sábado, 25 de outubro de 2014

EU SOU SENSITIVO. E VOCÊ? (*)

Uma das características marcantes a nessas pessoas é a dificuldade em assistir os trágicos noticiários veiculados na TV. E sentem as dores do mundo com maior profundidade. Freqüentar lugares cheios como estádios de futebol, shopping e shows de rock pode ser muito desagradável, a grande mistura de energias lhes causa mal-estar. Comprar objetos usados em locais como brechós e sebos não é nenhum pouco tolerável, pois sentem a energia do antigo dono. A bagunça no lar incomoda, ela traz uma sensação de peso e bloqueia sua energia que também fica desordenada. Muitos sensitivos não comem carne, não por considerarem o sabor desagradável, essa escolha se deve à capacidade de sentir a energia dos alimentos, captam o sofrimento do animal abatido que fica impregnado na carne. Na tentativa de aliviar o desconforto causado pela sua hiper sensibilidade, alguns desses paranormais acabam se entregando aos vícios, usando drogas e ingerindo bebidas alcoólicas em excesso, trata-se de uma forma inconsciente de autoproteção das desagradáveis sensações captadas. Essas pessoas precisam de momentos de solidão para se interiorizar, ficando livres de influências externas e reencontrando seu centro. O contato direto com a natureza também são por eles valorizados, pois mesmo de forma inconsciente, purificam-se nestes locais sentindo-se revigorados. O
s sensitivos não convivem apenas com os aspectos negativos de sua natureza. Essa sensibilidade tem o poder de guiá-los por entre as falsidades do mundo em direção à verdade. Uma vantagem inigualável é conseguir enxergar além das aparências logo à primeira vista, é impossível mentir para eles. Identificam quais são as pessoas perigosas, assim como, as pessoas de bom coração, selecionando com qualidade seus relacionamentos íntimos. Sabem de coisas que nunca lhes foram ditas, ou estudadas. Sempre que estão em equilíbrio, usam intuitivamente sua capacidade optando pelas melhores decisões de vida. Percebem com facilidade a presença de seu anjo de guarda e as vibrações divinas, absorvendo-as intensamente. Bem utilizado esse dom funciona como um verdadeiro guia de vida, uma proteção permanente. (*) EUGENIO SANTANA é escritor, autor de livros publicados e jornalista de mídia impressa. Membro efetivo da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas, sócio efetivo da UBE – União Brasileira de Escritores. Aos 11 anos comecei a ler Aristóteles, Spinoza, Platão, Schopenhauer, Freud, Jung, Gibran, Nietzsche, Hermann Hesse, Krishnamurti, Shakespeare e Rousseau. Escrevo e publico objetivando a auto-realização dos meus leitores. Busco a Transcendência por meio da Literatura. Escrever é a minha Missão. Contato: via e-mail autoreugeniosantana9@gmail.com e Smartphone/WhatSapp: (61) 8212-3275 (TIM) e 9995-5412 (Vivo)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A DOR DO AMOR. PAIXÃO E LUTO... (*)

JAMAIS vivenciei um acidente aéreo, mas já ouvi narrativas – com riquezas de detalhes mórbidos – de sobreviventes. Eles percebem a perda de altitude, a potência fragilizada das turbinas, o desastre à vista, até que ocorre a parada definitiva do avião e ouve-se um barulho ensurdecedor, lancinante. Alvo efetivamente assustador e inominável. Ou abominável? Depois, o estrondo – como o trovão – sobe do chão um silêncio aterrador. Por alguns átimos de segundos, ninguém fala – mutismo total – e ninguém se move. Todos em choque. Ou mutilados? Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas sabe-se que é grave. Gravíssimo. Algo de sólido e consistente que existia não existe mais. Inapelavelmente... Eu sabia que terminaríamos, eu sabia que era uma viagem sem destino, sabia desde o início e não sabia, não sabia que doeria tanto, que era tanto e intenso, que era muito mais do que se pode saber, ninguém pode saber um amor, entender um amor, tanto que terminou sem muito discurso, economia verbal é bom e eu gosto. Foi uma noite fatídica em que você quase pediu – trejeito de Lilith, Afrodite ou Cleópatra? – me deixe. Ora, ora, pra que me enganar: você realmente pediu, sem balbuciar palavra, você vinha pedindo, me deixe, olhe o jeito que te trato, repare em como não te quero mais, me deixe, e eu, de repente, naquela noite que poderia ter sido amena, me vi desistindo de um jantar – regado a vinho – e de nós dois em menos de quinze minutos, a decisão mais célere da minha vida, e a mais longa, começou a ser amadurecida – como espera em UTI – desde o dia em que falei com você pela primeira vez, desde uma tarde em que ainda nem tínhamos iniciado nada e eu já amadurecia o fim, e assim foi durante os dois anos em que estivemos tão juntos e tão separados, eu em permanente estado de paixão e luto me projetando para o amor e a dor simultaneamente.
Você não ligaria no dia seguinte, era domingo. O que eu fazia aos domingos de manhã? Caminhava – com Simurgh – o cachorrinho de estimação, em volta do shopping, então caminharei, mas falta você, coloquei o tênis confortável, saí a pé do meu tugúrio, falta você e não falta, o estrondo está diminuindo – cessando o impacto profundo – o barulho acabou, será que eu já percebi o acidente? Dou uma volta em torno do Shopping, duas voltas, três voltas, você não virá aqui me ver? Volto. Telefono para o melhor amigo Paulo, não telefono pra você, conto pra ele que terminamos, meu relato é muito coerente e sucinto, ele lamenta mais ou menos, já ouviu contar essa história anteriormente, somos reincidentes em finais, mas agora é pra valer, quem me acredita? (*) EUGENIO SANTANA é escritor, autor de livros publicados e jornalista de mídia impressa. Membro efetivo da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas, sócio efetivo da UBE – União Brasileira de Escritores. Aos 11 anos comecei a ler Aristóteles, Spinoza, Platão, Schopenhauer, Freud, Jung, Gibran, Nietzsche, Hermann Hesse, Krishnamurti, Shakespeare e Rousseau. Escrevo e publico objetivando a auto-realização dos meus leitores. Busco a Transcendência por meio da Literatura. Escrever é a minha Missão. Contato: via e-mail autoreugeniosantana9@gmail.com e Smartphone/WhatSapp: (61) 8212-3275 (TIM) e 9995-5412 (Vivo)

