O resultado? Duas pessoas que estão fisicamente próximas, mas separados internamente de qualquer maneira. A necessidade de sermos aprovados por nossos entes queridos, de controlar e manipular a sua opinião acerca de nós, vem de nossa própria necessidade de aceitação e amor. Só quando perdemos a capacidade de aceitar a nós mesmos é quando começamos a nos preocupar com o que os outros pensam e, por isso, começamos a esconder e retorcer para nos tornarmos o que nós consideramos "bom o suficiente". A fim de mudar essa situação, nós temos que ir para dentro e começar a buscar em nós mesmos. Há muitas maneiras de ir para o interior; algumas pessoas usam a meditação, outros simplesmente se concentram em estar presentes consigo mesmo... Eu ensino as facetas do meu sistema, que é o que funcionou para mim. O importante é que você comece a se ouvir, prestando menos atenção à forma como o exterior diz que você seja e começar a ouvir a voz do seu próprio coração. Isto tornará mais fácil para você começar a falar a sua verdade e soltar a necessidade de aprovação externa. O ressentimento vem de sentir carência de algum tipo: de se sentir maltratado, desrespeitado, ou ferido de alguma forma. Quando você se sentir assim, escolha dar. Quando você dá, você leva sua atenção longe de seu próprio drama de insatisfação e, imediatamente, você se concentra na abundância: naquilo que você tem, em vez do que está errado ou o que está faltando. Esta é uma forma muito poderosa para mudar o seu foco, da carência para a apreciação. O ressentimento é um truque que temos para ficar longe da apreciação da beleza do momento presente. Não deixe que ele o domine: a vida é preciosa demais, muito cheia de emoção e oportunidades para permanecermos presos no passado. Utilize estes passos simples para treinar e experimentar o frescor do aqui e agora, e você ficará livre de ressentimentos. (*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, assessor de comunicação, relações públicas, copydesk, verse maker e self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autorrealização e toques motivacionais. Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: e-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754

sábado, 1 de março de 2014

A CRÔNICA DO AMOR PERDIDO (*)

Quem quer ser trocado? Quem quer ser preterido por outra pessoa? É verdade: descobrir que a pessoa que você ama preferiu ficar com outra em vez de continuar com você dói! E não é pouco, não! Diria que raras situações são tão dolorosas como essa! A pessoa fica sem chão. Não sabe o que fazer e nem para onde ir. A pergunta que grita dentro dela, entre lágrimas e um milhão de pontos de interrogação, é: "e agora?". Mas tem outras: "o que fiz de errado?", "o que aquela pessoa tem que eu não tenho?", "o que deveria ter sido diferente?", entre outras que, quer saber? Em princípio, não ajudam em nada! Algumas pessoas, ainda, decidem interpretar essa situação como se seu amor tivesse sido roubado. Será? Será mesmo que alguém rouba uma pessoa adulta, inteligente, com vontade própria e que sabe fazer escolhas? Não me parece! Então, por mais difícil que seja, é bom começar a admitir que ela foi porque quis. Que ela fez uma escolha. E que, acima de tudo, ela tem esse direito! E isso quer dizer alguma coisa! Alguma coisa muito importante e que você precisa escutar: neste momento, era o melhor que poderia ter acontecido! Era assim que tinha de ser! Nada é por acaso! Você pode não compreender agora. Mas vai compreender mais pra frente. Você pode estar doendo mortalmente, mas vai passar, pode apostar. E enquanto não passa, você tem saída! Tem opções. Não precisa doer sozinho. Não precisa suportar tudo isso bem quietinho. Veja bem! Fazer um tremendo escândalo e expor todo mundo é uma saída. Mas não é a melhor, certamente. Não é sensato e, muito provavelmente, você vai se arrepender antes mesmo de se sentir melhor de verdade. Gritar e chorar muito também é uma saída. Mas é melhor que você faça isso dentro de casa. É bom pra colocar pra fora essa dor lancinante. Falar o que pensa e sente também é bom! Mas que seja para a pessoa certa. Se for possível, para o ex-amor. Além disso, um bom profissional, tal como um psicanalista, pode ser essencial. Alguém que ajude você a assimilar e digerir o que aconteceu e a lidar com o que está acontecendo pode ser a grande diferença entre um passo adiante e a estagnação diante da dor. No mais, viver um dia de cada vez é fundamental! Ninguém vive o luto da perda de um amor numa noite. É um processo. E pode ser cheio de aprendizado e amadurecimento. Tudo vai depender do que você vai fazer com o que está sentindo. Culpar alguém por ter roubado seu amor não é, definitivamente, uma conclusão eficaz. Serve apenas para tornar você uma mera vítima das circunstâncias. E vítimas são reféns do destino. Permita-se vivenciar o sofrimento. Peça colo aos amigos e familiares. Você realmente vai precisar de alguns dias, semanas e talvez até meses para se superar. Tudo bem! Acolha-se! Respeite sua dor. Mas permaneça atento, porque quando se sentir um pouco mais forte será o momento adequado de se levantar e recomeçar. Se você tiver aproveitado esse tempo para rever a sua parte nesta situação, para aprender com seus próprios enganos e para se dar conta de suas convicções limitantes, nada mais poderá detê-lo. Você vai voltar pra vida e pro amor muito melhor, muito mais pronto para atrair, não alguém que esteja em dúvida ou que abandone o barco na primeira dificuldade. Não alguém que minta e seja covarde no momento de fazer uma escolha. Não! Alguém que esteja disposto a permanecer ao seu lado para o que der e vier. Alguém que, embora não possa lhe garantir a eternidade, pode sim, comprometer-se com a verdade desse amor dia após dia. Por que se acabar, não será por qualquer tipo de delito ou crime contra um coração! Será, sobretudo, por dignidade. Porque é assim que é... e o tempo comprova essa verdade!
(*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, assessor de comunicação, relações públicas, copydesk, verse maker e self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autorrealização e toques motivacionais. Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: e-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754

