terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

RELACIONAMENTOS SÃO PARCERIAS

Somos parceiros de quem amamos. Isso explica o motivo de algumas relações darem certo e outras não. Uma relação só se mantém saudável quando os envolvidos sabem aproveitar os momentos (bons e ruins) e seguem em uma direção única. Se, por algum motivo, essa parceria não acontece, não existe probabilidade da relação dar certo. (Escritor/jornalista/ensaísta Eugenio Santana - IMAGEM E PALAVRA)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

RAJADA DE VENTO

Houve um disparo na noite. O silêncio é rompido e o corpo esbelto perde os sentidos em meus braços. Minhas mãos trêmulas acariciam levemente os cabelos. Afago o belo corpo da mulher seminua e olho as luzes azuis lilases: os pares, na penumbra, continuam impassíveis dançando no baile trágico ao som de uma valsa vienense. Lá fora o frio cortante da madrugada e uma forte Rajada de Vento! (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

SINFONIA INACABADA

Vivemos sendo colocados à prova. Dia sim, dia também, a vida nos cobra decisões, posições, atitudes. Escolhas feitas no passado, estão sempre prontas, transformadas em consequências e embrulhadas num pacote de presente a nos esperar, na próxima esquina, no travesseiro onde tentamos repousar nossas confusas cabeças à noite, no despertar da manhã. Ao contrário do que vivemos querendo acreditar, muito poucas vezes nos cabe o papel de vítima. Em uma maioria esmagadora de vezes, o que nos acontece é fruto, consequência, resultado de nossos próprios atos, tenham sido eles gestos honrados, atitudes covardes ou rompantes de bravura. Nada é capaz de nos proteger de nós mesmos. Nada! Viver não é um risco calculado. Está longe de ser um projeto idealizado. É a cada dia da vida, com pequenos passos e gestos miúdos que vamos delineando a nossa própria sorte. Construímos nossa história lá na frente com tijolinhos colecionados lá atrás. Juntamos aos tijolinhos, pedrinhas que colhemos no caminho; algumas escolhidas em momentos bem vividos, outras tantas atiradas sobre nós. E, o que dá a liga nessa sempre interminada obra, é a nossa essência, pautada em nosso caráter e moldada por nossa capacidade de interpretar cada obstáculo como um sedutor desafio. E, a cada página escrita desse conto desconstruído, vamos nos vendo em pequenas frestas de luz e de sombras. Vamos experimentando a glória do protagonismo, a secundária presença do coadjuvante, a plácida alienação do cenário, a silenciosa participação dos figurantes. O drama nos pega pelas veias mais intensas e nos confronta com a interpretação do real, inundando a tela de tons opacos e, ao mesmo tempo, carregados das cores primitivas das emoções que nos movem nas desencontradas melodias da vida. E, entre notas, compassos, timbres e tons, não nos esqueçamos que a sinfonia pode sair completamente distorcida, caso descuidemos desse instrumento multiforme e perfeitamente arquitetado que nos serve de morada à alma. Olhemos para os nossos pés, com o devido respeito que merecem os alicerces. Contemplemos nossas mãos com a humilde reverência destinada aos milagres. Dediquemos aos nossos olhos e ouvidos a atenção devida aos portais de sabedoria. Que a nossa boca seja provida e provedora de delicadezas puras. Que nossa pele seja proteção e contato com o sentimento antes do toque. Que nosso prazer seja alimento e alento para nos ensinar que, ao nos diluirmos uns nos outros, é que nos reencontramos inteiros no líquido universal da vida. E, então, talvez um dia, com todos nossos sentidos despertos e confessos, sejamos capazes de compreender que essa nossa transitoriedade é tanto assustadora quanto maravilhosa. Morremos um pouquinho a cada instante; a cada beijo de amor que nos rouba o fôlego; a cada desencanto que nos reduz a lágrimas; a cada limitação vencida que nos convence e insistir, persistir, superar. Que a nossa data de validade seja a nossa compreensão, enfim, de que é em nossa finitude que reside a razão de ainda estarmos vivos, e não apenas respirando. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta, redator publicitário, agente literário, biógrafo, copidesque e revisor de texto. Autor de 18 livros publicados, "Ventos fortes, raízes profundas", é um deles, Madras editora, SP. (62) 99117-8222 WhatsApp - email: es.escritor1199@gmail.com

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A PEQUENA JARE

A pequena Jare Ijalana tem apenas 5 anos, mas encantou as redes sociais depois que o fotógrafo Mofe Bamuyiwa publicou três fotos suas na última sexta-feira (20). A criança, que vive na Nigéria, é a caçula de duas irmãs – tão lindas quanto ela, diga-se de passagem – e ficou conhecida como "a menina mais bonita do mundo" depois que internautas destacaram a simetria e a doçura de suas feições. (Writer and journalist by EUGENIO SANTANA)

NUANCES DO AMOR?...