EMPATIA: A ARTE DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO (*)

Em geral é difícil compreender o outro porque não conhecemos uma situação similar em nossa existência. Por exemplo, quem não viveu a morte de um pai ou uma mãe dificilmente pode imaginar a dor e o vazio que essa experiência causa. A empatia também deve funcionar na direção oposta: precisamos aceitar que os outros só podem nos entender dentro dos limites do que viveram. Não podemos exigir total compreensão de pessoas que têm vidas e experiências muito diferentes das nossas. Muitas vezes estar ao lado daquele que está sofrendo é o suficiente. Deixá-lo sentir o nosso calor. Nem tudo pode ser compartilhado, mas a presença das pessoas queridas alivia qualquer peso. Às vezes é só estar. Não é necessário compreender, apresentar soluções nem dizer nada. Basta ele saber que não está sozinho no naufrágio.
(*) EUGENIO SANTANA é escritor, autor de livros publicados e jornalista de mídia impressa. Membro efetivo da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas, sócio efetivo da UBE – União Brasileira de Escritores. Aos 9 anos comecei a ler Aristóteles, Spinoza, Platão, Schopenhauer, Freud, Jung, Nietzsche, Hermann Hesse, Krishnamurti, Shakespeare e Rousseau. Escrevo e publico com o propósito de auto-realização dos meus leitores. Busco a Transcendência por meio da Literatura. Escrever é a minha Missão. Contato: via e-mail autoreugeniosantana9@gmail.com e Smartphone/WhatSapp: (61) 8212-3275 (TIM) e 9995-5412 (Vivo)

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NARCISISMO CRUEL E EGOCÊNTRICO (*)

O narcisista freqüentemente deleita-se com a sua crescente sensação de poder, controle e capacidade de destruir o outro e com isso acaba diminuindo-o a qualquer custo. Quanto mais poder, mais delirante fica. Essas aberrações costumam acontecer dentro de sua própria casa, no lugar onde não necessita vestir nenhum personagem. Costuma humilhar diminuindo parceiros e filhos mantendo todos num clima de terror e de domínio psicológico. Em seu mundo psíquico, narcisistas sobrevivem quando conseguem quebrar, diminuindo quem está à sua volta e, como também são perversas, irão fazer o impossível para que suas vítimas transgridam também tudo o que significa leis morais e de caráter para si mesmas. Projetam todo o ódio da existência dos limites e da lei que de algum modo suas presas acabam representando para elas. Ficam cegas fazendo de tudo para que as mesmas se corrompam em tudo o que honram como sagrado e correto para si mesmas. Transgridem, portanto, em tudo o que significa lei e sentido de honestidade para suas vítimas. Os narcisistas cruéis agem deste modo, mesmo sabendo que as leis existem, porém, em algum momento de suas vidas tiveram uma cisão interna passando a negá-las de modo frenético, inconsciente e escondido, inclusive para si mesmas. Em suas artimanhas irão trair e convencerão suas vítimas de que podem passar por cima disso, ainda infundindo culpas, dores emocionais e por vezes físicas. O sentido oculto disso está na crueldade, no prazer de fazer suas vítimas transgredirem tudo o que lhes é mais sagrado, ou seja, tudo o que faz sentido moral. Muitas, inclusive, roubam, mas têm a capacidade de fazer tudo parecer dúbio, embora seja fato conhecido. O prazer está na transgressão da lei e aqui advém também o prazer de acionar a transgressão da lei pelo outro. Os cruéis sabem que existe a lei pública e pessoal, mas têm imenso deleite em transgredi-las e com isso avançam por todos os limites que o outro pode suportar, apenas para poderem ter o desfrute da quebra da lei. São viciados e reféns deste tipo de comportamento... A personalidade cruel vive em dois mundos, um dentro da lei e outro fora. São totalmente dissociados de si mesmos. Suas vítimas são apenas objetos úteis para sua viciosa crueldade. Também são reféns de si mesmos, mas sequer sabem disso. Enfim, acabam funcionando como vampiros predadores, assassinos silenciosos. (*) por EUGENIO SANTANA, Escritor, autor de livros publicados e jornalista de mídia impressa. Membro efetivo da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas, ocupante da cadeira número dois; sócio efetivo da UBE – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir Palavras de Luz que possam acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência por meio da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é a minha Missão. Contato via e-mail: autoreugeniosantana9@gmail.com, fone/WhatsApp: (61) 8212-3275 (TIM)

sábado, 11 de outubro de 2014

O SIGNIFICADO DE ÍTACA (*)