domingo, 15 de dezembro de 2013

PROJEÇÕES PARA UM ANO-NOVO FELIZ (*)

Há quem, sabiamente, faz um planejamento detalhado, com desejos descritos nas diversas áreas da vida, tais como amor, saúde, profissional, espiritual, alimentação, corpo, entre outras. Não tenho dúvidas de que debruçar-se sobre o exercício de escrever suas metas, colocando datas para alcançá-las, é altamente eficiente para organizar a mente e facilitar o processo de realização de seus sonhos. Há os que preferem outros rituais. Existem muitos. Desde meditar sobre as perdas e os ganhos durante o ano atual e visualizar melhorias para o ano vindouro, até pular 7 ondas na virada, comer lentilhas, fazer oferendas, assistir à Missa do Galo, doar presentes, usar calcinha nova, entre muitas outras idéias populares ou personalizadas. Minha sugestão para um ano-novo que realmente valha a pena tem muito a ver com as lindas dicas de Carlos Drummond de Andrade, no texto Receita de Ano Novo: "(...)para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, (...) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, (...) Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, (...) É dentro de você que o ano-novo cochila e espera desde sempre." Ou seja, ano-novo não tem a ver com perfeição ou virar tudo às avessas. Tem a ver com consciência, aprendizado. Refazer as malas para esta nova viagem da vida aproveitando o que ainda serve, o que é bonito e nos cabe muito bem, e abrindo mão do que já não serve mais, já não condiz com quem nos tornamos depois de tudo o que vivemos neste Ano que está ficando para trás. Então, desapegue-se das crenças limitantes. Construa algumas novas, edificantes. Reescreva seu perfil. Mude de idéia, sim, se considerar que a nova é mais a sua nova cara. Não há nada de errado em se refazer de um jeito diferente. Como diz o sábio Zé Simão, "quem fica parado é poste". E tem mais: síndrome de Gabriela ("(...) Eu nasci assim, eu cresci assim. E sou mesmo assim, vou ser sempre assim (...)" - Gal Costa) nunca levou ninguém ao oásis de si mesmo. E no que se refere ao amor que você deseja viver em 2014, saiba que primeiro precisa acreditar, de fato e de direito, que merece! Depois, reflita sobre o que pensou, até então, a respeito de si mesmo, de seu par (ou futuro par) e sobre relacionamento ou casamento. Em geral, quem não vive o amor que deseja é porque está se comportando com base em crenças equivocadas e que servem bem mais como armadilhas e obstáculos do que como trampolim ou atraentes desse amor! Encha-se e preencha-se de alegria e entusiasmo e viva um ano-novo de luz, paz, entusiasmo,empatia, solidariedade, amor, resiliência e fé! (*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Revisor de textos jornalísticos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11).É Revisor de textos e Executivo de contas na Revista Especial Mulher. Está radicado em Uberaba-MG há nove meses. e-mail:eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9297-6090