Aquele amor certinho por você tão sonhado e desejado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou e idealizou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio. (Escritor/jornalista/ensaísta Eugenio Santana)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

NÓS SOMOS A VIDA...

Se pudéssemos tirar os humanos da criação do universo, veríamos que todo o resto – as estrelas, a lua, as plantas, os animais, tudo – é perfeito do jeito que é. A vida não precisa ser justificada ou julgada. Segue em frente sem nós, do jeito que é. Colocando os humanos nessa criação, mas tirando-lhes a habilidade de julgar, veremos que somos iguais ao resto da natureza. Não somos bons nem maus, certos ou errados. Somos simplesmente o que somos. Somos a vida. (Writer and journalist by Eugenio Santana - (62) 99635-8005)

... DA TECNOLOGIA...

Em tempos de tecnologia e de comunicação acelerada, quem prefere ler um livro à mandar mensagem para o amor perdido é rei. A tecnologia pode ser sim, facilitadora de acesso, ferramenta de quebra de distâncias, mas também pode ser a pior inimiga do esquecimento, ou da tentativa deste. Entre todos os poréns e polêmicas da tecnologia, esta quando desviada de função é mais maligna que qualquer doença. (Eugenio Santana)

domingo, 21 de janeiro de 2024

EPIFANIA. KÁTHARSIS

Quando acreditamos, nos transformamos! Quantas vezes nos sentimos perdidos no mundo ou em nós mesmos? Procuramos respostas e sentido aonde não as encontramos, apesar de muita coisa por algum momento parecer fazer sentido, no fim de tudo não há sentigo algum. Quando me encontrei perdido, me questionei e só me encontrei quando silenciei a minha mente e permiti que meu coração se pronunciasse… Eu não te vejo, mas te sinto e ouço bater em meu peito, por isso sei que existe, esse é meu coração. Eu não te vejo, mas de alguma forma milagrosa te ouço e te sinto, não como meu coração que bate em meu peito, mas como o sopro do vento, que guia meus passos ao caminho certo, me desperta no amanhecer, e me faz respirar o ar da vida, esse é meu Deus. Pois tudo, absolutamente tudo, acima e abaixo, visível e invisível […] – Tudo começou Nele e Nele encontra propósito. Colossenses 1.16, AM. Acreditar em um Deus invísivel e confiar em sua existência não é uma tarefa fácil, quando nós estamos presos em crenças limitantes de um mundo materialista e descrente de amor. Mas, eu acredito naquilo que não vejo, porque no silêncio é onde encontro respostas, mas também tenho minhas questões e desconfianças sobre aquilo que posso ver, pois se fosse fácil assim, que sentido tudo teria? Como eu descobriria o verdadeiro sentido da fé, se eu a visse todos os dias e não precisasse aprender a conhecê-la?!? E como posso ter certeza de que tudo que está aqui é real?!? Cabe questionar não apenas as incertezas, mas também aquilo que acreditamos ser certo e real… A casa que habito é real? E se eu a demolir não mais existirá, não é eterno, e o que é eterno para você? O que é eterno para mim? Apenas o sentimento daquilo que possuo ou possui… e esse sentimento é visível? Nos achamos donos da razão e da inteligência, mas questiono nossa sabedoria… Se sabemos tanto assim, porque permacemos tão desiguais aos nossos próprios olhos? Aonde está nossa evolução quando ainda há um deserto em nossos corações? Sinto sede do conhecimento e da sabedoria Divina. Quero fazer do meu deserto um jardim… é isso que me faz acreditar, é isso que alimenta minha fé, acreditar que eu não sou o foco, e sim o que Deus escreveu no meu livro da vida para seguir, temos escolhas sim, livre-arbitrio para seguir direita ou esquerda, seguir ou voltar… Mas, minha escolha é acreditar, e aprender a construir a fé no meu coração para acreditar que existe um verdadeiro propósito para cada erro e cada acerto… Você não está sozinho, estamos todos interligados por uma linha invisivel do amor Divino, juntos somos muitos mais fortes. Acredite, tenha fé! Sua vida tem um propósito, pergunte para Aquele que te criou. (Writer and journalist by EUGENIO SANTANA, FRC)

