terça-feira, 29 de março de 2011

A CRIANÇA SIMBOLIZA O ESTADO DE PUREZA ORIGINAL




Uma expressão de dor, um pequeno gemido e uma dúzia de adultos ao redor entram em pânico. Um sorriso, uma risada, uma palavra dita desajeitadamente, e os que estão por perto são transportados a um estado de alegria, riem encantados, esquecem os problemas e preocupações. Um adulto até brinca e fala como criança, pelo prazer de mergulhar no estado primordial de unidade com a vida.
Uma criança de um a dois anos de idade confia em todos. Seu amor é universal. Ela sorri para qualquer um e faz amizade em um instante. Não reconhece rixas ou preconceitos e ignora disputas políticas. Não vê separação entre pessoas, nem percebe a si mesma como um ser independente. Amiga natural dos animais domésticos, ela inspira devoção nos cachorros e desperta a tolerância dos gatos.

É por esses e outros motivos que as crianças pequenas têm uma aura de divindade em torno de si. Elas não construíram uma couraça de proteção psicológica. Vivem a harmonia espiritual, e por isso não conhecem os perigos da vida.

Na memória inconsciente da humanidade, a criança simboliza o estado de pureza original. Ao mesmo tempo, ser criança é perigoso: implica uma inocência, um não saber, uma inadequação para lidar com as coisas do mundo e uma necessidade de ser protegido. O adulto sábio não deixa de ter a sensibilidade e a capacidade de aprender de uma criança. Mas ele defende esse encontro infantil com a sabedoria de um velho e com a vigilância de um guerreiro.
A CRIANÇA É A CONSCIÊNCIA CRÍSTICA. “Aquele que não receber o Reino dos Céus como uma criança não entrará nele” (Lucas, 18:17).
Uma criança que encanta a alma das pessoas com seu sorriso estimula nos adultos a capacidade de amar e de compreender. Recém-chegada do Reino dos Céus, ela traz consigo o perfume sagrado da etapa celestial que há entre uma encarnação e outra. Ela faz acordar a criança imortal dentro de cada um. O sorriso infantil que se abre como um sol cura instantaneamente as feridas da alma.

CRIANÇAS e jovens ensinam e estimulam três coisas essenciais ao coração dos mais velhos: a sinceridade, a simplicidade e a autenticidade. As artimanhas da astúcia devem ser abolidas para que possamos ser íntegros como uma criança e inofensivos como um beija-flor.
Cada um tem consigo o presente, o passado e o futuro. A CRIANÇA leva em si a semente de um velho, e o velho tem em seu peito um coração de criança.

(copy-desk by EUGENIO SANTANA, FRC – Jornalista, Escritor, Ensaísta literário, Publicitário, Assessor de Comunicação, Editor, Coordenador de RH, Relações públicas, Gerente Administrativo/Comercial. Integrante da ALNM-MG, UBE/GO, Greenpeace/SP, ADESG-DF. Autor de livros publicados. 18 Prêmios literários nos gêneros conto, crônica e poesia; Self-mad man e Verse maker.)

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