quarta-feira, 31 de julho de 2024

ROSAS RÚBIDAS PARA BÁRBARA - A MULHER (*)

“... Onde está ela? Onde está aquela que viverá comigo todas as aventuras do corpo e do coração? E também da alma. Aquela que comigo construirá a alta torre da vida partilhada? Há entre vós quem não atravesse mares, desertos, montanhas e vales para encontrar-se com a mulher que sua alma escolheu? Descobri aleatoriamente este sugestivo título, acima epigrafado, numa publicação muito lida nos anos 1980/1990. Desde então, volta e meia, essa frase platonicamente romântica adeja minha cabeça, instigando uma lacônica crônica. Vasta experiência concernente a tão decantada alma feminina – alguma pálida ideia de Eva e/ou expressão de Lilith?, Vai saber... Não sei porquê nesse momento aflora-me a Crônica do Amor Louco; efêmeros passeios sobre as memórias de Casanova me alegram a alma e numa perplexidade de Adônis de Paracatu, um Alain Delon revigorado com os olhos de Hórus, me lembro de um comentário pertinente, de uma amiga que se referiu a mim dizendo: você me lembra o personagem Dom Juan – interessante filme estrelado por Johnny Deep e Marlon Brando. E o meu ex-Diretor de RH, em uma Empresa em que atuei como seu Assistente, em Brasília, extrapolou: Você, Eugenio, me faz lembrar aquela música do Martinho da Vila: "já tive mulheres de todas as cores"...Inefáveis lembranças... Cada experiência traz em si o sabor singular do verdadeiro conhecimento. E conhecer é saborear. Insofismável iniciação: compartilhei romances via corpo, alma e coração com um número razoável de mulheres especiais que cruzaram os meus caminhos. Delas recebi lições inesquecíveis de vida, luz e amor e o aperfeiçoamento da libido, o despertar da kundalini fez a serpente emplumada levitar e, de quebra, algumas performances básicas do Kama-Sutra foram incorporadas. E quanto mais as conheço e vivencio, mais as considero um planeta inexplorado de seres mutantes. Muito embora, um famigerado poeta disse antes: "as mulheres foram feitas para serem amadas e não para serem compreendidas". Sinceramente, faz sentido. Aqueles ou aquelas que insistirem em ir mais fundo no tema, sugiro a leitura do ensaio para as mulheres, escrito por mim, em 9/9/1999. História completa com riqueza de detalhes e comprovados dados científicos consta do insólito romance autobiográfico: "Os Pessegueiros Florescem no Outono", de nossa autoria publicado em Curitiba. Edição limitada exclusiva para amigos acadêmicos. Reflito: qual dessas protagonistas de minha vida, mais se aproximou de constituir-se em minha alma-irmã? Humano, demasiadamente humano, tenho minhas dúvidas cruciais, inseguranças e incertezas, quero ter à disposição um leitmotiv e uma nova utopia, porque carrego comigo, na bagagem do coração, idêntica filosofia de um amigo dos velhos tempos, que sempre me repetia esse surrado lugar-comum: "sou movido a estímulo". Certeza, uma única: O Amor é o Caminho. E o seu poder, absoluto. O amor é a Perfeição. Não precisamos de milenares gurus para absorver essa conclusão definitiva. O Mestre da Luz e Sol do Verbo: Jesus – O Cristo Cósmico nos legou esse fundamental e maravilhoso ensinamento. Em "A Ponte para o Sempre", meu querido autor e confrade Richard Bach, encontrou seu par ideal. A busca obstinada teve um final feliz: o encontro com sua alma-irmã Leslie Parrish. Apesar das críticas irrelevantes, estou seguindo suas pegadas, meu caro Richard. Só posso dizer que só me arrependo daquilo que não fiz. A vida é muito breve para atos mesquinhos, hipocrisia, mediocridade e falso moralismo. Nas asas da memória arquivei o recado especial do Holandês Voador: "aqueles que mais procuram o AMOR já estão plenos dele". Não procuro uma mulher bárbara”, mas Bárbara – a mulher. Sei que toda luta é vã mal começa a manhã. E a guerra só está perdida quando rompemos o último fio de prata do invólucro material ou corpo físico. Enquanto a vida ávida e a fome de viver estiverem impulsionando o coração partido, estarei na estrada – como diria Bob Dylan - à sua procura flor-estrela, Asa guardiã; Vênus-Afrodite. Leal e única companheira da última jornada. Gostaria, sinceramente, de apostar, hoje, todas as minhas fichas em um novo amor platônico. Rosas-rúbidas para "Bárbara"... Impressões da infância e do início da adolescência de um mineiro-menino. Sinais vitais de êxtase nos complexos caminhos de Eros. Não sei ao certo, em que ano o episódio aconteceu. Só posso afirmar que ao folhear ao acaso aquela romântica revista de fotonovelas, deparei com uma estória que marcou a minha vida: uma jornada do ser à procura do par ideal. Hoje quero despertar e acreditar que é possível encontrar Bárbara – a mulher. E viver plenamente (asa de um sonho?) os altos e baixos de um grande, único, verdadeiro e definitivo amor. Quem é essa "Vênus-Afrodite", singular mulher, disposta a receber o meu buquê de rosas-vermelhas e ser feliz até que outra vida nos espere?... Finalizo com as belas palavras de Rilke: "Ainda não sabias? Lança o vazio aprisionado nos braços para os espaços que respiramos! Talvez os pássaros sintam, num voo de maior intimidade, o ar mais amplo. As primaveras se valem de ti. Muitas estrelas te dão a coragem para percebê-las. Ao passares por uma janela aberta, um violino se entregou a ti. Será que respondeste? Não estavas sempre distraído à espera, como se tudo anunciasse uma amada?" (*) EUGENIO SANTANA é jornalista, ensaísta, escritor, filósofo. Foi Diretor de Redação da Revista Cenariun, Repórter cultural do jornal Diário da Manhã, Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro. 20 (vinte ) livros publicados, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", é o seu best-seller, pela Madras editora, entre outras preciosidades.(62) 99635-8005 WhatsApp.

