quarta-feira, 18 de abril de 2012

DANCE (*)




Dance, dance, dance...
Tua música vulgar, clássica ou xamânica?

Baila e solte-se, sinta-te flutuando
Nas geleiras da inconsciência
E, depois, voe, em pensamento,
Para a Lua Azul.

Dance, flutue
Conquiste o espaço vasto
Levita e ame tua silhueta
Fotografe, registre tua aura.
Raros momentos mágicos.

Pra quê sexo
Se a cachoeira acaricia-te
E engole e absorve teu corpo nu?

Ame e não diz o nome.
Símbolos, arquétipos, mitos.
Pra quê revelá-los?
Creia, tenha fé!
Grite.
Celebre. Anuncie. Propague.
É possível conquistar
O imponderável.

O depravado mora em ti,
E dúvidas, também.
Coragem!
Abre lentamente a porta da cabana
Sente-se na cama, acende a lareira; ascenda.
Faça tudo o que quiseres.
O universo pede versos?
Não o decepcione...

Flutue, levita.
Dance.
Ergue tuas mãos
Toque as estrelas.
A vida não quer rima
Ela quer rir
E sobreviver de asas...
Asas de luz e de sonhos.

Goiânia-GO, outono, 2012.

(*) By Eugenio Santana, escritor, jornalista, poeta, publicitário,
editor, ensaísta literário, relações públicas e Assessor de Comunicação.