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

OS APAIXONADOS VOLTARAM... (*)

Estranho, sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados. Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um campo minado, muita precaução ao pisar nesse campo. Com seu senso de organização e, contraditoriamente, sua indisciplina, os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça. Se o Amor na sua entrega absoluta os faz frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora sabem...
(*) fragment/copydesk by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

sábado, 31 de agosto de 2013

CONSUMISMO COMPULSIVO E IMPULSIVO (*)

Todos desejam uma vida digna para os despossuídos, boa escolaridade para os iletrados, serviços públicos ótimos para a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte, energia elétrica, segurança, água, e tudo de que precisam cidadãos decentes. Contudo, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso constituísse um
bem em si e promovesse real crescimento do país. Compramos os juros mais altos do mundo, pagamos os impostos mais altos do mundo e temos os serviços (saúde, comunicação, energia, transportes e outros) entre os piores do mundo. Mas palavras de ordem nos impelem para consumir, somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas. Além disso, a inadimplência cresce de maneira preocupante, levando famílias que compraram seu carrinho a não ter como pagar a gasolina para tirar seu novo tesouro do pátio no fim de semana. Tesouro esse que logo vão perder, pois há meses não conseguem pagar as prestações, que ainda se estendem por anos. Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de maneira impiedosa, até cruel. Em lugar de instruírem, esclarecerem, formarem uma opinião sensata e positiva, tomam novas medidas para que esse consumo insensato continue crescendo – e, como somos alienados e pouco informados, voltamos às compras. Somos uma sociedade alçada na maré do consumo compulsivo, interessada em “aproveitar a vida”, seja o que isso for, e em adquirir mais e mais coisas, mesmo que inúteis, quando deveríamos estar cuidando, com muito afinco e seriedade, de melhores escolas e universidades, tecnologia mais avançada, transportes muito mais eficientes, saúde excelente, e verdadeiro crescimento do país. Mas corremos atrás de tanta conversa vã, não protegidos, mas embaixo de peneiras com grandes furos, que só um cego ou um grande imbecil não vê. Não tenho esperança de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto. (*) Copydesk-Fragment by Eugenio Santana, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, revisor de textos e ensaísta literário. Autor de cinco livros publicados. Da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM). Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro (2009-2011).

domingo, 16 de junho de 2013

O ROMANCE DE TRISTÃO E ISOLDA (*)

AMORES reais ou exagerados em poesia. Marília era a musa inspiradora ou a mulher solícita? Amores reais ou sentimentos projetados? O romance de cavalaria de Tristão e Isolda que influenciou tantos outros escritos, concernente à alma gêmea, lacrimejantes de amor começa assim: “Se quiserdes ouvir, gentis senhores, uma história de amor e de morte, eis aqui o romance do cavaleiro Tristão e da rainha Isolda, de como os dois se amaram na alegria e continuaram a se amar na tristeza, de como um dia morreram daquele amor, ela por ele, ele por ela”.
(*) fragment/copydesk by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11) É Consultor de Investimento na EMBRACON. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

sábado, 11 de maio de 2013

TEU JARDIM, MÃE (*)