terça-feira, 30 de julho de 2024

MAR DE VIDRO (*)

Ao concluir a leitura de “Imitação de Cristo”, de Tomas de Kempis, livro publicado por volta de 1480 e, para minha surpresa, o autor da apresentação informa que depois do Livro da Vida, a Bíblia, fica em segundo lugar no ranking dos leitores cristãos. Até o Capítulo concernente ao Apocalipse, terminei a leitura ontem. Eu prometi a mim mesmo que faria essa leitura e posterior reflexão há mais de 25 anos. Há evidências inquestionáveis com o caos em que estamos mergulhados e não sei se existirá saída para essa situação-limite. Afinal os escritores que se prezem têm a obrigação de ler os Clássicos: Dom Quixote, Shakespeare, Spinoza, Aristóteles, Machado de Assis, Ruy Barbosa, James Joyce, Érico Veríssimo, Rousseau, Goethe, Voltaire, entre outros. Quando eu tinha cerca de 37 anos eu prometi: “se acontecer isso comigo, a vida acabou para mim”. Eis o fim. E há três dias o fato efetivamente aconteceu de maneira covarde, selvagem e cruel. Por enquanto estou até o presente momento na plenitude da angústia, tristeza e depressão; e vem o sentimento de culpa e o remorso: porque eu fui àquele local. Não há desculpa e nem perdão, sou eu o culpado. Em maio de 2011, minha mãe faleceu. Eu senti que, visceralmente, 50% de mim foi enterrado junto com ela: a mãe-amiga, confidente, a mãe que, sobretudo, por meio de suas orações intermináveis me protegia porquê sei que Deus a ouvia e atendia suas preces e novenas, principalmente, quando eu pegava a estrada de Anápolis ao Rio de Janeiro para trabalhar como jornalista (Superintendente de Imprensa), dirigindo sozinho o meu próprio carro. Sei que passei por situações graves na estrada mas, a minha fé no Senhor Jesus e São Judas Tadeu, evitaram graves acidentes. Agora depois deste episódio recente, não sei se zerei a minha vida, após os 50% que deixei enterrados no túmulo de minha mãe. Agora, hoje, aqui talvez eu tenha apenas 9% para resgatar tantos karmas acumulados na contabilidade espiritual. Há, até hoje, o mar morto... e sei por meio de fonte fidedigna que este mar jamais morreu... as suas águas são grossas e rasas. Dizem que os homens de letras que assumem uma cadeira numa Academia de Letras, torna-se, automaticamente, “imortal”. Fico feliz por esta imortalidade ter acabado: num gesto extremista, xiita e radical, a nova presidenta demitiu todos os escritores que não têm residência fixa em Paracatu, MG. O ser humano não tem credibilidade, são mutantes, atendem apenas aos seus interesses próprios que os benefície. Em 1997 quando fui convidado a compor o quadro de membros efetivos daquele sodalício, só haviam 7 (sete) escritores com livros publicados; um deles sou eu. Vocês da diretoria atual e anterior, são seres abjetos, arrivistas, interesseiros e sem caráter, tal como macunaíma. Estou com um portfólio e/ou dossiê para entrar na justiça e condená-los pelo ato espúrio e ilegal. Um membro quando é empossado numa Academia de Letras, justamente por ser considerado “imortal”, ele só pode ser afastado por um único motivo: quando morre. Hoje, quando eu me lembro que, com 13 anos meus pais mudaram para Anápolis, com todos os meus irmãos, foi a melhor decisão que eles tomaram. Ambos sabiam que essa cidade escravocatra é uma urbe de fofoqueiros, invejosos, falsos, cruéis com os trabalhadores, invejosos e medíocres; hipócritas. Joaquim Barbosa, um filho ilustre?! Definitivamente mostrou, recentemente, que não é um homem confiável, uma raposa interesseira e aparece na mídia para emitir opiniões contraditórias, covardes e equivocadas. Quando eu ia lançar meus livros, um tapete vermelho era estendido. E elogios de toda ordem. Quando publiquei, em 2006, o “Crepúsculo e Aurora”, tive a presença ilustre do Prof. Químico, Empresário, cientista político e escritor Osvaldo Costa. Por incrível que pareça, ele nasceu em