Quando você partir, em direção a Ítaca, que sua jornada seja longa, plena de aventuras, repleta de conhecimento. Não tema Laestrigones e Ciclopes nem o irascível Poseidon; você não irá encontrá-los durante o caminho, se o pensamento estiver elevado, se a emoção jamais abandonar seu corpo e seu espírito. Laestrigones e Ciclopes, e o enfurecido Poseidon não estarão em seu caminho se você não carregá-los em sua alma, se sua alma não os colocar diante de seus passos. Espero que sua estrada seja longa. Que sejam muitas as manhãs de verão, que o êxtase de ver os primeiros portos, entre o Crepúsculo e a Aurora, traga uma alegria nunca experimentada. Busque visitar os empórios da Fenícia, recolha o que há de melhor. Vá às cidades do Egito, aprenda com um povo que tem tanto a ensinar. Não perca Ítaca de vista, pois chegar lá é o seu destino. Mas não apresse os seus passos; é melhor que a jornada demore muitos anos e seu barco só ancore na ilha quando você já estiver enriquecido com o que conheceu no caminho. Não espere que Ítaca lhe dê mais riquezas. Ítaca já lhe deu uma bela viagem; sem Ítaca, você jamais teria partido. Ela já lhe deu tudo, e nada mais pode lhe dar. Se no final, você achar que Ítaca é pobre, não pense que ela o enganou. Porque você tornou-se um sábio, viveu uma vida intensa, e este é o significado de Ítaca.
(*) copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, Escritor, autor de livros publicados e jornalista de mídia impressa. Membro efetivo da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas, ocupante da cadeira número dois; sócio efetivo da UBE – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir Palavras de Luz que possam acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência por meio da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é a minha Missão. Contato via e-mail: autoreugeniosantana9@gmail.com, fone/WhatsApp: (61) 8212-3275 (TIM)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A LINHA TÊNUE ENTRE AMOR E REJEIÇÃO (*)

Por mais estranho que isso possa parecer, quanto mais rejeição a pessoa sofreu durante sua infância, maior a tendência de que ela fique "viciada" em ser rejeitada. Essa foi a maneira distorcida que ela aprendeu a se relacionar e receber "amor". Na verdade, ela vive em busca da aprovação dessas pessoas que a rejeitam, e costuma receber breves momentos de aprovação, que são apenas migalhas. Quando esses momentos ocorrem, sentem-se muito bem. Mas é algo temporário e logo vem a rejeição mais uma vez, e com a rejeição, vem novamente a necessidade de ser aprovada. E vira um circulo vicioso de: Rejeição - Busca por Aprovação - Alívio temporário quando consegue - Rejeição Novamente. É muito comum que aquele filho mais rejeitado pelos pais, seja o mais dedicado a eles. Esse filho vive numa busca eterna por migalhas de aprovação. Nesses momentos ele sente, por um breve instante, que tem algum valor. E por isso faz de tudo para agradar numa busca constante por mais aprovação. Depois a criança se torna um adulto e repete esse comportamento nos seus relacionamentos amorosos. Quando um parceiro tem estabilidade emocional e não consegue lhe dar essa montanha russa emocional a qual a pessoa está inconscientemente condicionada, ela não consegue se sentir atraída. Quando o relacionamento reproduz o círculo vicioso da "rejeição - migalhas de aprovação e atenção", a pessoa sente uma intensa atração. Indo um pouco mais fundo, não é a pessoa em si que tem essa atração pela rejeição. Quem sente essa atração é a carga emocional acumulada de rejeição que a pessoa carrega. Essa carga forma uma sombra, e essa sombra tem necessidade de crescer e se alimentar. E o seu alimento é a rejeição. Então, a sombra leva a pessoa de forma inconsciente a buscar relacionamentos que tragam esse sentimento, pra que ela possa se fortalecer. A cura para esse "vício" está em liberar os sentimentos de rejeição que a pessoa carrega. Com a autoconfiança, você consegue dissolver profundamente as emoções das experiências negativas do passado. Isso ajuda a dissolver a sombra e a resgatar a autoestima. A conseqüência é a mudança de comportamento. A pessoa deixa de se sentir atraída por relacionamentos doentes e passa a se interessar por relações mais saudáveis onde o normal é dar e receber amor e atenção. (*) por EUGENIO SANTANA, Escritor laureado e premiado, autor de livros publicados, jornalista de mídia impressa e ensaísta. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escreve e publica a partir de 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir Palavras de Luz que possam acrescentar algo na vida de seus leitores. Busca a Transcendência por meio da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é a sua Missão. Contato via e-mail: autoreugeniosantana9@gmail.com, fone/WhatsApp: (61) 8212-3275 (TIM)

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

PENSAR MENOS E SENTIR MAIS (*)

