terça-feira, 5 de abril de 2011

ESPELHO - ESTE LABIRINTO DE CRETA




O espelho - este labirinto de Creta.
Este dédalo de meandros.
Esta realidade nua
e crua. Esta vertigem - esta verdade inquestionável,
este hieróglifo de luz.

Ah! Então é isto! - O espelho diáfano tremeluz,
é onde o pássaro das águas da infância (re)pousa.
Se reflete,
se debate asa ferida, aferida - há ferida.

E provoca a transição provável.

O espelho velho ou sujo deforma a imagem
o rosto fica DESFIGURADO.
Porque o espelho dentro do rosto
é inimigo adequado.
Eterno e breve.
Transcende a con-vivência consigo mesmo
e o tempo marcado.

O espelho dentro do rosto
como o rosto espesso, naufragado, diverso, esparso,
estúpido, estranho,

é esterco do tempo
e ouro da morte.

(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC - Jornalista, Escritor, Poeta, Redator publicitário, Relações públicas, Assessor de Imprensa, Copidesque e Editor. Autor de livros publicados. Membro efetivo da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas Gerais, onde ocupa a cadeira número 2.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário