sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

EMPATIA: ESTAR NA PELE DO OUTRO (*)

EMPATIA significa ser capaz de “ler” e interpretar o estado interior de outra pessoa, de uma maneira que se torne possível auxiliá-la, oferecendo-lhe apoio e desenvolvendo confiança mútua. Empatizar e compreender verdadeiramente a situação vivenciada por outra pessoa são atos intuitivos nos quais toda a sua atenção se volta para a experiência vivenciada por essa outra pessoa. Neste caso todas as suas questões pessoais ficam em segundo plano. Ter empatia significa ser capaz de fazer com que o outro se sinta seguro o suficiente para se abrir e compartilhar sua experiência. Ao se mostrar empático e compreensivo, você fará com que a outra pessoa saiba e sinta que não está completamente sozinha em sua aflição e ainda lhe oferecerá um lugar seguro em que possa se recuperar e se tornar mais forte, sabendo que podem contar com um apoiador compassivo. Vale lembrar que os sentimentos de empatia diferem um do outro. Ser simpático também implica em demonstrar apoio, todavia, essa atitude parece se basear mais em pena ou piedade. Neste caso, prevalece certo distanciamento emocional em relação aos sentimentos alheios. Enquanto isso, uma abordagem empática e compreensiva está associada à capacidade de verdadeiramente sentir e imaginar a profundidade dos sentimentos do outro – significa sentir juntamente com o outro, e não sentir pena do outro. O fato é que se rejeitarmos a habilidade da empatia estaremos também recusando a capacidade de realmente compreendermos nossos pares tão bem quanto poderíamos. Vale ressaltar que, em uma guerra, a falta de empatia pode nos levar à derrota; na justiça, à injustiça; e nos relacionamentos, ela é capaz de aniquilar o amor. Se existe um segredo para o sucesso, é ser capaz de compreender o ponto de vista do outro; é conseguir enxergar as coisas pela ótica alheia e, ao mesmo tempo, pela sua. (*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, consultor e relações públicas – Encantador de pérolas, rubis e diamantes...