terça-feira, 7 de junho de 2011

NÃO HÁ RESTRIÇÃO EM SER FEIO OU BONITO, BAIXO OU ALTO, GORDO OU MAGRO. NÃO HÁ PROBLEMA EM SER LINDO (*)




LEMBRE-SE de que a floresta vivia em completa harmonia com Ártemis. Quando a deusa caiu, perdeu o respeito pela floresta. Mas quando recobrou a consciência, foi de flor em flor, dizendo: “Desculpe. Agora voltarei a tomar conta de você”. E seu relacionamento com todos os seres da floresta tornou-se novamente uma ligação amorosa.
Seu corpo é a floresta, e, se você aceitar essa verdade, dirá a ele: “Desculpe. Voltarei a tomar conta de você”. O relacionamento entre você, seu corpo e todas aquelas células vivas que dependem de seus cuidados se tornará a mais bela das ligações.
Seu corpo é perfeito do jeito que é, mas todos nós temos muitos conceitos sobre certo e errado, bom e mau, bonito e feio. São apenas conceitos, mas acreditamos neles, e é aí que reside o problema. Com a imagem de perfeição que temos na mente, esperamos que nosso corpo tenha uma determinada aparência, que se comporte de um certo modo. Rejeitamos nosso próprio corpo, que é totalmente fiel a nós. Mesmo quando o corpo não consegue fazer alguma coisa, por causa de suas limitações, nós o pressionamos, e ele, pelo menos, tenta.
Não há nenhum problema em ser feio ou bonito, baixo ou alto, gordo ou magro. Não há nenhum problema em ser lindo. Se você atravessar uma multidão, e as pessoas lhe disserem que o acham muito bonito, você pode responder que sabe disso, agradecer e seguir em frente, porque os elogios não fazem a menor diferença. Mas farão, se você não acreditar que é bonito, e as pessoas disserem que é. Nesse caso, você pergunta: “Sou, mesmo?” A opinião dos outros pode impressioná-lo, claro, e isso faz de você uma presa fácil.
O que importa não é a opinião dos outros, mas a nossa. Somos bonitos, mesmo que a mente diga o contrário. Isso é um fato. Não precisamos fazer nada, porque já possuímos toda a beleza de que necessitamos. Não precisamos dever obrigações a ninguém para sermos bonitos. Os outros são livres para ver o que desejarem ver. Se olham para nós e nos julgam, achando-nos bonitos ou feios, essa opinião em nada nos afetará, se estivermos conscientes de nossa beleza e a aceitarmos.
As pessoas resistem ao envelhecimento porque acreditam que os velhos não podem ser belos. Essa é uma crença completamente errada. Um bebê recém-nascido é bonito. Bem, um velho também é.
Somos o que acreditamos ser. A única coisa que temos a fazer é ser o que somos. É nosso direito achar que somos bonitos. Podemos honrar nosso corpo, aceitando-o do jeito que ele é. Não precisamos do amor de ninguém. O amor vem de dentro de nós. Mora em nosso íntimo e sempre estará lá, mas não o sentimos, porque ele está escondido atrás de uma muralha de nevoeiro. Só podemos perceber a beleza que existe fora de nós, quando “sentimos” a beleza que temos por dentro.


(*) por Eugenio Santana, escritor, jornalista. Integrante da ADESG-DF, ALNM-MG, UBE-GO/SC, AMORC-PR, SJPDF e Greenpeace-SP. eugeniosantana9@uol.com.br

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