Fundamental mesmo é manter-se em sintonia com o coração. É silenciar a mente com freqüência. É meditar justamente onde o pensamento não está. Onde só tem lugar para a essência. Difícil? Com certeza. Mas com vontade e treino, é muito possível. E vale a pena. Inclusive, talvez seja um dos exercícios que mais dê sentido à vida. A gente pensa na tentativa de entender. E quer entender pra ter a sensação (absolutamente irreal, diga-se de passagem) de que temos o controle. Não temos! Vale a reflexão sobre duas afirmações. A primeira é do filósofo e matemático René Descartes. A segunda é da escritora e jornalista Clarice Lispector: "Penso, logo existo". "Não tente entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento". Fico, sem sombra de dúvidas, com a segunda. Aliás, tenho me exercitado cada vez mais para abandonar o vício da primeira. Não existo no meu pensamento. E disso tenho certeza. Existo quando, enfim, consigo me sintonizar com o que quero, o que sinto, o que sei de mim e da minha verdade, ainda que ela possa mudar. Existo não na sensação de que entendi, mas sim, na coragem que tenho de viver. Olhar adiante. Seguir o fluxo. Deixar rolar. Esse é meu mantra pessoal de amor. E quando consigo praticá-lo, através de atitudes, escolhas, palavras e comportamentos, SEMPRE dá certo! Seria ótimo se não carecesse de explicações. Mas talvez careça. Justamente porque ainda somos dependentes do pensamento. Saber o que você quer. Saber e querer estão além do pensar. Precisa de uma conexão com o coração, com a intuição, com o conhecimento de si e de sua história. Olhar adiante requer sintonia com a própria alma. E isso significa retirar da frente todos os pensamentos que não ajudam em nada. Que só contam histórias que nos paralisam. Que mentem para a nossa mente. Olhar adiante é conseguir enxergar o próprio horizonte. Seguir o fluxo: é parar de brigar com a vida. É confiar que não entendemos tudo. É abrir mão da tentativa de controlar. É escorregar no agora, aqui, neste momento. É estar inteiro, julgando menos, muito menos. E sentindo mais, muito mais. É absorver o que está acontecendo para saber o que fazer no próximo instante, quando ele for o presente. Deixar rolar: sabendo o que você quer, sem brigar com a vida, fazendo a sua parte de modo coerente com sua alma, deixar rolar é carregar em si a certeza de que cada dia sendo vivido é um minúsculo capítulo da grande e verdadeira história. Qual história? Não faço a menor idéia. E é por isso que deixo rolar. Assim, fica muito mais leve e muito mais intenso e profundo. Amor, para mim, é isso - sintonia. Sem as interferências que só servem pra fazer chiar tudo ao nosso redor. E se isso ainda lhe parecer vazio demais, acredite: é só porque você anda sentindo de menos e pensando demais. (*) Copidesque/fragmento por EUGENIO SANTANA - Escritor laureado e autor de livros publicados; jornalista profissional de mídia impressa; ensaísta, publicitário e editor. Membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM), cadeira número dois; sócio efetivo da UBE/SC-GO – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir de 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir Palavras de Luz que possam acrescentar algo na vida de meus leitores. Busco a Transcendência por meio da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é minha Missão.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

SEJA AUTÊNTICO (*)

A maioria das pessoas hoje vive mais interessada em parecer do que ser. Consome por consumir até se endividar para posar como bacana. Pura ostentação. Perde tempo precioso prestando atenção à vida das celebridades da TV. Expõe sua intimidade nas redes sociais com uma facilidade impressionante, tira tantas fotos para postar na internet que não se diverte, fica escrava de computadores e celulares. Outro dia, vi três garotas sentadas em torno de uma mesa de restaurante que riam muito. Cada uma segurava um celular. Qual não foi minha surpresa quando percebi que elas papeavam não com palavras, mas trocando mensagens de texto! Eu pergunto: onde foi parar a delícia de uma boa conversa durante a refeição? A cumplicidade do olho no olho e dos sorrisos foi substituída pela frieza dos dedos nos teclados e do reflexo da luz do visor no olhar das pessoas. Se você entende do que estou falando, então faça alguma coisa já: pegue o telefone, sim, mas para convidar uma pessoa especial para tomar vinho, caminhar no parque de mãos dadas... Um jantarzinho cheio de namoro, com aquele homem ou mulher que instiga sua pele e balança seu coração! Afinal, é isso que faz a vida ser vibrante. Muitas vezes, quando nos arriscamos a ser nós mesmos, surpreendemos positivamente os outros. Afinal, todo mundo está ávido por originalidade, por gente de verdade. Poucos estão tendo a coragem de ser originais. Quando deixa de fazer o que seu coração manda, somente para evitar críticas, você perde sua autenticidade, sua marca registrada, algumas características tão peculiares que a diferenciam da multidão. Sujeitar-se a viver infeliz para satisfazer a vontade e as determinações dos outros não exige muito mais de você? Dê o seu grito de independência e detone tudo o que não tem a ver com o seu estilo de vida. A sua felicidade é muito mais importante do que a sua imagem.
Quando você assume suas decisões, independentemente do que os outros acham, pode perceber que tira um peso imenso das costas. Então sobra energia para viver com alegria no coração, e enxergar mais claramente o seu caminho. (*) EUGENIO SANTANA é membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, ensaísta, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autorrealização, autoconhecimento e autoajuda. Ex-Revisor de textos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (61) 8212-3275 (TIM)

O PÁSSARO E O RATO MORTO (*)

Um pássaro estava voando com um rato morto no bico e um bando de pássaros o perseguia e ameaçava atacá-lo. Ele foi alcançado e passou a ser alvo das bicadas dos outros pássaros. Em meio à luta, ele abriu o bico e o rato caiu. Imediatamente, todo o bando voou em direção ao rato e deixou o pássaro em paz. Os outros pássaros não estavam contra ele. Apenas queriam a mesma coisa que ele: o rato. Muitas vezes, uma pessoa está sendo atacada e não se da conta de que a agressão não é contra ela. Na verdade, os outros apenas querem estar no lugar que ela ocupa. É comum vermos uma empresa familiar em que a pessoa no comando é alvo de muitas criticas dos membros. Na verdade, os familiares apenas querem ter esse comando para si. Em outras vezes, a pessoa está casada com alguém que não ama mais, e ainda vive sendo atacada pela família do companheiro. Essa interferência só complica tudo, mas a pessoa não desiste desse relacionamento, ou seja, não “larga o rato morto”. Está mais que claro que é hora de ir embora desse casamento em que está tudo errado e se dar nova chance de ser feliz com outro par. Se esse é o seu caso, e você já não agüenta mais as agressões, “largue o rato morto”. Largue essa situação sem saída e toque sua vida em frente! Na hora em que você deixar a situação ir embora, vai perceber quanto ela a escravizava.
Por que insistimos em segurar ratos mortos? Compramos brigas enormes sem uma causa que as justifique apenas pelo prazer de competir por algo que muitas vezes nem vale a pena. (*) EUGENIO SANTANA é membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, ensaísta, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autorrealização, autoconhecimento e autoajuda. Ex-Revisor de textos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (61) 8212-3275 (TIM)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O PODER DO PERDÃO (*)