Paracatu e morava também há muitos anos em Anápolis, onde dirigia o seu próprio laboratório na rua 7 de setembro. No discurso do amigo Osvaldo Costa algo me surpreendeu pela sua generosidade e autenticidade, num trecho do discurso”: “Paracatu deve muito ao escritor Eugenio Santana!” Tenho enorme saudade da infância naquela cidade que tive a felicidade de nascer: a infância, com meu irmão Eustáquio, irmã Maria Lúcia e, especialmente, Maria das Graças, que me acompanhava pelos arredores da cidade, principalmente junto a Natureza, já que eu gosto dos pássaros e da pesca. E quanto ao Mar Morto? Será um Eugenio Santana ignorado, esquecido, abandonado e vivendo o seu mais elevado ostracismo? Restará os 9%? Creio em Milagre e Superação mas, confesso que a minha resiliência está lá embaixo num vale de difícil acesso. Mar de vidro... minha danação? Tive muitos cortes, nos braços, pernas, mãos, dedos, joelhos, pés e na alma e no coração. Feridas agudas, quase irremoviveis. Aprecio tanto as águas correntes... das fazendas esvoaçantes que, obstinadas, não me saem da lembrança: “Fazenda Aldeia de Cima”, do meu avô materno José Ulhoa Santana, onde nasci e depois desfrutei, do mesmo avô, a fazenda “Forquilha” e mais tarde, a “Fazenda Rio das Pedras”, em Pirenópolis... o período mais feliz do meu pai e de minha mãe... Paracatu, sequer tenho o seu retrato na parede, como diria Drummond. Em Anápolis, fiquei morando sozinho aos 16 anos e conquistei nesta mesma idade o primeiro emprego de auxiliar administrativo; aos 18, fui promovido a Chefe Administrativo do Grupo Empresas Constante; terminei o ginásio e o segundo Grau aqui na querida Anápolis e já com a tendência natural para a escrita, foi nesta cidade em que publiquei o meu primeiro texto no jornal “Correio do Planalto”. Por baixo do “Mar de Vidro” existe um oceano paralelo: medonhos animais marinhos; e indescritíveis feras, tais como Vespa-do-mar, Serpente marinha, Peixe pedra e Polvo-de-anéis-azuis. Quem sabe o “meu mar de vidro”, venha a ser o meu sombrio oceano de dentro? O “mar de vidro” oportunizou que eu passasse por quase todos os sofrimentos: expectativas inúteis, adversidades, frustrações, sonhos inalcançáveis, convicções mutiladas, incertezas, solidões, torturas físicas e morais, saudades de filhos/filhas biológicos? Resta o moço-velho esquecido mergulhado no ostracismo tal qual Rimbaud na Abissínia, E.M.Cioran exilado em Paris; e, por fim, vejo Edgar - O Allan Poe - sussurando Lenora, Lenora e na janela pousado, o Corvo - com olhar melancólico. Assim como nasce, o ser fenece como o Crepúsculo e a Aurora embora eu tenha dúvidas sobre a imortalidade da alma. Holístico, tenho a face da Natureza humana tatuada em meus olhos embaçados. Ajoelho e choro. Oro. Sei que o Arquétipo de Hórus é meu seguidor e me persegue uma vontade irresistível de voar e transcender. Gratidão à Terra pelo retorno ao pó... O “mar de vidro”, em 9% de vida, talvez me dê dicas sólidas de errar menos e acertar mais, assertividade, humildade, paciência, gratidão e jamais revidar ofensas e calúnias. Que o “mar de vidro” me permita o Voo para o Céu... Afinal, uma das coisas mais belas da vida é olhar para o céu, contemplar uma estrela e imaginar que muito distante existe alguém olhando para o mesmo céu, contemplando a mesma estrela e murmurando baixinho: "Que Saudade!” A Cura do Mundo está na união de amor entre os Céus e a Terra – um pertence ao outro, um é parte do outro, como um todo, inseparável. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, filósofo, jornalista, gestor editorial e ensaísta. Autor de 20 (vinte) livros publicados. “Ventos fortes, Raízes profundas”, madras editora, entre outros. Ganhador de 18 prêmios literários de projeção nacional. Email: es.escritor1199@gmail.com - (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 27 de julho de 2024

