sexta-feira, 18 de outubro de 2013

OS APAIXONADOS VOLTARAM... (*)

Estranho, sim. As pessoas ficam desconfiadas, ambíguas diante dos apaixonados. Aproximam-se deles, dizem coisas amáveis, mas guardam certa distância, não invadem o casulo imantado que envolve os amantes e que pode explodir como um campo minado, muita precaução ao pisar nesse campo. Com seu senso de organização e, contraditoriamente, sua indisciplina, os amantes são seres diferentes e o ser diferente é excluído porque vira desafio, ameaça. Se o Amor na sua entrega absoluta os faz frágeis, ao mesmo tempo os protege como uma armadura. Os apaixonados voltaram ao Jardim do Paraíso, provaram da Árvore do Conhecimento e agora sabem...
(*) fragment/copydesk by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11). eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

sábado, 31 de agosto de 2013

CONSUMISMO COMPULSIVO E IMPULSIVO (*)

Todos desejam uma vida digna para os despossuídos, boa escolaridade para os iletrados, serviços públicos ótimos para a população inteira, isto é, educação, saúde, transporte, energia elétrica, segurança, água, e tudo de que precisam cidadãos decentes. Contudo, o que vejo são multidões consumindo, estimuladas a consumir como se isso constituísse um
bem em si e promovesse real crescimento do país. Compramos os juros mais altos do mundo, pagamos os impostos mais altos do mundo e temos os serviços (saúde, comunicação, energia, transportes e outros) entre os piores do mundo. Mas palavras de ordem nos impelem para consumir, somos convocados a adquirir o supérfluo, até o danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas. Além disso, a inadimplência cresce de maneira preocupante, levando famílias que compraram seu carrinho a não ter como pagar a gasolina para tirar seu novo tesouro do pátio no fim de semana. Tesouro esse que logo vão perder, pois há meses não conseguem pagar as prestações, que ainda se estendem por anos. Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de maneira impiedosa, até cruel. Em lugar de instruírem, esclarecerem, formarem uma opinião sensata e positiva, tomam novas medidas para que esse consumo insensato continue crescendo – e, como somos alienados e pouco informados, voltamos às compras. Somos uma sociedade alçada na maré do consumo compulsivo, interessada em “aproveitar a vida”, seja o que isso for, e em adquirir mais e mais coisas, mesmo que inúteis, quando deveríamos estar cuidando, com muito afinco e seriedade, de melhores escolas e universidades, tecnologia mais avançada, transportes muito mais eficientes, saúde excelente, e verdadeiro crescimento do país. Mas corremos atrás de tanta conversa vã, não protegidos, mas embaixo de peneiras com grandes furos, que só um cego ou um grande imbecil não vê. Não tenho esperança de que algo mude, mas deixo aqui meu quase solitário (e antiquado) protesto. (*) Copydesk-Fragment by Eugenio Santana, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, revisor de textos e ensaísta literário. Autor de cinco livros publicados. Da Academia de Letras do Noroeste de Minas (ALNM). Ex-Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro (2009-2011).

domingo, 16 de junho de 2013

O ROMANCE DE TRISTÃO E ISOLDA (*)

AMORES reais ou exagerados em poesia. Marília era a musa inspiradora ou a mulher solícita? Amores reais ou sentimentos projetados? O romance de cavalaria de Tristão e Isolda que influenciou tantos outros escritos, concernente à alma gêmea, lacrimejantes de amor começa assim: “Se quiserdes ouvir, gentis senhores, uma história de amor e de morte, eis aqui o romance do cavaleiro Tristão e da rainha Isolda, de como os dois se amaram na alegria e continuaram a se amar na tristeza, de como um dia morreram daquele amor, ela por ele, ele por ela”.
(*) fragment/copydesk by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”, Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11) É Consultor de Investimento na EMBRACON. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

sábado, 11 de maio de 2013

TEU JARDIM, MÃE (*)

TEU JARDIM , MÃE – Ínfima asa de memória ardente do poetalado, Mãe. Tão lúcida! E lancinante foi o sofrimento e a dor inominável – e minhas lágrimas petrificadas... Recente foi o teu Vôo na Asa inexorável do Tempo. Partiu na tarde de nuvens cinzentas. Meu coração? Partido; minha alma? Imolada. Minha Mãe partiu – viajou, etérea; diáfana, translúcida. Momento único em que não se repartiu – e não se fragmentou. A sua morte não repartiu – alçou íntegro e belo Vôo anímico e cumpriu – bravamente – a sua Missão no “vale de lágrimas” ou planeta-escola. Afinal, viver é um jardim precário e efêmero. Mas vejo em teu jardim a perenidade da madressilva, miosótis, hortênsias, rosas vermelhas, samambaias e jasmins. Porque é bonito o Eterno. E porque é lindo o Jardim. Sim! O dia amanhece por meio da Aurora, inapelavelmente... E nestas manhãs de outono os vizinhos passam em frente da casa e não te acenam mais. Acenam para o jardim desolado por hábito, medo da morte, perplexidade. E pela sagrada Luz do Astro-rei que ainda estremece face ao teu (reen)canto. Ainda assim, Mãe, é noite em teu jardim cósmico. Por mais que amanheça, por mais que floresça o meu olhar vaga – lume... (em memória de minha MÃE AMADA ADÍLIA ULHÔA SANT’ANA SILVA COUTO, falecida em 02/05/2011 – Infinita Asa de Saudade e Eterna Gratidão!)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

PHOENIX (*)

A Fênix possuía uma parte da plumagem feita de ouro e a outra colorida de um vermelho incomparável. A isso ainda aliava uma longevidade jamais observada em nenhum outro animal. Seu habitat era os desertos escaldantes e inóspitos da Arábia, o que justificava sua fama de quase nunca ter sido vista por ninguém. Quando a Fênix percebia que sua vida secular estava chegando ao fim, fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao ser exposto aos raios do Sol. Em seguida, atirava-se em meio às chamas para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que sobrava de seus restos mortais, arrastava-se milagrosamente uma espécie de verme que se desenvolvia de maneira rápida para se transformar em uma nova ave, idêntica à que havia morrido. A crença nessa ave lendária figura na mitologia de vários e diferentes povos antigos, tais como gregos, egípcios e chineses. Apesar disso, em todas essas civilizações, seu mito preserva o mesmo significado simbólico: o renascer das próprias cinzas. Até hoje, essa idéia é bastante conhecida e explorada simbolicamente. Podemos restaurar o que os incêndios destroem em nossa vida? Às vezes. Em outras circunstâncias é melhor que as cinzas sejam esquecidas, para que algo completamente novo seja construído. Renascer é o processo por meio do qual você lamenta a sua perda e depois se levanta e começa tudo de novo. É um dos principais segredos para alcançar o sucesso. As pessoas realizadas são aquelas que nunca desistiram de tentar ser assim. Algumas vezes, como a Fênix, temos de renascer das cinzas, devemos passar pelo fogo e sair fortalecidos, renovados e renascidos. (*) EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, é escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de cinco livros publicados, entre os quais “InfinitoEfêmero”. É Consultor na Empresa MRV ENGENHARIA S/A. Imêio: eugeniosantana9@uol.com.br Cel. (34) 9297-6090

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A VISÃO DISTORCIDA DO SIGNIFICADO DE ALMA-GÊMEA (*)

Certa vez, um discípulo perguntou ao seu Mestre já muito idoso, por que ele nunca havia se casado e o Mestre respondeu: Eu procurava a Mulher perfeita, a minha metade e, assim, várias mulheres foram surgindo em minha vida e as virtudes que eu buscava e que me preenchiam e satisfaziam; ora encontrava e outras horas não, quando era inteligente, não era culta, quando era sensual, não era bonita, quando era organizada, era irascível e por aí afora... Você está afirmando que jamais encontrou a Mulher perfeita? Encontrei, encontrei sim, mas aí foi Ela quem me disse que buscava o Homem perfeito e que Eu não era ele... A energia do amor é fundamentalmente calma e pacífica, alegre, descontraída e inspiradora. Não é pesada, exaustiva nem trágica. Algumas vezes, vocês se convencem de que precisam ficar juntos porque “compartilham o mesmo carma” e precisam “resolver algumas questões juntos”. Vocês utilizam a “natureza do carma” como um argumento para prolongar o relacionamento, enquanto vocês dois estão sofrendo imensamente. Na verdade, vocês estão distorcendo o conceito de carma. Vocês não resolvem um carma juntos: o carma é uma coisa individual. Cada um tem responsabilidade apenas por si mesmo. É essencial entender isto porque esta é uma das principais armadilhas nos relacionamentos. Vocês não são responsáveis pelo seu parceiro e ele não é responsável por vocês. A solução dos seus problemas não está no comportamento da outra pessoa. Todos procuram sua cara metade, ou sua ‘alma gêmea’, como costumamos chamar e devemos entender que os relacionamentos de terceira dimensão, os chamados “relacionamentos cármicos”, precisam acabar. São ligações em que os parceiros carregam emoções não resolvidas dentro de si, tais como culpa, medo, dependência, ciúme, raiva e devem evoluir para acompanhar a mudança cósmica. O objetivo desse tipo de reencontro é proporcionar às pessoas uma chance para se entenderem como irmãos e fazerem escolhas diferentes das que fizeram em outras vidas. Nessas uniões se repetem padrões emocionais vividos em outras épocas para que os envolvidos desenvolvam uma forma mais iluminada de lidar com a mesma situação. Esses encontros exercem uma forte atração que impele as pessoas a unirem-se com intensa paixão, parecendo terem encontrado sua alma gêmea. Contudo, os parceiros acabam num envolvimento conflituoso onde poder, controle e dependência tornam-se a tônica do relacionamento. O encontro emocional de outrora, que gerou cicatrizes e traumas emocionais, funciona também dentro da Lei de Atração. São relacionamentos destrutivos onde não existe amor e respeito. A intenção do Plano Infinito nestes casos é que ambos consigam se desapegar com amorosidade. Uniões que causam emoções intensas, tristezas, angústias e os envolvidos não conseguem se libertar são carmáticos, pois a energia do amor é alegre, calma, dá segurança, estabilidade e nos inspira coisas boas. A visão distorcida do que significa alma gêmea faz com que as pessoas procurem sua outra metade, ilusão que as leva para fora de si mesmas, esquecendo-se da sua origem divina, onde somos inteiros; somos o masculino e o feminino, somos o todo. ‘Ninguém é metade de ninguém. ’ Somos inteiros, somos yin e yang, e enquanto não aprendermos a reconhecer cada uma dessas partes dentro de nós e integrá-las, estaremos atraindo relacionamentos de dependência. Então, não existem almas gêmeas? Elas realmente existem, mas, são idênticas em sentimento, em amor, vibração, princípios e ética. São seres livres e independentes, que escolhem compartilhar sua vida com outro ser igual em essência. Não estão juntos para resgatar ou aprender alguma coisa, pois almas gêmeas não têm função na dualidade. Seus propósitos são sempre divinos, cósmicos. Somente quando nos identificamos com a divindade dentro de nós, somos capazes de encontrar nossa alma gêmea. Quando nos tornamos conscientes de nossa unidade, nossa jornada de volta à casa do Pai começa. Tornamos-nos menos ligados a coisas externas, como status, fama, dinheiro ou prestígio. Compreendemos que a chave da felicidade não é a experiência em si, mas sim, a forma como vivemos esta experiência. Criamos nossa própria felicidade ou infelicidade através da consciência evoluída. Concluo com as sábias palavras de Luz do Mestre El Morya: “quanto às chamadas Almas Gêmeas, seu encontro não se dá senão pelo merecimento, por mais incessante e imperativa que seja a busca. E, caso ocorra sem o pressuposto Maior de, juntas, atingirem a Perfeição, o encontro será efêmero como uma flor que, uma vez colhida, perde o viço, o perfume, a existência...”. (*) Eugenio Santana, FRC – Escritor e Rosacruz; poeta, jornalista e ensaísta literário. Ativista do Greenpeace; colaborador da “Revista Planeta Água”. Autor de livros publicados. Sócio da UBE-GO/SC. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira número 2