TEU JARDIM , MÃE – Ínfima asa de memória ardente do poetalado, Mãe. Tão lúcida! E lancinante foi o sofrimento e a dor inominável – e minhas lágrimas petrificadas... Recente foi o teu Vôo na Asa inexorável do Tempo. Partiu na tarde de nuvens cinzentas. Meu coração? Partido; minha alma? Imolada. Minha Mãe partiu – viajou, etérea; diáfana, translúcida. Momento único em que não se repartiu – e não se fragmentou. A sua morte não repartiu – alçou íntegro e belo Vôo anímico e cumpriu – bravamente – a sua Missão no “vale de lágrimas” ou planeta-escola. Afinal, viver é um jardim precário e efêmero. Mas vejo em teu jardim a perenidade da madressilva, miosótis, hortênsias, rosas vermelhas, samambaias e jasmins. Porque é bonito o Eterno. E porque é lindo o Jardim. Sim! O dia amanhece por meio da Aurora, inapelavelmente... E nestas manhãs de outono os vizinhos passam em frente da casa e não te acenam mais. Acenam para o jardim desolado por hábito, medo da morte, perplexidade. E pela sagrada Luz do Astro-rei que ainda estremece face ao teu (reen)canto. Ainda assim, Mãe, é noite em teu jardim cósmico. Por mais que amanheça, por mais que floresça o meu olhar vaga – lume... (em memória de minha MÃE AMADA ADÍLIA ULHÔA SANT’ANA SILVA COUTO, falecida em 02/05/2011 – Infinita Asa de Saudade e Eterna Gratidão!)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

PHOENIX (*)

A Fênix possuía uma parte da plumagem feita de ouro e a outra colorida de um vermelho incomparável. A isso ainda aliava uma longevidade jamais observada em nenhum outro animal. Seu habitat era os desertos escaldantes e inóspitos da Arábia, o que justificava sua fama de quase nunca ter sido vista por ninguém. Quando a Fênix percebia que sua vida secular estava chegando ao fim, fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao ser exposto aos raios do Sol. Em seguida, atirava-se em meio às chamas para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que sobrava de seus restos mortais, arrastava-se milagrosamente uma espécie de verme que se desenvolvia de maneira rápida para se transformar em uma nova ave, idêntica à que havia morrido. A crença nessa ave lendária figura na mitologia de vários e diferentes povos antigos, tais como gregos, egípcios e chineses. Apesar disso, em todas essas civilizações, seu mito preserva o mesmo significado simbólico: o renascer das próprias cinzas. Até hoje, essa idéia é bastante conhecida e explorada simbolicamente. Podemos restaurar o que os incêndios destroem em nossa vida? Às vezes. Em outras circunstâncias é melhor que as cinzas sejam esquecidas, para que algo completamente novo seja construído. Renascer é o processo por meio do qual você lamenta a sua perda e depois se levanta e começa tudo de novo. É um dos principais segredos para alcançar o sucesso. As pessoas realizadas são aquelas que nunca desistiram de tentar ser assim. Algumas vezes, como a Fênix, temos de renascer das cinzas, devemos passar pelo fogo e sair fortalecidos, renovados e renascidos. (*) EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”. É Consultor na Empresa MRV ENGENHARIA S/A. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A VISÃO DISTORCIDA DO SIGNIFICADO DE ALMA-GÊMEA (*)