SOBRE PERDAS...

Um célebre violinista que realizava um concerto com toda a alegria e virtuosismo possíveis. O auditório acompanhava-o, encantado. Contudo, no apogeu da peça, arrebentou-se uma corda do violino. Em vez de parar, ele impassível continuou tocando com as cordas que lhe restavam. Pouco depois, outra corda partiu-se, mas novamente ele não se deu por vencido e terminou a música, sob fortes e emocionados aplausos. A vida de muitas pessoas assemelha-se à execução daquele concerto. Enquanto o instrumento está sendo tocado, de repente uma corda se rompe. Quando menos esperamos, enfrentamos perdas, como o falecimento de um familiar próximo, um acidente inesperado, a falência de um negócio, uma demissão imprevista... Essas adversidades são inevitáveis. Naquele momento específico, a perda pode parecer irreparável. Porém, a vida continua e precisamos encontrar uma forma de continuar lidando com ela. Mesmo quando os aplausos dos amigos cessam, os elogios acabam e as tragédias parece não findar, é preciso persistir na vida. As perdas e obstáculos não precisam nos impedir de continuar. (Escritor/filósofo/jornalista EUGENIO SANTANA)

quinta-feira, 25 de julho de 2024

I am in the heart of God

Sim, eu estou Ok. Sem queixas. Deus detesta reclamações. Situação-limite controlada. Pânico, zero; medo, anulado. A frase "Não tenha medo" aparece 366 vezes na Bíblia. "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo". (Eugenio Santana)

quarta-feira, 17 de julho de 2024

CON-VIVÊNCIA DE PAZ ENTRE HOMENS E MULHERES (*)

