quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

QUANDO TE VI, AMEI-TE JÁ MUITO ANTES...

Tornei a achar-te quando te encontrei. Quando te vi: a tua imagem levou-me a um tempo muito antigo, já muito antes – que eu nem sabia que existisse. Vi-te numa eternidade que morava em mim. Tua aparição – o momento em que te vi – aconteceu no tempo: era um entardecer. Mas senti que já moravas em mim desde sempre, fora do tempo. Ao te ver fui tocado pela eternidade. Foi belo... Mas por que te amei? Por que não uma outra? O que é que havia em ti que te fizesse única? O que é que eu tinha perdido e reencontrei em ti? Também os homens maduros querem amar e ser amados. Mas quem nos amará? Quero ser amado como escritor – mas não só. O menino também quer ser amado. Para onde é que vai a beleza dos homens na idade do lobo? Quem, sem consolo ou mentira, lhes dirá que eles são belos? Somos amados pelo brilho de eternidade em nosso olhar. (by Eugenio Santana, escritor, jornalista, ensaísta, redator publicitário, gestor editorial, biógrafo; autor de 14 livros publicados - (41) 9.9909-8795 WhatsApp)

Nenhum comentário:

Postar um comentário