quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

VALORIZE A SUA VIDA (*)

O conceito onde quero chegar é sobre a palavra acreditar. Simplesmente não vejo nada que possa acontecer se não acreditarmos, nenhum sonho se realiza se não se tem fé nele, nenhum projeto se torna factível se não confiarmos nele e por aí vai. Trago comigo sempre o dom de acreditar que tudo irá dar certo e tudo irá acabar bem, não importa o sonho que tenhamos; não importa o tempo que leve; não importa se outros acreditam, o importante é que eu confio e a partir daí vou buscar seja lá onde estiver esse sonho e não há nada ou ninguém que me desvie desse caminho. O mundo, globalizado pela Internet, como disse no início, é parte fundamental, pelo fato de termos sempre a informação "on-line", aqui e agora, e nesse mundo, quem possui a informação tem o poder. Mas acontece que, devido a tanta informação, acabamos por nos perder e adotamos uma maneira de viver com certos vícios e manias que não são muitas vezes nossas; desejamos coisas que de certa forma ainda não podemos alcançar, e nos angustiamos por isso, buscamos um determinado status que às vezes nem precisamos e nos endividamos por isso; passando então a viver a verdade de outros, esquecendo a nossa... Muitas vezes, olhamos ao nosso redor e nada nos falta para sermos felizes, temos uma casa para onde voltar, uma família barulhenta, que fala alto e pelos cotovelos, (a maioria é assim), filhos felizes que a toda hora reivindicam pelo nosso carinho e nos emocionam com um simples sorriso, crianças à nossa volta, amigos engraçados, amigos enrolados, amigos materialistas, amigos espiritualistas, amigos frios, amigos calorosos, amigos valiosos, mas todos amigos. Temos um trabalho que, graças a Deus, toma boa parte do nosso tempo e permite que realizemos e compartilhemos com os nossos todas as coisas de que precisamos para viver em sociedade aqui no planeta Terra, mas muitas vezes, assumimos histórias que não são nossas e deixamos de valorizar a nossa própria. Por isso, quero aqui propor a todos vocês, queridos leitores, que em nossa contagem regressiva, seja lá onde estivermos, em qualquer parte desse mundo globalizado, seja lá em que praia for, que além de pularmos as sete ondinhas, na praia deserta ou na praia repleta de velas acesas; na sacada do nosso prédio; no quintal da nossa casa; sozinhos, em nosso quarto; com a família ao redor da mesa; no sofá da sala em frente à televisão, que realizemos uma mudança interna em nossas vidas. Fechemos os olhos, por segundos que seja. Vamos agora assumir a nossa vida por completo. Precisamos de mudanças, vamos promovê-las e acreditar nelas, não importa o tempo que isso leve, vamos estabelecer metas para nossa vida pessoal, nossa vida amorosa, nossos relacionamentos, nossa vida profissional, vamos escolher uma área dessas - não precisa atuar em todas de uma vez - mas, nesse ano, vamos nos dispor, acreditar e mudar uma delas pelo menos. Não vamos mais viver histórias que não são nossas, vamos acreditar que nós podemos e que merecemos um mundo melhor e vamos atrás desse mundo, que é nosso por direito sagrado. Eu, por exemplo, passei 27 anos da minha vida sentado sobre um pote de ouro, tentando encontrar a felicidade fora de mim e acabei por descobrir que a felicidade está o tempo todo aqui comigo, (descobri meu pote de ouro). Quem sabe, você não descubra o seu também, valorize mais as pessoas, respeite a história de cada uma delas... e assuma a sua história, valorizando-a também. Promova essa mudança interna, pois o mundo externo está aí e não poderemos mudar tudo à nossa volta. Sempre haverá uma árvore de Natal majestosa no Rockfeller Center em Nova York; sempre existirá um Bistrô gostoso e tranqüilo em Paris; sempre haverá pessoas em Roma para ver o Papa. Mas a única pessoa que estará conosco a vida inteira, queiramos ou não, somos nós mesmos. Os portais de 2017 estão quase abertos. Vamos (re)começar um novo ciclo. Eis a oportunidade tão sonhada para que você encontre “o seu próprio pote de ouro”. Boa sorte. Feliz Ano-Novo! (*) EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira dois. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados.WhatsApp (61) 99581-4765 - Email: autoreugeniosantana9@gmail.com

sábado, 17 de dezembro de 2016

A IDADE DO LOBO E AS LEMBRANÇAS DE AMANDA...