Dentro do que o psicanalista Gustav Jung denominou de Inconsciente Coletivo, podem ser encontradas muitas das características psicológicas que moldaram a mente da espécie humana e que, de certa forma, explicam nosso comportamento, mesmo aqueles mais desprezíveis. Por razões que remontam à pré-história e aos primeiros hominídeos, alguns comportamentos do tipo oculto e inato foram sendo transmitidos às gerações futuras, por necessidade de sobrevivência, frente a um mundo hostil e inóspito. O machismo é uma dessas heranças ocultas. Trata-se, segundo especialistas no assunto, de uma força arquetípica. Como tal se fincou no inconsciente de todos. Em outras palavras, nascemos machistas, homens e mulheres, sendo que esse comportamento é mais ou menos reforçado ao longo da vida, de acordo com cada sociedade em que o indivíduo está inserido. Obviamente esse comportamento primitivo não isenta ninguém de cometer verdadeiras atrocidades contra o sexo oposto. No Brasil, de formação histórica patriarcalista, fincada na desigualdade patente de classes, esse comportamento encontrou ambiente amplamente favorável, dentro e fora de casa, para florescer e se multiplicar. Isso não quer dizer que em outras partes do mundo o problema não ocorra. Pesquisas indicam ainda que o álcool, as drogas e o mais antigo e nefasto dos vícios humanos, o ciúme, respondem pela maioria das causas da violência contra as mulheres. Como sempre, o caminho mais curto e recomendado pelos estudiosos para se chegar a uma convivência de paz entre homens e mulheres ainda parece ser a EDUCAÇÃO. (*) EUGENIO SANTANA é Escritor, Filósofo, Jornalista, Ensaísta, Redator publicitário, Biógrafo, Agente literário e Gestor editorial. Autor de 20 livros publicados. "Ventos fortes, Raízes profundas", Madras editora; entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp

sábado, 13 de julho de 2024

RECEBA O SEU EXEMPLAR AUTOGRAFADO: 19° LIVRO DE EUGENIO SANTANA

Há aqueles que não podem imaginar o mundo sem pássaros, há aqueles que não podem imaginar o mundo sem água; ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros. Para adquirir "KATHARSIS", é prático e simples: deposite 45 reais para o autor Eugenio Santana e receba o seu exemplar autografado já incluso a despesa dos correios. CHAVE PIX CELULAR: (62) 99635-8005 - C/C CEF. em meu nome . Agradeço a conectividade com meus leitores fiéis, vorazes e compulsivos. (Escritor/jornalista/filósofo EUGENIO SANTANA)

terça-feira, 2 de julho de 2024

GANESHA (*)

As origens de Ganesha são envolta em mistérios e diversas lendas tecem sua história. Uma das mais populares narra que ele é filho de Shiva, o deus da destruição, e Parvati, a deusa da fertilidade e do amor. Segundo a lenda, Parvati criou o filho para protegê-la enquanto o marido estava ausente. Quando Shiva retornou e encontrou um estranho guardando a porta, ele o decapitou sem saber que era seu filho. Arrasada, a deusa implorou o marido que trouxesse filho de volta à vida. Shiva então concedeu a ela seu desejo, substituindo a cabeça de Ganesha pela de um elefante. Ganesha é descrito como uma figura amarela ou vermelha, com cabeça de elefante e corpo de ser humano. Possui uma grande barriga, quatro braços. Cada uma dessas características possuem uma simbologia distinta, que analisa a partir da semiótica da cultura hindu significa: Cabeça de elefante: representa a grande sabedoria e intelecto. Grande barriga: simboliza a paciência e a capacidade de digerir o bem e o mau ao longo da vida. Única presa: Ganesha tem apenas uma das presas, pois a outra foi quebrada. Este símbolo representa a ideia dos sacrifícios que devem ser feitos para se atingir a felicidade. O seu mantra é um dos mais populares na mitologia hindu, pois Ganesha é descrito como o “som primordial” (Om), conhecido também como Omkara ou Aumkara. Por este motivo, o mantra Om Gam Ganapataye Namah (“eu Te saúdo, Senhor das tropas”) é um dos mais utilizados e conhecidos mundialmente. Na língua tâmil a sílaba om é considerada sagrada e remete justamente à cabeça do deus Ganesha. Ganesha é amplamente adorado em toda a Índia e em muitas partes do mundo, principalmente entre os hindus e aqueles que praticam tradições influenciadas pelo hinduísmo. Seu culto é celebrado em diversos festivais, sendo o mais proeminente o Ganesh Chaturthi, um festival de dez dias que geralmente ocorre entre agosto e setembro. Durante esse festival, elaboradas estátuas do deus são confeccionadas e instaladas em casas e lugares públicos. Os devotos oferecem orações, realizam rituais e fazem oferendas de doces, frutas e flores para buscar suas bênçãos. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, gestor editorial, filósofo rosacruz Illuminati. Autor de 19 livros publicados, entre os quais se destaca, "Ventos Fortes, Raízes Profundas", Madras editora, entre outros. (62) 99635-8005 WhatsApp