ESTÁ ESCRITO. MAKTUB

Acordei-me hoje no ápice da vontade de ser feliz. Vesti minha melhor roupa, passei o perfume que guarda minhas intensas lembranças mais profundas e fui. Fui ser feliz, fui ser intenso, fui ser o homem que sempre fui, fui ser quem sempre quis. Fui viver, fui amar, fui rir a toa, fui jogar conversa fora, fui brincar de ser feliz, e não é que deu certo? (Writer and journalist by Eugenio Santana)

sábado, 20 de janeiro de 2024

CONFISSÕES DO LABIRINTO

A Terra está ficando inabitável. A estupidez, a poluição, a falta de proteção ambiental e o lixo crescem mais do que o deserto. Qualquer sítio é uma excelente opção, desde que tenha árvores, pequenos bosques, pomares, flores, pássaros e animais e o Mar não esteja distante. E, obviamente, perto daqueles amigos que dão algum sentido à vida. (Eugenio Santana, FRC)

GÊNIO LITERÁRIO

Por sorte
, a natureza concedeu-me uma dádiva tão preciosa quanto meu gênio literário: a coragem de enfrentar mudanças devastadoras, recusando-me a deixar meu talento murchar por causa de um golpe do destino. (Eugenio Santana)

MÃOS DISTANTES

Quando mãos distantes se encontrarem denunciando certeza e reencontro com o muito que peço, com o pouco do nada que ofereço, será o tempo certo de te dizer - Perdoa! Quando entenderes as trajetórias e que tu foste sempre o meu próprio eixo, giraremos em torno de nós. Meus lábios escorrerão em teus ombros como se fizessem parte deles e aí será o tempo certo de te dizer - Te amo. (Escritor/jornalista/ensaísta Eugenio Santana, FRC)

domingo, 14 de janeiro de 2024

SINCERICÍDIO

Sincero. Autêntico. Ético.
Transparente. Como água ou pedra. Nada de máscaras, representações. Sim, sim, não, não. Nada de meio-termo. E pronto. O mais é conversa fiada ou diálogo prolixo. Rituais, normoses, encenações, atores, atrizes, palco, cenário. Os seres humanos, notadamente os intelectuais, nada entenderam do Sermão da Montanha. Prefiro os simples, os humildes sinceros não dissimulados pelas convenções e tradições. Os verdadeiros, de alma nua. Os iletrados, os puros e ingênuos, os embriagados de ternura. E por isso o EGOmente, corroído pela insensatez das trevas, me deixam exausto e desencantado. As coisas do Alto são dos sinceros. (Jornalista/Escritor/ensaísta EUGENIO SANTANA)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?!

Os beócios, imbecis e aqueles que já possuem uma tendência mórbida para evitar estudos avançados, estão rindo, felizes. Stev Jobs defende prontamente os avanços e as mudanças, é o principal monetizado. Constata-se que a mídia impressa, morreu. Livros, revistas e jornais físicos, desapareceram. As Livrarias, falidas, já fizeram o seu funeral. (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

sábado, 13 de janeiro de 2024

ODISSÉIA DE DOLORES

Bom dia, Dolores! Como vai o desvario de teus amores? Passam por ti e satisfazem impublicáveis instintos bestiais. E teu corpo frágil, esbelto e atraente perdeu um pouco do brilho da juventude, tal qual traiçoeira e peçonhenta serpente tingindo-te de ininomináveis matizes. Na tua cabeça, Dolores, dançam fantasmas desfigurados de noites mortas, góticas, insossas, mal-dormidas. Noites libidinosas, de bolinadas de fictício prazer. Bom dia, Dolores! Como vai a tua sorte, teu dia, teu estigma? O frio deste inverno não se condói de ti oh, deusa do amor fácil, de fartos seios róseos! Bom dia, Dolores! Como está este teu cabelo desarrumado, o rosto amarrotado, desprovido da berrante pintura? Como está esse teu corpo? À luz do dia não sentes e não percebes as cores e os cheiros da natureza, o farfalhar da brisa, o mágico voo dos pássaros; o adejar de borboletas e colibris, o beijo ardente dos raios do sol. Bom dia, Dolores! Sonhas um sonho bem transado. Quem sabe, amanhã... Um príncipe encantado, viajante das carruagens dos tempos, adentrar-te-a ao quarto, dizendo-te num fio de voz, ao pé do ouvido, "és a minha princesa escolhida!". Boa noite, Dolores! Não sou príncipe, não sou nada: simples andarilho das estrelas, misto de poeta e sonhador. Durante o dia, elimino a tristeza; à noite atenuo a dor. Boa noite, Dolores! Senta-te aqui comigo, compartilha do calor desta taça de vinho, conta-me tua vida, teus segredos, tua história. Solta a voz na penumbra do teu esfuziante e orgásmico quarto. Afaga-me a cabeça, apoiando-a no teu macio colo, em seguida, brinca com os caracóis de meus cabelos. Vamos nessa, Dolores! Amanhã, não se se te direi: Bom dia, boa tarde ou boa noite! (Escritor/jornalista/ensaísta EUGENIO SANTANA)