Certa vez, um discípulo perguntou ao seu Mestre já muito idoso, por que ele nunca havia se casado e o Mestre respondeu: Eu procurava a Mulher perfeita, a minha metade e, assim, várias mulheres foram surgindo em minha vida e as virtudes que eu buscava e que me preenchiam e satisfaziam; ora encontrava e outras horas não, quando era inteligente, não era culta, quando era sensual, não era bonita, quando era organizada, era irascível e por aí afora... Você está afirmando que jamais encontrou a Mulher perfeita? Encontrei, encontrei sim, mas aí foi Ela quem me disse que buscava o Homem perfeito e que Eu não era ele... A energia do amor é fundamentalmente calma e pacífica, alegre, descontraída e inspiradora. Não é pesada, exaustiva nem trágica. Algumas vezes, vocês se convencem de que precisam ficar juntos porque “compartilham o mesmo carma” e precisam “resolver algumas questões juntos”. Vocês utilizam a “natureza do carma” como um argumento para prolongar o relacionamento, enquanto vocês dois estão sofrendo imensamente. Na verdade, vocês estão distorcendo o conceito de carma. Vocês não resolvem um carma juntos: o carma é uma coisa individual. Cada um tem responsabilidade apenas por si mesmo. É essencial entender isto porque esta é uma das principais armadilhas nos relacionamentos. Vocês não são responsáveis pelo seu parceiro e ele não é responsável por vocês. A solução dos seus problemas não está no comportamento da outra pessoa. Todos procuram sua cara metade, ou sua ‘alma gêmea’, como costumamos chamar e devemos entender que os relacionamentos de terceira dimensão, os chamados “relacionamentos cármicos”, precisam acabar. São ligações em que os parceiros carregam emoções não resolvidas dentro de si, tais como culpa, medo, dependência, ciúme, raiva e devem evoluir para acompanhar a mudança cósmica. O objetivo desse tipo de reencontro é proporcionar às pessoas uma chance para se entenderem como irmãos e fazerem escolhas diferentes das que fizeram em outras vidas. Nessas uniões se repetem padrões emocionais vividos em outras épocas para que os envolvidos desenvolvam uma forma mais iluminada de lidar com a mesma situação. Esses encontros exercem uma forte atração que impele as pessoas a unirem-se com intensa paixão, parecendo terem encontrado sua alma gêmea. Contudo, os parceiros acabam num envolvimento conflituoso onde poder, controle e dependência tornam-se a tônica do relacionamento. O encontro emocional de outrora, que gerou cicatrizes e traumas emocionais, funciona também dentro da Lei de Atração. São relacionamentos destrutivos onde não existe amor e respeito. A intenção do Plano Infinito nestes casos é que ambos consigam se desapegar com amorosidade. Uniões que causam emoções intensas, tristezas, angústias e os envolvidos não conseguem se libertar são carmáticos, pois a energia do amor é alegre, calma, dá segurança, estabilidade e nos inspira coisas boas. A visão distorcida do que significa alma gêmea faz com que as pessoas procurem sua outra metade, ilusão que as leva para fora de si mesmas, esquecendo-se da sua origem divina, onde somos inteiros; somos o masculino e o feminino, somos o todo. ‘Ninguém é metade de ninguém. ’ Somos inteiros, somos yin e yang, e enquanto não aprendermos a reconhecer cada uma dessas partes dentro de nós e integrá-las, estaremos atraindo relacionamentos de dependência. Então, não existem almas gêmeas? Elas realmente existem, mas, são idênticas em sentimento, em amor, vibração, princípios e ética. São seres livres e independentes, que escolhem compartilhar sua vida com outro ser igual em essência. Não estão juntos para resgatar ou aprender alguma coisa, pois almas gêmeas não têm função na dualidade. Seus propósitos são sempre divinos, cósmicos. Somente quando nos identificamos com a divindade dentro de nós, somos capazes de encontrar nossa alma gêmea. Quando nos tornamos conscientes de nossa unidade, nossa jornada de volta à casa do Pai começa. Tornamos-nos menos ligados a coisas externas, como status, fama, dinheiro ou prestígio. Compreendemos que a chave da felicidade não é a experiência em si, mas sim, a forma como vivemos esta experiência. Criamos nossa própria felicidade ou infelicidade através da consciência evoluída. Concluo com as sábias palavras de Luz do Mestre El Morya: “quanto às chamadas Almas Gêmeas, seu encontro não se dá senão pelo merecimento, por mais incessante e imperativa que seja a busca. E, caso ocorra sem o pressuposto Maior de, juntas, atingirem a Perfeição, o encontro será efêmero como uma flor que, uma vez colhida, perde o viço, o perfume, a existência...”. (*) Eugenio Santana, FRC – Escritor e Rosacruz; poeta, jornalista e ensaísta literário. Ativista do Greenpeace; colaborador da “Revista Planeta Água”. Autor de livros publicados. Sócio da UBE-GO/SC. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira número 2

domingo, 6 de janeiro de 2013

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA (*)