Aquele que põe seu foco no presente não se escraviza pelo que já passou. Por isso, uma das formas mais eficazes de destravar seu caminho e deixar o passado para trás é praticando o perdão. Quando perdoamos, livramos a alma da energia negativa daquelas pessoas que nos feriram e daquelas situações que nos magoaram um dia. Então, para seu próprio bem e felicidade, deixe-as para trás. Liberte a si mesmo dos seus fantasmas, da imagem ou lembrança de pessoas e acontecimentos que já não merecem mais fazer parte da sua vida, mas ainda o assombram. Para ter o coração limpo a fim de se relacionar com novas pessoas, é fundamental que você desligue da energia daquelas que o magoaram. Talvez essas pessoas não mereçam seu perdão, mas eu não estou lhe dizendo isso pensando nelas. Eu acredito que isso é importante para você. Você merece os benefícios do perdão. Segurar magoas não vai fazer justiça, nem punir ninguém pelas coisas ruins que fez. Só vai amargurar seu coração. Pense bem: que droga de estratégia é essa de você não perdoar o outro e acabar castigando a si mesmo, que já sofreu o bastante? Passe por cima do que aconteceu, para seu próprio bem. Se você perceber que a pessoa que o magoou tem coração bom, procure entender o erro dela e diga que já a perdoou. E que seu coração está aberto para um novo convívio. Quando você perdoa, da a si mesmo a liberdade de seguir seu caminho, sentindo paz com relação ao passado, energia no seu presente e confiança no futuro. Perdoar não é só libertar o outro, mas principalmente te libertar a si mesmo do que ocorreu e parar de aceitar ser prisioneiro do mal que foi feito a você. No seu dia a dia, com certeza você já viu casos de um pai perdoar o assassino do filho, de um funcionário perdoar o destempero do gestor, de irmãos briguentos se perdoarem depois de grandes conflitos, e de tantas outras situações em que o perdão libertou as pessoas.
Então, por que você não pode lançar mão dos benefícios do perdão? (*) EUGENIO SANTANA é membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, ensaísta, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autorrealização, autoconhecimento e autoajuda. Ex-Revisor de textos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (61) 8212-3275 (TIM)

sábado, 26 de julho de 2014

TODO DIA TEMOS A CHANCE DE RECOMEÇAR (*)

A vida é breve e tudo é passageiro. Tudo é lição. Cada dia abre novas possibilidades para o encantamento de quem olha a vida com mente arejada e coração esperançoso. Nesse mundo de vaidades efêmeras, rico é quem vê o eterno no transitório. Sábio é quem vê além das aparências... Há pessoas que andam vestidas com roupas sofisticadas, mas, ao mesmo tempo, com a vestimenta de luz demasiadamente ofuscada. Outras consomem bebidas caras e passam noitadas desgastantes, jogando a saúde e a vitalidade fora. E há aqueles que querem viajar sob a ação de drogas pesadas ou alucinógenas, quando, na verdade, somente mergulham em estados alterados de consciência duvidosos, tocando suas trevas interiores e abrindo labirintos psíquicos para os espíritos infelizes se aproveitarem de suas energias vulneráveis. O vampirismo psíquico começa no vazio existencial que as pessoas teimam em manter dentro delas mesmas. Quem não vê brilho nas coisas da vida, corre o risco de secar o coração. Muitos dos supostos gigantes do intelecto humano, não passam de bebês no Plano Infinito. O mundo está cheio de técnicos disso ou daquilo, mas, quem é técnico em viver com equilíbrio e harmonia? Conhecimento não é sabedoria, e perdão não é fraqueza de caráter, é grandeza de alma consciente. Quem perde de vista o próprio espírito, sente um gosto amargo, que vem do vazio de dentro. Sem a luz do coração para guiá-la, a mente se perde e fica prisioneira de suas próprias divagações. Contudo, todo dia é chance de recomeço... E tudo é lição! O sábio vê além das aparências. Por isso, ele agradece e caminha contente... Ele possui a cosmovisão do Eterno em cada coisa transitória. (*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, assessor de comunicação, relações públicas, copydesk, verse maker e self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autorrealização e toques motivacionais. Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: e-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754

segunda-feira, 23 de junho de 2014

NÃO OLHE PARA TRÁS (*)