domingo, 6 de janeiro de 2013

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA (*)

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA – Menor que meu sonho não posso ser. Mil identidades secretas, disfarces cobrindo a face. Mil sobras, sombras, mil dias viajando pela Asa da Ásia. Todas as palavras e suas repercussões impensáveis. Navio de ambigüidade, cortantes palavras. De todas as contradições, desencontros, dos contrários de mim – andarilho da flor-estrela de intermináveis chegadas e partidas. Da flecha de várias pontas, rumos, direções e a bússola quebrada. Parceiro de outros seres que também andarilham. Pois menor que meu sonho não posso ser. (copydesk/fragment by Eugenio Santana)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O VIAJANTE SOLITÁRIO (*)

Lembro-me da história de Kierkegaard sobre o Viajante Solitário (ou o Andarilho da florestrela?!) que chegou à vila nas terras altas e viu que a estrada à frente estava bloqueada por uma montanha. Cansado e desanimado, ele sentou-se e esperou que a montanha se movesse. Anos depois, ele continuava esperando, sentado no mesmo lugar, idoso e decrépito. A essência da mensagem de Kierkegaard é que os céus não movem montanhas. Nós é que precisamos escalá-las ou encontrar uma trilha que as contorne. Se esperarmos pela montanha mover-se ou abordá-la da mesma forma que os outros sempre fizeram, estaremos perdidos, mesmo se não o percebermos. De vez em quando precisamos de algo mais: a disposição para questionar as temporárias verdades absolutas ou simplesmente ignorá-las. Durante boa parte da vida, repetimos antigos hábitos e reações. Partes de nossa rotina diárias são repetidas milhares de vezes – reflexo condicionado. Fazemos sem questionar se poderíamos fazer melhor... E assim negamos o melhor de nós mesmos, de nossos talentos e potencialidades, de nossa criatividade. Portanto, “agite” sempre, altere a rotina. Questione verdades. Mude hábitos antigos. Vire mais uma página. E depois a rasgue. Cultive o espírito de ter esperanças e fé, olhe para cima, para fora e para frente. Voe, cercas não foram feitas para quem tem asas. E as águias não sobem escadas... (*) by Eugenio Santana, jornalista, escritor, ensaísta, publicitário, editor. Autor de cinco livros publicados. Sócio da UBE/GO – União Brasileira de Escritores, Goiânia-GO. Ex-Diretor Regional, em Goiás, da Editora Didática Paulista. Foi, entre 2009/2011, Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro.

domingo, 23 de dezembro de 2012

SINCERICÍDIO (*)

Sincero. Como a água ou pedra. Nada de máscaras, representações. Sim, sim, não, não. E pronto. O mais é conversa estéril. Ou teoria hermética. Rituais, encenações, gestos de atores, atrizes, palco teatral. Os seres humanos, principalmente os letrados, nada entenderam do Sermão da Montanha. Prefiro os simples, os puros de coração, não dissimulados pelas convenções e tradições sociais. Os autênticos, de alma nua. Os analfabetos, os ingênuos e os embriagados por meio da poética. E por isso os intelectuais egos cegos, poluídos pela podridão do mal, me cansam e frustram. O céu é dos SINCEROS.
(Jornalista/escritor/publicitário Eugenio Santana)

O TEMPO DO DESCANSO É SAGRADO (*)

