quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NARCISISMO CRUEL E EGOCÊNTRICO (*)

O narcisista freqüentemente deleita-se com a sua crescente sensação de poder, controle e capacidade de destruir o outro e com isso acaba diminuindo-o a qualquer custo. Quanto mais poder, mais delirante fica. Essas aberrações costumam acontecer dentro de sua própria casa, no lugar onde não necessita vestir nenhum personagem. Costuma humilhar diminuindo parceiros e filhos mantendo todos num clima de terror e de domínio psicológico. Em seu mundo psíquico, narcisistas sobrevivem quando conseguem quebrar, diminuindo quem está à sua volta e, como também são perversas, irão fazer o impossível para que suas vítimas transgridam também tudo o que significa leis morais e de caráter para si mesmas. Projetam todo o ódio da existência dos limites e da lei que de algum modo suas presas acabam representando para elas. Ficam cegas fazendo de tudo para que as mesmas se corrompam em tudo o que honram como sagrado e correto para si mesmas. Transgridem, portanto, em tudo o que significa lei e sentido de honestidade para suas vítimas. Os narcisistas cruéis agem deste modo, mesmo sabendo que as leis existem, porém, em algum momento de suas vidas tiveram uma cisão interna passando a negá-las de modo frenético, inconsciente e escondido, inclusive para si mesmas. Em suas artimanhas irão trair e convencerão suas vítimas de que podem passar por cima disso, ainda infundindo culpas, dores emocionais e por vezes físicas. O sentido oculto disso está na crueldade, no prazer de fazer suas vítimas transgredirem tudo o que lhes é mais sagrado, ou seja, tudo o que faz sentido moral. Muitas, inclusive, roubam, mas têm a capacidade de fazer tudo parecer dúbio, embora seja fato conhecido. O prazer está na transgressão da lei e aqui advém também o prazer de acionar a transgressão da lei pelo outro. Os cruéis sabem que existe a lei pública e pessoal, mas têm imenso deleite em transgredi-las e com isso avançam por todos os limites que o outro pode suportar, apenas para poderem ter o desfrute da quebra da lei. São viciados e reféns deste tipo de comportamento... A personalidade cruel vive em dois mundos, um dentro da lei e outro fora. São totalmente dissociados de si mesmos. Suas vítimas são apenas objetos úteis para sua viciosa crueldade. Também são reféns de si mesmos, mas sequer sabem disso. Enfim, acabam funcionando como vampiros predadores, assassinos silenciosos. (*) por EUGENIO SANTANA, Escritor, autor de livros publicados e jornalista de mídia impressa. Membro efetivo da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas, ocupante da cadeira número dois; sócio efetivo da UBE – União Brasileira de Escritores. Escrevo e publico a partir dos 16 anos de idade, com um só propósito: transmitir Palavras de Luz que possam acrescentar algo na vida dos meus leitores. Busco a Transcendência por meio da Literatura em seus variados gêneros. Escrever é a minha Missão. Contato via e-mail: autoreugeniosantana9@gmail.com, fone/WhatsApp: (61) 8212-3275 (TIM)