O que significa deixar de ficar olhando para trás?
As experiências negativas que tivemos podem nos deixar sentimentos impregnados. Uma experiência de fracasso pode deixar, por exemplo, sentimentos de tristeza, frustração, culpa, raiva, impotência… E enquanto esses sentimentos não forem totalmente curados, um pedaço seu vai estar vivendo nesse passado. Provavelmente, você vai lembrar de vez em quando dessa situação e os sentimentos vão ressurgir. Ou ainda, quando você estiver numa situação semelhante a essa do passado, toda a insegurança virá à tona, pois vai puxar o gatilho daquilo que você guardou. Às vezes, você pode ter vontade de falar sobre esses problemas, pois eles ainda lhe causam algum tipo de incômodo que você sente necessidade de expressar. E, ao relembrar e contar novamente, pode ser que esses sentimentos sejam reforçados, ainda mais se você estiver falando com alguém que não consiga ouvi-lo de forma neutra, que acaba fazendo comentários que alimentam a negatividade. Enquanto você não cura 100% essas emoções, o passado fica vivo dentro de você e inevitavelmente você vai ficar olhando pra ele. Esse olhar pode ser consciente, quando você percebe claramente o surgimento da lembrança. Mas pode ser também um olhar ou lembrar inconsciente, quando apenas surgem emoções negativas nas situações do dia a dia e você não tem a lembrança do fato do passado que é a origem desse sentimento. Parar de olhar para trás é desapegar-se do passado. E desapegar tem a ver com se libertar das emoções negativas que nos prendem às experiências já vividas. Veja que isso é bem diferente de simplesmente querer esquecer o passado. Muitas vezes, as pessoas reprimem as lembranças ou não querem falar ou tocar em certos assuntos que lhes causam incômodo. Isso não adianta porque as emoções ficam armazenadas no inconsciente, causando problemas na sua vida que você nem imagina: insegurança, problemas na autoestima, procrastinação e até mesmo tensões no corpo e doenças. O que realmente resolve é curar as emoções armazenadas do passado. Essa cura traz vários benefícios. O desapego se torna automático. Você fica apenas com o aprendizado da situação, porém, sem qualquer carga negativa. A situação perde a importância e você deixa de ter a necessidade de falar sobre aquilo. Talvez você venha a comentar com alguém se for o caso, mas será mais para dar um exemplo que pode servir pra ajudar outra pessoa, e não como uma forma de querer ganhar apoio e reforçar os próprios sentimentos. (*) Copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autorrealização, autoconhecimento, autoajuda e técnicas motivacionais. Ex-Revisor de textos jornalísticos do “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do livro biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É Rosacruz, Maçom e Kardecista. Contato: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9256-7754.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

KHRONOS E KAIROS (*)

Ah, o tempo... Sempre o tempo causando esperas. Sempre o tempo fazendo parecer que as esperas jamais terão fim. O homem moderno emprega apenas uma palavra para dar significado ao tempo. Mas os gregos da Antiguidade usavam duas: “khronos e kairos”. A primeira, “khronos”, refere-se ao tempo cronológico e seqüencial, aquele marcado pelo sol e pela lua, pelo dia e pela noite, pela mudança das estações e pela época das colheitas. É o tempo que se mede e que hoje contamos em nossos relógios, celulares e computadores. A segunda palavra, “kairos”, que em português escrevemos kairós, tinha para os gregos o significado de “momento certo” ou “momento oportuno”. É uma ocasião indeterminada no tempo em que algo especial acontece. A palavra é usada em teologia para descrever o “tempo de Deus”. Não é um tempo “quantitativo”, como “khronos”. Não pode ser medido porque é um tempo diferente. É um tempo “qualitativo”. “Khronos”, o tempo dos homens. “Kairos”, o tempo de Deus. Deus tem um “Kairos” reservado para cada um de nós. Um tempo em que o sofrimento cessa e a felicidade se instala em nossos corações. Um tempo em que a doença abandona o corpo já exausto e a saúde volta a regenerar as forças. Um tempo em que o pai deixa o álcool e retorna ao convívio da família. Um tempo em que o filho abandona as drogas e regressa para junto dos verdadeiros amigos. Um tempo em que o casal que se separou por causa de um mal-entendido se reconcilia e volta a viver unido pelo amor. Quanto tempo o “Kairos” leva para acontecer? Não cabe a nós saber. Ele virá quando Deus achar oportuno que venha.
(*) Copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autoajuda e técnicas motivacionais. Ex-Revisor de textos jornalísticos do “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do livro biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É fundador e Gestor de Conhecimento da SANTANA Produções Culturais. Contato: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9256-7754

sexta-feira, 21 de março de 2014

NÃO SOMOS A SOMA DAS NOSSAS ESCOLHAS (*)

Assim como antes era mais fácil fazer compras, também era mais fácil viver. Para ser feliz, bastava estudar (Magistério para as moças), fazer uma faculdade (Medicina, Engenharia ou Direito para os rapazes), casar (com o sexo oposto), ter filhos (no mínimo dois) e manter a família estruturada até o fim dos dias. Era a maionese tradicional. Hoje existem várias “marcas” de felicidade. Casar, não casar, juntar, ficar, separar. Homem e mulher, homem com homem, mulher com mulher. Ter filhos biológicos, adotar, inseminação artificial, barriga de aluguel – ou simplesmente não os ter. Fazer intercâmbio, abrir o próprio negócio, tentar concurso público, entrar para a faculdade. Mas estudar o quê? Editoração ou Ciência Moleculares? Moda, Geofísica ou Engenharia de Petróleo? Hoje, todos parecem ter 10 anos menos. Quem tem 28, parece 18. Quem tem 39, vive como se fossem 29. Quem tem 40, 50, 60, mesma coisa. Por um lado, é ótimo ter um espírito jovial e a aparência idem, mas até quando se pode adiar a maturidade?
Não somos apenas a soma das nossas escolhas, mas também das nossas renúncias. Crescer é tomar decisões e depois conviver em paz com a dúvida. Adultos sabem que nunca terão certeza absoluta de nada, e sabem também que só a morte física é definitiva. Já “morreram” diante de fracassos e frustrações, e voltaram pra vida. Ao entender que é normal morrer várias vezes numa única existência, perdemos o medo – e finalmente crescemos. (*) por Eugenio Santana, escritor, jornalista, assessor de comunicação, publicitário, relações públicas. Autor de cinco livros publicados. Integrante de 30 instituições culturais do Brasil e Portugal. 18 prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia. E-mail: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9256-7754

terça-feira, 18 de março de 2014

BANALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES AMOROSAS (*)