Descansar, após um período de trabalho intenso, é uma necessidade fundamental quase sempre subestimada. Essa mentalidade suicida de que a vida só tem sentido quando se produz, se consome e se acumulam bens materiais, quando a pessoa se movimenta e se agita sem parar, já produziu inclusive várias categorias de doenças novas e de doentes graves. Entre estes os que sofrem de estresse – a doença do século – e os workaholics, os viciados em trabalho, gente que sofre de pavorosa angústia aos sábados, domingos e feriados simplesmente por não saber como usar o tempo e o espaço disponíveis. Sem falar nos adeptos das “férias que matam”, os que confundem lazer com descanso; nos momentos que deveriam ser dedicados ao repouso, eles se entregam a uma maratona de visitas, esportes, compras, andanças, e voltam para casa muito mais cansados do que antes. Deixo aos psicólogos uma apreciação clínica a respeito das tremendas compulsões internas que levam um número tão grande de pessoas a viver em perpétua agitação, tanto na sua parte física quanto emocional e mental, renunciando ao direito e ao dever do descanso. Do ponto de vista da espiritualidade – aquele substrato de sabedoria que pode ser encontrado em todo sistema religioso verdadeiro – pode-se, no entanto dizer que essas pessoas comportam-se desse modo por se acharem dissociadas do seu self: aquele núcleo de consciência para que existe em cada um de nós e é capaz de nos alertar com precisão a respeito das nossas reais necessidades. O descanso, em seu sentido transcendental, é tanto ou mais importante do que o trabalho. O tempo do descanso é sagrado, pois, como ensina a Bíblia, no sétimo dia até Deus descansou. O descanso, que os povos do deserto simbolizam na imagem do oásis, e que os hebreus chamam de sabbath, é um tempo consagrado a Deus. É o momento da introspecção e da reconciliação com nossa origem e destino divinos.
(*) by Eugenio Santana, escritor, jornalista, autor de livros publicados. Foi Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro. É membro de Grau Superior na Ordem Rosacruz – AMORC.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ALMA E CORPO (*)

Alma e corpo, corpo e alma: que mistério! Há algo de animal na alma, e o corpo tem os seus instintos de espiritualidade. Os sentidos podem apurar e o intelecto pode aviltar-se. Quem poderia dizer onde termina o ímpeto da carne e começa o ímpeto psíquico? Como são superficiais as definições arbitrárias dos costumeiros psicólogos! E como é difícil, mesmo assim, pronunciar-se a respeito das pretensões das várias escolas! Será que a alma é uma sombra trancada na casa do pecado? Ou será então o corpo a morar de fato dentro da alma, como defendia Giordano Bruno? A própria fronteira entre espírito e matéria é um mistério.
(*) copydesk/fragment by Eugenio Santana – publicitário, consultor, relações públicas, gestor comercial, supervisor de RH, jornalista, escritor, assessor de comunicação. Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro. Revisor de textos jornalísticos no Diário da Manhã.

A RIQUEZA VERDADEIRA (*)

QUANTO É SUFICIENTE? Não medimos esforços para ganhá-lo, obtê-lo, herdá-lo, gastá-lo. O dinheiro, nós achamos, é a resposta a todos os nossos problemas. Mas será? Serão mais felizes os ricos? Uma sorte inesperada mudaria a nossa vida? A verdade por trás dos mitos do dinheiro vos libertará. A verdadeira riqueza não é o seu saldo bancário: é um sentimento de abundância. “Dinheiro não compra felicidade”. Quantas vezes já ouvi essa frase! Mas ter um pouco mais de dinheiro certamente aliviaria a pressão, pelo menos. Eu gostaria de liquidar minhas dívidas e reservar alguma coisa para o futuro. Muitas pessoas não pensam assim? O dinheiro parece ser a principal preocupação de quase todo mundo nos dias de hoje. Se não o temos, nos preocupamos em obtê-lo. Se o temos, nos preocupamos em mantê-lo. Famílias brigam por ele. Casamentos se fazem – e se desfazem – por causa dele. Carreiras giram em torno dele. Quase ninguém é indiferente a ele. E você ainda está convencido de que ele faria você feliz? Bem, um pouco mais feliz, de qualquer modo... A conclusão é que, apesar de toda nossa obsessão com dinheiro – em obtê-lo, gastá-lo, poupá-lo, investi-lo – o fato de possuí-lo não tem quase nenhum efeito sobre a nossa felicidade. A verdadeira riqueza não se mede por ativos ou fluxos de caixa, e sim pelo nosso sentimento de opulência.
(*) copydesk/fragment by Eugenio Santana, escritor, jornalista, publicitário, ensaísta. Autor de cinco livros publicados. Assessor de Comunicação de projeção nacional.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O FIM DOS TEMPOS SEGUNDO EDGAR CAYCE (*)

