domingo, 6 de janeiro de 2013

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA (*)

ANDARILHO DA FLOR-ESTRELA – Menor que meu sonho não posso ser. Mil identidades secretas, disfarces cobrindo a face. Mil sobras, sombras, mil dias viajando pela Asa da Ásia. Todas as palavras e suas repercussões impensáveis. Navio de ambigüidade, cortantes palavras. De todas as contradições, desencontros, dos contrários de mim – andarilho da flor-estrela de intermináveis chegadas e partidas. Da flecha de várias pontas, rumos, direções e a bússola quebrada. Parceiro de outros seres que também andarilham. Pois menor que meu sonho não posso ser. (copydesk/fragment by Eugenio Santana)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

O VIAJANTE SOLITÁRIO (*)

Lembro-me da história de Kierkegaard sobre o Viajante Solitário (ou o Andarilho da florestrela?!) que chegou à vila nas terras altas e viu que a estrada à frente estava bloqueada por uma montanha. Cansado e desanimado, ele sentou-se e esperou que a montanha se movesse. Anos depois, ele continuava esperando, sentado no mesmo lugar, idoso e decrépito. A essência da mensagem de Kierkegaard é que os céus não movem montanhas. Nós é que precisamos escalá-las ou encontrar uma trilha que as contorne. Se esperarmos pela montanha mover-se ou abordá-la da mesma forma que os outros sempre fizeram, estaremos perdidos, mesmo se não o percebermos. De vez em quando precisamos de algo mais: a disposição para questionar as temporárias verdades absolutas ou simplesmente ignorá-las. Durante boa parte da vida, repetimos antigos hábitos e reações. Partes de nossa rotina diárias são repetidas milhares de vezes – reflexo condicionado. Fazemos sem questionar se poderíamos fazer melhor... E assim negamos o melhor de nós mesmos, de nossos talentos e potencialidades, de nossa criatividade. Portanto, “agite” sempre, altere a rotina. Questione verdades. Mude hábitos antigos. Vire mais uma página. E depois a rasgue. Cultive o espírito de ter esperanças e fé, olhe para cima, para fora e para frente. Voe, cercas não foram feitas para quem tem asas. E as águias não sobem escadas... (*) by Eugenio Santana, jornalista, escritor, ensaísta, publicitário, editor. Autor de cinco livros publicados. Sócio da UBE/GO – União Brasileira de Escritores, Goiânia-GO. Ex-Diretor Regional, em Goiás, da Editora Didática Paulista. Foi, entre 2009/2011, Superintendente de Jornalismo no Rio de Janeiro.