Vivenciamos o final de uma época em que as aparências, associadas ao consumismo, ditam regras de comportamento social, e onde suspeitos interesses têm mais poder de influência do que valores humanos. Esta tendência comportamental acaba interferindo nos relacionamentos afetivos, a ponto de banalizar o amor e o sexo nas relações humanas. Desta forma, a busca pelo prazer restringe e enquadra o significado do amor e do sexo nas relações, não permitindo que a experiência propicie aprendizados e crescimento aos envolvidos. Atualmente, é muito comum encontrarmos "receitas ou fórmulas mágicas" de como se relacionar sem sofrer. Dicas, muitas delas provenientes de amigos ou de pessoas bem intencionadas, mas que refletem a crise relacional que o ocidente enfrenta por se submeter à tirania do materialismo, representado pelo dinheiro e o desconhecimento ou descrença nos verdadeiros valores da vida. Neste confuso cenário das relações afetivas, muitos indivíduos perdem-se no gozo das paixões efêmeras, sem se darem conta que o tempo passa velozmente e que a libido -que é apenas uma peça no extraordinário mecanismo do amor- diminui à medida que a idade avança ou a saúde declina. O amor, observado como proposta de crescimento entre duas pessoas que se relacionam, é muito mais que um encontro casual, que tem como estímulo a atração sexual, porque relação afetiva sem a devida valorização dos envolvidos é simplesmente satisfazer instintos primários ligados ao princípio do prazer. Por este motivo, a atual fase ocidental, não afirma ou confirma a emancipação de gêneros; pelo contrário, revela que se houve movimento emancipatório, libertador, este encontra-se atrelado a um estado de alienação provocado por interesses que giram em torno do consumo, da propaganda e de um poderoso valor materialista: o dinheiro. Nesta lógica comportamental e social, a busca pela satisfação tem gerado insatisfação, que por sua vez, gera mais insatisfação e fuga por prazer a qualquer custo. Situação que revela o ciclo vicioso de insatisfação ao qual muitas pessoas estão submetidas por tornarem-se dependentes de prazeres fugazes ou viciosos, seja através do sexo ou de outras formas que causam dependência química ou emocional. Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa, que determina a forma como a mesma se comporta e interage com outros indivíduos, consigo própria e com o meio ambiente. Portanto, valores humanos são valores morais, sociais, éticos -eu acrescento os valores espirituais- que representam um conjunto de regras para uma convivência saudável dentro de uma sociedade. Alguns valores trazemos com a reencarnação. Outros são adquiridos, reforçados ou alterados com a seqüência de vidas do espírito imortal, o que ocorre na infância durante a experiência educativa com os pais biológicos ou substitutos. Na minha experiência como jornalista, escritor e pesquisador da natureza humana, tenho observado um conjunto de valores e crenças, que de uma forma mais ou menos sutil, interfere no comportamento da pessoa adulta a ponto de influenciar nas suas escolhas. Portanto, estes valores internalizados, quando associados à experiência infantil da vida atual, podem ser alterados no sentido positivo ou negativo, conforme a influência parental pela via da educação e convivência. Na falta de valores humanos nas relações afetivas, tornamo-nos pessoas frágeis emocionalmente, desequilibradas psiquicamente, dependentes e carentes. Geralmente, sentimo-nos pessoas com baixa autoestima à procura de um sentido para a vida. E nesta busca, o prazer de efeito imediato pode tornar-se a "fórmula" encontrada de nos relacionarmos com o mundo ao nosso redor, ou seja, de buscarmos gratificações momentâneas no âmbito pelo qual interagimos com outras pessoas, a partir da visão egocêntrica da própria realidade. Desta forma, deixamos de qualificar a experiência existencial porque não valorizamos o amor no sentido de sua intensa relação com os aprendizados da vida. Por outro lado, a valorização do eu está intimamente ligada ao processo de autoconhecimento, que passa pela importância dos valores humanos inseridos no contexto vital. Agir diferentemente é ir à contramão das leis naturais que orientam o ser inteligente para o sentido amoroso da vida. O final de uma época, no entanto, revela o alvorecer de uma nova era de valorização do eu a partir de autodescobertas necessárias à essência em simbiose com o UNO. Este pertencer ao Todo Indivisível é a "chamada" de uma nova fase planetária de responsabilização do homem como agente de seu próprio destino. Você se valoriza e valoriza o outro? É tempo de questionar, refletir e rever conceitos e padrões comportamentais, pois o milênio de transformações começa a pressionar o ser inteligente para que ele se sinta como peça importante da engrenagem universal.
(*) Copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autoajuda e técnicas motivacionais. Ex-Revisor de textos jornalísticos do “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do livro biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É fundador e Gestor de Conhecimento da Terceira Margem Editora. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9256-7754

sexta-feira, 14 de março de 2014

NOSSOS MEDOS E LIMITAÇÕES (*)