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA – Menor que meu sonho não posso ser. Mil identidades secretas, disfarces cobrindo a face. Mil sobras, sombras, mil dias viajando pela Asa da Ásia. Todas as palavras e suas repercussões impensáveis. Navio de ambigüidade, cortantes palavras. De todas as contradições, desencontros, dos contrários de mim – andarilho da flor-estrela de intermináveis chegadas e partidas. Da flecha de várias pontas, rumos, direções e a bússola quebrada. Parceiro de outros seres que também andarilham. Pois menor que meu sonho não posso ser. (copydesk/fragment by Eugenio Santana)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O VIAJANTE SOLITÁRIO (*)

Lembro-me da história de Kierkegaard sobre o Viajante Solitário (ou o Andarilho da florestrela?!) que chegou à vila nas terras altas e viu que a estrada à frente estava bloqueada por uma montanha. Cansado e desanimado, ele sentou-se e esperou que a montanha se movesse. Anos depois, ele continuava esperando, sentado no mesmo lugar, idoso e decrépito. A essência da mensagem de Kierkegaard é que os céus não movem montanhas. Nós é que precisamos escalá-las ou encontrar uma trilha que as contorne. Se esperarmos pela montanha mover-se ou abordá-la da mesma forma que os outros sempre fizeram, estaremos perdidos, mesmo se não o percebermos. De vez em quando precisamos de algo mais: a disposição para questionar as temporárias verdades absolutas ou simplesmente ignorá-las. Durante boa parte da vida, repetimos antigos hábitos e reações. Partes de nossa rotina diárias são repetidas milhares de vezes – reflexo condicionado. Fazemos sem questionar se poderíamos fazer melhor... E assim negamos o melhor de nós mesmos, de nossos talentos e potencialidades, de nossa criatividade. Portanto, “agite” sempre, altere a rotina. Questione verdades. Mude hábitos antigos. Vire mais uma página. E depois a rasgue. Cultive o espírito de ter esperanças e fé, olhe para cima, para fora e para frente. Voe, cercas não foram feitas para quem tem asas. E as águias não sobem escadas... (*) by Eugenio Santana, jornalista, escritor, ensaísta, publicitário, editor. Autor de cinco livros publicados. Sócio da UBE/GO – União Brasileira de Escritores, Goiânia-GO. Ex-Diretor Regional, em Goiás, da Editora Didática Paulista. Foi, entre 2009/2011, Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro.

domingo, 23 de dezembro de 2012

SINCERICÍDIO (*)

Sincero. Como a água ou pedra. Nada de máscaras, representações. Sim, sim, não, não. E pronto. O mais é conversa estéril. Ou teoria hermética. Rituais, encenações, gestos de atores, atrizes, palco teatral. Os seres humanos, principalmente os letrados, nada entenderam do Sermão da Montanha. Prefiro os simples, os puros de coração, não dissimulados pelas convenções e tradições sociais. Os autênticos, de alma nua. Os analfabetos, os ingênuos e os embriagados por meio da poética. E por isso os intelectuais egos cegos, poluídos pela podridão do mal, me cansam e frustram. O céu é dos SINCEROS.
(Jornalista/escritor/publicitário Eugenio Santana)

O TEMPO DO DESCANSO É SAGRADO (*)