Outro visionário extraordinário que predisse o fim dos tempos foi Edgar Cayce. Considerado por muitos como o mais talentoso vidente do século XX, Cayce era um clarividente americano, nascido em 1877 na zona rural do Kentucky, que fazia leituras psíquicas e proféticas inacreditáveis. Apesar de só ter o diploma secundário, Cayce tornou-se médico, curador, profeta e vidente, fez mais de 14000 leituras em 45 anos de atividade e nos mais diferentes assuntos. Era chamado pela imprensa como “O Profeta adormecido” porque fazia suas leituras de olhos fechados, deitado num divã com as mãos sobre o plexo solar, numa espécie de transe. Quando criança se sentia diferente dos outros e podia memorizar livros inteiros apenas por deitar-se sobre eles. Tinha visões desde menino e, quando seu avô morreu, Cayce dizia tanto ver quanto ouvir e falar com ele. Aos poucos, o vidente foi descobrindo seus extraordinários talentos, que iam desde diagnósticos de doenças, tratamentos de saúde, predições de assuntos pessoais, políticos e econômicos, até espiritualidade, leis universais, reencarnação, imortalidade, origem e destino da humanidade. Cayce previu o início e o fim dos conflitos das duas grandes guerras, o surgimento do Nazismo, a Grande Depressão de 1929, o fim do comunismo na Rússia e o surgimento da China como superpotência, além da morte de dois presidentes americanos e o surgimento de doenças modernas como o stress. Especialistas dizem que Edgar Cayce também anteviu o fim dos tempos e que a sua maior previsão era a de “uma catástrofe causada por forças do universo que agiriam sobre a Terra e provocariam uma mudança no eixo de rotação do planeta e a inversão dos seus pólos. Tais mudanças promoveriam inundações primeiramente nos EUA, depois em todo o continente, gerando um tsunami jamais visto que se propagaria até o Japão. O fim do continente americano alteraria as correntes marítimas, trazendo frio intenso para o norte da Europa e uma nova Era do Gelo.” Cayce, que nada sabia sobre placas tectônicas, disse que outras terras surgirão no Atlântico e no Pacífico, assim como haveria o ressurgimento do continente perdido da Atlântida, o aumento da atividade vulcânica, terremotos, tempestades e furacões.
Cayce se referia à Atlântida como uma civilização cujo nível de desenvolvimento era fantástico e que registros de tal povo podiam ser encontrados em alguns lugares do planeta como na península de Yucatán e no Egito. O mais incrível é que as mudanças climáticas e cataclísmicas previstas por Edgar Cayce se encaixam nas previsões para 2012, apesar do visionário jamais ter citado esta data especificamente. Edgar Cayce morreu em janeiro de 1945, de um acidente vascular cerebral. (*) Jornalista Eugenio Santana

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A DESTRUIÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA (*)

O Brasil é a segunda maior nação florestal do planeta, depois da Rússia, mas a mais rica em biodiversidade, uma vez que as florestas tropicais abrigam um número muito maior das espécies. Dos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro, mais de 60% são cobertos por florestas naturais exploradas por várias cadeias produtivas, como papel e celulose, madeira e móveis, siderurgia, lenha e energia, óleos e resinas, fármacos, cosméticos e alimentos. Só os três primeiros setores empregam 7 milhões de pessoas e geram 4% do PIB. Trata-se, portanto, de uma economia expressiva e de vasta capilaridade social, entranhada na cultura brasileira, embora explorada sob a lógica do mais puro imediatismo: apesar do vigoroso desenvolvimento da indústria do reflorestamento, o país consome quase duas vezes mais madeira natural do que madeira plantada. O índice de ilegalidade na extração de madeira nativa na Amazônia é altíssimo. Cerca de 22% das florestas da Região Norte já foram destruídas. Uma das causas do desmatamento recorde que o país ostenta há 40 anos é a exploração predatória e itinerante das florestas por meio da migração ilegal de serrarias para áreas virgens tão logo uma área se esgota. Em 1994, o Brasil desmatava 29 mil km quadrados de florestas por ano. Esse número caiu para 7 mil km quadrados por ano, atualmente. No entanto, essa importante conquista não basta. Consumidores esclarecidos sabem que as florestas não são um “fator de produção” comum, pois prestam serviços ambientais como regulação de chuva e do clima, proteção de bacias hidrográficas e conservação da biodiversidade. Elas também são a base do desenvolvimento das biotecnologias que movimentam um mercado global sete vezes maior do que o mercado de madeira. A modernização da economia, a promoção do potencial florestal e a preservação dos serviços ambientais das florestas dependem da sua conservação “em pé”. Mudar a cultura predatória e consolidar a incipiente tecnologia do manejo sustentável das florestas naturais são desafios de fundamental importância para o Brasil.
(*) Eugenio Santana, jornalista investigativo e cultural.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

RECOMEÇAR... (*)




Nossas vidas também estão sujeitas a ciclos e estações. Todos nós experimentamos um fluxo interminável de começos e fins. Todas as estações de nossas vidas têm começos e fins, que levam a novos começos. Quando termina a infância, começa a adolescência, quando a idade adulta termina, começa a meia-idade, terminando a meia-idade, começa a velhice.

Como gostamos dos começos, temos costume de celebrar o novo. Geralmente resistimos aos finais e tentamos adiá-los. Muitas vezes, deixamos de sentir a alegria dos começos porque sabemos que todos eles escondem as sementes de algum fim. Talvez alguns finais possam ser dolorosos, mas essas dores diminuem se não resistirmos e considerarmos o tempo como um processo natural: como brotos que surgem na primavera e se desenvolvem em folhas verdes, no verão amadurecendo e tornando-se douradas no outono e desfolhando no inverno. Compreender que somos parte integrante do grande projeto do Criador é um grande consolo.

Muito de nossa resistência aos finais é proveniente de nosso desconhecimento sobre novos começos e de nossa incapacidade de acreditar na possibilidade do novo começo. Quanto mais nos permitirmos confiar no fato de que todos os finais trazem um novo ciclo, mais diminuirá a nossa resistência ao novo.

Imagine ser uma lagarta, sentindo um estranho desejo de tecer um casulo ao redor do corpo – morte certa! Como deve ser difícil desistir da única vida que se conhece, essa vida de rastejar na terra, em busca de alimento. No entanto, o final dessa vida de verme confinado à terra significará o começo de uma outra vida, sob a forma de uma linda borboleta...

O poderoso potencial das transformações se baseia na possibilidade, inerente a cada novo começo, de trazer alegria e liberdade em proporções nunca antes imaginadas. Se isso verdadeiramente acontece ou não – se continuamos ou não a evoluir por meio dos ciclos de nossas vidas – depende em grande parte de nós.

Podemos considerar todos os finais como tragédias – lamentando-os e resistindo a eles – ou podemos considerar cada um como um novo começo e uma abertura para maiores oportunidades. O que para a lagarta é a tragédia da morte, para a borboleta é o milagre do nascimento.