Restam algumas fotografias dispersas, espalhadas na desordem das gavetas do armário: arquivos do tempo nas Asas da memória... Encontrei – ao acaso – um velho álbum carcomido pelas traças ao longo desses anos. Nostalgicamente, retornei ao passado ao deter o olhar nos antigos fotogramas: revejo teu rosto jovem e belo, em destaque o amplo sorriso – antes tão familiar e os olhos de topázio a me indagar: o porquê da ruptura e o que faço de minha vida – hoje, agora, aqui. Silenciosamente, fecho o álbum e a porta e desligo a luz do abajur da sala e reflito a despeito do que é previsível e possível atenuar os conflitos na Idade-do-Lobo... Guardo o álbum. Melhor dizendo: escondo. Com uma leve sensação de alívio descarto qualquer ameaça de crise existencial... Inapelavelmente, Nostalgia. Neuroforia. Mas, sinto um irresistível estímulo de falar ao telefone. Com Amanda – em Paris – e rasgar o verbo, oculto há vinte anos... Expondo-lhe os projetos de minha vida e – principalmente – sugerir que fique com o velho álbum de fotografias... Este fantasma que insiste em não me abandonar. Amanhã envio – provavelmente – via sedex. Na Idade-do-Lobo não temos pressa para resolver as coisas do alado coração. (Escritor/jornalista EUGENIO SANTANA)

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O CAMINHO DO AMOR

O mais importante de tudo seja a profunda convicção de que o bem é o caminho solar a ser percorrido para alcançar a serenidade à qual vocês aspiram entre as lutas da vida. Não há outro caminho possível para esse fim. Não é válido o caminho ilusório que por muito tempo se acostuma percorrer em vão: o do egoísmo, que leva a julgar o próprio bem separado do bem alheio, ou pior, em contraste com ele. Quero lembrar o caminho certo a ser percorrido para que não sejam atacados pelas forças maléficas: o caminho do amor. Se trilharem esse caminho, ficarão imunes de qualquer influência nociva. Lembrem-se de que: o degrau na direção do amor deve ser subido abstendo-se de fazer mal conscientemente a qualquer pessoa; entramos no céu do amor quando nos sentimos unos com o todo e nos exercitamos, mesmo nas pequenas coisas, gradativamente, a cumprir pequenos sacrifícios para o bem dos outros. Dentro desta área as flechas envenenadas das projeções negativas não podem penetrar; é preciso vestir-se de luz, potencializando a aura com pensamentos, sentimentos e ações de bem. Antes de encerrar, quero expressar mais um augúrio: que todo o bem que vocês fizerem aos outros possa chegar até vocês, que possam sentir o impulso disso para cada vez mais realizarem o bem, e que isso os eleve para as esferas mais altas. Que este seja o ideal de toda sua vida. (EUGENIO SANTANA é escritor, jornalista, ensaísta. Diretor de Redação da revista Cenário Goiano; foi Superintendente de Comunicação no Governo do Rio de Janeiro. Nove livros publicados)