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

PALAVRAS ALADAS

As Palavras São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas. Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem. Desamparadas, inocentes, leves. Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda. Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras? (Writer and Journalist by EUGENIO SANTANA)

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

SATURNÁLIA

O Império Romano deixou como legado ao mundo ocidental, entre muitas coisas, os princípios do ordenamento jurídico praticado em dezenas de países, as raízes de línguas como o espanhol, o francês ou o italiano. Mas talvez haja um elemento desse legado que não é tão conhecido: a festa do Natal. Em uma das principais celebrações do Cristianismo, hoje marcada por árvores luminosas, Papai Noel, manjedouras e reuniões familiares, é difícil ver qualquer vestígio da cultura romana. A escolha de 25 de dezembro como a data do nascimento de Jesus não tem nada a ver com a Bíblia; ao contrário, foi uma escolha bastante consciente e explícita de usar o solstício de inverno para simbolizar o papel de Cristo como a luz do mundo. A Saturnália era um festival realizado pelos romanos antigos para celebrar o que chamavam de "renascimento" do ano, para marcar o solstício de inverno no calendário juliano (prevalente no império romano e na Europa durante séculos) que, curiosamente, era celebrado em 25 de dezembro. Mas começaram então as semelhanças com o Natal que conhecemos nos dias de hoje: as casas eram decoradas com folhagens, velas eram acesas e... presentes eram trocados. Essa celebração era realizada em homenagem ao deus Saturno (daí o nome) e sempre foi caracterizada pelo relaxamento da ordem social e pelo clima de carnaval. A celebração em homenagem a Saturno no início do inverno tinha um significado: Saturno era a principal divindade dos romanos. Ele era o deus do tempo, da agricultura e das coisas sobrenaturais. Como os dias encurtavam e de alguma forma a terra morria de forma simbólica, era necessário que o deus do tempo e da comida ficasse feliz. E como parte dessa tradição de agradar a divindade e outras pessoas, os presentes foram introduzidos. Além da festa da Saturnália, os romanos tinham outra celebração importante: a do "nascimento do sol invicto ou não conquistado" (Natalis Solis Invicti), que era celebrado todo dia 25 de dezembro. A verdade é que, no fim da era romana, o Natal já fazia parte do calendário romano. Foi um processo gradual, segundo os historiadores, que teve a ver com uma hibridização ou amálgama de tradições. Em meados do primeiro século, os cristãos já haviam chegado a Roma e começaram a moldar a sociedade do império. (Copydesk/Fragment by Writer and Journalist EUGENIO SANTANA)

domingo, 26 de novembro de 2023

TONINHO, MEU FILHO...

TONINHO, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, meu filho que tempo esquisito, que céu-nostalgia no olhar do infinito. Que vento, que sombra, que saudade viva, que tédio que ronda. Abraçando esta vida Toninho, os anos passaram, as flores se foram. Agora me resta a lembrança da minha emoção com a sua chegada no meu coração. Toninho, eu te sinto. Te abraço na asa do vento. Te beijo no tempo espaço do meu soluçar. São noites e noites de insônia. E a saudade querendo te ver e poder te abraçar. Meu filho, a chuva é saudade, a dor é vizinha do amor. Por isso, meu filho desnudo de dores, despido de mágoas segue pelos caminhos de luz, meu filho. Replanta tuas flores! As estrelas são tuas poesias, meu querido filho, Toninho. (Copydesk/Fragment By Eugenio Santana/Adília Santana - em memória)