(*) EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta literário, publicitário, poeta e Editor-fundador da Hórus9 Editora. Foi Superintendente de Imprensa no Rio de Janeiro (2009/2011). Atualmente, é CONSULTOR na Empresa NWI.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O AMOR ACONTECE NO TEMPO CERTO (*)






Sim, é verdade que existe um dito popular avisando que "quem muito escolhe acaba escolhido". Entretanto, o lembrete serve para nos alertar sobre o excesso de críticas, o orgulho exagerado ou a análise que paralisa e impede a tomada de decisão.

Ou seja, o ideal é aprender a calibrar o coração para que não haja nem negligência no ato de decidir se é hora de exercitar o amor ou de esperar, nem um medo sem sentido de tentar de novo. Pessoas carentes demais, que aceitam qualquer relacionamento para aplacar seu pavor de ficar só e ter de encarar a si mesmo e suas limitações, certamente, vão terminar e começar relações sem se questionarem qual o aprendizado, qual o amadurecimento para um futuro encontro que seja mais satisfatório e harmonioso.

Por outro lado, pessoas críticas demais, orgulhosas demais ou que morrem de medo de se entregar a uma relação e vir a sofrer, também pagarão um preço alto, muitas vezes amargando a solidão e se privando da alegria e do privilégio de vivenciar o amor.

Minha sugestão é para que você, em primeiro lugar, tenha muito claro para si o que realmente deseja viver quando o assunto é amor. O que tem para oferecer? Quanto se sente preparado para lidar com as dificuldades que vêm à tona num relacionamento, sejam elas ciúme, insegurança, falta de auto-estima, ausência do outro, diferenças de ritmo etc.? Quanto já aprimorou sua habilidade de se comunicar, de falar sobre o que sente, o que quer e, principalmente, de ouvir o outro e tentar uma conciliação sempre que necessário?

Depois, com um mínimo de autoconhecimento, sugiro que você se questione e reflita sobre sua noção de merecimento e crenças. Quanto você realmente acredita que merece viver um amor baseado na confiança, na lealdade e na intensidade? Quanto você realmente acredita que possa existir um amor assim? Pode apostar: se você não acredita nesta possibilidade, dificilmente vai viver uma relação que valha a pena, simplesmente porque esta opção não faz parte do seu universo, do seu campo de visão.

E, por último, mais do que ansioso ou distraído, mantenha-se tranqüilo e seguro de que o amor acontecerá no momento certo. Nem antes e nem depois. Não é preciso que você busque desesperadamente. Apenas viva a partir do que existe de melhor em você e permaneça presente, atento ao que acontece ao seu redor. E todo o universo estará conspirando a seu favor, porque, afinal de contas, nascemos para amar e sermos amados.

(*) Eugenio Santana é escritor, jornalista, publicitário, poeta e ensaísta literário. Autor dos livros publicados: “Asas da Utopia” (1993); “Guiado pelos Pássaros” (1994); “Florestrela” (2002); “Crepúsculo e Aurora” (2006) e “InfinitoEfêmero” (2012)


terça-feira, 24 de julho de 2012

NAMASTÊ! (*)




NAMASTÊ é a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro. Invoca a percepção de que todos nós compartilhamos da mesma essência, da mesma energia, do mesmo universo. É o cumprimento em sânscrito que literalmente significa “curvo-me perante a ti”. Em síntese é “saúdo a você, de coração”!

E deve ser retribuído com o mesmo cumprimento. O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você. O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti.

A minha essência saúda a sua essência. Namastê traz o sagrado para dentro de cada ser humano, afirmando que Deus não está no céu, num templo ou mesmo na Natureza.
Deus está em tudo, em cada um de nós.

Ao fazer o Namastê afirmamos que todos somos filhos e partes do sagrado, indissociáveis e iguais.

(*) Escritor/Jornalista Eugenio Santana, FRC