SEJA UM CENTRO DE IRRADIAÇÃO DE GENEROSIDADE

Cada pensamento que parte de vocês é como um rastro luminoso que alcança a pessoa na qual estão pensando. Este rastro iluminará vocês e o objeto de seus pensamentos. Não hesitem em repudiar cada pensamento nocivo, que os revestiria de escuridão e, além de fazer mal aos outros, seria funesto para vocês mesmos. Abençoem e serão abençoados: abençoar é desenvolver a maior força de proteção e defesa. Este é o segredo. É a terapia ideal para neutralizar todas as influências negativas. Estarão construindo ao seu redor a mais poderosa defesa se, vivendo com honestidade, conseguirem falar freqüentemente com profunda convicção: Presença divina em mim, possa a tua Sabedoria dirigir todos os meus atos; o teu Amor guiar meus pensamentos; a tua Luz iluminar o meu caminho. Envolve-me em tua radiação, agora e sempre. Esta será a maior proteção, pois vocês estarão invocando a mesma força que move os universos. Vivam e operem nessa aura: nada e ninguém poderá jamais fazer-lhes mal. (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

VIVEMOS NUMA SOCIEDADE DE VALORES INVERTIDOS

Nunca as pessoas tiveram uma mente tão agitada e estressada. Quando o computador demora em iniciar, não poucos se irritam. Quando as pessoas não se dedicam a atividades interessantes, elas facilmente se angustiam. Raros são os que contemplam as flores nas praças ou se sentam para dialogar nas suas varandas ou sacadas. Estamos na era da indústria do entretenimento e, paradoxalmente, na era do tédio. É muito triste descobrir que grande parte dos seres humanos de todas as nações não sabe ficar só, se interiorizar, refletir sobre as nuances da existência, se curtir, ter um autodiálogo. Essas pessoas conhecem muitos nas redes sociais, mas raramente conhecem alguém a fundo e, o que é pior, raramente conhecem a si mesmas. (Jornalista/escritor Eugenio Santana)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

PAZUL

Após a visita, assistiu pela TV as últimas notícias da noite. Ficou indignado com a reportagem sobre a negligência com a saúde pública, mas dormiria feliz por seus dois times de coração – Cruzeiro e Flamengo – ambos com enormes chances de conquistar o Campeonato Brasileiro. Com saudades, recordou-se das diversas vezes em que foi ao Mineirão e ao Maracanã nutrir sua paixão e entusiasmo, renovar sua alma, sentir a vibração da torcida, o êxtase por mais um gol espetacular. Lembranças na memória alada. Ficou em dúvida se lia algo mais. Talvez por uns quinze minutos, meia hora. O livro do seu sobrinho favorito estava ao lado da cama, recém-lançado na Bienal de São Paulo. Ora bolas! Era só apertar o botãozinho vermelho e chamar a enfermeira para auxiliá-lo. Refletiu sobre a palavra “ajuda”. Olhando para o alto, seus olhos alcançaram a janela. Num átimo de segundo, cogitou no quanto precisou de ajuda. Pensou naqueles que o ajudaram. Às vezes renunciava ao ceticismo. Arriscava-se a dizer que aquelas pessoas foram Anjos de Luz enviados para cruzarem o seu caminho. Tinha aprendido que algumas coisas da vida não tinham explicação plausível, simplesmente aconteciam, como pequenos milagres. Enquanto refletia com o olhar congelado nas luzes das estrelas que enxergava pela janela, sentiu um inesperado e profundo sono. Nenhuma dor. Apenas uma agradável e insólita sensação de sono. Nunca havia sentido algo parecido. Seu olfato captou o mais delicioso cheiro que havia sentido. Perfume? Pensou consigo. O aroma fez lembrar o do campo, da natureza. Teve a percepção que nada ouvia e o silêncio nunca antes lhe trouxera tanto prazer. Uma Pazul. (EUGENIO SANTANA é jornalista, escritor, ensaísta, biógrafo e redator publicitário. Membro efetivo da ALNM – Academia de Letras do Noroeste de Minas, cadeira 2. Membro Acadêmico “Benemérito Ad Honorem” do Centro Cultural, Literário e Artístico de Portugal; Autor de nove livros publicados)