As mudanças podem nos parecer tão ameaçadoras que preferimos passar a vida na segurança dos velhos modos de ser e de viver, que já não trazem mais nenhuma satisfação, a arriscar mergulhar no desconhecido que nos revela cada dia. Nossos medos nos fazem adiar a vida por tempo ilimitado, sempre deixando para um futuro que nunca chega, a suposta felicidade que vai vir de alguma ação que vamos ter um dia. O tempo vai passando e vamos nos acostumando tanto com nossas proteções que, pode ser que o Universo precise nos dar uma sacudida, colocando-nos diante de coisas que não podem mais ser adiadas tomando a decisão que já deveríamos ter tomado para a mudança. Muitas vezes, a vida nos coloca de frente com situações que nos fazem pensar que as coisas chegaram ao fim. o fim dos nossos sonhos, das nossas esperanças em alguma área mas, pode ser justamente o caminho que o Universo encontrou para um recomeço para uma vida mais plena e satisfatória. Recentemente, acompanhei uma história onde uma pessoa se viu diante de uma situação assim, se viu diante do que ela mais temia. O que representava o seu maior medo, se concretizou e, no princípio as coisas foram mais difíceis mesmo, mas com o passar do tempo essa pessoa se transformou de uma forma que ninguém poderia imaginar e muitas das suas limitações e dos seus medos foram deixados para trás. Olhando essa pessoa, você percebe claramente que ela passou por uma mudança tão profunda que muitas das coisas que eram limitação para ela agora parece que nunca existiram e ela acessou partes criativas que antes nem ousava manifestar, porque sua energia era gasta em criar escudos de proteção para que seu medo não se manifestasse. O medo nos faz criar tantos escudos de proteção que acabam se transformando em prisões onde nós somos os prisioneiros e, quando focamos no que tememos, acabamos atraindo aquilo para nossas vidas. A cura, nesse caso, veio por esse caminho, onde ela pensou que as coisas tinham chegado ao fim em determinada área, mas na verdade, o que veio depois que ela liberou os medos foi o início de uma outra vida muito mais plena. De uma forma ou de outra, quando estamos prontos para renascer, se não cooperamos trabalhando nossos medos e nossas limitações, o Universo provoca mudanças, pequenas mortes para grande renascimentos. Se queremos mesmo transformar o que não está bom... o dia é sempre hoje e a hora é sempre agora. Os medos são os maiores limitadores, e encará-los de frente, trabalhando para liberar a causa desses medos, pode nos revelar partes nossas que nem imaginávamos que existiam. Sempre que identificamos algum medo, ao invés de fingir que ele não existe e adiar mais um pouco a vida, podemos fazer alguma coisa para libertá-lo.
(*)copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Revisor de textos jornalísticos do jornal “Diário da Manhã” e Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Autor do perfil biográfico de João de Deus, o médium de Abadiânia. É Gestor de Conhecimento na Terceira Margem Editora. E-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754

terça-feira, 11 de março de 2014

SEM RESSENTIMENTOS (*)

Falar a nossa verdade é uma das coisas mais difíceis para nós. Dizer às pessoas - especialmente aquelas que amamos e admiramos - o quanto estamos chateados com eles, é extremamente difícil; a razão que faz com que seja tão difícil é que temos medo de rejeição, de perder sua aprovação e, finalmente, perder o seu amor.
Se quisermos ser gentis e amigáveis, nossas interações tornam-se uma representação, uma atuação onde o amor verdadeiro é difícil de encontrar. Quando você decide enfrentar o medo da rejeição e dizer o que você realmente sente, algo surpreendente acontece. A sua transparência o liberta, o que lhe permite liberar os juízos e emoções acumuladas e deixar ir o ressentimento. Assim, a apreciação e inocência que a relação tinha tido antes podem voltar. Esta é a razão pela qual muitos casais vão crescendo separados ao longo do tempo: por medo de perder o outro, escondem o que realmente sentem. O resultado? Duas pessoas que estão fisicamente próximas, mas separados internamente de qualquer maneira. A necessidade de sermos aprovados por nossos entes queridos, de controlar e manipular a sua opinião acerca de nós, vem de nossa própria necessidade de aceitação e amor. Só quando perdemos a capacidade de aceitar a nós mesmos é quando começamos a nos preocupar com o que os outros pensam e, por isso, começamos a esconder e retorcer para nos tornarmos o que nós consideramos "bom o suficiente". A fim de mudar essa situação, nós temos que ir para dentro e começar a buscar em nós mesmos. Há muitas maneiras de ir para o interior; algumas pessoas usam a meditação, outros simplesmente se concentram em estar presentes consigo mesmo... Eu ensino as facetas do meu sistema, que é o que funcionou para mim. O importante é que você comece a se ouvir, prestando menos atenção à forma como o exterior diz que você seja e começar a ouvir a voz do seu próprio coração. Isto tornará mais fácil para você começar a falar a sua verdade e soltar a necessidade de aprovação externa. O ressentimento vem de sentir carência de algum tipo: de se sentir maltratado, desrespeitado, ou ferido de alguma forma. Quando você se sentir assim, escolha dar. Quando você dá, você leva sua atenção longe de seu próprio drama de insatisfação e, imediatamente, você se concentra na abundância: naquilo que você tem, em vez do que está errado ou o que está faltando. Esta é uma forma muito poderosa para mudar o seu foco, da carência para a apreciação. O ressentimento é um truque que temos para ficar longe da apreciação da beleza do momento presente. Não deixe que ele o domine: a vida é preciosa demais, muito cheia de emoção e oportunidades para permanecermos presos no passado. Utilize estes passos simples para treinar e experimentar o frescor do aqui e agora, e você ficará livre de ressentimentos. (*) Copydesk/Fragment by EUGENIO SANTANA, membro efetivo da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, assessor de comunicação, relações públicas, copydesk, verse maker e self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “INFINITOEFÊMERO”, de autoconhecimento, autorrealização e toques motivacionais. Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). Contato: e-mail: eugeniosantana9@uol.com.br (34) 9256-7754