Descansar, após um período de trabalho intenso, é uma necessidade fundamental quase sempre subestimada. Essa mentalidade suicida de que a vida só tem sentido quando se produz, se consome e se acumulam bens materiais, quando a pessoa se movimenta e se agita sem parar, já produziu inclusive várias categorias de doenças novas e de doentes graves. Entre estes os que sofrem de estresse – a doença do século – e os workaholics, os viciados em trabalho, gente que sofre de pavorosa angústia aos sábados, domingos e feriados simplesmente por não saber como usar o tempo e o espaço disponíveis. Sem falar nos adeptos das “férias que matam”, os que confundem lazer com descanso; nos momentos que deveriam ser dedicados ao repouso, eles se entregam a uma maratona de visitas, esportes, compras, andanças, e voltam para casa muito mais cansados do que antes. Deixo aos psicólogos uma apreciação clínica a respeito das tremendas compulsões internas que levam um número tão grande de pessoas a viver em perpétua agitação, tanto na sua parte física quanto emocional e mental, renunciando ao direito e ao dever do descanso. Do ponto de vista da espiritualidade – aquele substrato de sabedoria que pode ser encontrado em todo sistema religioso verdadeiro – pode-se, no entanto dizer que essas pessoas comportam-se desse modo por se acharem dissociadas do seu self: aquele núcleo de consciência para que existe em cada um de nós e é capaz de nos alertar com precisão a respeito das nossas reais necessidades. O descanso, em seu sentido transcendental, é tanto ou mais importante do que o trabalho. O tempo do descanso é sagrado, pois, como ensina a Bíblia, no sétimo dia até Deus descansou. O descanso, que os povos do deserto simbolizam na imagem do oásis, e que os hebreus chamam de sabbath, é um tempo consagrado a Deus. É o momento da introspecção e da reconciliação com nossa origem e destino divinos.
(*) by Eugenio Santana, escritor, jornalista, autor de livros publicados. Foi Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro. É membro de Grau Superior na Ordem Rosacruz – AMORC.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ALMA E CORPO (*)

Alma e corpo, corpo e alma: que mistério! Há algo de animal na alma, e o corpo tem os seus instintos de espiritualidade. Os sentidos podem apurar e o intelecto pode aviltar-se. Quem poderia dizer onde termina o ímpeto da carne e começa o ímpeto psíquico? Como são superficiais as definições arbitrárias dos costumeiros psicólogos! E como é difícil, mesmo assim, pronunciar-se a respeito das pretensões das várias escolas! Será que a alma é uma sombra trancada na casa do pecado? Ou será então o corpo a morar de fato dentro da alma, como defendia Giordano Bruno? A própria fronteira entre espírito e matéria é um mistério.
(*) copydesk/fragment by Eugenio Santana – publicitário, consultor, relações públicas, gestor comercial, supervisor de RH, jornalista, escritor, assessor de comunicação. Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro. Revisor de textos jornalísticos no Diário da Manhã.

A RIQUEZA VERDADEIRA (*)

QUANTO É SUFICIENTE? Não medimos esforços para ganhá-lo, obtê-lo, herdá-lo, gastá-lo. O dinheiro, nós achamos, é a resposta a todos os nossos problemas. Mas será? Serão mais felizes os ricos? Uma sorte inesperada mudaria a nossa vida? A verdade por trás dos mitos do dinheiro vos libertará. A verdadeira riqueza não é o seu saldo bancário: é um sentimento de abundância. “Dinheiro não compra felicidade”. Quantas vezes já ouvi essa frase! Mas ter um pouco mais de dinheiro certamente aliviaria a pressão, pelo menos. Eu gostaria de liquidar minhas dívidas e reservar alguma coisa para o futuro. Muitas pessoas não pensam assim? O dinheiro parece ser a principal preocupação de quase todo mundo nos dias de hoje. Se não o temos, nos preocupamos em obtê-lo. Se o temos, nos preocupamos em mantê-lo. Famílias brigam por ele. Casamentos se fazem – e se desfazem – por causa dele. Carreiras giram em torno dele. Quase ninguém é indiferente a ele. E você ainda está convencido de que ele faria você feliz? Bem, um pouco mais feliz, de qualquer modo... A conclusão é que, apesar de toda nossa obsessão com dinheiro – em obtê-lo, gastá-lo, poupá-lo, investi-lo – o fato de possuí-lo não tem quase nenhum efeito sobre a nossa felicidade. A verdadeira riqueza não se mede por ativos ou fluxos de caixa, e sim pelo nosso sentimento de opulência.
(*) copydesk/fragment by Eugenio Santana, escritor, jornalista, publicitário, ensaísta. Autor de cinco livros publicados. Assessor de Comunicação de projeção nacional.