segunda-feira, 13 de março de 2017

AS ASAS AZUIS DO PÁSSARO DO AMOR (*)

Pai, eu vi um pássaro voando e me lembrei de você. E o meu coração se encheu de saudade... Dos seus braços fortes me segurando no colo. Dos seus conselhos severos e de suas esperanças em meu futuro. Do quanto você teve paciência e tolerância comigo. Sabe, quando somos jovens, não sabemos o que um pai sente. Não valorizamos quem segura nossa barra e nos sustenta. Com o tempo, também nos tornamos pais, e aí compreendemos. A experiência transforma o olhar e faz ver além... Então, lembramos de que um dia fomos filhos. E a saudade vem de cheio, junto com o agradecimento. Pai, ontem eu não sabia; hoje eu sei, com todo meu Ser. Com a chegada do meu filho Enzo Gabriel, o vento do amor arejou meu coração. Assim como arejou seu coração, quando você me recebeu como seu filho. Fico pensando nas coisas que não são ditas entre pais e filhos. Coisas que o tempo leva na memória do vento... Coisas que não têm preço. Lembranças que viajam pela Asa do coração... Com o passar dos anos, sinto o que antes não sentia. Amando meu filho, penso no seu amor por mim. E se isso é assim, aqui no Planeta-escola, imagino um Amor Maior, em tudo. Um Grande Coração Universal, onde pais e filhos viajam nos sentimentos reais. Fico imaginando o Poder Maior que nos colocou aqui, como pais e filhos. E elevo meus pensamentos a Ele, Pai de todos nós, agradecendo o presente. Sim, agradeço o presente de hoje ser pai, e de um dia ter sido seu filho. Pai, o Pássaro do Amor passou voando pelas fibras do meu coração. E ele me disse: "O Grande Espírito lhe ordenou escrever algo para os pais e filhos". Não questionei, apenas escrevi o que senti, consciente da missão. Pois sei que há um Poder Maior capaz de interligar invisivelmente as consciências. Como sei, também, que algumas palavras podem chegar no momento certo para alguém. Talvez, a corações feridos, que reconsiderem sentimentos e reúnam novamente pais e filhos. Ou, simplesmente, por entre os planos da vida, pais e filhos se toquem no infinito. Por obra e graça de um Poder Maior, isso é possível. Como é possível refletir... Sim, refletir, para recomeçar. Talvez para melhorar pais e filhos, pela vastidão do Universo criado por Deus – Todo-Poderoso: Onisciente, Onipresente e Onipotente. Então, que esses escritos viajem nas Asas do Vento, cumprindo sua função e unindo corações. Que o Pássaro do amor leve essas palavras a quem de direito, como deve ser... (*) copydesk/fragment by EUGENIO SANTANA, da Academia de Letras do Noroeste de Minas, escritor, jornalista, publicitário, relações públicas, copydesk, verse maker; self-made man. Sócio da UBE-GO/SC – União Brasileira de Escritores e autor de nove livros publicados. Ex-Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro, RJ (2009/11) dedico à memória do meu pai Fabião Couto e à minha filha Ingrid e ao meu filho Arthur Emmanuel